Jeferson Miola: Moraes no STF traduz a desfaçatez e podridão dos golpistas e do regime de exceção
Tempo de leitura: 3 minAlexandre de Moraes com Romero Jucá e Edson Lobão, antes da sabatina na Constituição e Justiça, em 21 de fevereiro. Com Temer logo após ser aprovado pelo plenário do Senado, em 22 de fevereiro. Foram 55 votos a favor e 13 contra. Senadores golpistas comemoram. Exceto a do Temer (Valtenio Vieira/PR), todas as fotos usadas nessa montagem são do fotojornalista Lula Marques, da Agência PT, via Fotos Públicas
Moraes no STF: despudor e desfaçatez do regime de exceção
O plagiador tucano Alexandre de Moraes preenche somente dois dos quatro requisitos constitucionais para ser juiz do STF: [1] é cidadão brasileiro, e [2] está na faixa etária de “mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade” [CF, art. 101].
Moraes não possui, todavia, os dois predicados substantivos exigidos pela Constituição: [1] falta-lhe notável saber jurídico, com autoria genuína [não plagiada], bem além de simples cartilhas, fascículos e manuais para concursos considerada como “obra jurídica”; e, [2] como plagiador de obras alheias e uma carreira manchada por favorecimentos e direcionamentos políticos, ele não possui reputação ilibada.
Por essa razão, o trâmite acelerado no Senado — a sabatina na CCJ e a aprovação no plenário em menos de 24 horas — não passou de uma farsa para cumprir o rito da sua aprovação “pela maioria absoluta do Senado”, como define o parágrafo único do artigo 101 da Constituição.
Qualquer pessoa que fosse indicada pelo usurpador Temer para o cargo, mesmo um bolsista do MBL do Instituto de Direito Público do Gilmar Mendes, seria aprovado, porque os golpistas perderam o pudor e o temor de fazer o que bem entendem.
É um jogo jogado, uma carreira corrida com o resultado conhecido de antemão.
É um mero teatro legislativo para dar aparência de legalidade para a “solução Michel” no STF — o acordão PMDB/PSDB para abortar a Lava Jato.
Com o rito farsesco, o regime de exceção recobre o ato de nomeação do plagiador Alexandre Moraes com o verniz da falsa legitimidade e da aparente “normalidade institucional”.
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O golpe de Estado não se encerrou em 31 de agosto de 2016 com a deposição definitiva da presidente Dilma depois da aprovação do impeachment fraudulento pelo Senado.
O golpe segue sendo perpetrado constantemente com a agenda de ataques à Constituição, retrocessos sociais, destruição da engenharia e da tecnologia nacional e entrega da soberania do país.
Em nove meses, os golpistas aprovaram no Congresso todas as medidas anti-nação e anti-povo exigidas pelo mercado e grupos estrangeiros, mesmo que inconstitucionais, como o congelamento por vinte anos dos gastos primários.
Nos próximos meses, aprovarão sem piedade outras medidas que agridem brutalmente as conquistas históricas dos trabalhadores, como a reforma trabalhista e a previdenciária.
Por esse motivo o senador Humberto Costa [PT/PE] se equivocou redondamente na entrevista ao lixo da revista Veja [sic] ao defender que se deveria “virar esta página” porque “não dá para ficar só no discurso do golpe”.
A farsa da nomeação do Alexandre Moraes para o STF traduz o estágio avançado do despudor, da desfaçatez e da podridão que domina a política brasileira e evidencia, além disso, os limites da atuação parlamentar da oposição num Congresso ilegítimo que faz o jogo de cartas marcadas do golpe, independentemente de qualquer racionalidade.
É hora, por isso, de se repensar as estratégias de resistência e de enfrentamento ao golpe e ao regime de exceção.
Não para “virar esta página”, como defende o equivocado senador petista, mas para se inventar formas diferentes de denúncia, combate e deslegitimação do golpe e do regime de exceção, e acumular forças na sociedade para a eleição de Lula em 2018.
É de se avaliar, por exemplo, se deputados/as e senadores/as da oposição devem continuar participando normalmente das comissões e votações do Congresso, emprestando assim legitimidade para um processo legislativo viciado, do qual se conhece por antecipação o resultado, que é a agenda do golpe, e cujo aprofundamento seguirá em breve com as reformas trabalhista e previdenciária.
O bolo do golpe não pode ficar enfeitado com a cereja da legitimidade da bancada de oposição; bancada que se notabiliza, na maioria, por uma atuação heróica na resistência democrática e no enfrentamento à oligarquia golpista.
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Comentários
Alex
Destaco:
“É de se avaliar, por exemplo, se deputados/as e senadores/as da oposição devem continuar participando normalmente das comissões e votações do Congresso, emprestando assim legitimidade para um processo legislativo viciado, do qual se conhece por antecipação o resultado, que é a agenda do golpe. …
O bolo do golpe não pode ficar enfeitado com a cereja da legitimidade da bancada de oposição; bancada que se notabiliza, na maioria, por uma atuação heróica na resistência democrática e no enfrentamento à oligarquia golpista.”
Alex
Destaco:
“Qualquer pessoa que fosse indicada pelo usurpador Temer para o cargo, mesmo um bolsista do MBL do Instituto de Direito Público do Gilmar Mendes, seria aprovado, porque os golpistas perderam o pudor e o temor de fazer o que bem entendem.”
Alex
Destaco:
“O plagiador tucano Alexandre de Moraes preenche somente dois dos quatro requisitos constitucionais para ser juiz do STF: [1] é cidadão brasileiro, e [2] está na faixa etária de “mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade” [CF, art. 101].
Moraes não possui, todavia, os dois predicados substantivos exigidos pela Constituição: [1] falta-lhe notável saber jurídico, com autoria genuína [não plagiada], bem além de simples cartilhas, fascículos e manuais para concursos considerada como “obra jurídica”; e, [2] como plagiador de obras alheias e uma carreira manchada por favorecimentos e direcionamentos políticos, ele não possui reputação ilibada.”
lulipe
Quem danado é Jeferson Miola??? É cada um que aparece aqui pra choramingar…
Nelson
“Por esse motivo o senador Humberto Costa [PT/PE] se equivocou redondamente na entrevista ao lixo da revista Veja [sic] ao defender que se deveria “virar esta página” porque “não dá para ficar só no discurso do golpe”.”
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O Miola foi bem generoso. Alguém que está prestes a chegar aos 60 anos – não é mais criança, portanto – equivocar-se desta forma?
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De outra parte, o termo utilizado, “podridão”, está correto. Talvez não tenha outro para definir com tanta precisão o que é o conluio judicial, parlamentar, midiático, empresarial que está a destruir o futuro de, por baixo, uns 170 milhões de brasileiros.
DeBlu
Foi tudo para o campo do relativismo, então… resta a violência.
lulipe
É não, meu caro, é só hipocrisia mesmo dos esquerdopatas, que nada disseram quando o lula indicou o Toffoli. É bom “JAIR” se acostumando…
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