Deputados denunciam PF e Moro: Filme sobre a Lava Jato desmoraliza de vez estrutura podre da república de Curitiba; veja vídeos e dados sonegados
Tempo de leitura: 4 minPolícia Federal cometeu várias irregularidades ao patrocinar um filme sobre a Lava-Jato, denunciam petistas
por Rogério Tomaz Jr, no PT na Câmara, 05/04/2017
Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), Paulo Teixeira (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ) denunciaram, em coletiva nesta quarta-feira (05/04), uma série de irregularidades cometidas por delegados e agentes da Polícia Federal ao se associarem, de maneira informal, à produção de um filme que diz retratar os “bastidores da Operação Lava Jato”.
Para os deputados, foi estabelecida uma “relação promíscua” entre a PF e a produção do filme – que se chamará “Polícia Federal: a lei é para todos” – e os agentes públicos envolvidos devem ser responsabilizados criminalmente.
O empréstimo informal de viaturas, armas, uniformes, carros, helicóptero e avião, além da cessão de agentes, e o fechamento da sede da Superintendência da PF em dia de expediente para gravação de cenas sã algumas das ilegalidades que os parlamentares conseguiram apurar, inclusive a partir de registros oficiais dos sistemas administrativos da corporação.
Ao filme também foi liberado o acesso à carceragem da PF em Curitiba, o que pode configurar violação da privacidade dos presos, entre outras irregularidades.
Tudo isso, na opinião de Damous, é uma espécie de patrocínio informal da PF à obra cinematográfica. “Esse filme integra o cenário de Estado de exceção no qual nos encontramos”, ressaltou.
Em razão disso, os parlamentares vão protocolar, nesta quinta-feira (06/04), uma representação junto ao Ministério Público Federal, cobrando a investigação quanto à possibilidade de cometimento dos crimes de improbidade administrativa, abuso de autoridade, prevaricação e peculato por parte do diretor geral da PF, Leandro Daiello, do delegado Igor Romário de Paula e de alguns agentes.
Com base na Lei de Acesso à Informação, os parlamentares destinaram a Daiello, no dia 24 de fevereiro, um pedido completo de informações relacionadas ao episódio. Até o momento, não houve qualquer resposta do diretor geral.
“Na medida em que existe um órgão público, é preciso existir um convênio, uma formalização. Estamos em busca desses documentos e não obtivemos nada, nenhuma satisfação até o momento. Isso, por si só, já incorre em crime de improbidade administrativa, o que já foi formalmente comunicado ao Ministério Público Federal e ao Ministro da Justiça”, explicou Pimenta.
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O juiz Sérgio Moro também será denunciado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por não ter tomado qualquer atitude efetiva para impedir a cessão ilegal de imagens da Lava-Jato para uso pelo filme.
No aspecto político, os parlamentares consideram muito grave o envolvimento da PF numa produção que abordará uma operação ainda em curso que possui vários inquéritos sigilosos em andamento. A cessão de imagens da condução coercitiva do ex-presidente Lula para o filme, ressaltou Damous, atesta esse interesse espúrio da PF em fazer autopromoção.
“Embora tenha havido proibição judicial por parte do juiz Sérgio Moro, as filmagens do sequestro do presidente Lula não só foram feitas como foram cedidas à equipe de filmagem”, apontou Damous, baseando-se em declarações à imprensa de pessoas envolvidas com a obra, como o ator Ary Fontoura.
“O Estado de exceção é sinônimo de uma série de coisas, dentre as quais a anarquia do sistema de Justiça. Quando o sistema de Justiça é um dos pilares do Estado de exceção, aí tudo pode, como na Roma decadente, como no III Reich decadente”, criticou o deputado fluminense.
Abaixo, a íntegra da entrevista coletiva.
Da Redação
Em 24 de fevereiro, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) solicitou à Polícia Federal (PF) um conjunto de informações sobre a cooperação da instituição e de seus agentes no filme Polícia Federal — A Justiça é para todos.
Pela lei de acesso à informação, a PF tinha 20 dias para responder as questões (na íntegra, abaixo) do parlamentar.
Até agora não houve qualquer retorno.
Por si só, a não resposta implica crime de improbidade administrativa, denunciou o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) na coletiva dessa quarta-feira (05/06).
Em 22 de fevereiro, Pimenta protocolou também na presidência da Câmara dos Deputados requerimento ao ministro da Justiça, Osmar Serraglio, solicitando praticamente as mesmas informações (na íntegra, abaixo).
O requerimento nunca saiu da Câmara devido a pressões do Ministério da Justiça, acusou Pimenta na coletiva.
Em função disso, os parlamentares estão convocando Serraglio, Daiello e Igor Romário para prestar esclarecimentos na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Abaixo, a íntegra dos convites e da convocação.
“Eles vão ser pegos pela vaidade”, diz Pimenta a Rogério Tomaz Jr., logo após a coletiva.
Este trecho está no vídeo imediatamente acima. Começa aos 25min44.
“Este filme é o calcanhar de Aquiles, que desmoraliza definitivamente essa estrutura apodrecida da chamada república de Curitiba”, prossegue Pimenta.
“Praticamente toda a república de Curitiba está envolvida com esse filme”, arremata.
Convocação do ministro da Justiça by Conceição Lemes on Scribd
Convite ao diretor-geral da Polícia Federal by Conceição Lemes on Scribd
Convite ao delegado Igor de Paula by Conceição Lemes on Scribd
Comentários
Regina Maria de Souza
Bem, hoje – vocês já devem saber – Mino Carta descobriu o agente indicado pela PF para arregimentar recursos para o filme. Está afastado do PF e ocupa cargo em comissão no gabinete do Dep. Piciani.
Luiz Carlos P. Oliveira
A certeza da impunidade levou esse bando a apoiar esse filme sórdido. Mas erraram. Mais dia, menos dia, serão condenados a pagar indenizações. E vai faltar dinheiro e cadeia para esses inconsequentes. O sórdido nessa história é que justamente quem deveria zelar pelo cumprimento das leis são os primeiros à descumprí-la. A República de Curitiba é uma aberração jurídica.
Jose carlos lima
Lula denuncia uso de email falso pela Lava Jato http://jornalggn.com.br/noticia/lula-tenta-desvendar-autor-de-e-mail-falso-usado-pela-lava-jato
Tudo indica tratar-se de prova plantada pela Lava Jato ou de algum bate-pau a serviço da República de Curitiba.,,…este email do Yahoo que,sabemos, é um provedor tão vulnerável quanto o gmail, pode ter sido enviado por zilhões de remetentes sediados no Brasil ou no exterior, tais como o próprio provedor Yahoo, hackares/crackers, espiões, robôs, arapongas com alta especialização em informática…não nos esqueçamos de que a PF mudou inclusive a senha do provedor, adulterando a máquina que deveria, antes de tudo, passar por uma perícia independente, mas fazer o que se nem mesmo os brinquedos do neto de Dona de Dona Marisa foram devolvidos por esses politiqueiros penais:
Dos cuidados que se deve ter no uso de emails em processos judiciais e investigações:
“(…)as mensagens devem ser periciadas para atestarem suas características de prova jurídica. Em princípio a perícia deve validar:
O arquivo da mensagem em si, verificando origem, destino, data, hora e conteúdo;
A cadeia de custódia da mensagem, validando a não contaminação do valor jurídico da prova, verificando especialmente autorizações e garantia de integridade das informações custodiadas.
A cadeia de custódia é especialmente relevante para os casos de informações em meio digital, dada a facilidade de alteração dos conteúdos sem rastros aferíveis.
Somente será possível equacionar a validade da mensagem se, além do acesso ao arquivo da mensagem que foi impressa, for seguida a sequência de atos que levaram à aquisição da informação. Desde a coleta na máquina, no servidor ou no provedor até a posse do arquivo pela parte.
Quando se trata de mensagem originada diretamente de provedores de aplicação na Internet (webmail), a exemplo do Gmail do Google ou Hotmail da Microsoft e dos nacionais Terra ou UOL, conseguidas por meio de quebras judiciais de sigilo telemático, tem-se que cada mensagem pode estar dentro de um conjunto de mensagens.
Os conjuntos de mensagens podem ser enviados pelo próprio provedor de aplicação responsável pelo domínio do e-mail, colhendo a caixa de e-mails por completo. Os provedores de aplicação de e-mails na Internet são acostumados a este procedimento, nos EUA a Microsoft até cobra para fornecer estes dados aos investigadores, conforme indicado nos vazamentos da NSA efetuados pelo ex-agente Snowden.
O conjunto pode também ser adquirido em uma busca e apreensão no servidor alvo ou pode ser providenciado pela própria parte interessada.
Em todos estes procedimentos para que cada conjunto adquira a segurança necessária visando sua utilidade como prova jurídica é necessário que seja garantido que o que foi colhido corresponda exatamente ao que está disponível para o juízo e as partes(..)”
http://jornalggn.com.br/blog/jose-carlos-lima/e-mails-exigem-cuidados-especificos-para-que-sirvam-como-prova
Felix Cavalcanti
Essa é a polícia federal republicana do Zé Cardoso e Dona Dilma.
Luiz (o outro)
Infelizmente mais uma vez os abusos e delitos por parte do Moro e sua gangue ficarão impunes. O Brasil já virou uma esculhambação generalizada por parte dessa gente e o povo imbecilizado bate palmas.
A cada dia é mais desgosto por ser da mesma nacionalidade que os coxinhas…
Valter Neto
É o grande plano do PSDB/DEM/PPS.
Esse filme é para destruir as candidaturas dos partidos de esquerda em 2018.
E tambem levar no bolo o PMDB.
Os PSDB/DEM/PPS são preservados de todas as crticas.
Até parece que não existe crise nenhuma no Brasil para eles.
O PMDB vai pagar caro por suas opções.
Aqui jaz o PMDB em 2017.
Crazy horse
Suruba brasileira
JULIO CEZAR DE OLIVEIRA
o mais engraçado de tudo isso é que parece que eles roubam o Brasil descaradamente e não tem dinheiro para fazer um filme
Luiz
O poder subiu à cabeça desses servidores públicos, agora, vão pagar caro por isso. A lei de improbidade administrativa é severa e prevê, inclusive, a perda do cargo, emprego ou função pública. Poderiam ficar brincando somente em Curitiba, mas a impunidade deu coragem. Agora aguentem as consequências.
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