Beatriz e Rogério anunciam a milhares de manifestantes: Vamos continuar nas ruas para barrar as reformas, até restaurar a democracia
Tempo de leitura: 5 minDa Redação, com Ascom do Sind-UTE/MG e CUT/MG
Belo Horizonte parou nessa sexta-feira histórica.
Nem a forte chuva durante a manhã afugentou da tradicional Praça Sete de Setembro, no centro de BH, as mais de 150 mil pessoas que participaram do ato de 28 de abril contra as reformas trabalhista e da previdência e a terceirização ilimitada do usurpador Michel Temer (PMDB-SP).
Do alto do carro de som, Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT/MG, exultou: “Minas Gerais viveu nessa sexta-feira a maior greve que as atuais gerações presenciaram”.
O deputado estadual Rogério Correia (PT-MG) festejou junto:
“É a maior greve na história do Brasil e de Minas Gerais. Nós vamos derrubar o governo Temer. Essa greve geral é um sinal de que o Brasil não aguenta mais essa retirada de direitos”.
Sugerimos que assista ao vídeo acima antes de continuar a ler este post.
Você terá uma melhor visão do tamanho e clima do ato, que reuniu trabalhadores dos setores público e privado, centrais sindicais, movimentos populares, estudantes, igrejas.
“Até trabalhadoras e trabalhadores que não são representados por entidades sindicais, como acontece em alguns municípios, aderiram”, observou Beatriz.
Os metroviários contribuíram muito para o sucesso, parando totalmente o metrô.
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Da mesma forma, os rodoviários. Desde a zero hora de sexta, já estavam nas ruas, fechando as garagens, paralisando, assim, os ônibus.
Para Beatriz, a população começa a perceber que ela é quem pagará a conta do pato dos golpistas.
Beatriz já avisou:
Este 28 de abril é o primeiro de muitos outros de greve geral que faremos para barrar as reformas.
Não podemos voltar ao trabalho, na terça-feira como se tudo fosse normal.
Estamos diante de um golpe, de uma ruptura e não podemos descansar enquanto não for restaurada a democracia. O enfrentamento permanecerá.
Houve atos públicos em dezenas de outras cidades mineiras, entre as quais Juiz de Fora, Uberlândia, Governador Valadares, Alfenas e Montes Claros.
Inegavelmente, a greve geral bem sucedida em Minas é resultado de um conjunto de fatores:
* Construção realmente coletiva.
* Dedicação dos envolvidos.
* Disposição da presidenta da CUT-MG e coordenadora do Sind-UTE-MG de dialogar com os não convertidos, para desmascarar para além do grupo natural a agenda antipopular e antinacional de Temer.
Na sexta vitoriosa, um gesto de grandeza e ética. Beatriz fez questão de agradecer as categorias, os movimentos e entidades que contribuíram para o sucesso do 28 de abril de 2017.
Citou-os, um a um. Muito bonito. Confira os vídeos.
Quer saber que instituições participaram da greve geral em Minas?
Estão todas na lista abaixo:
1. Trabalhadores/a em educação da rede estadual — escolas estaduais, Superintendências Regionais de Ensino e Órgão Central da SEE (Sind-UTE/MG)
2. Trabalhadores/as eletricitários/as da Cemig (Sindieletro MG, base estadual)
3. Trabalhadores/as da saúde (Sind-Saúde, base estadual)
4. Trabalhadores/as da Copasa (Sindágua, base estadual)
5. Trabalhadores/as metroviários/as (Sindimetro, o serviço de metrô não funcionará no dia 28, em nenhum horário)
6. Servidores técnico-administrativos da UFMG, UFVJM, Institutos Federais e CEFET (SINDIFES)
7. Rede Municipal e rede particular de Juiz de Fora (Sinpro JF)
8. Trabalhadores/as bancários/as de Belo Horizonte e região (Sindicato dos Bancários de BH e região, filiado a Fetrafi)
9. Servidores Municipais de Belo Horizonte (Sindibel)
10. Trabalhadores de transporte urbano de Juiz de Fora (Sittro)
11. Trabalhadores no Comércio de Uberlândia e Araguari (Secua)
12. Trabalhadores/as Bancários/as de Juiz de Fora e região (Sindicato dos Bancários JF filiado a Fetrafi;
13. Trabalhadores/as Bancários/as de Patos de Minas (Sindicato dos Bancários filiado a Fetrafi)
14. Trabalhadores/as Bancários de Ipatinga e região (Sindicato dos Bancarios filiado a Fetrafi;
15. Trabalhadores/as Bancários/as de Uberaba (Sindicato dos Bancários filiado a Fetrafi)
16. Trabalhadores/as Bancários/as de Cataguases (Sindicato dos Bancários, filiado a Fetrafi)
17. Trabalhadores/as bancários/as de Divinópolis (Sindicato dos Bancários filiado a Fetrafi)
18. Trabalhadores/as Bancários/as de Teofilo Otoni (Sindicato dos Bancários, filiado a Fetrafi)
19. Trabalhadores/as dos Correios (Sintect, base estadual)
20. Trabalhadores do Senalba (base estadual)
21. Psicólogos (Sindicato de base estadual)
22. Economistas (Sindicato de base estadual)
23. Trabalhadores Vigilantes de Uberlândia (SINDEESVU)
24. Aeroportuários (SINA)
25. Trabalhadores/as do Transporte Urbano de Uberlândia (SINTTRURB)
26. Trabalhadores/as da Alimentação de Uberlândia (STIAU)
27. Trabalhadores Fumageiros de Uberlândia (Sintraf)
28. Trabalhadores/as da Telecomunicação (base estadual, Sinttel)
29. Trabalhadores da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sindsema, base estadual)
30. Trabalhadores do sindicato dos tecelões de Montes Claros
31. Trabalhadores da Emater
32. Trabalhadores da Embrapa
33. Trabalhadores da Construção civil de Juiz de Fora
34. Metalúrgicos de Juiz de Fora e região
35. Servidores/as Públicos/as de João Monlevade, de Belo Oriente, de Santana do Paraíso, Dom Joaquim, Itaipé, Morro do Pilar, Ladainha, Montes Claros, Lavras, Campo Belo, Candeias, de Timóteo (Sinsep), de Coronel Fabriciano (Sintmcelf), de Ipatinga (Sindserpi), Santana do Deserto.
36. Sindicato dos Radiologistas de Montes Claros
37. Petroleiros (Sindpetro MG)
38. Metalúrgicos de Pouso Alegre e região
39. Metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem
40. Trabalhadores assalariados rurais articulados através da Adere
41. Sindicatos dos trabalhadores da Agricultura Familiar articulados pela FETRAF (Federação dos trabalhadores e das trabalhadoras da Agricultura Familiar): Orizânia ,Divino, Santa Margarida, São João, vermelho novo, Simonésia, Santana, Mantimento, Espera Feliz, Tombos, Caparaó, Catas Altas, Alvinópolis, Pedra Dourada
42. Servidores federais articulados pelo Sindsep: Cnen Cultura, Ibran, Iphan, Saúde, INSS, Fazenda, Incra, Agricultura, AGU, SPU, Universidade Federais, Escolas Técnicas, Receita Federal, Incra
43. Trabalhadores/as no ramo da Alimentação de Montes Claros
44. Universidade de Montes Claros (Adunimontes)
45. Servidores da Secretaria do Estado do Meio Ambiente (Sindsema)
46. Trabalhadores Vigilantes do Norte Minas
47. Redes municipais de educação de Minas Novas, Turmalina, Veredinha, Carlos Chagas, Nanuque, Serra dos Aimorés, Felício dos Santos, Gouveia, Datas, Itaobim, Porteirinha, Janaúba, Uberaba, Montes Claros, São João da Ponte, São João Del Rei, Tiradentes, Santa Cruz de Minas, Esmeraldas, Jaíba, Verdelândia, Piedade Gerais, Crucilândia, Rio Manso, Brumadinho, Tocantins, Rodeiro, Guidoval, Dores do Turvo, Guricema, Visconde do Rio Branco, Leopoldina, Capinópolis, Canápolis, Centralina, Cachoeira Dourada, Ipiaçu, Muriaé, Ribeirão das Neves, Lagoa Santa, Monte Azul, Betim, Contagem, Igarapé, São Joaquim de Bicas, Mário Campos, Sarzedo, Presidente Kubistchek, Guapé, Conselheiro Lafaiete, Almenara, Bandeira, Jequitinhonha, Jacinto, Rios do Prado, Jordânia, Pedra Azul, Santa Maria do Salto, Papagaios, Augusto de Lima, Maravilhas e Matozinhos, Buritizeiro, Pirapora, Jequitaí, Várzea da Palma, Varginha, Leme do Prado, Inimutaba, Amparo do Serra, Cajuri, Coimbra, Canaã, São Miguel do Anta, Teixeiras, Viçosa, Frutal, Iturama, Belo Vale, Coronel Murta, Itaguara, São Francisco, Varzelândia, Bocaiúva, Sete Lagoas , Inimutaba, Prudente de Morais, Capim Branco, Cordusburgo, Paraopeba, Funilândia, Pompeu, São Tomaz de Aquino, São Sebastião do Paraíso, Ritápolis, Carandaí, Belmiro Braga, Virginópolis, São José do Divino, Nova Belém, Naque, Governador Valadares, Uberlândia, Jampruca, Caxambu, Divisópolis, Belo Oriente, Ipatinga, Bia, Passos, Itaú, Fortaleza de Minas, Piumhi, São João Batista do Glória, Tupaciguara, Araçuaí, Ribeirão Vermelho, Lavras, Cláudio, Diamantina.
48. Trabalhadores do transporte rodoviário de Belo Horizonte e região metropolitana (Sindicato dos Rodoviários, filiado à Nova Central).
Flagrantes do ato na Praça Sete, em BH. Fotos de Jéssica Souza/Sind-UTE/MG e CUT/MG
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