Obama-Hu: reunião da cúpula G-G (GM-Google)
20/1/2011, Pepe Escobar, Asia Times Online
Ninguém menos que Zbigniew Brzezinski, eminente guru de política exterior dos EUA e homem que deu à ex-URSS “seu Vietnã”, trovejou pelo New York Times que a reunião dos presidentes Barack Obama e Hu Jintao é “o mais importante encontro de alto-nível EUA-China desde a viagem histórica de Deng Xiaoping, há mais de 30 anos”.
O Dr. Zbig bem poderia ter expandido a hipérbole até as mudanças geopolíticas de alcance cósmico desses recentes 30, para não dizer 40 anos, se se considera o encontro histórico entre Richard “Dick, o Escamoso” Nixon e o Grande Timoneiro Mao Tse Tung em 1972, em Pequim.
Mas é realmente graças ao Pequeno Timoneiro Deng e sua política visionária de “atravessar o rio sentindo as pedras”, vendida às massas proletárias como rasteiro “enriquecer traz glória!”, que a China está onde as coisas acontecem no início desse século 21.
O que nos traz de volta à atual reunião da cúpula G-G, Google-GM. Sim, para as massas globais que labutam de sol a sol, trata-se exatamente disso. A China é como Google. Não se pode viver sem ela. Se alguém procura alguma coisa, qualquer coisa, clica Google. E os EUA são como a General Motors. Com tanto para ostentar, do prático (Hyundai) ao glamuroso (Aston Martin), quem, em pleno juízo, quererá comprar carro da GM? (OK, empresários bem-sucedidos em Chengdu, sim, compram Buicks made-in-China, mas esse é outro assunto.)
Ninguém jamais conseguirá exagerar o escambo enlouquecido que se instalou há semanas nos domínios de todos os presidentes que servem em Wall Street, para garantir um assento no jantar oficial – imperial – na Casa Branca, em homenagem a Hu. Já é um dos movimentos que definiram o jovem século – troncudos defensores anglo-saxões do laissez faire transformados em ardentes defensores do capitalismo autoritário à moda chinesa. O que mais poderiam fazer? Afinal, a China salvou o turbo-capitalismo ocidental – o que serve à perfeição aos planos do Pequeno Timoneiro. Para não dizer que a China controla 21% – e a conta continua a aumentar – de toda a dívida pública dos EUA, e o Banco Central chinês nada de braçada em 25% das reservas do mundo.
Hu por seu lado agiu – e de que outro modo poderia ter agido? – imperialmente; os dois nomes que encabeçam sua lista de convidados são os prefeitos de San Francisco e Oakland, os primeiros dois sino-americanos a governar metrópoles norte-americanas. Quantos norte-americanos puro-sangue matariam para sentar àquela mesa. Afinal, 44% deles, segundo pesquisa Pew recentemente divulgada, acreditam que o PIB chinês já ultrapassou o dos EUA (pode acontecer a qualquer momento, entre 2018 e 2027). A percepção já faz a realidade.
Não se acanhe, bronzeie-se na minha luz[1]
O Dr. Zbig acerta no fundamental, sobre as relações EUA-China, ao alertar sobre “a deriva rumo a uma escalada na demonização recíproca”. Acerta também ao denunciar a deterioração da infraestrutura nos EUA, para ele “simples sintoma do retrocesso dos EUA de volta ao século 20”. Mas pode-se apostar e ganhar caixas de Moët, na certeza de que nenhum daqueles presidentes de Wall Street que disputam à unha as migalhas que caiam da mesa de Hu perdeu alguma hora de sono, tentando achar meios para revitalizar a economia doméstica, inventar empregos e recompor a infraestrutura – para nem falar do investimento e da educação – nos EUA.
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Como efeito colateral da crise financeira provocada por Wall Street, a China embarcou em muitos projetos de infraestrutura. Diferente da China – onde o governo central realmente governa – Washington continua esperando que os bancos norte-americanos emprestem. E os bancos, como todo mundo sabem, não estão nem aí.
Apesar de todas as platitudes usuais da imprensa sobre um relacionamento “tenso”, não haverá qualquer conversação sobre a desvalorização competitiva do yuan. O secretário do Tesouro Tim Geithner em pessoa já admitiu que Pequim desvalorizou o yuan em cerca de 10% ao ano, em valor real.
Nem Obama terá espaço e condições para pressionar a China na questão da Coreia do Norte. A Coreia do Sul pode resolver querer a unificação. O Japão teme mais a reunificação, que a peste – imaginem uma Coreia unificada, poderosa, dinâmica, unida, que rapidamente empurraria o Japão para o escanteio da irrelevância global. Pequim quer que tudo permaneça exatamente como está.
E há também a resposta chinesa à doutrina do Pentágono, de “dominação de pleno espectro” – os novos bombardeiros J-20 chineses, de tecnologia stealth [‘invisíveis’], cruzando o céu azul-inverno da cabeça de Robert ‘El Supremo’ Gates do Pentágono, semana passada. Gates imediatamente entrou em modo preventivo e declarou, para os autos, que os chineses não dominarão a tecnologia antes de 2020. Mas não faz diferença – como tampouco faz qualquer diferença o frenesi jornalístico, de que haveria ‘divergências’ entre o partido e o exército na China.
Qualquer técnico especialista em Relações Públicas de Hollywood admitiria que a foto do J-20 chinês foi montada. Foi operação cuidadosamente coordenada, co-produção entre o Partido Comunista Chinês e o Exército do Povo. E, como Mestre de Cerimônias, quem lá estava, senão Xi Jinping, certo de que será o próximo líder chinês, depois que Hu deixar o cargo em 2012. Quando você tem o USS George Washington fungando a todo momento no seu litoral, melhor arranjar logo algum stealth. E o próximo sucesso chinês arrasa-quarteirão é o porta-aviões agendado para 2014.
John Ikenberry de Princeton define os EUA como um “leviatã liberal”. E sobra o quê, para a China? Seria algum “leviatã autoritário”?
Seja como for, o que se ouve em Washington é que a equipe do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca – coordenada pelo Conselheiro de Segurança Nacional Thomas Donilon – está suando a camisa, fazendo o possível para arranjar alguma estratégia racional para a questão China. Mas é pouco provável que algum esboço, que circunscreva todas as candentes questões em que se envolveu esse Grupo de Dois, venha a emergir do contato de cúpula.
Ian Morris, professor de história e classicismo em Stanford, abre seu esplêndido livro Why the West Rules – For Now [Por que o Ocidente governa – Por Enquanto] (New York: Farrar, Straus & Giroux
[2]) com um relato ficcional de uma reverência da rainha Vitória, em 1848, a Qiying, enviado do Imperador Daoguang, nas docas da “East India” em Londres – prestando uma última homenagem à suserania imperial. Claro que a história decidiu por outra via. Mas, diriam os chineses, aproveitando a deixa dos executivos de Wall Street que salivam à volta de Hu, esperemos uns anos e depois conversaremos. Até lá, o mundo continuará a seguir a trilha de Google, não da GM.
NOTAS
[1] Orig. “Feel free to bask in my glow”. É fala do rei Julien, dos Lêmures, em Madagascar (2005, desenho de animação).
[2] Resenha no New York Times, 12/12/2010, em http://www.nytimes.com/2010/12/12/books/review/Schell-t.html (em inglês).
Comentários
rogerio marques
Há 20 anos os comentáristas econômicos comentavam (quando o Japão comprava prédios famosos em New York): um executivo de Wall Street dormiu por vinte anos (comparando com a história de Van Dick de um homem que dormiu 20 anos), quando acordou perguntou onde estou? Numa cidade japonesa. Mas aqui se usa dolares? O dolar acabou, só se usa ienes.
Vinte anos se passou e o Japão se estagnou. O Japão chegou no limite, a China chegou no limite devido seu contigente populacional. Como a sua economia vai lidar daqui há cinco anos com uma população envelhecida, inativa e uma juventude pequena e ativa?
Nunca acreditei quando diziam que o Japão dominaria o mundo, também não acredito na China. Mas uma Coréia unificada é outra história.
José Lucena
A China terminará comprando o Alasca.
Será mais uma confirmação do princípio da ruina do império?
Rafael
Essa questão ambiental é estranha. Quem prefere ficar sem emprego sem poder sustentar sua família, dar educação de qualidade para seus filhos a derrubar uma árvore ou emitir carbono? Esse discurso tá muito utópico. Não conseguem conciliar esse discurso com a realidade.
O que é claro é que nem um país que se desenvolveu sem poluir. É tanta hipocrisia que até questionaram a exploração do pré-sal. Óbvio que a intenção era que não explorássemos. Tem muita demagogia nesse discurso.
fernandoeudonatelo
Acredito que essa análise não pode ser feita sozinha de outros fatos. A China já está pulverizando papéis, com a finalidade de elevar a confiança do mercado financeiro nos países europeus em crise, tendo comprado 1,1 bilhão de euros da dívida portuguesa, segundo dados da Dow Jones Newswires, alem de ter participado do leilão de venda da dívida pública da Espanha em 14 de janeiro.
Isso tambem contribui pra China quando quiser entrar com forte paricipação em investimentos diretos sobre a economia europeia, ponto em que os EUA rejeitariam a estrangeirização de sua capacidade produtiva, como já fizeram quando corporação chinesa tentou adquirir uma instalação industrial de base.
Além do fato de que os titulos europeus, atualmente, remuneram muito melhor seus credores em relação aos americanos.
Pedro
A liberdade capitalista é o direito comercial segundo o qual as mercadorias devem ter livre circulação. Foi este o postulado da Economia Política, a ciência burguesa, formulado por Adam Smith em sua bela obra, A Riqueza das Nações. Ironia das ironias, o comunismo chinês desempenha, agora, para falar a linquagem weberiana dos sociólogos, o papel que teve outrora o protestantismo. A história dá mais voltas do que as estradas serranas.
Pedro
Para uma terceira Guerra-do-Ópio parece que o Ocidente não está preparado.
ZePovinho
http://www.cubadebate.cu/especiales/2011/01/22/gr…
Grecia: símbolo de la deuda ilegítima
22 Enero 2011 Haga un comentario
por Eric Toussaint
Resumen: La deuda pública griega estuvo en primera plana cuando los dirigentes de ese país aceptaron el tratamiento de austeridad recetado por el FMI y la Unión Europea, provocando importantísimas luchas sociales a lo largo de 2010. Pero ¿de donde viene la deuda griega? El aumento de la deuda a cargo del sector privado es reciente: hubo un primer aumento fuerte después de la entrada de Gracia en la zona euro en 2001; una segunda explosión de la deuda se produjo a partir de 2007, cuando la ayuda financiera concedida a los bancos por la Reserva Federal de Estados Unidos, por los gobiernos europeos y por el Banco Central Europeo (BCE) fue en parte reciclada por los banqueros hacia Grecia y otros países como España o Portugal. En cambio, el crecimiento de la parte pública de la deuda es más antiguo. Después de la deuda heredada de la dictadura de los coroneles, el recurso al préstamo sirvió desde los años noventa para rellenar el agujero producido en las finanzas públicas por la reducción del impuesto de sociedades y sobre las rentas más altas. Por otra parte, desde hace décadas, muchos préstamos permitieron financiar la compra de material militar, principalmente a Francia, Alemania y Estados Unidos. Tampoco hay que olvidar el asombroso endeudamiento en que cayó el gobierno griego para financiar la organización de los Juegos olímpicos de 2004 en Atenas. El engranaje de este endeudamiento público estuvo bien engrasado por los sobornos de las compañías transnacionales con el afán de conseguir suculentos contratos: Siemens es un caso emblemático.
Todo esto hace que se deba examinar rigurosamente la legitimidad y la legalidad de las diferentes deudas, según el método llevado a cabo en Ecuador, en 2007-2008, por la comisión de la auditoría integral de las deudas públicas. Las deudas que se calificarán de ilegítimas, odiosas o ilegales deberán ser declaradas nulas. Por lo tanto Grecia podrá repudiar su reembolso, al mismo tiempo que podrá demandar ante la justicia a aquellos que las hayan contratado. Existen signos alentadores provenientes de Grecia que indican el cuestionamiento de la deuda, convertido en tema central, y el pedido de una comisión de auditoría progresa de forma interesante………………………………………………
ZePovinho
Essa dívida foi feita usando o FED.Quando os americanos vão acordar,dar um chute na bunda desses banqueiros ladrões e retomar seu lindo país de volta???????????????????O mesmo vale para nós.
http://www.cubadebate.cu/especiales/2011/01/22/gr…
|1| Según Alexander Sack, teórico de la doctrina de la deuda odiosa «Si un poder despótico contrae una deuda, no según las necesidades y los intereses del Estado, sino para fortificar su régimen despótico, para reprimir la población que le combate, esta deuda es odiosa para la población de todo el Estado […] Esta deuda no es obligatoria para la nación: es una deuda del régimen, una deuda personal del poder que la contrajo, y por consiguiente deja de existir con la caída de ese poder.» (Sack, 1927). Para una presentación sintética, véase la posición del CADTM Bélgica sobre la doctrina de la deuda odiosa y su estrategia jurídica para su anulación http://www.cadtm.org/La-posicion-de… y también «Deuda ilegítima: la actualidad de la deuda odiosa. Posición del CADTM internacional» http://www.cadtm.org/La-actualidad-…
José Ruiz
O crescimento da China revela uma mudança no comando do planeta. Aliás, os místicos previam para 2012 um desastre cataclísmico, decorrente de uma mudança do eixo da terra, em um contexto de reestruturação cósmica cíclica. Ao que tudo indica, o único eixo que realmente vai mudar é do poder. Saem EUA/Europa e entra(m) China e (BRI?). Para os animadinhos de plantão, sobretudo aqueles já nasceram carregando uma faixa de "abaixo o imperialismo", vale lembrar que esse processo é lento e não afeta a maior parte da população mundial, que continuará sofrendo uma baixa qualidade de vida. Além disso, os "novos chefes" chegam dando péssimos exemplos de desenvolvimento sustentável, o que nos fará sentir saudades dos parâmetros oriundos do "velho continente" (que vai começar a exportar tecnologia de bem estar social pelo menos alguns países vide Alemanha, por exemplo). Ou seja, o imperialismo continua, só muda de endereço. E a perspectiva de desastre cataclísmico continua, e nem precisa mirar a China para ver isso: estão detonando o meio ambiente no Brasil e construindo cidades insustentáveis, apesar de que os chineses são hors-concours nesse quesito. De nada adianta esse foco econômico. Se não retomarmos urgentemente a agenda do meio ambiente, vamos confirmar as profecias. Pode até ser que em 2012 ocorra algo mais emblemático, mas o fim do mundo já ocorre para milhares de pessoas que vivem(?) em áreas de risco em todo o planeta…
@paulofelipecs
Deixando a questão esotérica de lado, por motivos óbvios, acho que a agenda ambiental não é o nosso problema. Precisamos produzir… "enriquecer traz glória"…
Precisamos produzir o aço laminado que vai alimentar a máquina de guerra da China e vai pagar o meu e o seu salário.
A China tem tantos problemas geopolíticos na Ásia que nós não seremos prioridade para eles por um bom tempo… até sejamos parceiros.
Rafael
Temos que ter cuidado porque é com esse discurso de proteção ao meio-ambiente que psdb/pv e políticos que não tem qualquer preocupação com sustentabilidade vão usar para fazer campanha e depois de eleitos escravizar novamente o brasileiro que nem o acordo que serra já tinha com a chevron. temos que estar atentos para esse discurso não ser usado com falsidade.
José Ruiz
Não há nenhuma relação entre a preocupação com o meio ambiente e o discurso do PSDB, do PV ou de quem quer que seja. Fosse assim não teríamos olhos para os sofrimentos do povo brasileiro, já que esse discurso há muito é encampado por PFL/DEM e etc. Em época de eleição todo mundo é "amigo de pobre". Isso, entretanto, não muda a necessidade de movimentos populares em prol da inclusão social. Muitíssimo pelo contrário: se calar agora significa dar a eles esse discurso. Desde quando política neo-liberal é pró meio ambiente?? O que se faz na China, e também no Brasil, sob o ponto de vista ambiental, é errado e pronto. A idéia de garantir nossos salários a qualquer custo é egoísta: temos que nos preocupar com o mundo que deixaremos para nossos filhos. "produzir o aço laminado que vai alimentar a máquina de guerra da China" é discurso neo-liberal. Não sai um pixulé sequer para o povo brasileiro.
Rafael
E o Brasil com todo o potencial que tem para ser uma potência fica só de longe, mas bem feito para um povo que só queria olhar novela da globo enquanto a elite e os militares administravam o país como se fosse o seu cofrinho.Se hoje faltam portos mais modernos, faltam escolas de qualidade a culpa com certeza é de quem hoje critica Lula e Dilma, globo, abril e essa corja que é a elite que só olha para o próprio umbigo.
É preferível que houvesse uma guerra civil e tivéssemos lutado por democracia e tirado os militares do poder muito tempo antes, não teríamos tanto prejuízo.
Pedro Luiz Paredes
O problema dos EUA sempre foi a inflexibilidade, eles não aceitam se não for do jeito deles; se aceitarem é porque ainda estão saindo no lucro, rs
Enquanto eles impõe sanções ao Irã, Cuba, entre outras interferências no globo, a China, bem como o Brasil, diversificam relações e ampliam sua importância política de uma forma muito mais conciliadora e frutífera no plano econômico e financeiro.
Acontece que a atual dinâmica de mercado exige isso, e ao invés de encarar a realidade e fazer um intensivão para aprender, continuam apostando na dissimulação política e armamentista se é que são coisas distintas.
Vai chegar uma hora em que nem vai fazer tanta diferença para a China, e bem depois ao Brasil, ter ou não títulos da dívida norte americana.
Também não confio na China na questão armamentista e temo se eles começarem a adotar o mesmo expediente dos EUA, iniciando um novo ciclo de dissimulação global, posto sua estrutura social de dominação interna totalmente conveniente para tanto.
Será que eles precisarão do Google?
Ismar Curi
Alguém poderia me explicar porque a China precisa de uma Ditadura do Proletariado para aprofundar lá o capitalismo?
Decio J V Braga
Azenha,
tenho acompanhado seu blog a pouco tempo, mas o suficiente para admirar sua postura, principalmente nesse último conturbado processo eleitoral, expondo situações que desmascarava a direção golpista istalada pela elite.
Usou de um jornalismo coerente, maduro e, ainda que, em função até mesmo das circunstâncias e do momento em que vivemos, não poupóu esforços para mostrar um outro lado das notícias que a grande impressa não mostrou. Sem exagerar e sem se exacerbar ideológicamente.
Sou pastor evangélico, professor de história e palestrante, e como palestrante, estou criando um site, com o domínio http://www.professorjuliobraga.com, de teor motivacional. Assim que tiver operacional passarei o link para você. Mas, por enquanto, gostaria muito de inserir alguns artigos de seu site no meu, através de links, principalmente os que tratarem de política mundial, como esse.
Antes de fazê-lo, gostaria de sua autorização.
Fica aqui minha admiração (mesmo que você não autorize, tá?) e desejo que você continue a desenvolver esse trabalho de forma brilhante.
Um Abraço
Professor Julio Braga
ZePovinho
Um panorama(BRILHANTE) da estratégia dos EUA pode ser compreendido aqui:
http://www.voltairenet.org/article167050.html
Só um tira gosto:
"………..Wayne Madsen, periodista que realiza investigaciones sobre Washington y se expresa a través de Internet en su sitio Wayne Madsen Report (WMR), describe el papel del tráfico de opio durante la invasión estadounidense de 2001 y la ocupación del territorio:
«Según informaciones proporcionadas al WMR por un veterano de la Delta Force, cuando las unidades de élite de las fuerzas militares fueron enviadas a Afganistán después de los atentados del 11 de septiembre, la primera orden que recibieron de la CIA fue proteger las plantaciones de amapola [También llamada adormidera, es la planta de la que se obtiene el opio. NdT.]. Fuentes del WMR en el seno del FBI confirman que el tráfico proveniente de Afganistán ha reemplazado el que dirigía Khun Sa, el rey del opio del Triángulo de Oro en Birmania, y que ese país es hoy la principal fuente del opio y de la heroína de que dispone la CIA para sus operaciones de narcotráfico.» [46]
Os EUA querem o controle da zona central da Eurasia para impedir que surja,ali,um mega-poder numa coalização Rússia-China-Irã que ameace o poder americano.É a mesma estratégia que a Inglaterra tinha,segundo as ideias de Halford MacKinder.Esse cara é o pai da geopolítica anglo-americana,tendo Nicholas Spykman e Zbignew Brzezinski como fãs do trabalho dele.
Só mais um aperittivo do artigo do F. William Engdahl:
"……….Brzezinski, protegido de David Rockefeller y discípulo del geopolítico británico MacKinder, escribía las siguientes líneas en 1997:
«Estados Unidos es hoy en día la única superpotencia mundial, y es en Eurasia donde se decide todo en el mundo. La distribución de poderes en el continente euroasiático tendrá por lo tanto una importancia decisiva para la supremacía estadounidense y para su legado histórico… Mientras las señales que vienen de Europa y Asia sean alentadoras, cada una de las políticas estadounidenses debe, para tener éxito, focalizarse sobre Eurasia y considerar el continente como un todo. Las políticas que se aplican deben, ante todo, tener como guía un plan global de estrategia geopolítica… Para ello es prioritario recurrir a la astucia y a la manipulación para impedir la aparición de una coalición hostil que pudiera tratar de suplantar la primacía estadounidense.» [39]
ZePovinho
Sobre o envolvimento da oligarcada estadunidense com o tráfico de drogas ver:
http://www.fromthewilderness.com/free/ciadrugs/bu…
Sobre a estrutura da Nova Ordem Mundial ver:
http://www.scribd.com/doc/16616215/Secret-Shadow-…
Reginaldo
Se a China "controla" 21% da dívida americana, isso quer dizer, também, que a saúde da economia americana controla um bom pedaço da saude chinesa. Nao há banqueiro que aposte na morte ou quebra do devedor. Menos ainda em caso de dívida soberana, quando é virtualmente impossível tomar os bens do devedor. Se as reservas chinesas estão denominadas em dólar, a China nao pode apostar contra o dólar.
Marfco Túlio
Reginaldo, talvez o vento esteja mudando:
http://www.talkfinance.net/pt/f50/chinese-dollar-…
De qualquer forma, Deus nos livre do capitalismo autoritário chinês. Já temos exploração e desigualdade suficiente com o nosso.
Gustavo Pamplona
Ok pessoal… provavelmente vocês todos já devem saber que o filme "Lula, O Filho do Brasil" não foi indicado ao Oscar deste ano.
Se bem que acho que filme brasileiro deveria ganhar um Oscar algum dia, mais detalhes abaixo além do mais isto é um prêmio do cinema americano. Detalhe: Sou cinéfilo.
Bom.. depois que fiquei sabendo disto li alguns comentários de leitores de vários sites tipo Terra, UOl, G1, Veja, iG e outros ligados ao PIG, além de alguns sites e fórums de cinema que frequento.
Alguns sentaram o pau, outros regozijaram com prazer e é claro tem sempre aqueles que aproveitam e criticam o governo, o Lula e outros até mesmo criticaram o Ministério da Cultura por ter sido o responsável já que foi o MinC que escolheu o filme para representar o Brasil. Alguns até falaram que deveria ter sido o Tropa de Elite 2. (E como se um
Mas o mais interesante disto tudo é que a culpa disto se chama "Globo Filmes". Vou explicar para vocês.
Ano passado, um filme argentino chamado "El Secreto de Sus Ojos" de 2009 tinha levado a estatueta para a casa e a Globo na época "mordida de raiva" e também de "inveja" porque a Argentina tinha de novo ganho outro Oscar, o primeiro tinha sido com um filme de 1985 chamado "La Historia Oficial" numa reporcagem do Jornal da Globo criticou a violência do Brasil.
Isto porque segundo a reporcagem do JG na Argentina enquanto a temática da maior parte dos filmes é focada em "dramas familiares" no Brasil a maior parte é voltada em violência. Até hoje lembro da cara da Cristiane Pelajo ao dizer isto
Costumo dizer que o Brasil tem 5 classes de filmes
1 – Filmes que exploram a violência e o lado mais podre da sociedade, vide os Tropas de Elite por exemplo
2 – Filmes que não são inteiramente pornográficos, mas que mostram um nível de orgias sexuais e depravações. Eu mesmo sei de alguns títulos mas agora não consigo lembrar os nomes.
3 – Filmes que tem como temática regionalismos e outras "brasileirices" que com toda certeza o mundo não vai interessar e até mesmo alguns brasileiros especialmente os da classe A e B e alguns da C. Eu por exemplo até hoje não vi "Central do Brasil" e também nem quero ver. E olha que Central do Brasil já foi indicado ao Oscar
e agora os dois últimos piores
4 – Filmes que parecem extensões de novelas e programas da Globo. Inclusive até usam o mesmo tipo de câmera, os mesmos diretores, os mesmos atores e as mesmices de toda novela. Vocês já devem saber de filmes como "A Grande Família", "Os Normais", "Casseta & Planeta", etc.
5 – E é claro as bobagens do Didi e Xuxa… Eu até hoje eu não consigo entender que tipo de retardamento mental tem o pai ou a mãe que leva os filhos para assistir um tipo de filme como este.
Como o Brasil praticamente só existe uma produtora que tem dinheiro ou seja a "Globo Filmes" já que as outras não tem recursos não é de esperar que até hoje não exista um filme brasileiro que tenho ganho um Oscar.
E não se esqueçam que o cinema brasileiro é bancado com dinheiro público e até mesmo a Globo Filmes suga parte do dinheiro.
Eu costumo dizer que a "Academy of Motion Picture Arts and Sciences" sabe muito bem o que está fazendo… Ela sabe o que está premiando e sabem quem de fato é DIGNO de receber o Oscar.
Luiz Felipe
Gustavo
Concordo plenamente com o que vc disse e vou além. Acho que tirando os tipos de filmes 1 e 2, os tipos 3, 4 e 4 poderiam ser inserido na grade da Rede Globo como parte integrante… Definitivamente a Globo Filmes nada mais é do que uma formatação diferente do que a TV Globo produz, ou seja, ao invés de uma novela ou seriado (programas que duram meses ou anos) são produções concentradas em 1:30H a 2H de duração.
Não me estranharia nem um pouco se eles lançassem Malhação O Filme… hahahaha
Gustavo Pamplona
Agradeço pela tua resposta! ;-)
Só uma retificação.. aquele "(E como se um" no 4° parágrafo era para ter sido:
(E como se um filme como este fosse digno de ganhar um Oscar) – Sobre o Tropa de Elite 2.
Rafael
Isso mesmo. Enqquanto durar o monopólio da globo.
Scan
Gustavo, no quesito cinema sou uma verdadeira besta (posso ser também em outros assuntos, claro, mas esse em particular salta aos olhos…)
A última vez que entrei em um cinema foi para, pasme, assistir Alien (É! O primeiro da série!).
Por aí você pode ter idéia de minha autoridade no assunto…
Hoje você faz uma análise "enquadrando" os filmes brasileiros em 5 classes, o que, me parece, faz sentido. Te agradeço muito por diminuir um pouquinho minha imensa ignorância associada ao tema.
O_Brasileiro
Concordo com os comentaristas que suscitam o receio em relação à China.
O PIB é irrelevante frente às desigualdades! E quanto a isso, nem China nem EUA escapam de suas tragédias!
E nem nós, é claro!
Embora possuam índice Gini muito parecidos, inclusive com o do Brasil, China e EUA têm, no entanto, IDH muito diferentes (89ª e 4ª posição respectivamente).
Isso sem falar que os EUA controlam praticamente toda a informação do mundo ocidental: Google, Oracle, Microsoft, IBM, Facebook!
dukrai
a gente tamos com vergonha alheia. os gringos estão atordoados e apanhando de quem ganham em tudo; universidades, produção científica, tecnológica, PIB per capita trocentas vezes maior e maior PIB total, 21 dólares a hora de trabalho, a atriz mais gostosa do planeta e por aí afora.
Já a China tem 400 milhões de pessoas vivendo no sec. XI e outros 400 milhões achando que estão no sec. XXI, um sistema presidiário de exploração de mão de obra da época da revolução industrial que remunera a hora de trabalho a 60 centavos de dólar, um transformismo tecnológico-industrial dependente que replica produção externa sem criar uma base própria, dentre outros motivos pra deixar a gente também com vergonha alheia.
Vlado
Sei não compadre, mas acho que a coisa é um pouco mais complicada do que isso. Mas pelo menos o seu texto é muito saboroso…
dukrai
véi, é o máximo de profundidade que eu consigo na análise do velho e novo império, quanto ao texto todos os meus ex-profs discordam de vc rs
Marat
Quando algum país forte e razoavelmente estruturado fabrica algum tipo de armamento mais sofisticado, as autoridades militares estadunidenses escolhem uma, entre duas opções para reagir:
1) Se eles desejam aumentar as verbas para armas, superestimam os armamentos dessas potências estrangeiras;
2) Se têm medo do armamento do oponente, faz de tudo para desmoralizá-lo e desprezá-lo, para não alarmar sua população e seus países-escravos (geralmente da América Latina) e seus países-parasitas (geralmente da Europa).
Gustavo Pamplona
Beleza! Aí o dia em que descobrirem a BOLHA chinesa quebram os dois…
Ou será que vocês não se lembram da crise financeira dos tigres asiáticos de 1997 já que este povo, digo asiáticos (especialmente os chineses) não tem idéia do que é democracia e nem sabem direito o que é capitalismo já que sempre viveram em ditaduras e no comunismo.
@paulofelipecs
E…. qual é a relação entre capitalismo e democracia mesmo?
O capitalismo antes de ser um sistema político-econômico-social é um modo de produção… ninguém precisa saber o que é para ele funcionar… ele só precisa de suas bases estruturais (acúmulo de capital, propriedade privada e mão de obra assalariada livre) para ter vida própria.
Hans Bintje
Ganhar caixas de champagne Moët nessa aposta chega a ser covardia.
Do artigo:
"Mas pode-se apostar e ganhar caixas de Moët, na certeza de que [ninguém] perdeu alguma hora de sono, tentando achar meios para revitalizar a economia doméstica, inventar empregos e recompor a infraestrutura – para nem falar do investimento e da educação – nos EUA."
E esse pessoal ainda diz que o culpado dos problemas do mundo é o Miguel Nicolelis… então, tá!
waleria
O que é mais triste é ver que um cai, outro sobe, e nós continuamos fora do jogo, como fornecedores de commodities.
Leider_Lincoln
Hã? Não temos mão-de-obra, instalações ociosas e capacidade industrial sequer para atender nossas próprias necessidades e você queria que exportássemos bens industriais? Minha cara, você gastou muito tempo da sua vida lendo as teses da campanha do Serra…
edv
Lembrando que os neoliberais nos recolocaram nesta posição de retrocesso.
Jorge
Sempre ouvi que a pior coisa que os EUA fizeram foi se livrar da indústria de Bens de Consumo e de Bens de Consumo Duráveis, em favor de explorar a mão-de-obra mais barata asiática a cerca de 30 anos; pensaram apenas no $$$. Combine tudo ainda com o neo-liberalismo de outros países que, indiretamente acompanharam "os movimentos dos EUA", e você tem a situação atual da maioria das outrora grandes economias. Não foi por falta de advertência, elas existiram e vieram de todas quantas foram as associações de industriais, universidades e centros de pesquisa econômicos e de sistema da época.
Aqui, ainda bem que o neo-liberalismo veio tarde. Também porque, o governo desta época nossa, fez tanta merda, que cavaram eles mesmos a melhor saída da Nação do processo de sucateamento. Poderia estar pior, bem pior.
Leider_Lincoln
Ah, lendo isso e me lembro dos finados John Bastos, José Serra e Heráclito Fortes em seus faniquitos sobre por que estamos errados em _como a China_ entrar e preferir o Google à GM…
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