Delcídio afirma: Fez “delação de político”, nunca discutiu ilegalidades com Lula nem tem provas de qualquer ato ilícito
Tempo de leitura: 2 minDelcídio afirma que nunca discutiu ilegalidades com Lula e que não tem provas de sua “delação de político”
Em depoimento em Curitiba, ex-senador disse também não ter como provar que ex-presidente cometeu qualquer ato ilícito
O ex-senador Delcidio do Amaral depôs nesta segunda-feira (21) em Curitiba, em ação penal contra Luiz Inácio Lula da Silva, e afirmou nunca ter tido nenhuma conversa com o ex-presidente a respeito de qualquer procedimento ilícito.
Disse também que não tem nenhuma prova de que Lula tenha feito parte de qualquer procedimento fraudulento. Por fim, disse que não teve conversa direta ou prova de que o ex-presidente saberia de fraudes que aconteciam na Petrobras.
O processo movido pelo MPF-PR (Ministério Público Federal no Paraná) versa sobre um apartamento no Guarujá (SP) que jamais pertenceu ao ex-presidente, mas que procuradores afirmam ser sua “propriedade oculta”, que teria sido dada a ele pela empreiteira OAS, como contrapartida pela construtora ter recebido vantagens em contratos com a Petrobras.
Nada disso, porém, foi confirmado por Delcídio, a primeira testemunha de acusação que foi ouvida no processo.
Questionada se tinha conversado diretamente como ex-presidente sobre qualquer ilícito na Petrobras, a testemunha negou: “Não, ele nunca me deu liberdade para isso.” Disse também não ter nenhuma informação sobre o apartamento no Guarujá ou vantagens indevidas concedidas ao ex-presidente por meio do imóvel.
O ex-senador Delcídio do Amaral é réu confesso na Lava Jato, e assinou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República para ter sua pena reduzida.
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Nesta segunda-feira ,ele refez acusações genéricas sobre suposta participação do ex-presidente em fraudes na estatal e na estrutura de indicações de cargos na administração governamental, com frases de efeito para manchetes de jornais, tais como “o presidente não entrava nos detalhes, mas tinha conhecimento absoluto dos interesses dos envolvidos.”
Questionando, porém, se tinha provas sobre o que dizia, disse que não, que fizera uma “delação de político”, por ser líder do governo e “saber como a roda gira” mas que suas teses vinham sendo confirmadas por outros delatores.
O ex-senador disse, ainda, acreditar que “ter uma indicação política não quer dizer que a pessoa foi indicada para roubar.”
Delcidio, que foi diretor da Petrobras no governo FHC, disse que só teve conhecimento em 2010 de ilícitos em térmicas da Petrobras na gestão do PSDB, após funcionários da Petrobras fecharem um acordo na Suíça.
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Comentários
Joao Maria
O juizeco ficou sem ação, nao tem provas. Devia dar voz de prisão a Delcidio.
Geovani
E POR FALAR EM LAVA JATO
Lava Jato: os ratos têm pressa
http://www.conversaafiada.com.br/economia/lava-jato-os-ratos-tem-pressa
Lava Jato: os ratos têm pressa
Quebram o Brasil e devolvem 0,1% do roubado?
publicado 21/11/2016
Da FUP, Federação Única dos Petroleiros:
Na última sexta-feira, 18, a imprensa anunciou com estardalhaço o ressarcimento de R$ 204,2 milhões à Petrobrás recuperados pela Lava Jato. Tudo feito com muita pompa e circunstâncias em cerimônia transmitida ao vivo do Ministério Público do Paraná, com a presença do presidente da empresa, Pedro Parente. Foi a terceira devolução de valores surrupiados por ex-executivos da companhia.
Quase três anos após o início da Lava Jato, a Petrobrás recuperou até agora cerca de R$ 500 milhões, apenas 8% dos R$ 6,2 bilhões que a empresa deu baixa no balanço de 2014, como perdas provocadas por supostos esquemas de corrupção. No entanto, segundo relatório divulgado pela Polícia Federal no ano passado, a companhia teria sido lesada em R$ 42 bilhões! Como pode, após tantas prisões que viraram o país de ponta-cabeça, terem recuperado pouco mais de 0,1% deste valor?
Ou super
-dimensionaram o que chamam de maior escândalo de corrupção do Brasil ou os justiceiros do Paraná são muito mais marqueteiros do que competentes? Quebraram a engenharia nacional, desmontaram a cadeia de petróleo e gás e estão vendendo a Petrobrás a preço de banana em função de R$ 500 milhões? É esse até agora o resultado concreto da tal roubalheira que Pedro Parente usa como desculpa pra privatizar uma empresa, que, antes da Lava Jato, já foi responsável por 13% do PIB do país.
Ao longo desses quase três anos da operação, a Petrobrás reduziu a um terço os seus investimentos, a indústria naval já fechou mais de 40 mil postos de trabalho, navios e plataformas voltaram a ser encomendados no exterior, a indústria nacional segue em frangalhos, o PIB despenca a cada trimestre e o Brasil já é o sétimo país no mundo em número de desempregados.
E enquanto a mídia trata Moro e Dallagnol como heróis, os vilões descansam em berço esplêndido. As tais delações premiadas já reduziram em ao menos 326 anos as penas dos condenados, beneficiando ex-diretores e ex-gerentes que roubaram a Petrobrás, assim como executivos das empreiteiras, que cumprem prisão domiciliar em suas luxuosas residências. Paulo Roberto Costa, por exemplo, já foi liberado até da tornozeleira eletrônica. Só precisa prestar serviços comunitários quatro horas por semana e, como se não bastasse, ainda posa de dom quixote, propondo colaborar com o FBI no combate ao crime organizado.
Como bem retratou Cazuza no final dos anos 80, na canção “O tempo não para”, estamos novamente mergulhados em uma “piscina cheia de ratos”, vendo “o futuro repetir o passado”, enquanto “transformam um país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro”.
FrancoAtirador
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“Delação de Político” é aquela em que o Delator é um Mitômano
que Mente Livre e Impunemente para Acusar Sem provas a quem
a Polícia Federal, o Ministério Público e o Juiz Pretendem Condenar.
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Luiz Carlos P. Oliveira
E agora, Moro? Sem provas, sem crimes. Nada que já não soubéssemos. Só se condenar por powerpoint. Chato, não?
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