Alexandre Tambelli: Bolso cheio x bolso vazio e eleição de 2018
Tempo de leitura: 3 minPRESIDENTE DO BOLSO CHEIO (LULA) X PRESIDENTE DO BOLSO VAZIO (TEMER) E AS PESQUISAS ELEITORAIS DE 2018.
por Alexandre Tambelli, nos comentários
Precisamos resgatar uma análise simples para compreender os resultados das pesquisas eleitorais divulgadas no início da semana e o resultado favorável ao Lula.
O Brasil está dividido em três grupos hegemônicos:
a) O eleitor de direita e seus + ou – 30% de eleitores;
b) O eleitor de esquerda e seus + ou – 30% de eleitores;
c) O eleitor que vota pelo bolso.
Estamos assistindo a esta disputa de narrativa do bolso cheio ou vazio para o voto de 2018.
Falar de FHC não dá porque a memória da maioria no eleitorado é só capaz de associar Lula/Dilma (primeiro mandato) e Temer.
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Na rateada de Dilma com o Levy, o bolso esvaziou e facilitou o golpe. O bolso vazio não ofereceu resistência ao Golpe de Estado.
Lula tem o recall do bolso cheio. Temer terá o recall do bolso vazio, bem mais vazio do que o de 2015 e início de 2016 pré-golpe com Dilma presidenta.
A inversão constante do pêndulo, indo os votos do bolso cheio ou vazio de Temer para Lula é uma tendência que não devemos descartar.
As pesquisas já apontam essa tendência. Temer é o presidente do bolso vazio e Lula, o presidente do bolso cheio.
O eleitor do bolso cheio + a esquerda darão vitória a Lula ou ao candidato que ele indicar em 2018.
Aqui entra a questão do Golpe de Estado e do Estado de Exceção.
Se houver o golpe dentro do golpe, com a criação de mecanismos para o parlamentarismo vingar em 2017, poderemos ver a eleição de 2018 cancelada. É grande a possibilidade desta tentativa por parte da direita do golpe.
Perpetuar-se no poder é uma forma prática de retirar da população o recall (memória coletiva) do passado recente.
A população daqui 15, 20 anos seria um eleitorado incapaz de associar candidatos ao bolso cheio ou bolso vazio, porque só viveu o bolso vazio e na redemocratização futura se teria a chance, por falta de Educação Política, de, ainda, se eleger um novo Collor e demorar um tempo a mais para a esquerda voltar ao Poder.
Tirar Lula do páreo não é suficiente para a direita golpista em 2018. O candidato de Lula pode ganhar sem muito esforço do governo do bolso vazio de Temer, como aconteceu com FHC, outro presidente do bolso vazio.
Por isto não se pode descartar a radicalização do Golpe de Estado, o golpe dentro do golpe com a instituição do parlamentarismo e a não realização de eleições gerais em 2018.
Observação. As eleições municipais de 2016 estão nesta zona nebulosa de passagem do bolso cheio para o bolso vazio. O voto foi meio cinzento não atingiu hegemonia grupo político nenhum.
Precisamos estar atentos para em 2018, se houver eleição, entender o eleitorado existente. E lembrar: vencerá a eleição presidencial o candidato que mais introduzir nesse eleitorado do bolso cheio a ideia de que ele pode contar com o candidato para encher o bolso e isto Lula tem de sobra.
E não esquecer que a Revolução do povo brasileiro é através do bolso cheio. Não temos, ainda, educação política capaz de dar ao povo brasileiro consciência de classe, consciência das diferenças do voto na esquerda e na direita, de plataformas neoliberais X plataformas desenvolvimentistas, de projetos antinacionais e projetos de defesa dos interesses nacionais.
PS.: A pesquisa Vox Populi/CUT pode até ser colocada pela direita golpista e sua mídia como mentirosa, porém, é só fachada, jogo de cena deles, natural que assim seja.
Todavia, no QG do golpe ela é entendida como um alerta máximo para o É PRECISO FAZER ALGUMA COISA. E uma dessas coisas é o golpe dentro do golpe e a tentativa de instituição do parlamentarismo e da não realização de eleições em 2018.
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Comentários
Bovino
Acho que teremos eleições em 2018, senão o escândalo seria mundial e a Esquerda teria a obrigação de se unir para destruir (fisicamente) a Globo, o SBT, a Veja, a Jovem Pan e invadir o Congresso. Só não posso afirmar se a apuração presidencial será correta, com o Gilmar no TSE…
E os cargos legislativos? Puxadores de votos (artistas/famosos progressistas) serão fundamentais, do contrário, só o Ivan Valente, o Suplicy e o Haddad serão eleitos aqui no Tucanistão.
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