O eixo do mundo roda para a Ásia. O Brasil deve apenas assistir?
Tempo de leitura: 4 minpor Luiz Carlos Azenha
Recentemente o Viomundo republicou um artigo de Otávio Frias Filho sobre a política externa brasileira. O estilo é elegante, como sempre, embora eu discorde do conteúdo. O publisher da Folha argumenta que a política externa é algo muito sério para ficar nas mãos de diplomatas ou ideólogos. Talvez devesse acrescentar os jornalistas nessa lista. Especialmente aqueles cuja curiosidade intelectual parece anestesiada ou subordinada a projetos eleitorais.
Há algumas semanas fui ao Rio de Janeiro entrevistar o historiador Alberto da Costa e Silva. Ele fez observações sobre a inserção da África no comércio internacional antes das grandes viagens de “descobrimento” dos europeus. Usei as aspas pelo fato de que, na verdade, foram os asiáticos que primeiro navegaram o oceano Índico em direção à África para fazer comércio, dominado então pelos mercadores árabes. Isso explica porque objetos chineses foram encontrados por arqueólogos em escavações feitas na costa africana do Índico, por exemplo.
Só muito mais tarde, a partir dos primórdios da revolução industrial, os europeus gradativamente assumiram o controle do comércio e colonizaram as Américas, a Ásia e a África, para levar os três C’s: Comércio, Civilização e Cristianismo.
Podemos dizer, sem medo de errar, que o processo de descolonização ainda está em andamento e que será acelerado pela decadência relativa da Europa e dos Estados Unidos em relação a países ou grupos de países emergentes: China, Índia e Brasil, mas também Coréia do Sul, Indonésia e Irã. E as relações que estes países desenvolverão entre si, sem pedir licença a Washington, Londres ou Paris.
A política externa num mundo multipolar é muito mais complexa do que era no período da guerra fria, quando nossas escolhas ficavam limitadas a integrar o espaço geopolítico dos Estados Unidos ou da União Soviética. Diz-se que era a armadilha da “competição” entre Coca-Cola e Pepsi, quando muitos talvez tivessem feito outra escolha, se pudessem fazê-lo. Houve um ensaio, no movimento dos países não-alinhados, sem efeitos práticos consideráveis.
Mas o fim da guerra fria e a ascensão econômica da China promoveram a revolução mundial em andamento: os eixos de poder estão em deslocamento acelerado. Nos Estados Unidos se fala do século 21 como mais um século americano (estadunidense), mas não há como negar que este será o século da Ásia, pelo poder combinado de grandes populações consumidoras, educadas e dotadas de alta tecnologia.
É só juntar a China, a Índia, o Japão, a Indonésia, a Coréia do Sul, a Malásia, as Filipinas, o Vietnã , boa parte da Rússia e o Irã para vocês terem uma ideia do que estou falando.
O que me leva de volta àquela conversa com o historiador Alberto da Costa e Silva, que observou que a África estava voltando lentamente a ser o que foi antes dos grandes descobrimentos dos europeus: um espaço periférico do comércio asiático.
Tenho visto isso em minhas viagens à África. É um fenômeno que em breve abordaremos na revista Nova África: a penetração chinesa. Os três Cs da China na África são: Chineses, Comércio e Construção. Beijing incentiva a imigração de chineses para o continente, em busca de oportunidades de negócio. Eles já dominam o comércio em vários países, inclusive onde me encontro, Cabo Verde.
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Trazem consigo mercadorias baratas. Existe algum ressentimento contra a presença dos chineses, mas muito menos do que quer fazer crer a mídia ocidental. A população local, pelo menos nesse primeiro momento, reconhece que entrou no mundo do consumo pelas mãos dos chineses. Outro dia chequei o preço de um DVD em uma loja chinesa: o equivalente a 100 reais. Famílias inteiras que antes não podiam calçar os filhos ou comprar material escolar para mandá-los à escola agora podem fazê-lo.
Além disso, em países onde os europeus só deixaram a infraestrutura básica necessária à exploração dos recursos locais, os chineses fazem obras fundamentais para o desenvolvimento. Aqui em Cabo Verde, um país árido, fizeram a primeira grande represa para capturar a água de chuva que corria para o oceano, o que poderá ter consequências notáveis para a produtividade agrícola. Tudo feito em tempo recorde, com mão-de-obra chinesa, por construtoras chinesas e financiamento chinês.
Neocolonialismo? É um debate interessante, com os chineses argumentando em sua defesa que não interferem na política local, não promovem ocupação territorial, nem cultural.
Também noto, em minhas viagens, o surgimento de fontes de informação que já não refletem mimeticamente as ideias de Washington, Londres ou Paris. A rede árabe Al Jazeera tem uma audiência notável, especialmente no norte da África. O jornal Asia Times Online, do qual frequentemente reproduzo artigos traduzidos pela Caia Fittipaldi, tem iluminado de forma notável o intrincado jogo diplomático e econômico nas relações entre China, Índia, Irã e Rússia. É parte do que eu definiria como “descolonização mental”.
Em seu artigo sobre a política externa brasileira, o publisher da Folha argumenta que o Brasil não deve “caçar” confrontos gratuitos com os Estados Unidos. Que eles virão naturalmente. Ele pode ter razão, não sei. Mas acho que a questão é muito mais complexa e que não deve ser tratada a partir da perspectiva de nossas relações com Washington. Trata-se de discutir qual é a inserção do Brasil em um mundo multipolar, no qual o eixo do poder se desloca para Ásia.
É nesse contexto que cabe avaliar as relações bilaterais do Brasil com países como a Rússia, a China, a Índia e o Irã.
Em minha modesta opinião, devemos buscar uma política multifacetada, que explore os consensos e mesmo as dissensões entre os diferentes protagonistas, mirando sempre no interesse econômico nacional e tirando proveito do papel sui generis do Brasil como uma potência diplomática, não militar. Não acho prudente subordinar a política externa brasileira, aqui ou ali, aos interesses de Washington ou Beijing, mesmo que no curto prazo isso represente ganhos econômicos.
Não sou especialista, apenas um curioso, mas me parece que chegou a hora de descolonizar nossas relações externas. O que começa pela descolonização mental.
Comentários
Monocle: Questões interessantes sobre a diplomacia brasileira | Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] O eixo do mundo roda para a Ásia. O Brasil deve apenas assistir? Um debate sobre nossa política externa […]
francisco.latorre
parabéns pro aza .. chegou na política mesmo.
e disse que não sabia… agá de jornalista…
eixo do mundo.
política é ai mesmo. macro.
o mundo.
a poesia e as pessoas se explicam na aldeia-infância.
política se entende desde o mundão. grandão.
poder é no mundo.
…
muito bom.
francisco.latorre
a tríade sucumbiu ao peso da história.
estúpidos neocons levaram ao extremo extremo a biopolítica do comportamento.
o kit mentalidade skinner-goebbels. tremenda engenharia humana. constróem o mundo. maçon no último.
arrasaram a euro-angloamerika. que foi o 'processo capitalista último'. hoje não sabe bem o que é.
reacionários medievais opusdei tomaram o vaticano. ratz ampliou o colégio que votou no próprio. o ele mesmo. o auto abençoado.
colapso na igreja católica. que foi 'universal'. hoje é do bento.
o sionismo seguiu negociando a culpa do mundo. até perder o crédito. aí mergulharam na mais incrível paranóia nacional-racial-religiosa desde o germanismo nazista.
crise no mundo judeu. que foi o 'povo de deus'. hoje é israelo-sionista.
…
dividiam o mundo sem susto.
o mundo não é mais bobo.
democracia demografia informação enfim libertam.
perderam o mundo.
e a natureza predadora faz com que disputem o osso.
banco amerikano turbinado com dinheiro do fed-obama detona euro-lândia. caso goldmannsachs-grécia.
arrancaram a pedofilia vaticana do armário. ou ela não coube mais mesmo. mas parece que o midião internacional liberou.
a louca paranóia israelo-sionista morde a mão que alimenta. afrontam o usamerika obamaçônico.
…
o mundo hoje somos nós.
nós. outros.
auto-determinação dos povos. paz.
a carta do brasil.
que vai pra áfrica de embrapa.
e empregando africanos.
entre amerikanos e chineses…
póscolonial mesmo só o brasil. que foi colônia. e não é mais.
…
tem uns doidos querendo reverter a roda-catraca da história.
com umas idéias falsas sobre alternância.
como se fosse alternância depois de acertar o rumo errar de novo.
não há hipótese de colar.
têm tanta chance quanto o partido da restauração em 1810 contra napoleão. zero.
tentarão o golpe claro. golpes. desesperados tresloucados inúteis.
o baile do cair das máscaras. uma cena de loucos. um clima polanski-buñuel.
apreciem o enlouquecer dos vilões. novelão. capítulos finais.
terão um fim de novela. fake-opera.
2011 será especial.
…
H. Back
Até que enfim a zona de influência econômica está mudando, mesmo que os E.U.A. não queiram.
O vice do Lula?
Conceição,aonde foi parar o meu comentário de ontem( 09/04/ 2010 ),por volta das 20:30hs.Será que extraviou!!! Obrigado.
francisco.
Tomudjin
Américo Vespúcio disse no papel: "abrolhos"
Vivemos em outros mares aonde os navegantes virtuais somos nós.
Por isso, me permitam dizer que a blogarização é um reflexo do que o Américo foi. Talvez num caminho inverso.
Dificil não é entender o Brasil e seus brasileiros; dificil é se livrar dos recifes que dificultam entender o Brasil.
Parabéns a todos os que nos fazem ver que existem muitos recifes a serem navegados.
Marcelo
Excelente texto, alias o Brasil tem a obrigação de interagir com o mundo e não somente com este o aquele bloco, a dependência é a morte.
Messias Macedo
AINDA SOBRE POLÍTICA EXTERNA
Jobim, o traíra: ele quer uma base americana no Rio
9/abril/2010 12:06
emhttp://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=29641&am…
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O fato dos americanos
Desrespeitarem
Os direitos humanos
Em solo cubano
É por demais forte
Simbolicamente
Para eu não me abalar
Refrão (3x):
A base de Guantánamo
A base
Da baía de Guantánamo
A base de Guantánamo
Guantánamo
(Repete letra 3x)
(Repete refrão 6x)
Base De Guantánamo
Caetano Veloso
República Destes Lacaios Entreguistas e Antinacionalistas
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo
francisco.latorre
por falar em ásia…
e a tailândia?…
o pig internacional esconde o ouro.
partidários do lula de lá… acusado de populista… e que foi golpeado… estão enfrentando os golpistas.
o golpe teve apoio da classe média que bloquou o aeroporto. vestidos de amarelo. qualquer semelhança com o causaéreo não é coincidência.
os paralelos são interessantes.
ah… o povo vai de vermelho. claro.
e foi pras ruas.
…
http://www.bangkokpost.com/news/politics/35883/ab…
…
Saulo Petean
As viagens ilustram, os chineses sabiam disso e o praticavam muito antes do Brasil ser "descoberto" pelos portugueses. Por volta de 1400, o imperador Zhong Di, da dinastia Ming, construiu uma frota de 300 "ba chuan" ou "navios de tesouro" – monstros naúticos com 150 metros de comprimento, quando comparados às caravelas com 20 metros – que ao serem lançados ao mar pareciam uma cidade flutuante. O maior "ba chuan" levava 200 toneladas de carga, o que garantia autonomia de sete mil kilometros, o suficiente para cruzar o Atlântico sem paradas. A armada fantástica fez várias viagens pelo oceano Índico, entre 1400 e 1430: navegava pela costa da África e dava meia volta nas proximidades da Tanzânia, o que não é pouco, um percurso de 16 mil kilometros, praticamente o dobro da distância entre Portugal e Brasil. Numa dessas viagens comandandas por Zheng He, a armada foi adiante da Tanzânia e contornou o cabo da Boa Esperança 60 anos antes que Bartolomeu Dias fizesse o mesmo no sentido contrário. Dali os chineses se lançaram à descoberta do "Novo Mundo", o que veremos a seguir, o continente de "novo" não tinha nada.
O continente americano tornou-se uma moda européia muito recente, há apenas 510 anos. A primeira ocupação humana deste "novo" continente é fenômeno da ordem de 10 a 20 mil anos e veio da Ásia. Os descendentes destes primeiros habitantes, chamados de "índios" estão aqui vivos até hoje, e não é pouca gente, na Bolívia são maioria da população. Então, por favor, se é para descolonizar a mente, comece pelo nome desta parte do continente asiático, que se estende do Alasca à Patagonia. Esta parte da Ásia, não se chama América, pela etimologia chama-se Ásia.
Os asiáticos de então apenas levaram adiante a ocupação do continente asiático, que se estende na direção oeste/leste até a Patagonia. Olhe no mapa, nós não habitamos nenhum novo mundo, nos habitamos a Ásia.
Marko
Por falar em jornalistas e pseudo-jornalistas, me veem à mente os nomes d Wlado e John Reed entre mtos outros, nesta semana em q se comemorou o dia do jornalista; nda como relembrar esses nomes, q não são estampados em placas d rua, pq não precisam disso p/serem lembrados…
Fabrício
No tempo de FHC e antes dele a política externa brasileira era do " yes men" nos últimos anos temos dado de ombros com o Tio San vide Honduras e Irã, o que fez a nossa imprensa vendida excomungar o Itamarati. Ela vive no passado, na década de 90, e é altista para mundo que esta surgindo a nossa frente. Você, Azenha, faz um programa sobre a África focado no principal, já a Globo acabou de passar um globo reporter sobre Brunei, país menor que Niterói, em que fica naqueles detalhes irrelevantes.
Almeida Bispo
A elite paulista (com exceções, claro) acha São Paulo a maior província americana (lembra da primeira bandeira republicana?) – e adora isso – e o Brasil pelos seus todos outros estados uma colonia paulista. Como queres que um dos maiores formadores da "consciência" paulista ache natural o Brasil não ser a província americana? Ousar dar rasantes fora do ninho? Já houve até quem profetizasse (em tom de indisfarçado desejo) que o Brasil adotasse o inglês como língua oficial…!
Marat
Amigos, felizmente Celso Lafer e sua turminha foram defenestrados das relações exteriores. Resta ao nosso povo afastar todos os que desejam ardentemente que o Brasil volte a ser pilhado. Os EEUU, no decorrer de sua sangrenta e ladra história muito mais nos destruíram que ajudaram. Devemos sim ter foco num mundo multifacetado, onde se respeitem, de verdade, respeitos e valores e se dignifique a vida humana. Está na hora de se regonhecer qual é o verdadeiro eixo do mal, para que o Brasil entre nos "eixos" da modernidade e fraternidade!
O eixo do mundo roda para a Ásia. O Brasil deve apenas assistir? « "QUEM TEM MEDO DO LULA?"
[…] Por Luiz Carlos Azenha, em seu blog “Vi o Mundo“ […]
haroldo Aqilles
Na mesma frase ele taxa o Ministro das Relações Exteriores co o um homem turbulento, traquina, inquieto, astuto e dissimulado num desrespeito só possível a homens sem ética, moral e conhecimento. Como não é o caso fica entendido que não passa de um marqueteiro sem peias, sem educação e um “quatrocentão” que se acha o todo poderoso quando não passa de um mero sabujo que tem em suas veias o sangue manchado de brasileiros torturados na Oban e transportados por veículos de sua organização. Não me fale de elegância, Azenha. Isso não passa de pura grosseria associado á inveja.
No mais parabens pelo texto, correto como sempre.
Haroldo Aquilles
Caro Azenha
Difícil de entender. Você abre seu artigo elogiando Otávio Frias Filho com uma premissa totalmente errada: “o estilo é elegante, como sempre”. Onde está a elegancia em taxar o presidente Lula como um homem simplório (adj. e s.m. Homem simples, ingênuo, muito crédulo) num claro preconceito pelo fato de Lula ter sido retirante nordestino, torneiro mecânico e pobre. Sim, porque Lula foi tudo isso, mas hoje é o Presidente da República e um dos homens mais respeitado mundo afora, inclusive pelo presidente do maior País do mundo, os Estados Unidos. Então sobra o que para o simplório a não ser o preconceito.
Cont.
francisco.latorre
'o estilo é elegante' foi sacanagem do az.
…
Leider_Lincoln
Ironia quase sarcástica…
Milton Hayek
Vejam a ovada que o Serra levou em 2000:
SÁBADO, 3 DE ABRIL DE 2010
A MALHAÇÃO DO JUDAS
http://cloacanews.blogspot.com/2010/04/ja-malhou-…
Milton Hayek
Lembram do HAARP?Eu sei que não.Mas o meu amigo,daqui,lembra e envio isso pra ele: http://www.ecocidio.com.br/2010/04/08/experimento…
luis
A propósito da "política externa" na imprensa colonizada: não vão criticar o programa nuclear israelense, que é secreto, com a mesma ênfase com criticam o do Irã? E sobre a greve de fome dos 7000 palestinos?
Claudomiro
O que a gente não pode assistir é o nosso Ministro da "Defesa" querer montar uma base americana aqui no Brasil.
Vejam o que está no PHA:http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=29641
Luís C. P. Prudente
Precisamos começar a nossa descolonização mental dando um basta à imprensa do PIG. É necessário abrirmos nossas cabeças para os blogues alternativos, progressistas e de esquerda.
Pedro Luiz Paredes
Azenha, vejo em seu texto que o modus operandi do domínio Europeu e Norte Americano é fracassado, isso porque a própria natureza ideológica é fracassada. Veja que eles sempre impuseram sua cultura além das imposições econômicas e políticas como se fosse uma solução que deixariam eles em vantagem sempre; "quanto mais, melhor para nós". A conclusão é a de que estão perdendo em seu próprio jogo.
A forma de domínio Chinesa que vem se apresentando na Africa e até na América latina se faz solidamente em bases econômicas e assim fica muito mais fácil se formar um vértice político em torno dessas relações, até com certa facilidade e naturalidade, oque se assemelha muito mais com uma conquista no sentido romântico do que um domínio propriamente dito. Isso os Norte Americanos não aprenderam fazer ainda.
Eu apoio e vejo frutos da política internacional de Lula desde que começou. Havia menos motivos para dar errado do que a que vinha sendo feita pelo Fernando Henrique Cardoso, um corporativismo preconceituoso, e como qualquer elemento dotado dessa caracteristica, burro.
Como bem dito a China compra vende e financia (estou rindo agora), tirando o seu, o que é justo, sem pedir nada em troca, porque escolhe bens comuns onde aplica sua política internacional e não esta preocupada com benesses e vinculos eternos, quer tirar o seu e crescer. O individualismo é o ponto forte, pois para ser individualista é preciso respeitar a individualidade alheia; isso se dá em qulaquer relação que contenha a essência humana, por óbio, quando muito se dá ou pensa que dá, quer muito em troca també. Achei interessante traçar esse paralelo.
A China e Brasil, até onde e de quem eu sei, parecem preferir fazer o jogo do Irã do que o dos EUA, e estão pocuo se importando com as reações que não hão de ser muito extremadas. Chego a pensar que Obama entrou nesse jogo para ceder. Não sei anida se por razões institucionais ou porque no fundo é bem diferente do Bush apesar de estar preso às mesmas pressões internas dos mesmos mercados.
Fica claro que o EUA não define mais para onde a bússola vai apontar, ou não tem mais tanta força magnética. Outrosim, perdem de qualquer jeito quanto mais se afundam nas políticas atuais, dominar o mundo não vão, lutar contra o comunismo é em vão, ganhando ou perdendo; resta se preocupar com os seus dentro de seus próprio país, o que venho falando há anos, inclusive nesse blog. Digo para começarem a preocupar-se mais com o bem estar da população norte americana do que enfiar o nariz onde não convem mais. Não preciso repetir, e faço dessa a única verdade que defendo.
Ubaldo
O marketing do Lula é tão forte, tão forte que chega a convencer por alguns minutos até os países desenvolvidos que o Brasil é uma maravilha.
Paira no ar um clima quase irresponsável sobre o inequívoco desenvolvimento brasileiro. Para muitos, no embalo do marqueteiro-mór, logo estaremos entre os 5 países mais desenvolvidos. Estamos ensinando aos desenvolvidos como governar e administrar eficientemente um país e até como eles devem se portar com relação às suas políticas externas.
Infelizmente, tudo isso não passa de um sonho de um país com metade da população sem rede de esgoto e 40 milhões de analfabetos funcionais.
Tudo é para o futuro. O pré-sal, as reformas estruturais que não foram feitas (Política, Judiciária, Fiscal, Previdência, Tributária, Trabalhista). Só com juros o Brasil gasta mais do que em Educação, Saúde e Investimentos.
O Brasil vai continuar a ser o país do futuro por muito tempo.
O que o Lula fez?
Marketing e marketing!
Marcelo de Matos
Ubaldo, de duas uma: ou você está mal informado ou está querendo desinformar o pessoal que acessa o blog do Azenha. O Brasil, para seu governo, já é a oitava economia do mundo. Tem, sim, grandes possibilidades de tornar-se a quinta economia. Temos minério de ferro, manganês, petróleo, álcool combustível, gás natural, ou seja, matérias primas e energia que poucos países têm. O banco Itaú já é o nono maior banco do mundo. Miséria e analfabetismo também existe nos EUA, na China, na Índia. Nem por isso esses países deixam de figurar entre as maiores economias do mundo. Veja bem: realidade é uma coisa; pregação tucano-derrotista é outra bem diferente.
Julio Silveira
Ubaldo, teu problema é que voce está vendo o Brasil pela otica do resultado de governo tucano.
Por tudo que voce diz deves residir em São Paulo e está vivendo o caos fruto de uma administração, essa sim, marketeira. Para voce meu caro, só resta acreditar na FSP, no Estadão, provavelmente serás o ultimo leitor desses jornais, até por que eles estão fazendo até companha de doação para angariar simpatizantes, tão baixa esta a credibilidade. Mas acho que até voce vai render-se a nova realidade do país, é só uma questão de tempo e esgotamento da capacidade de fazer promoção desses jornais.
Milton Hayek
Ubaldo sofre de dissonância cognitiva.Um mal tucano difícil de curar.
Pedro Luiz Paredes
Ubaldo, o maior Maketing é o Norte Americano no Brasil da sessão da tarde, tele cine, tela quente e o jornalismo raquítico que a rede globo fornece. Uns acreditam, outros se informam melhor.
Então quer dizer que o Lula enganou todo mundo? rsrsrs
Entendo e acredito em você; até porque hoje em dias os presidentes e os jornalistas do mundo inteiro não possuem meios de verificar os dados que refletem o crescimento e a perspectiva de crescimento social, econômico e político de outros países como o Brasil. Somente o Willian Bonner e Ali Kamel tem acesso aos dados, e eles que os interpretam da melhor forma, você esta certo. Que balela sem nexo né?!
Você pode até tentar esconder a história, mas não pode negar os fatos meu chapa.
Aqui não!
francisco.latorre
como não vão aliviar seu próprio povo…
pois seria 'socialista' demais pros padrões reacionários cristalizados na sociedade amerikana…
a decadência sera inescapável.
jamais compreenderão os novos tempos.
…
O vice do Lula?
O mundo hoje,tem tecnologia o suficente para oferecer vida digna para todos os seres humanos,mais uma coisa impede e impedirá o bem estar de todos.Este leva o nome de economia de mercado,mais conhecido como capitalismo.
Seja aonde for,este sistema economico vive em função da exploração da força de trabalho,este é o eixo a ser discutido,visto que,a miseria e a pobreza nunca vão acabar,enquanto vivermos sob a ótica da exploração do trabalho alheio.
O comercio internacional,globalizado,entrelaçado,é um processo natural,e o Brasil, jamais deve ficar a margem deste.Agora resta saber se o rei do norte(G7),esta disposto a dividir com o rei do sul(G13),o espaço neocapitalista existente no planeta.É muito cacique pra pouco indio,e a teoria do capital vai justamente no caminho oposto,ou seja,o capital(leia-se G7),é monopolista e concentrador ,fora isso,é guerra com certeza,Karl Marx explica.
francisco.
Ronaldo
Sugestão de leitura, com observações interessantes sobre o tema:
A política pós-Lula
Autor(es): Diego Viana, para o Valor, de Paris
Valor Econômico – 09/04/2010
Paraná
Pergunta que não quer calar: Ana Hickmam aceitou pelo cachê ou é loira por dentro?
Irani
Azenha,
Esses jornalistas que escrevem sobre PEB não sabem absolutamente nada sobre o assunto, qualquer aluno de terceiro período de relações internacionais sabem disso. Entretanto, essa gente continua enchendo linguiça e pagando de sapiência sobre o assunto. Na verdade, é pura emobromação.
Carlos
"O Brasil deve apenas assistir?"
Os tucanos e aliados e os barões da mídia acha que sim – o Dvorak, o Klaus e o Ubald,o também.
thiago Rigoli
Sou formando em Relções Internacionais, por tanto o tema é central na minha vida, no entanto compreendo que não é possivel que todos sejam tecnicos no assunto, porém, a ignorância a esse respeito é alarmante, principalmente por ser um assunto unde todos acreditam estar gabaritados a fazer críticas retundantes. Convivo com advogados, jornalista, publicitários e etc, e pouquíssimos tem condições ou ferramentas para fazer a mais leiga analise. O preconceito, a desinformação e o (falso) sentimento de indentidade de classe levam as pessoas à profunda mediocridade analítica.
Thiago Rigoli
Primeiramente gostaria de parabeniza-lo por introduzir o debate de política externa, sem cair em préconceitos ou dissonâncias cognitivas.
Se o debate sobre política interna é extremamente difícil e penoso nos centros urbanos e principalmente na camada média da população, devido a falta total de informação séria, ou por receberem apenas informações parciais, o que acaba tendo o mesmo resultado para fim de análise, de quem não possui nenhuma informação. Imaginem então como é o debate sobre política externa, geopolítica e relações internacionais. A população foi e ainda é privada de todo o conhecimento teórico e histórico sobre esses que são temas centrais no debate sobre segurança e o desenvolvimento do Estado.
Carlos
Que belo artigo, parabéns Azenha!!!
Luis Armidoro
Azenha, só critico quando vc diz "dono de um estilo elegante". Como todo pedante, este cara escreve mal para cacete
yacov
Obviamente que estamos muito atrasados em relação aos EUA, principalmente na questão da educação, mas investimentos estão sendo feitos e o pré-sal é mais uma grande esperança de um salto de qualidade no ensino, além do que, o etanol tem um potencial muito grande de disseminação pelo planeta, o que pode trazer muitas divisas para o país continuar seu ciclo virtuoso de crescimento. Assim, sou muito otimista quanto ao futuro do país e creio que a multipolaridade, e a inserção soberana do BRASIL, com respeito à auto-determinação dos povos e com espírito não-intervencionista, como preconiza a nossa Constituição é e será sempre o caminho a seguir, Dentro deste quadro, o BRASIL já pode se considerar uma peça importante no grande jogo de xadrez mundial e, seja qual for o destino do planeta, nenhuma decisão será tomada sem a participação do BRASIL. Acredito , como o presidente LULA, que o século XXI será brasileiro.
FORA PSDBastardos DEMentes e Pig'SS!!!
QUERO LULA DE NOVO QUERO DILMA 2010 MEU POVO!!!
Ubaldo
Continuamos a ser o país do futuro. A unica transformação possível é pela Educação e esta está cada vez pior. Enquanto o Orçamento Geral da União aprovar a verba da Educação no mesmo patamar no que gasta com a Defesa, sendo um país pacífico e desarmado o desenvolvimento não vai acontecer.
Nenhuma das reformas prometidas pelo Lula aconteceram (Eleitoral, Tributária, Fiscal, Previdenciária, Política, etc)
Leider_Lincoln
Jênio: me explica por que Moldávia, Romênia, Bulgária, Bielo-Rússia, Armênia, Letônia, Estonia, Eslováquia, Tadjiquistão, Macedônia e vários outros países, estatisticamente eliminaram o analfabetismo, alguns deles já há décadas, e ainda são nações pobres? Este discursinho made in Veja meu caro, é só isso mesmo: um discursinho. A realidade é muito mais complexa do que isto. E outra, ser pacífico é uma coisa, ser uma nação com quase 200 milhões de habitantes e PIB de mais de 2 trilhões de dólares, DESARMADA, é outra, muitíssimo diferente. Você colaboraria tanto para o debate se só falasse coisas de que entende realmente ou que, pelo menos, é capaz de discutir…
Discursinhos como este são para locais como a seção de cartas da grande imprensa, onde não se precisam de argumentos, apenas de concordância.
Julio Silveira
Dentro de tua percepção a governalidade ideal seria feita por um ditador, é o que posso deduzir visto que o Lula é apenas presidente, e necessita de aprovação de seus atos pelo congresso. E convenhamos esse congresso tem muito pouca identidade com o Lula, existe muita conveniencia, mas nem sempre a conveniencia consegue render frutos para o governo.
Agora sobre a educação, concordo que deveria ter volume de investimentos publicos maiores, mas estamos avançando. Porém tua percepção pessimista deve ser por viver São Paulo, onde o professor já foi declarado, pelas ações do estado, inimigo publico numero 1.
E onde os principais centros academicos estão perdendo competitividade para outros estados da federação. Olhe desapaixonadamente e constate.
Mas cada um tem suas preferencias, tem gente que gosta de coisa feia e tem até ditado para isso.
yacov
Penso que a crise financeira de 2008 derrubou a economia americana de tal modo que eles levarão algum tempo para se recuperar, assim como a Europa que tem graves problemas com países deficitários como Portugal, Espanha e Grécia. De forma que sua situação também não é boa. Se a China cobrar os títulos da dívida americana que possui, levam os EUA à bancarrota. (continua)
FORA PSDBastardos DEMentes e Pig'SS!!!
QUERO LULA DE NOVO QUERO DILMA 2010 MEU POVO!!!
francisco.latorre
descolonização mental.
política multifacetada.
magnífico.
…
mas a compra de terras pela china…
aí o bicho pega. e pega feio.
…
Paulo
Parabéns Azenha,. É um ponto de vista interessante e bem diferente da velha mídia que possui interesses economicos e políticos. Se a Dilma vier a vencer a eleição, provavelmente irá continuar ou aperfeicoar a politica externa do governo Lula. E se o Serra vencer,? Como será sua política externa? Isso por que já não poderá contar com o carisma, com o diálogo, paciência, inteligência do presidente Lula. Será que Serra dará ouvidos aos pensamentos do Otávinho, do Kamel, da Dora Kramer, da especialista Catanhede? Somente aí que os tucanos verão a respeitabilidade que o Brasil adquiriu nos últimos 8 anos. O Brasil já não é mais o Brasil deixado por FHC.
Renilton Cruz
A Ásia tem força econômica, tecnológica e cultural para atrair a atenção dos que jogam o complexo jogo das relações exteriores. Com soberania e com uma dose de prudência, o Brasil pode se beneficiar das relações multilaterais com os asiáticos. É o que pensa esse curioso que vos escreve.
cesarcardoso
"Neocolonialismo? É um debate interessante, com os chineses argumentando em sua defesa que não interferem na política local, não promovem ocupação territorial, nem cultural."
Está mais pra neomercantilismo, então?
Milton Hayek
O diplomata piauiense Alberto da Costa e Silva(filho do maior poeta piauiense,Da Costa e Silva,perseguido racialmente pelo Barão do Rio Branco e sua diplomacia pró EUA-Europa) está certo.Os chineses enviaram uma expedição à África no século 13 comandada pelo Almirante Zheng He.
Ah!!O almirante era eunuco.Um capado assim como o Klaus e o Ubaldo o são mentalmente.
Carlos
Esqueceu o Dvorak.
Ubaldo
Essa tática de tentar ataques pessoais e não debater idéias é digna de um petista tardio. Com certeza seu papai já cansou de te avisar que esse pessoal não é flor que se cheire, mas você insiste em se sentir obrigado a fazer esse papel em troca da bolsa que recebe para se manter ai nos EUA. A explicação dos 92% de aceitação do Lula pelos jornalistas está evidenciada.
Milton Hayek
Deixa de ser invejoso,Ubaldo.Pra trabalhar por aqui não adianta bolsinha do CNPq ,não,meu amigo.Tem que ter muito trabalho publicado e,na minha área,patentes que inovem.
Você é um bundão.Não tem argumentos e por isso vira chacota aqui no blog.Você é mais fraco que caldo de batata.
Leider_Lincoln
Coitadinho dele, Hayek. A única patente que ele compreende é a que ele ganhou: ajudante de ordens da trollagem subcapaz…
Leider_Lincoln
"Essa tática de tentar ataques pessoais e não debater idéias é digna de um petista tardio" Então o "pópará governador" e o "governador mineiro que bate em namorada" foram coisas de petistas tardios, meu prezado Ubaldo? Os assassinatos de reputação são coisas de petistas tardios? Jurava que isso era a cara do Serra… Ou você se esqueceu dele? Deve ser duro lançar pedras quando o próprio telhado é feito de vidro bem fino, não é mesmo?
@mc_simplesassim
Isto é o que podemos chamar de Inversão Magnética. O sul vai virar norte.
Aldo Luiz
Caro Azenha; escrevendo cada dia melhor, maravilha! Sou grato!
Renato
EUA em, decadência aonde cara-pálida. Eles tem Poderio bélico para destruir o mundo em 20 vezes. Tem petroleo na casa deles?
Carlos
Certo, mas isso – poderio bélico – vai alimentar a população deles?
Petróleo na casa de quem, cara-pálida?
Leider_Lincoln
Ah, a língua portuguesa, tão bela se for bem compreendida… Veja por exemplo o termo "decadência relativa". Vamos dar um exemplo: nos últimos 20 anos, o estado de São Paulo continuou crescendo e continua tendo o maior parque industrial do país. Todavia, é evidente que hoje os maiores geradores de emprego, inclusive o industrial, estão no Nordeste e no Centro Oeste, em estados como Pernambuco e Goiás.
Quer dizer que São Paulo, em termos absolutos, decaiu? Não, continua sendo o primeiro, o mais importante. Mas muitos outros estados estão crescendo mais e mais rápido. Ou seja, está, em números relativos, decaindo, é relativamente decadente.
Compare, meu caro Renato, quantas vezes a China e os EUA cresceram nos últimos 25 anos: o PIB Chinês foi de cerca de 300 bilhões para cerca de 8,8 trilhões, crescendo portanto 29 vezes) e os EUA saltaram, no mesmo período, de 4 para 14,25 trilhões de dólares, ou seja, cresceram 3 vezes. A diferença entre as duas nações que era de 13,5 vezes em 1985 caiu para menos de 2,8 vezes em 2009.
Se isto não é decadência relativa, então o que é, prezado neófito? Ah, e acredite, o poderio nuclear russo é maior que o estadunidense e a China já têm centenas de bombas atômicas, foi ao espaço e explodiu sua primeira bomba de hidrogênio em 1967, há mais de 40 anos, portanto.
Então, você goste ou não, os fatos estão aí. Parafraseando o que disse Guillevic, num poema magnífico: "não se pode abatê-los como a um homem, com os punhos!"
Entendeu?
Alcino
Desconsideravam. Começam a considerar cada vez mais estas questões. E não há neocolonialismo chinês. É a primeira vez que vejo esta expressão. Os investimentos chineses na África se dão em forma de parcerias, vantajosas para ambos os lados. Esta história de compra de terras está mal contada, não é essa a política chinesa. Muito diferente da exploração colonialista européia, que sugou a África até à exaustão, fazendo dos próprios habitantes escravos em pleno século vinte para suas plantações de amendoim, deixando depois o continente destroçado.
patrick
Quem está comprando terras na África, especialmente no Sudão e na Etiopia, é a Arábia Saudita. E, nesse caso, as tensões estão começando a aparecer.
Alcindo
Desculpem mudar de assunto. Mas o Globo está sugerindo que o ministro Celso de Melo renuncie à vaga de juiz substituto do TSE para o Gilmar Mendes assumir. Este, por sua vez, ameaçou claramente o Lula e a Dilma, caso eleita, de cassação por propaganda antes do prazo. É o golpe em marcha, sabíamos que uma das últimas esperanças da oposição de açambarcar o poder residiria na peculiar justiça do Gilmar. Perguntamos: onde está a tropa de choque jurídica da situação que não vê estes absurdos? Novamente o Gilmar se pronunciando fora do processo?
José
Celso de Mello, o que diz ele?
maconheiro
Marcando o fim da idade do bronze ,os povos do Mar colocaram fogo na capital dos Hititas . Principal riival dos egipicíos na disputa pelas rotas através do Levante,os Hititas veem surgir uma força avassaladora através do mar,contrapondo as antigas rotas por terra ,essa nova força marítima que buscava produtos mais refinados como os da Babilônia na Mesopotâmia ou Meda-Persa,conhecido como Mittani (Meda),no planalto iraniano ,eram os primeirs Gregos ,ou Aqueus.A história de Jasão e os Argonautas é um conto épico do folclore grego dessa época .
Robin
Viajou nessa, hein maconheiro…
Evaristo
A nossa imprensa é toda colonizada. Reproduzem acriticamente o que o Departamento de Estado estadunidense quer. Não vi nenhum comentarista ou editorial de jornal criticando a guerra do Iraque. Lembremos que a guerra foi feita por supostamente esse país ter armas de destruição de massas. Aliás, as armas que destruição de massas que o Iraque teve foram vendidas pelos Estados Unidos e a Europa. A imagens dos curdos mortos por gazes fornecidos por países ocidentais deveriam ser lembradas. O jornalismo que se pratica nessas terras tropicais é subverniente e colonizado. Só se contrata jornalistas que sejam sabujos dos seus donos e vassalos dos Estados Unidos e Europa. Dessa forma o mundo é retratado com os olhos desses países e não com a isenção que se requer num jornalismo que tenha compromisso com a verdade.
Nelson Marisco
Prezado Azenha
Suas ponderações estão bem alinhadas com as colocações feitas pelo Marco Aurélio Garcia na entrevista a Andréa Vieira, da revista Desafios do Desenvolvimento, do Ipea e disponibilizada em seu Blog.
É isso mesmo, ou olhamos para o futuro através do mundo multipolar ou ficamos atrelados aos dogmas do passado colonialista.
Saudações
Nelson marisco
Ubaldo
A política externa brasileira é norteada pelo anti-americanismo e mercantilismo. Não houve mais missões comerciais brasileiras aos EUA e o resultado é o declínio acentuado e constante do comércio entre esses países. Não basta diversificar, o que foi um acerto mesmo motivado pelo anti-americanismo mas é preciso manter os parceiros comerciais existentes, principalmente os EUA que importam produtos manufaturados brasileiros, não só minérios e agrícolas como a China.
Leider_Lincoln
Ubaldo, qual destes dois países está com 21% da população ativa desempregada, economia estagnada e reduziu significativamente suas importações do resto do mundo e qual, pelo contrário, está em franco crescimento e importa cada vez mais? Aliás, você deve ter uma formação em economia mais sólida que a minha, já que para mim e muitos entendidos no assunto a questão das exportações brasileiras deve-se mais às questões de câmbio que de política externa. Mas eu apenas possuo mestrado na área, o "jênio" aqui é você, não é mesmo?
Ubaldo
Você está mal informado. O desemprego nos EUA é da ordem de 10% não 21%.
Quanto ao seu mestrado em economia reflete a qualidade do nosso Ensino, atrás da maioria dos países sul-americanos.
Milton Hayek
Peraí,Ubaldo!!!!!!!!!!Você está desdenhando dos nossos economistas?????
Milton Hayek
E desde quando os EUA e Europa nos abrem mercados,Ubaldo?????????Você vive em que mundo???
Ubaldo
Não houve missões comerciais aos EUA no governo Lula. Ou seja, não há nenhum esforço para intensificação do comércio qual declina de maneira importante. A diversificação de mercados é saudável mas manter os antigos parceiros também.
O fato é que o Lula se missão comercial aos EUA deveria ter um comportamento vendedor e simpático mas isso confrontaria com suas posições ideológicas anti-americanas.
Rodrigo
Um comportamento de vendedor simpático não cola muito com quem espalhou isso pro resto do mundo.
Se alguém não é a favor da política norte americana é justamente pela ingerência destes em assuntos nacionais no resto do mundo. Assuntos estes sempre representados ou relacionados com as companhias comerciais.
Tenta ficar um pouco menos nervoso ao escrever, quem sabe você consegue não errar na concordância…
Ubaldo
Os empresários americanos estão loucos para vender para Cuba. Os EUA vendem e compram da Venezuela de Chavez e assim por diante. Só o governo Lula é que não se esforça para aumentar o comércio com os EUA, a maior potência econômica mundial. Até o Irã vende petróleo aos EUA.
Entende a miopia?
Rodrigo
Ah o debate de idéias…
O debate de idéias se reforça sempre numa premissa de duas idéias com fundamento. Empresários imaculados e puros como carneirinhos se não existem só na imaginação não sei mais de nada.
Agora sim entendo a miopia. Obrigado por me abrir os olhos ó grande Troll dos Trolls!
Márcio Martins
Como o Irã vende petróleo aos USA se os USA não compra petróleo do Irã? Tá doido?
Milton Hayek
Ô Ubaldo….e aquela visita do Bush ao Brasil,com Lula,hein?!!!Ali foram discutidas parcerias em vários campos além do etanol.O problema é que os EUA só fazem acordos onde eles podem ficar em vantagem.É o caso,por exemplo,desses últimos acordos com a Rússia sobre desarmamento nuclear.Os EUA toparam porque já possuem mísseis hipersônicos que podem atingir qualquer lugar da Terra em 1 hora.VEja: http://pbrasil.wordpress.com/2010/04/09/eua-desen…
Você é uma figura,Ubaldo.
yacov
Não concordo com a opinião de que o "antiamericanismo" regula nossa diplomacia. Diria, antes, que com o advento da multipolaridade, nossas relações com o resto do mundo cresceram e, portanto, parece que nossas balança comercial com os EUA tiveram uma queda, mas não é bem assim. Antes, 60% da nossa balança comercial era com EUA e UE e penas 40% com o restante do planeta. Com a abertura dos mercados do hemisfério sul e oriente feita por LULA, nossa balança comercial com estes povos pulou para 70%, ficando apenas 30% para EUA e UE, o que ainda é bem representativo.
FORA PSDBolhas DEMentes e PIg'SS!!!
QUERO LULA DE NOVO QUERO DILMA 2010 MEU POVO!!!
francisco.latorre
o comércio entre brasil e usamerika não declinou.
apenas cresceu menos que o comércio com o mundo.
que é maior que os usamerika.
…
francisco.latorre
ops…
argumentei com o balde furado?…
distração.
argumentar com lesado não acrescenta.
…
Ubaldo
Você está mal informado sobre os número do comércio com os EUA. Pesquise!
Além disso, nunca fez, que eu tenha lido, uma colocação ou contribuição inteligente ou ao menos isenta neste sítio.
Isso explica o por quê da sua alta pontuação.
francisco.latorre
agradeço a deferência.
considero uma distinção que de fato não me compreenda.
…
Carlos
"Não houve mais missões comerciais brasileiras aos EUA …"
Entidades empresariais reclamam?
maconheiro
Com o avanço do deserto sobre a maior parte da Ásia a procura por novas fronteiras agrícolas é imprecindivél para a sobrevivência dos asiáticos . É uma catástrofe ambiental que no seu primeiro estágio na antiguidade expulsou tribos turco-mongols que chegaram à Europa a procura de pastos para seus cavalos ,pressionando as tribos germânicas eslavos a entrar en confronto com os romanos …
Matheus Nahkur
Frias Filho também credita ao FHC "o acerto" em estabelecer metas de inflação, superávit e a lei de responsabilidade fiscal, que foram, na verdade, imposições do FMI para salvar o país de mais um crack. Azenha está certíssimo em apontar que é hora de descolonizar a mente, antes de tudo. E em colocar os jornalistas na cesta dos que deveriam se abster de tentar determinar rumos para 'os sérios assuntos'.
Acrescento as fontes de plantão, os entrevistados profissionais utilizados pela mídia para corroborar a tese das reportagens. Os demétrios, para definir e exemplificar em um termo. O grande absurdo do 'novo jornalismo': o repórter sai da redação com uma tese. O desafio encerra-se em encontrar quem a defenda.
Temos no início do atual governo um exemplo: quantos 'especialistas' condenaram Lula por afastar as relações comerciais com os EUA em detrimento de novos negócios na Ásia? Hoje os números da balança comercial respondem a essa 'tese dos analistas'. Inclusive os dados relacionados ao comércio com os Estados Unidos.
E os mesmos caras continuam na mídia.
francisco.latorre
magnólios.
…
Matheus Nahkur
Magnólios! Bem melhor que demétrios!
Rafael Brasil
Uma questão a se ressaltar é que o neocolonialismo chinês irá reproduzir a exploração total de seu território. Ou seja, desconsideram questões ambientais. Como por exemplo minas de carvão, na agricultura entre outros.
Jorge
Ah, e tem mais, segundo o economista Delfim Neto (e nesse caso concordo com ele) um país só é/será potência se for auto-suficiente/segurança/potencia alimentar, energética e militar (Os EUA têm os 3 e continuarão tendo por muito tempo ou paa sempre) A China 2 (ou1) o Brasil 1,5 (estamos muito, muito longe de sermos uma potência militar). A Russia 2 (acho) a India 1.
Acho que sem tem alguém em decadência (mesmo que relativa) não são eles.
lmvp
claro que os Eua são auto suficientes energeticamente…. não precisam do petróleo nem do gás natural de outros países. Estão lá no oriente médio levando a democracia…
auto suficientes?? por isso o déficit dos eua é maior do que seu pib??? affff
mas é babaca
Jorge
Acho interessante quando leio algo como: "decadência relativa da Europa e dos Estados Unidos em relação a países ou grupos de países emergentes"
É que eu, sinceramente, não vejo decadência alguma nesses países, pelo contrário, se compararmos a eles, seria covardia devido o nosso nível de atraso, principalemnte no que se refere a educação, e se educação é o que realmente faz e fará a diferença, aí estamos perdidos mesmo, nosso atraso em relação a eles continuará abismal.
Me parace mais um desejo do jornalista (a decadência dos estados Unidos) de que uma realidade. Quem tem a MIT, a Harward e a Princeton são eles e não nós, muito menos os Chineses, Indianos ou Coreanos, ou é somente a economia que interessa?
Isso em falar no IDH, acelerador de partículas ( o mais potente computador do mundo) que fica na Suiça/França, Nas sedes da ONU.
Julio Silveira
Tua visão e pertinente, mas é para o momento. O horizonte expresso no texto já se apresenta, mas é principalmente de médio e longo prazo.
Carlos
"MIT, a Harward e a Princeton"
Certo, mas tens noção – não tenho – do que ocorre nas universidades chinesas e indianas, por exemplo, que não têm "grife"?
Economias da Europa e EUA estão assim… nos trinques?
augustinho
Quem obtinha sozinho todas as materias primas e hoje tem que disputa-las com outros dois, esta em decadencia relativa. Quem tem q lidar com deficits brutais interno e externo de trilhoes, ou dá calote ou entra em decadencia
Quem nada pode fazer contra o crescimento da asia, está necessariamente em decadencia relativa.
Hoje os vizinhos todos da china, inclusive Japão NAO precisam mais ir atras das ordens de washington. E acham
bom isso, fazendo pendulo ou não. O nome disso é decadencia.
Eles tem força militar? Pois é, que sentem em cima dela por 20 anos ver o q acontece. A persistirrem as taxas atuais,
o dragão vai ser bem maior que a aguia em 14 anos. Faça as contas.
Rodrigo
http://http://www.census.gov /prod/2004pubs /p60-226.pdf
Algumas vezes só educação e pesquisa não são suficientes pra erradicar a pobreza.
Julio Silveira
Concordo, e faço apenas um reparo para muitos colonizados ser colonizado é uma ideologia.
Marcelo de Matos
Muito bom o post. Plínio de Arruda Sampaio, entrevistado no Record Entrevista por Rodrigo Viana, fez uma afirmação um pouco diferente: disse que os chineses estão comprando muita terra na África. Segundo o líder psolista, eles irão produzir lá quase tudo que importam do Brasil. Solicitei ao Rodrigo que disponibilizasse a entrevista em seu blog, mas, ele informou que a Record não tem o vídeo em arquivo. Seja como for, tudo leva a crer que a economia mundial será dominada pelos orientais. O Irã tem grandes jazidas de gás e irá fornecer o produto para a Índia, a Rússia e a China. Os automóveis coreanos e japoneses estão dominando o mercado. A estatal francesa Peugeot associou-se à Nissan adquirindo 40% de suas ações. Em outras áreas o predomínio oriental poderá ser ainda maior. Outro dia fui comprar meias e constatei que as Lupo custavam mais que o dobro que similares do Paquistão. As meias Aço eram muito boas, mas, a indústria faliu. O setor têxtil, que teve redução do ICMS de 12 para 7% que se cuide: o comércio brasileiro com o Irã já está na casa dos 2 bilhões de reais.
Carlos
Provável que o Plínio tenha cópia.
Vera Silva
Também não sou especialista, Azenha. Mas, transportando o que aprendi como psicóloga para a política internacional, digo que é preciso que o Brasil use seus próprios parâmetros, sempre. Desta forma poderemos ser livres e deixar que os outros países também o sejam, coisa que os americanos e os europeus não fizeram em seus contatos colonizadores.
A autodeterminação não é birra, é a diferença entre a vida e a morte.
Mara
Excelente artigo Azenha! Parabéns!!
flora
De pleno acordo.
O problema com a descolonização mental é que para ela acontecer é preciso querer…e ter alguma generosidade.
Além do seu artigo, achei muito bom também ler isso hoje:
De Agencia EFE – Há 12 horas
Brasília, 8 abr (EFE).- O líder de Estado de Mali, Amadou Toumani Touré, agradeceu nesta quinta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por sua "luta" contra os subsídios dos Estados Unidos a seus produtores de algodão, porque assim "ajuda o progresso de toda a África".
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