A longa viagem de um inquérito que apurou supostas propinas de R$ 2,7 milhões recebidas por Michel Temer no porto de Santos

Tempo de leitura: 8 min

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Michel Temer comemora (com Cunha) uma de suas três eleições à presidência da Câmara; a fazenda do amigo do presidente interino, coronel Lima, invadida pelo MST; e o dono da Engevix, que acusou Temer e Lima de participação em esquemas na Eletronuclear; parceiro de Temer, Lima é dono de 1.415 hectares no interior de São Paulo num salário de coronel aposentado que hoje chega a R$ 23 mil mensais

Blindagem no Litoral

Da Redação, com Garganta Profunda*

Em novembro de 2000, o processo de separação de uma estudante de psicologia e do então presidente da Companhia Docas de Santos (Codesp), Marcelo de Azeredo, provocou um terremoto na 3ª Vara de Família e Sucessões de Santos.

Junto com o pedido de reconhecimento e dissolução de união estável, Érika Santos juntou um dossiê com planilhas e documentos que, segundo ela, comprovariam o milionário esquema de arrecadação de propinas no porto de Santos.

Além do ex-marido, Érika acusou de fazerem parte do esquema o então deputado federal Michel Temer e uma pessoa identificada como “Lima” – provavelmente o empresário João Baptista Lima Filho, amigo e homem de confiança de Temer, dono da fazenda Esmeralda e de outras terras na região de Duartina, no interior de São Paulo.

Ao ocupar a propriedade, em maio último, o MST acusou Lima de ser “laranja” de Temer:

João Batista Lima Filho, o Coronel Lima, sócio da Argeplan e proprietário formal da fazenda Esmeralda, é coronel da reserva da Polícia Militar da Paraíba, mas curiosamente é proprietário de milhares de hectares de terras em São Paulo.

As informações contidas nos documentos juntados por Érika ao processo de separação expuseram o esquema que seria comandado por Azeredo.

A ex copiou arquivos que estavam no computador de Marcelo de Azeredo como forma de provar que ele era capaz de pagar a pensão de R$ 10 mil que ela pleiteava.

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As planilhas revelavam a divisão da propina. Segundo os documentos, 25% eram de Azeredo, 25% de Lima e 50% de Temer.

Os arquivos tratavam de obras, serviços e valores repassados. A concessão dos terminais 34 e 35 para a empresa Libra Terminais teria rendido ao grupo R$ 1,28 milhão. Neste negócio, Temer teria embolsado R$ 640 mil.

Nas obras civis do terminal de grãos e do terminal ferroviário, a propina de Temer, identificado nos arquivos digitais como MT, teria sido de R$ 1,56 milhão.

Em negócio aparentemente relacionado ao lixo do porto, a parte do agora presidente interino teria sido de R$ 26.750,00.

Já em contrato com a empresa Rodrimar o então deputado Michel Temer teria levado R$ 300 mil, “+200.000 p/ camp”, anotação que segundo os advogados de Érika sugere que houve um extra pago à campanha eleitoral de Temer.

Contabilizadas as planilhas noticiadas pela imprensa, a parte de Temer só nos negócios revelados por Érika foi de R$ 2.726.750,00.

O esquema no Porto de Santos era muito parecido com os revelados posteriormente pela Operação Lava Jato.

Mas, o que aconteceu com as apurações?

Nos bastidores, conversamos com alguns investigadores que trabalharam no caso. Eles nos ajudaram a entender porque a história ficou escondida e esquecida por tanto tempo.

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A Veja tratou do assunto em reportagem de 2001. Hoje seria capa da semanal dos Civita?

Batata-Quente

Depois que o dossiê de Érika foi anexado ao processo, a juíza encaminhou o material à Justiça Federal.

Citado, Temer ameaçou entrar com queixa-crime contra Érika.

Ela acabou se acertando amigavelmente com Azeredo, encerrou o processo na Vara de Família e deixou de colaborar com as investigações.

A papelada, no entanto, já havia se transformado em procedimento no Ministério Público Federal em Santos, com o número 1.03.000.000229/2001-76.

Como envolvia deputado federal com foro privilegiado, o material foi encaminhado ao procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro.

Brindeiro, que recebeu do jornalista Fernando Rodrigues o apelido de “engavetador-geral da República”, arquivou sumariamente as investigações contra Temer.

Mas, como havia inquérito em andamento em relação a outros dois acusados, o caso prosseguiu no Ministério Público Federal em Santos, sob os cuidados de uma procuradora sobrinha de um influente político do Nordeste.

O caso ficou praticamente parado por 5 anos!

Só quando outra procuradora assumiu o posto a papelada foi despachada para a Polícia Federal, que instaurou o inquérito 5-104/2006, em Santos.

Foram feitas diversas diligências para apurar o conteúdo do dossiê. A investigação se arrastou por outros cinco anos.

Em 2010, o delegado Cássio Nogueira tentou ouvir o depoimento de Michel Temer duas vezes. Não teve sucesso.

Ainda assim, o caso foi enviado outra vez ao STF. Em 28 de fevereiro de 2011, nasceu o inquérito 3105.

A essa altura, Temer já era vice-presidente da República.

Sem o empenho de Érika e com as investigações se arrastando por mais de uma década, não é de estranhar o que aconteceu em seguida.

No dia 8 de abril, o procurador Roberto Gurgel recomendou o arquivamento do caso.

No dia 30 do mesmo mês, o ministro Marco Aurélio arquivou a investigação contra Temer mas recomendou a continuidade dos trabalhos em relação a Marcelo de Azeredo na Justiça Federal.

O inquérito voltou à primeira instância e ganhou o número 2004.61.81.001582-7. Prosseguiu na 4ª Vara Criminal Federal, em São Paulo.

De acordo com a página do TRF3, consta como arquivado em Segredo de Justiça na secretaria da 6ª Vara Criminal Federal.

Por alguma razão, a página do STF não dá informações sobre o Inquérito 3105, que cogitou investigar Temer. A pesquisa pelo número retorna com um “inexistente”.

É impossível obter mais detalhes do que aqueles que a própria Érika ofereceu à Justiça e foram publicados à época pela revista Veja e outros órgãos de imprensa.

Isso não significa que os problemas de Michel Temer com a Justiça acabaram.

Segundo o TRE de São Paulo, o presidente interino está oficialmente inelegível por ter feito contribuições de campanha em 2014 acima do valor permitido (10% da renda no ano anterior).

O Viomundo retratou, na Galeria dos Hipócritas, um dos deputados que receberam contribuição de campanha de Temer oficialmente: o gaúcho Alceu “tem que chover na minha horta, neguinho” Moreira, apelidado de Tico Butico.

Temer também foi mencionado numa troca de mensagens entre Eduardo Cunha e José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, da empreiteira OAS.

Na conversa digital, Cunha reclama que Pinheiro repassou R$ 5 milhões a Temer mas deixou outras pessoas da “turma” esperando.

Do grupo, segundo o procurador-geral Rodrigo Janot, fariam parte os hoje ministros Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima.

A assessoria de Temer confirma que a OAS fez contribuição oficial de R$ 5,2 milhões ao PMDB em cinco parcelas. Porém, o PGR interpretou as mensagens como indicativas de um suborno pago em parcela única.

Além disso, contra Temer pesa uma possível delação premiada de José Antonio Sobrinho, dono da Engevix.

A procuradores, o empreiteiro disse que a indicação do presidente da Eletronuclear, almirante Othon Pinheiro, acusado de receber propinas em contratos da empresa, foi feita por Michel Temer.

Sobrinho revelou que esteve no escritório político de Temer em São Paulo na companhia de Lima e que pagou ao coronel aposentado R$ 1 milhão em suborno por contratos de sua empresa junto à Eletronuclear.

Com o escândalo em torno da Operação Lava Jato, Lima teria procurado Sobrinho para devolver o dinheiro.

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Registro de propriedades do coronel Lima no interior paulista e de doações da Argeplan à campanha de Temer, em 1994

A revista Época, em reportagem que tratou da possível delação do dono da Engevix  — comprometendo Michel Temer, Renan Calheiros, Erenice Guerra e a campanha de Dilma Rousseff –, descreveu assim o “amigo de Temer”:

O AMIGO DO TEMER

Em 2009, a pequena Argeplan, empresa paulistana de arquitetura e engenharia, ganhou um belo contrato. Por R$ 232 mil, iria reformar o forro da biblioteca do Tribunal de Justiça de São Paulo. A sede da empresa é uma casa de dois andares numa viela residencial da Vila Madalena, na capital, onde não há letreiro. A Argeplan é “especializada em obras públicas no Estado de São Paulo”, conforme revela seu próprio portfólio na internet. É comandada por dois sócios: o arquiteto Carlos Alberto da Costa e o coronel da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, ambos septuagenários. João Baptista, que todos conhecem somente como Lima, obteve diploma de arquiteto depois de se aposentar da corporação.

Três anos depois, enquanto acabava a reforma na biblioteca do Tribunal de São Paulo, a Argeplan obteve um contrato melhor. Em maio de 2012, venceu, por R$ 162 milhões, uma licitação internacional da estatal Eletronuclear, para serviços altamente especializados de eletromecânica na usina nuclear de Angra 3. A empresa do coronel Lima não obteve sozinha o contrato. Entrou num consórcio com a finlandesa AF, que criou uma filial no Brasil para participar da licitação. Segundo documentos obtidos por ÉPOCA, Lima também é sócio dessa empresa.

Como a empresinha do coronel Lima conseguiu tamanho contrato? Em sua proposta de delação, Antunes afirma que a Argeplan é uma empresa ligada ao vice-presidente Michel Temer. Segundo Antunes, o coronel Lima “é a pessoa de total confiança de Michel Temer”. Aos 74 anos, Lima é do círculo próximo de Temer desde os tempos em que o vice assumiu cargos de alto escalão no governo de Franco Montoro, em São Paulo.

Lima também é próximo do almirante Othon Pinheiro, presidente da Eletronuclear nos governos Lula e Dilma, que foi preso na Lava Jato, acusado de corrupção nos contratos de Angra 3. Segundo dois chefes do PMDB e um lobista do partido, o almirante foi indicado por Temer e pelos senadores do PMDB – Temer nega ter feito a indicação.

Consta da proposta de delação de Antunes que “Lima foi diretamente responsável pela indicação de Othon junto a Michel Temer, e por sua manutenção no cargo de presidente da Eletronuclear”. O delator disse ainda ter ouvido de Lima que a manutenção de Othon na presidência da empresa estava diretamente associada a “resultados”.

Antunes disse que foi procurado pelo coronel Lima para entrar no contrato de Angra 3. A empresa de Lima, afinal, não tinha quaisquer condições de executar os serviços. Antunes topou e foi subcontratado pelo consórcio AF/Argeplan, criado, segundo ele e documentos comerciais, por Lima e pessoas ligadas ao almirante Othon.

Antunes afirma que “entre as condições para que Othon fosse mantido no cargo, estava a de ajudar Lima nesse contrato e em outros futuros, de modo que a Argeplan/AF e mesmo a Engevix se posicionassem bem nos futuros projetos nucleares”.

Fontes da Engevix ouvidas por ÉPOCA garantem, contudo, que, apesar de integrar o consórcio, a AF Consult do Brasil não realizou nenhuma obra em Angra 3, e que sua participação no contrato jamais foi explicada pela direção da empresa.

Antunes afirmou ainda, em sua proposta de delação, que esteve por duas vezes no escritório de Michel Temer em São Paulo, acompanhado de Lima, “tratando de assuntos, incluindo a Eletronuclear”. Diz que foi cobrado por Lima, que dizia agir em nome de Temer, a fazer um pagamento de R$ 1 milhão.

Esse dinheiro, segundo Antunes, iria para a campanha do peemedebista em 2014. Antunes disse aos procuradores que fez o pagamento por fora, por intermédio de uma fornecedora da Engevix. Segundo Antunes, a Lava Jato amedrontou Lima. Antunes diz que Lima o procurou no ano passado, para propor a devolução do dinheiro. Antunes diz que não topou.

Não é a primeira vez que Lima surge na Lava Jato. O nome do coronel é citado em uma troca de e-mails de Antunes sobre o contrato Eletromecânico 1 de Angra 3, justamente o que foi firmado pela Engevix, com participação da Argeplan. Lima e sua empresa também aparecem em interceptações telefônicas do almirante Othon Pinheiro.

Em 7 de julho de 2015, Lima perguntou se Othon teria previsão de ir a São Paulo para um encontro. Num diálogo que denotava subordinação de Othon a Lima, o almirante dizia que não tinha previsão, porém poderia rapidamente organizar a viagem para segunda-feira, menos de uma semana depois da ligação.

“Segunda-feira, se o senhor vier aqui, a gente precisava ter uma conversa. Tem de tomar uma providência aí que… eu acho que tá chegando no ponto que vai culminar naquele tema”, diz Lima na gravação.

Procurado, Temer disse conhecer Lima há mais de 30 anos. Também afirmou que recebeu Antunes e Lima em seu escritório em São Paulo, mas que o encontro foi para falar sobre o Porto de Rio Grande, obra tocada pela Engevix.

Temer não revelou em maiores detalhes o teor da conversa. Disse apenas que os pleitos do empreiteiro não foram atendidos. Afirmou que não ajudou a indicar o almirante Othon para o cargo, que não tinha qualquer influência na Eletronuclear e que não autorizou ninguém a buscar recursos ilícitos em nome dele.

O almirante Othon disse que só se pronunciaria em juízo. A Eletrobras, que tem se pronunciado sobre questões envolvendo a Eletronuclear, não retornou o pedido de informação até o fechamento da reportagem.

O caso que envolve o dono da Engevix e a Eletronuclear foi o único desmembrado até agora pelo STF. Ficou fora da Lava Jato e, portanto, das mãos do juiz Sérgio Moro.

A investigação corre no Rio de Janeiro, sede da Eletronuclear. A delação de José Antonio Sobrinho ainda não foi homologada.

Será que, por envolver o agora presidente interino, terá o mesmo destino do inquérito sobre as supostas propinas no porto de Santos?

*É repórter investigativo com 20 anos de experiência, contratado pelos leitores do Viomundo para produzir a Galeria dos Hipócritas.

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Amélia

NO QUE SE TRANSFORMOU A OPERAÇÃO LAVA JATO
Investida da Lava Jato contra peemedebês é só pra inglês ver

No Blog da Cidadania de Eduardo Guimarães

http://www.blogdacidadania.com.br/2016/06/investida-da-lava-jato-contra-peemedebes-e-so-pra-ingles-ver/

vaza jato

Até aqui, a operação Lava Jato não passou de instrumento da corrupção. Sim, é isso mesmo. Os áudios de expoentes do PMDB que vêm sendo vazados desde que Dilma foi derrubada pela bandidagem que infecta o Congresso mostram que essa operação apenas ajudou a afastar a grande fiadora da investigação: Dilma Rousseff.

A Lava Jato jogou o país em uma crise econômica sem precedentes. Sem ela, o setor da economia que mais influi no desempenho do PIB – a construção pesada, tocada pelas empreiteiras envolvidas na investigação – não teria sido paralisado e, assim, não teria roubado naco tão grande do crescimento.

Mas não é só com a desidratação do PIB que a Lava Jato contribuiu com a corrupção. Ao focar exclusivamente no PT enquanto Dilma estava no poder, deu discurso aos bandidos que queriam afastá-la para justificar sua queda junto à população.

O áudio do ex-ministro do Planejamento Romero Jucá não deixa dúvida de que a Câmara dos Deputados votou pela abertura do processo de impeachment porque Dilma se recusou a interferir na Lava Jato, o que poderia ter feito mudando o procurador-geral da República e o chefe da Polícia Federal, escolhendo títeres que paralisariam as investigações.

Não é à toa que o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, entregou que o governo Temer planeja tomar essas medidas. Fernando Henrique Cardoso, quando governou, mostrou que colocando correligionários na Polícia Federal e na Procuradoria Geral da República é possível impedir que governos sejam fiscalizados e processados.

Após a queda de Dilma, porém, as coisas começaram a tomar outro rumo.

Após expoentes da Lava Jato dizerem que a investigação iria parar – obviamente que por terem alcançado seu objetivo –, a reação foi estrondosa. Não tardou para que Sergio Moro e os cabeças da operação no MPF e na PF percebessem que, se assassem essa pizza, correriam risco de ter que pagar pelo crime de montar uma operação desse porte só para derrubar um governo.

Além disso, como o afastamento de Dilma não é definitivo e como a prisão de petistas já não tem o mesmo “charme”, se a operação continuasse parada – como estava desde que a derrubada da presidente se mostrou irreversível – haveria o risco de ela voltar, já que as patuscadas de Temer estão afundando os golpistas.

O chilique de Gilmar Mendes ante o pedido do procurador-geral da República para que José Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá e Eduardo Cunha sejam presos mostra que Rodrigo Janot está jogando para a galera. Ele sabe muito bem que o pedido não vai ser atendido por um STF acovardado que está assistindo de camarote a Constituição ser pisoteada.

Aliás, Gilmar criticou o vazamento do pedido de Janot ao STF para prender pemedebês. Há dois anos e tanto o MPF e a PF vazam contra petistas toda semana e Gilmar nunca abriu a boca. Sim, vazamentos são ilegais e imorais. Condenam sem provas. Mas Moro até já avisou que esses vazamentos são estratégia da Lava Jato para julgar acusados pela mídia. Nem Gilmar nem ninguém do STF abriu a boca.

As intenções das personagens pemedebês supracitadas de interferirem nas investigações são claras como dia de verão e cristalinas como água da montanha. Por muito menos petistas foram presos e a chave da cela foi jogada fora. Ou alguém tem alguma gravação de João Vaccari ou José Dirceu combinando estratégias para impedir as investigações como os peemedebês em tela têm contra si?

Janot sabe que não vai ter autorização para prender gente com licença para roubar. A Lava Jato só prende graúdos inocentes e bagrinhos culpados, estes para dar um ar de seriedade à investigação. Os bandidões mesmo estão todos soltos via delação premiada. Delcídio, Paulo Roberto Costa e outros malandros que o digam.

Assim, escreva aí, leitor: se o Senado confirmar o impeachment de Dilma, a Lava Jato para logo em seguida e nunca mais você ouvirá falar em combate à corrupção no Brasil. A mídia golpista só fará denúncias contra petistas triturados. E venderá a teoria de que, agora, só tem político “honesto” no Brasil.

Se a Lava Jato continuasse até que TODOS os corruptos fossem pegos, seria unanimidade. Este Blog apoiaria incondicionalmente. Dificilmente um cidadão honesto, de esquerda, de direita, de centro, do que for seria contra. Mas é uma farsa. E esse pedido de prisão de peemedebês é só jogo de cena. Só até Dilma ser afastada de vez.

FrancoAtirador

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Na Seleção do Jaburu, o Serra é o Dunga:

deixou o Brasil de fora da Copa América…
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Messias Franca de Macedo

… E o providencial (sic) Janot evitou que a torneira do Sérgio Machado ‘vazasse’ no ‘CU(nha)’ do Temer!

Dileto(a) leitor(a), “ocê” notou que depois de o Janot afirmar publicamente que “iria amarrar as pontas soltas” [das gravações do Sérgio Machado], o caído [Ro]mero ‘Jucá(i)’ não caiu, o velhaco ‘coroné’ congênere José SAIney não saiu [para a Papuda mais do que merecida!], o Réunan [Calheiros] continua mais um réu da oPÓsição ao Brasil “solto, todo solto”?!…
Evitando também que a torneira do Sérgio Machado ‘vazasse’ no ‘CU(nha)’ do TEMERário/TEMERo$o &$ do restante da gangue mafiosa dos(as) nazifasciterroristas &$ antinacionalistas &$ [mega]corruptos(as)!
Perdão pelas más palavras!

E que país é este?
“A República do ‘CU(nha)’ do Mundo”!

FrancoAtirador

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(http://www.obrasil.online)
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FrancoAtirador

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https://twitter.com/hashtag/DilmaNaTV
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Rubens

Eliseu Quadrilha diz que interferência do governo Temer no processo de Cunha é ‘zero’; “zero de moralidade”, “zero de republicanismo”, “zero de vergonha”.

Nelson

“não escapa ninguém de nenhum partido”. “Do Congresso, se sobrar cinco ou seis, é muito. Governador, nenhum.” Estes diálogos entre Renan e Ségio Machado são uma radiografia perfeita do doentio sistema político e jurídico brasileiro. Vejo nas declarações dadas a Folha ontem por Janot e Dallagnol uma denúncia às pressões e tentativas de barrarem a lava jato. Não podemos esquecer que Sérgio Machado tem outras gravações com figurões da República, inclusive não políticos, que estão nas mãos do Procurador. As gravações divulgadas até agora são as de menor gravidade e tinham como objetivo principal conseguir um acordo para livrar da cadeia o seu filho Expedito Machado Neto, operador das raposas do PMDB na Europa. Sérgio Machado não divulgará mais as tais gravações que explodiriam o mundo político brasileiro. O conteúdo do acordo, de alto poder destruidor, é uma sombra que atormenta dia e noite as velhas raposas que conversaram com ele. Não interessa a ninguém do mundo político e jurídico que ele seja divulgado na sua plenitude neste momento e a operação abafa que está em curso é para tentar frear a sua divulgação antes da conclusão do impeachment. A tentativa de apressar o impeachment faz parte da estratégia e posteriormente com ajuda da mídia diminuir o seu impacto perante a opinião pública e salvar as velhas raposas. As gravações não divulgadas do Sérgio Machado são nitroglicerina pura, Janot e Deltan Dallagnol sabem disso e outros também, e aí está a explicação para o silêncio da mídia, do Senado e do próprio STF. Um comportamento pra lá de suspeito.

FrancoAtirador

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Resumo da Entrevista de Dilma Vana
em Mensagens Instantâneas Fatais:
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“O Meu Maior Erro Foi Ter Feito
Uma Aliança Com Quem Não Devia”
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“Revitalizamos e Fortalecemos a CGU.
Tem Papel Fundamental
pois Age Também na Prevenção.”
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“É um Absurdo Eu Ter Sido Afastada
Sem Análise do Mérito.
Absurdo o Presidente Interino e Provisório
ter Desmantelado o Governo.”
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“Nenhum Ministro Interino
e Provisório Será Muito Bom.
Não Têm Legitimidade.
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“Não houve a Vitória do Programa
que Está Sendo Implantado
pelo Governo Provisório.
Eles Não Têm Votos.”
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“Posso Ter Cometido Erros,
mas Não Estou Sendo Afastada
pelos Meus Erros.
É que Não Querem que, na Crise,
continuem os Programas Sociais”.
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“Na Crise, Há Conflito Social, Distributivo,
porque Diminuem os Recursos.
Tem de Haver Aumento de Receita.”
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“O Golpe Atual Quebra a Legalidade
e Tenta Manter o Regime Democrático,
com Consequências Nefastas
para as Instituições.”
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“É Imprescindível que Meu Mandato
seja Restabelecido, mas Não é Suficiente.
O Brasil vai ter de Repactuar Politicamente.”
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https://twitter.com/dilmabr
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Dan

Cadê os paneleiros?

FrancoAtirador

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1 MÊS DE VAMPIRISMO NO BRASIL

https://twitter.com/RodP13/status/741436891954843648
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FrancoAtirador

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Hoje, 10/6, Sexta-Feira

Tem Mais DILMA VANA

22h45 na TV com M.G.

https://twitter.com/mariana_godoy/status/741321311096606720
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    FrancoAtirador

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    Enquete do Programa M.G.E.
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    Mariana Godoy presenteou Dilma
    com AutoBiografia de FHC (PSDB).
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    Para Corresponder Tal Presente,
    Que Livro Você Daria Pra Mariana?

    a) A Metamorfose, de Kafka.
    b) Os Marimbondos de Fogo, do Sarney.
    c) A Privataria Tucana, do Amaury Jr.
    d) O Príncipe da Privataria, do Palmério.
    e) Mein Kampf, de Adolf Hitler.
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    https://twitter.com/_marmelstein_/status/741476062186614784
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marcio ramos

Crime hediondo para políticos corruptos, ou linchar em praça publica. Prefiro a segunda opção.

Helenita

A imprensa e os coxinhas juram que a corrupção no país começou em 2013, com o PT! Vejam que já com Geraldo Brindeiro , portanto com FHC, o Temer já aprontava, muuuuiiito, peixe ensaboado que foi crescendo em riqueza e poder… E o Janot, para variar, quando podia fazer um pouco de limpeza, tratou de arquivar o inquérito contra Temer sobre as questões do Porto de Santos; ambos, Temer e Janot são tremendos espertalhões, e é de se louvar a coragem desse Temer golpista se expor na frente desse golpe, quando tem tamanha “capivara”. Agora, quanto a ter indicado o almirante Othon para a Eletronuclear, creio que não teria currículo científico igual no país para o cargo

FrancoAtirador

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Entrevista

DILMA VANA ROUSSEFF, Presidente do Brasil, a Única

(http://abre.ai/dilma-vana_entrevista-gr_09-06-2016)
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G.R.: Como você avalia o trabalho da mídia brasileira durante este período?

Dilma Rousseff: Outro ponto-chave nessa história foi a participação, nestes processos, da mídia brasileira.
Todos os meios de comunicação em nosso país, em geral, são controlados por cinco famílias.
Um deles, a Rede Globo, vende ao público a imagem de uma situação catastrófica no Brasil.
E isso é feito não só para interferir com o nosso trabalho diário.
Eles entendem que a oposição, isto é, eles mesmos não têm realmente um forte candidato para as próximas eleições presidenciais em 2018.
Assim, fomos artificialmente rotulados como um governo que falhou,
fazendo-me responsável por todos e quaisquer erros,
e, se o impeachment ocorrer, todo o crédito, por eventual normalização da situação, será dado ao governo interino.
Esta é realmente parte de sua campanha eleitoral para o futuro.

https://pbs.twimg.com/media/CknwzB_XEAAaVFC.jpg

https://twitter.com/_marmelstein_/status/741388997906292737
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Íntegra no Idioma Original:
(https://goo.gl/y6cXhA) ou (https://t.co/XI8RDZHoQP)
(https://twitter.com/dilmabr/status/741278591091101696)
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http://www.scoopnest.com/pt/user/dilmabr
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Belmiro Machado Filho

Confirmado, o Temer tá certo. Para saber lidar com bandidos certamente tem que ser um deles. Como eu não tenho afinidade com bandido, FORA TEMER.

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