Altamiro Borges quer os coxinhas em Miami. Para “saborear” Trump

Tempo de leitura: 3 min

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A “cara” da Globo: tentou desmoralizar o Brasil e foi promovida

Vai pra Miami, “coxinha” pró-Trump!
 
Por Altamiro Borges, em seu blog

Nas marchas golpistas pelo “Fora Dilma”, muitos “coxinhas” se fantasiaram de verde e amarelo — com as camisetas da ética CBF — fingindo um grande amor pelo Brasil.

Este patriotismo, porém, era falso.

Boa parte deles ama, de fato, os EUA — “a pátria da democracia”. Tanto que alguns até pediram — em inglês — uma nova intervenção do império contra a democracia brasileira — como ocorreu no golpe militar de 1964.

No fundo, vários “coxinhas” sonham em viver em Miami.

Na reta final das eleições ianques, alguns ainda mais tapados até fizeram um ato na Avenida Paulista em apoio a Donald Trump — num ataque misógino que comparou Hilary Clinton a Dilma Rousseff.

Mas na sua estupidez, típica dos “midiotas” adestrados pela imprensa com complexa de vira-latas, eles se deram mal.

A vitória do fascistóide Donald Trump pode acabar com os seus sonhos. Dá até vontade de gritar “Vai pra Miami, coxinha otário, para ver o que é bom para tosse!”

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Nesta semana, segundo a agência francesa de notícia AFP, a prefeitura daquela cidade, no Estado da Flórida, ordenou aos agentes públicos que ponham fim à reputação de “cidade-santuário” dos imigrantes.

A ordem segue a determinação ditatorial do novo presidente ianque, que ameaçou cortar o repasse de recursos federais para as cidades que facilitarem o ingresso de estrangeiros.

A orientação serve principalmente às instituições penitenciárias de Miami.

“De acordo com o porta-voz Michael Hernández, o prefeito republicano Carlos Giménez instruiu o Departamento Correcional ‘a honrar todas as solicitações de detenção de imigrantes recebidas pelo Departamento de Segurança Interna’. Giménez tenta, com isso, angariar a simpatia do presidente Trump, depois que ele determinou, na quarta-feira (25), o corte de verbas federais para as cerca de 300 ‘cidades-santuário’ do país que se negam a prender e a contribuir para a deportação de imigrantes em situação irregular”.

Ainda segundo a AFP, “as maiores ‘cidades-santuário’ (Nova York, Los Angeles e San Francisco) prometeram resistir e continuar protegendo os imigrantes, mas o prefeito de Miami rejeitou o rótulo imposto pelo Departamento de Justiça no ano passado. Miami foi incluída na lista porque a polícia se negava – até esta quinta-feira – a prender esses imigrantes, a menos que Washington pagasse os custos de sua detenção. A decisão de Giménez foi comemorada pelo novo presidente americano: ‘O prefeito de Miami abandonou a política dos santuários. Boa decisão. Forte!’, escreveu Donald Trump em uma rede social”.

Sandra Coutinho e a xenofobia

O aumento do xenofobia nos EUA destrói o sonho de muitos “coxinhas” e acaba de vez com o mito dos EUA como “a pátria da democracia”.

Na chamada “Era Trump”, o preconceito, o racismo e o ódio estão em alta e atingem indiscriminadamente pessoas de diversas origens.

Na semana retrasada, a jornalista Sandra Coutinho, da Globonews, deu um relato sobre a situação de pânico dos brasileiros que vivem naquele país. Ela contou, ao vivo no programa “Em Pauta”, que seu filho, Gabriel, foi alvo de um ataque xenófobo em uma rua de Nova Iorque:

“Eu tenho de contar uma história pessoal, apesar de meu filho não querer que eu conte de jeito nenhum, que é a seguinte: anteontem, meu filho estava andando ouvindo música brasileira no fone de ouvido – está com mania de Seu Jorge, como eu – e uma pessoa parou ao lado dele e o olhou, incomodada. O sujeito simplesmente puxou o fone de ouvido dele, o empurrou e falou assim: ‘volta pro seu país, sua bicha’”.

Ela terminou seu relato com a seguinte conclusão: “É a era Trump”.

Como lembra a própria revista Veja, em matéria postada em 14 de janeiro, “Sandra Coutinho foi promovida recentemente pela Globo. Sua promoção teria ocorrido após a sua participação numa entrevista coletiva de Barack Obama e Dilma Rousseff, em Nova York. A pergunta da jornalista foi: ‘O Brasil se vê como um ator global e liderança no cenário mundial, mas os EUA nos veem como uma potência regional. Como você concilia essas duas visões?’. Desde então, Coutinho tem aparecido com reportagens da cidade americana no Jornal Nacional, principal telejornal da emissora”.

A Veja só esqueceu de registrar que, na ocasião, Barack Obama retrucou a serviçal da Globo, que agora é vítima de um caso familiar de xenofobia.

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Comentários

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Lukas

Percebe-se aqui e acolá, de maneira tímida e envergonhada, um certo contentamento do pessoal de esquerda com algumas das atitudes de Donald Trump.

Acho que é inveja , pois Trump está cumprindo tudo que prometeu a seus eleitores na campanha e está batendo de frente com a imprensa golpista.

Quem diria que um presidente americano racista, milionário, branco de olhos azuis, xenófobo, misógino iria angariar mais simpatia que o primeiro negro na Casa Branca.

Cara, a esquerda brasileira nos surpreende mais a cada dia…

Ou não.

João Luiz Pereira Tavares

1.
(…) “João o Milionário” é o JOÃO SANTANA????…
Aquele que foi preso pelo Juiz Sergio Moro? O João Santana, que é MARQUETEIRO da Dilma, e que fez uma propaganda para enganar a população dos pratos de comida desaparecendo…E ganhou propina ROUBADA da Petrobrás?

2.
“Coração Valente” só pode ser a ex-presidente Dilma. É isso mesmo?
(o símbolo de COPYRIGHT, do Capitalismo, logo após o apelido da Dilma Rousseff…, não entendo. Você pode explicar????

3.
E a tal de “RELIGIÃO” é um Partido Político. Eu acho que é uma METÁFORA para o populismo exacerbado do Petismo nos últimos anos no Brasil. O PT realmente parece uma Religião. Um “tipo” de fanatismo. Só pode ser isso.

4.
“O Feira” é o apelido OFICIAL do marqueteiro do PT, nas PLANILHAS DA ODEBRECHT. O João Santana, nasceu em Feira de Santana, na Bahia. Por isso o apelido de “O Feira”, certo?

——
Passei no Enem?? rssss

Anderson Martins de Almeida

Prezados Viomundo e Altamiro, desde que ouvi essa história de um filho da jornalista da rede globo ter sido ofendido por ouvir música brasileira com fone de ouvido numa avenida movimentada e provavelmente com os inevitáveis ruídos e tráfego e transeuntes em volta, fiquei com uma pulga atrás da orelha, quando você ouve música no fone de ouvido e alguém ao lado que não seja músico e ou grande conhecedor de música, mal ouve alguns ruídos, fones bons comprados nos EUA projetam o som para dentro e não para fora, com alguns poucos ruídos e não sendo músico ou grande conhecedor de música e línguas, não tem como reconhecer que era música brasileira… são muitos “SEs…” . Notadamente o americano médio é tão ignorante quanto o brasileiro médio, quanto a músicas, línguas e geografia. E só para finalizar Seu Jorge é mais um daqueles que tem boa voz é não sabe escrever nada além do óbvio, se um caminhão de poesia cair da cabeça dele não saberia o aconteceu.

Lukas

“Vai pra Miami!” é o novo “Vai pra Cuba!”

Divertido, no mínimo.

Luiz Carlos P. Oliveira

Nunca devemos esquecer que coxinhas foram para a Paulista apoiar o Trump e esculhambar com a Hillary. Outros fizeram o contrário. Memória curta dos coxas? Agora vão ir à Miami lamber as botas do Trump? Com as reformas de Trump, dólar pode ir a R$-4,00 e, então, adeus Miami, Disney, New York…

Jair de Souza

Por incrível que possa parecer, entre todas as desgraças que nos afligiram no ano passado, uma das poucas coisas positivas que tivemos foi a derrota de Hillary Clinton. Sim, é isso mesmo, Hillary Clinton significaria algo ainda mais monstruoso do que ter um presidente declaradamente racista e fascista no comando do poder político estadunidense (me recuso a empregar o termo americano para referir-me aos EUA). A verdade é que todo o establishment corporativo dos EUA e seus representantes pelo mundo afora viam em Hillary Clinton o único dos candidatos em condições de defender e aplicar coerentemente a política de interesse das grandes corporações que dominam quase que por completo o Estado gringo.

Não é que Trump representasse os interesses do povo trabalhador, nem muito menos. É que o megamilionário Donald Trump, à diferença de Hillary Clinton e Obama, é uma pessoa com posições políticas independentes (todas elas, ou quase todas, em detrimento dos mais humildes, claro) e isto representa um risco muito grande que as grandes corporações não estão dispostas a correr. Alguém que esteja decidido a pôr em prática aquilo que ele/ela julga que deve ser implementado, e não o que o concenso corporativo deseja, é sempre uma ameaça para a estabilidade das corporações.

Não é gratuito o fato de que todas as máfias midiáticas, de lá, de cá, e de todos os países capitalistas, estejam centrando fogo em Donald Trump, como se ele fosse o símbolo do inimigo da democracia, a qual teria se tornado o objetivo supremo de resguardo por parte de quase toda as máfias (des)informativas do planeta. Portanto, não devemos achar que as críticas oriundas de funcionários globais, como a da fulana citada no texto, partam do princípio de uma indignaçao quanto ao atropelamento dos direitos de cidadãos de países de economia subordinada ao grande capital gringo. Tendo a crer que se trata mais apropriadamente de uma campanha que visa uma de duas coisas: ou criar condições sociais favoráveis para uma destituição institucional do atual presidente, ou forçar que o mesmo se subordine às diretrizes que vêm pautando os governos dos EUA há muito tempo.

Pessoalmente, acredito que a eleição de Donald Trump pode gerar melhores condições para a luta contra a dominação do imperialismo das corporações multinacionais do que seria no caso de que Hillary Clinton tivesse conseguido ser nomeada ao cargo (digo nomeada e não eleita porque o sistema eleitoral gringo é uma farsa tão descarada que não pode ser jamais considerado como eleição democrática). Algumas das razões para esta visão: Donald Trump rompe com a unidade de ação dos dirigentes políticos gringos. Ao pregar que as empresas estadunidenses privilegiem a atuação em seu país (EUA) e não onde possam pagar salários mais baixo, isto pode abrir a possibilidade de que os países que hoje albergam essas indústrias comecem a procurar maneiras de desenvolver indústrias nacionais mais afins com os interesses de seus próprios povos.

É claro que não há nenhuma garantia de que minha visão se prove certa. Mas, seguramente, com Hillary Clinton no comando do governo, nem mesmo estas expectativas poderíamos ter.

FrancoAtirador

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#VaiPráMáiâmi
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Mark Twain

O mais paradoxal nesta notícia, é que como a Globo não tem credibilidade nenhuma, não sabemos se a historinha com o filho da repórter em Nova Iorque é história ou estória. xD

Obrigado ao Miro, mais uma vez, pela enorme perspicácia, memória e associação! Magnífica atenção aos FATOS, não aos “Fatos alternativos” ;)

    Mark Twain

    Aliás! xD

    “Eu tinha medo era dos brancos.

    Até que um dia, chegou a notícia devastadora. Tinha subido aos céus o satélite russo, o “Sputnik”, girando como uma bola de basquete em órbita da Terra. Pânico na cidade. Desde 49, quando a Guerra Fria começou, com a explosão da bomba H pelos soviéticos, destronando a liderança dos destruidores de Hiroshima, os americanos esperavam outra catástrofe, que viria quase como um filme de ficção cientifica como a “A invasão dos feijões gigantes”. Em minutos, a cidade parecia um campo de refugiados, de perdedores, com cabeças inchadas, humilhados pelos comunistas invasores. No colégio, começaram “fire drills” incessantes, alarmes evacuando os alunos para porões e abrigos atômicos. O então senador Lyndon Johnson berrou: “Brevemente estarão jogando bombas atômicas sobre nós, como pedras caindo do céu…”

    No alto, o satélite Sputnik humilhava os americanos, com seus “bip bips” como gargalhadas de extraterrestre. A partir desse dia, lá embaixo, na cidadezinha da Flórida, eu mudei. Não para mim, mas para os outros.”

    Arnaldo Jabor

    Em: http://oglobo.globo.com/cultura/republicanos-homens-bomba-da-america-10363862

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