Economist propõe calote parcial da Grécia, Portugal e Irlanda

Tempo de leitura: 4 min

As coisas andam feias na Europa quando uma revista conservadora — mas bem informada — como a Economist propõe rasgar a fantasia, decretar moratória e renegociar com desconto as dívidas da Grécia, Portugal e Irlanda.

Foi o que a revista fez no seguinte editorial, traduzido às pressas dada a importância do assunto:

The euro area

Time for Plan B

The euro area’s bail-out estrategy is not working. It is time foi insolvent countries to restructure their debts

Economist, 15 de janeiro de 2011

Por algumas semanas nos feriados de Natal os europeus colocaram a crise da dívida soberana na espera. Agora eles estão de novo diante de uma realidade sombria. Os retornos [exigidos pelos que emprestam] em papéis [da dívida] estão aumentando num grupo mais amplo de paises justamente no momento em que os governos precisam levantar vastas somas [de dinheiro] nos mercados. No dia 12 de janeiro Portugal foi forçado a pagar 6.7% por empréstimos de 10 anos — melhor do que se temia, mas um preço que não pode sustentar no longo prazo. Os retornos para dívida da Bélgica saltaram no momento em que os investidores calculam a carga de dívida [do país] e a falta de liderança. A Espanha está se segurando.

A confusão leva a uma conclusão deprimente: a estratégia de resgate da Europa, desenhada para acalmar mercados financeiros e colocar uma parede à prova de fogo entre a periferia do euro e o seu centro, está fracassando. Os investidores estão se tornando mais, não menos nervosos e a crise está se espalhando. O Plano A, baseado em adiar a reestruturação dos países que enfrentam dificuldades na Europa, valeu: ganhou tempo. Mas já não funciona. Reestruturar agora é mais factível que no ano passado. É também mais barato para todos do que será em alguns anos. Por isso a necessidade do Plano B.

A resposta inicial, forjada no resgate da Grécia em maio de 2010, foi desfeita por sua própria contradição. Os políticos da Europa criaram um sistema para fazer empréstimos e evitar que governos sem liquidez deixem de pagar a dívida de curto prazo, mas simultaneamente deixaram claro (por insistência da Alemanha) que a médio prazo os países insolventes deveriam ter suas dívidas reestruturadas. Incertos a respeito de quem será declarado insolvente, os investidores estão nervosos — e o custo disso aumentou.

A maneira menos ruim de lidar com esta contradição é reestruturar a dívida dos países claramente insolventes agora. Baseado nos cálculos deste jornal o grupo deveria começar com a Grécia e provavelmente também incluir Portugal e a Irlanda. A Espanha tem problemas profundos, mas mesmo se isso exigir um grande resgate bancário, deveria ser capaz de manter sua dívida pública num nível sustentável. A Itália e a Bélgica tem altas taxas de dívida mas poupança privada mais ampla e seus orçamentos estão mais próximos do superávit. Há uma chance, portanto, de que, gerenciados corretamente, os calotes na dívida soberana da zona do euro poderiam ser limitados a três pequenos países periféricos.

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Os perigos de procrastinar

Este jornal não advoga que os primeiros calotes da dívida soberana de países ricos em meio século sejam tratados de forma leviana. Mas a lógica para agir mais cedo é poderosa. Primeiro, a única alternativa plausível à reestruturação da dívida — transferência fiscal permanente do centro rico da Europa (leia-se Alemanha) — é politicamente impossivel. Alguns políticos europeus defendem uma união fiscal mais próxima, inclusive com a emissão de euro bônus, mas eles provavelmente não vão bancar transferências orçamentárias grandes o suficiente para subscrever a dívida total das economias periféricas.

Segundo, o perigo de uma reestruturação da dívida diminuiu, ainda que os custos de adiar o problema estejam subindo. Oito meses atrás, quando os governos da eurozona e o FMI juntaram forças para resgatar a Grécia, a determinação deles de evitar uma reestruturação imediata fazia sentido. Havia o temor razoável de que a moratória poderia jogar a Grécia no caos, precipitar crises na eurozona e detonar uma catástrofe bancária na Europa.

Mas a economia europeia como um todo está em melhor forma agora. Os bancos tiveram tempo de acumular mais capital — e transferir alguns de seus papéis duvidosos em dívida soberana para o Banco Central Europeu. As autoridades europeias criaram mecanismos para arranjar rapidamente dinheiro para usar em resgates. E os advogados tiveram tempo de pensar em formas de gerenciar um calote “controlado”. A reestruturação soberana ainda poderia afetar os mercados financeiros — medo de que causaria pânico faz com que os políticos europeus se mantenham longe dela — mas se gerenciada corretamente não deveria causar caos como o Lehman [Brothers, que causou pânico em Wall Street quando declarou falência, em 2008].

Ao mesmo tempo os custos de ganhar tempo com empréstimos estão se tornando dolorosamente claros. O peso para os países que acabam de ser resgatados é enorme. Apesar de ter implantado o mais duro ajuste fiscal de um país rico desde 1945, a Grécia terá uma dívida que, considerando dados plausíveis, representará no pico 165% do PIB em 2014. Os irlandeses terão de trabalhar anos para pagar os juros dos empréstimos de resgate que, sob insistência europeia, foram feitos para pagar os acionistas dos bancos irlandeses falidos. Em algum momento vai se tornar politicamente impossível exigir mais austeridade para pagar estrangeiros.

E quanto mais se adiar a reestruturação, mais dolorosa ela eventualmente vai ser, tanto para os atuais acionistas quanto para os contribuintes do centro da eurozona. Os resgates da Grécia e da Irlanda aumentaram as dívidas dos dois países, mas com redução da dívida privada, de maneira que uma fatia maior do devido é para governos europeus. Isso significa que os descontos em futura reestruturação serão maiores. Em 2015, por exemplo, a Grécia não conseguiria reduzir sua dívida a um nível sustentável mesmo que desse calote completo em todos os seus credores privados.

Como mudar de direção

Uma análise de custo-benefício, em resumo, diz que é melhor fazer uma reestruturação controlada agora. A redução da dívida deveria ser grande o suficiente para colocar as economias em um caminho sustentável. O peso da dívida da Grécia deve ser reduzido pela metade. O da Irlanda talvez deva ser cortado em um terço, com parte disso vindo da dívida privada, em vez da soberana.

Todos os credores, incluindo os governos e o Banco Central Europeu, terão de colaborar. Dinheiro novo de resgate será necessário: para financiar os déficits de orçamento dos países caloteiros; para ajudar a recapitalizar os bancos locais destes países (que sofrerão perdas nas dívidas que detém em papéis do governo); e, se necessário, para recapitalizar qualquer banco que tiver grandes perdas nas economias centrais da Europa. O Banco Central Europeu e outros deveriam estar prontos para defender a Bélgica, a Itália e a Espanha, se for necessário.

Se os líderes europeus mantiverem o Plano A, a crise da dívida vai continuar a se aprofundar. Se eles encararem a reestruturação que eventualmente será inevitável, terão uma chance de deixar a crise para trás. O Plano B vai exigir gerenciamento técnico de qualidade e coragem política. Graças à sua experiência em mercados emergentes, o FMI tem um pouco do primeiro. É por conta dos líderes europeus encontrar a coragem política.

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Comentários

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Luiz Braido

A estratégia sugerida por The Economist se parece um pouco com um de “Os axiomas de Zurique”, de Max Gunther:
11º grande axioma: Da Teimosia – “Se não deu certo da primeira vez, esqueça”.

http://www.recantodossonhos.com.br

Hora do plano B para Europa: CALOTE « cadoz

[…] Vi o Mundo (editorial […]

Rebel, Rebel | Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] [Leia aqui a proposta da revista Economist: Calote da Grécia, Portugal e Irlanda!] […]

José Manoel

Azenha: esses aí podem, né? Imagina se fôssemos nós!!!! Pagaríamos à força, com o sacrifício do povo!!!! Bom que isso está mudando!!!!!!!!!!!!!

Pedro Cândido

É como o Professor Hariovaldo comentou no seu blog, The Economist degenerou-se para as raias do marxismo satânico passando a espargir ideias socialistas retrógradas e falidas. KKK "The Economist adere ao comunismo e propõe o calote da dívida externa", denuncia o Professor Hariovaldo: http://bit.ly/h5MH0y

‘Economist’ defende moratória de Portugal, Grécia e Irlanda « Radar Econômico

[…] Leia tradução no blog “Vi o mundo” […]

augusto

Agora q o Mantega, o Patriota (poupe-se a iniciante Dilma) deviam dar uma forte e elegante cutucada
nos banqueiros e na UE.

Julio Silveira

Pimenta no dos outros é refresco. Esses paises Europeus que a revista insinua fazerem a Moratória, devem se submeter aos arrochos ditados pelas instiruições financeiras, pelo menos foi a receita que aviada para os povos considerados subd.
Caso optem pela receita da revista acabará a moral para exigirem o mesmo de qualquer país, endividado e com dificuidades em suas contas, eu espero.

Mario Alex

E aqui temos o pudor de não renegociar nossa divida interna ( alongando-a) para sobrar mais para investimento.

Marco

Façam como a Islândia fez e pronto! Também é preciso assumir que o Euro foi um erro.

Islândia ri, Irlanda chora – Lições da pequena ilha de gelo que detonou os agiotas internacionais: http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia….

JC Tavares

Que pindaiba, hein neoliberais???? Entrem com o plano "C" : Chamem o síndicoooooo: Luis Inácioooooo…

Leider_Lincoln

E por falar em neoliberalismo e nas perspectivas de nosso país se o Coiso fosse eleito, duas reportagens do argentino Página 12: http://www.pagina12.com.ar/diario/elmundo/4-16067… (sobre o governo corrupto de Alán Garcia, que sequer conseguiu lançar uma candidatura para sucedê-lo) e http://www.pagina12.com.ar/diario/elmundo/4-16067… (sobre as políticas neoliberais, repressoras e autoritárias do chileno Sebastián Piñera, que estão fazendo os magalhânicos clamarem pela incorporação da região à Argentina).
Diante disso: aonde o neoliberalisno não vai mal? Em minas, com os bilhões desviados da saúde e o Palácio de Gesso que o Aécio Neves construiu? No Paraná, com o 'xoque de jestão' nepotista do Beto Richa? Em São Paulo, com a pedagiocracia revisionista do Alckmin? Somente trolls pagos como os que tivemos aqui na época da campanha para defendê-los mesmo.

Laura

Muito interessante.:As taxas de juros ao consumidor são da ordem de 6% ao mês e ninguém diz que são insustentáveis. Os brasileiros individualmente podem ser estrangulados financeiramente, ,mas as taxas de juros não podem baixar. O país é estrangulado financeiramente e os mercados não querem deixar a taxa de juros baixar. Isso aqui é uma "festa" mesmo. E a imprensa , aquela, nem um pio, só o perene clamor pela alta da taxa de juros. Impressiona. Tá certo que The Economist é uma revista lúcida conservadora, o que não temos por aqui.É dose.

Lucho

"Se os países subdesenvolvidos não conseguem pagar suas dívidas, que vendam suas riquezas, seus territórios e suas fábricas".(Margaret Thatcher, Primeira-Ministra da Inglaterra, Londres, 1983.)

Pois é. O mundo dá voltas.

    Lucas Cardoso

    Rê! Isso aí. Durante anos a Europa nega aos Africanos a reestruturação da dívida e continua a cobrar dívidas odiosas das populações que sobreviveram sob o jugo de ditadores. Por décadas apoiaram as "soluções" neoliberais do FMI. E agora isso.

    Admito que, apesar de entender que, como sempre, os mais pobres pagarão pela dívida, sinto um pouco de Schadenfreude.

Pedro Luiz Paredes

Isso tudo para não falar que eles tem que arranjar um jeito de alguns nervosos continuarem concentrando renda enquanto o resto trabalha para continuar sustentando essa concentração de renda.
O que eu devo fazer, rir?
Sou liberal mas a falta de limites é prejudicial e isso é fato.
Acreditam que a única maneira de "salvar" a economia é salvando os bancos, e depois começa tudo de novo, rsrs
Qualquer processo que interfira na relação básica de mercado, oferta e demanda, recai primeiramente sobre a população, num segundo grau a cadeia produtiva, num terceiro grau recai sobre essa classe desnecessária que se chama bancos, investidores, que oferecem benesses virtuais cada vez mais sofisticadas para continuarem dominando toda a cadeia produtiva que realmente importa.
Qualquer criança vê que eles estão sobrando e criam dependências para ninguém se virar contra isso.
Socialismo?!?!
Não!
Se trata de limites e contra força.
Já é possível o aperfeiçoamento e implementação de meios de controle de fluxo de valor que não os bancos, que nasceram justamente dessa necessidade.
É só acabar com a necessidade aperfeiçoando esses meios.
A melhor coisa seria todos darem calote nos investidores nervosos; desde os países citados como os que já bancam esses bancos como o Brasil e outros países na América. Simplesmente porque não precisamos mais deles ou todos eles.
Eles sempre precisarão da cadeia produtiva e não estamos sabendo barganhar.
Uma boa parte dessa classe já toma caminhos e iniciativas nesse caminho e em micro-escala. Mas não é a gordura do lucro; essa eles não abrem mão.
Deixemos só os que considerariam abrir mão dessa gordura por um sistema mais sólido e confiável para todos.

    augusto

    Yes, pedro, se a midia deixar a conscientizaçao ocorrer, é factivel. Porem com o futuro sistema assim:
    no minimo 1/3 dos bancos sendo estatais [dependendo do nivel do pais, na razao inversa desse nivel]
    e os outros 2/3 sendo privados porem rigidamente regulados pelos BCs e por leis. Em paises mais debeis, como grecia, essa relaçao tem que ser 50/50 no minimo.
    Chega até ai o teu liberalismo? admito que nao, mas o parabenizo pela clareza da exposiçao.
    Agora os nossos amigos do economist descobriram que ORTODOXIA só era refresco quando era na dos outros, namely, na de nosotros cucarachas. Nada como um dia após o outro.

    Pedro Luiz Paredes

    augusto, não se trata estritamente da estatização de bancos embora pareça a única forma de atuar dessa forma. Eu acredito que isto por si só esta longe de causar o impacto necessário no sistema financeiro, alias, pode nem caminhar nesse sentido, afinal, mudar o dono não quer dizer mudar o sistema de faturamento.
    Eles não vão abrir mão do lucro mesmo com essa fantasia acontecendo no Brasil onde a única vantagem de pegar emprestado, emprestar e sair no prejuízo seria suprir momentaneamente os gargalos creditícios, de infraestrutura e burocracia no Brasil.
    Estou falando de contra cultura (para eles).
    Conheço uma empresa que atua em mais de 140 países há mais de 30 anos e cresceu mais de 20% no Brasil em plena crise, e não deixou de crescer mundialmente de forma sustentada em momento algum.
    Isso porque controla toda a cadeia produtiva e de comercialização.
    Ao ponto que o mercado de consumo que mais causa prejuízo atualmente é inflado financeiramente todos os dias de uma forma absurda e o mundo inteiro banca.
    Ao mesmo tempo temos muitas empresas robustas e necessárias para suprir àqueles mercado sofrerem desvalorizações e valorizações, a ponto de falir ou se subvalorizarem porque precisam de um robusto sistema financeiro, que por sua vez se trona mais importante que a atividade principal, de fornecer bens e serviços para pessoas.
    Se analisar de perto, esse aparato financeiro não se justifica mais.
    Como queremos controlar o sistema financeiro se tomamos ele como elemento aparte do seu principal pilar de sustentação?
    Se tornou um mercado a parte e quem controla isso não quer que esse produto pareça desnecessário.
    Isso encarece todos os custos de produção a priori.
    Outra observação é a de que já que se trata de capital virtual, porque não tomarmos um controle maior disso limitando os prejuízos que o sistema financeiro pode causar ao sistema real de produção e consumo?
    Ninguém tem uma projeção de crescimento além do que a demanda poderá comprar.
    Fenômenos naturais e práticas administrativas prejudiciais ao sistema real de produção e consumo devem sofrer intervenção direta, não somente para salvar a estrutura de produção mas defender a projeção de consumo para tornar os valores financeiros que mais importam, entre os que realmente importam, elementos colaboradores para o bem estar social, e não colaborar com um monte de cachorro loco solto por aí mordendo quem eles querem.

    Pedro Luiz Paredes

    http://www1.folha.uol.com.br/mercado/863471-bb-av

Claudio Ribeiro

Hobsbawn: "Com liberdade total para o mercado, quem atende aos pobres?" O neoliberalismo é um conjunto de idéias falidas…
http://palavras-diversas.blogspot.com/2011/01/hob

Para FHC cortar os pulsos: Hobsbawn:"Lula é o verdadeiro introdutor da democracia no Brasil. No Brasil há muitos pobres e ninguém jamais fez tantas coisas concretas por eles"

O_Brasileiro

A estratégia sugerida por The Economist se parece um pouco com um de "Os axiomas de Zurique", de Max Gunther:
11º grande axioma: Da Teimosia – "Se não deu certo da primeira vez, esqueça".
Se os credores insistirem em receber o total das dívidas, podem acabar com nada!
O melhor é reestruturar, receber alguma coisa e depois cair fora para investir em outros lugares… Ou até nos mesmos países, se resolverem seus problemas!

Luis

Calote? Que horrrrrrrooooooooooorrrrr! O que dirá o George Vidor? A Cantanhede (a especialista em armas francesas)? O Clovis Rossi? Waack? A dona Leitão? O Estadão? O Globo? A Falha? O Serra?
É claro que estão ruborizados. Afinal, a ""bíblia" deles se traiu. E revelou a dinâmica interna do capital: calote não é exceção. É regra, quando se trata de garantir os interesses de bancos, da indústria petrolífera, da automobilística, da construção pesada, do "complexo industrial militar", da indústria farmacêutica…

    Sr. Indignado

    Calote de rico é ajuste.
    Calote de pobre é roubo.

José

BOLSA BANQUEIRO EUROPEIA: Segundo o PIG, o mais importante é os banqueiros não perderem nada.O Povo que se lasque. Desemprego;miséria; isto não é problema do DEUS MERCADO, Isto é função dos GOVERNOS, ou seja, o mercado concentra renda e faz lambança e então o governo deve vir em sequencia para consertar a caca feita,cujo ônus cai sobre a população. Áqui, a REDE Globo prega isso todos os dias e muitas pessoas acreditam nessa emissora FASCISTA e vagabunda….

    augusto

    Jose, voce hoje se dá conta de que se voce dissesse isso dentro dos Eua, e estivesse num bom emprego perderia o emprego em semanas e se continuasse a difundir isso seria preso, no maximo em meses?

Bruno Brasil

O limite das ideologias, teorias etc., é a realidade dos fatos. Ainda bem que a The Economist sabe dizer "chega"…

    augusto

    Kirchner, depois dessa, esta inteiramente absolvido e redimido.! E Dna Cristina, na Casa rosada, deve ter hoje dois sentimentos: a- engulam esta srs. Clarin e La Nacion!! b- por que nao "reestruturamos" 95% da divida na epoca, o Nestor e eu??

Daniel Campos

Têm mais é que dar "calote" nos rentistas, especialmente quando se conclui que da dívida original não têm quase nada, o bolo a pagar se tornando em sua maioria juros. O problema é surgirem políticos comprometidos o bastante com o todo para peitarem os rentistas.

Jardel Klaudson

Pois então se o The Economist pode propor a reestruturação da dívida de países europeus, eu também posso propor a reestruturação da dívida pública brasileira, ora essa! Falar a sério sobre renegociação ou reestruturação da dívida pública brasileira não é algo "radical", e sim racional. A situação que vivemos hoje é insustentável. O governo brasileiro pratica o superávit primário, e gasta menos do que arrecada, excluindo aí os gastos com os juros da dívida. Poucos países do mundo fazem isso. Os Estados Unidos e os países europeus não conseguem ter superávit primário como o Brasil tem. E o que ganhamos em troca? Somos recompensados com a diminuição do montante do principal da dívida? NÃO! Por incrível que pareça, o principal da dívida pública brasileira continua a AUMENTAR! Mesmo com o governo brasileiro gastando menos do que arrecada! Mesmo sendo um exemplo de responsabilidade fiscal para o mundo, praticando um superávit primário que poucos conseguem! Essa situação surreal é causada pelas altas taxas de juros que remuneram os especuladores da dívida pública. Está na hora de discutirmos seriamente a questão da nossa dívida pública. A Rússia e a Argentina já renegociaram as suas dívidas e não foi o fim do mundo, pelo contrário, as economias de ambos os países passaram a crescer mais depois da renegociação do que cresciam antes. Precisamos de uma auditoria da dívida pública, que explique como é possível termos chegado à situação atual. E precisamos de um processo de renegociação e reestruturação da dívida. Para começo de conversa, a taxa de juros paga aos "investidores" (especuladores) da dívida pública deveria ser totalmente desatrelada da taxa SELIC. O governo brasileiro devia pagar no máximo 2% ao ano de juros sobre a dívida pública (o governo dos Estados Unidos paga menos de 1% ao ano). Se os países europeus podem renegociar sua dívida pública, com as bençãos do The Economist, vamos aproveitar o "moral hazard" para renegociar a nossa também! Já imaginaram como seria ótimo se o governo brasileiro se livrasse de boa parte do fardo anual representado pela dívida pública? Seria possível diminuir a tal "carga tributária" que muitos choramingam dizendo que é "alta", e ao mesmo tempo, ampliar os recursos para investimentos e para custeio da saúde e educação.

    Riri Farinha

    Oi, Jardel Klaudson. Excelente comentário. Eu, se fosse vc, colocaria uns números para abrilhantar mais o seu texto, tais como algumas percentagens em relação ao PIB, nos últimos 10 anos: juros pagos pelo Tesouro; despesa com pessoal, dispêndios nas funções educação, saúde e assistência social etc. Acredito que se fizer, vc vai surpreender muitos leitores, não pelos números em si, mas quando elkes forem confrontados com as análises dos "especialistas" divulgadas no PIG. Abs, Riri.

ZePovinho

Comentário na parte 2 do documentário "Os donos do dinheiro":

"Ola, estudo economia e trabalho na bovespa a 4 anos como trader, posso dizer que esse video mostra a mais pura realidade, acreditem ou nao.

Bem vindo ao nosso mundo!"

Lvcy1 1 mês atrás

[youtube qamzqr9EVNw http://www.youtube.com/watch?v=qamzqr9EVNw youtube]

Robson Porto

Picaretas com sobrenomes ilustres sempre encontrarão um porto seguro; afinal, nunca se sabe o dia de amanhã…

ZePovinho

Olhem o conceito de economia saudável da The Economist:

"………Mas a economia europeia como um todo está em melhor forma agora. Os bancos tiveram tempo de acumular mais capital — e transferir alguns de seus papéis duvidosos em dívida soberana para o Banco Central Europeu".

Quer dizer que transferir,CONTABILMENTE,as dívidas privadas de empresas e bancos para o Banco Central Europeu(para o povo europeu) é sinônimo de economia saudável????Já pensaram???O bodegueiro ali da esquina se endivida vendendo fiado,o povo não paga as dívidas e juros pesados e o que ele faz:repassa as dívidas para a sua conta que está sadia pois você nada deve,mas tem crédito com ele e o nome anotado na caderneta.
Se o portuga da padaria onde eu me embriagava(no Jardim Carioca na Ilha do Governador)colocasse as dívidas da padaria na minha conta, eu não aceitaria nem se ele me deixasse beber com a mulata dele.

    Luiz Carlos Azenha

    A lógica é justamente esta, meu caro. Da conta privada para o povo…

Pedro Soto

É o fim do neoliberalismo fracassado!
Não importa o nome. Deixem de pagar e pronto.

ZePovinho

The Economist chama de "calote" um instituto do direito internacional chamado "dívida odiosa"(algum advogado,por favor,me ajude).Segundo esse instituto,ninguém é obrigado a pagar dívidas assumidas de forma ilegítima por qualquer governo.
Quando os EUA assumiram o controle de Cuba,no início do século 20,anularam a dívida de Cuba com a Espanha usando esse instituto.Rafael Correa,no Equador,fez isso e teve uma redução substancial da dívida externa.Os banqueiros internacionais(esses parasitas) reclamam,mas aceitam qualquer negócio.
Eu me pergunto porque não podemos fazer o mesmo.Como foi o processo de endividamento de 1993 até 2010????É por isso que falam tanto de "banco central independente"????
[youtube Rcbq1dXMS6A http://www.youtube.com/watch?v=Rcbq1dXMS6A youtube]

    edv

    Acho este documentário (The Money Masters) MANDATÓRIO para todos nós!

edv

Comaçim?!
Moratória?! (que os neoliberais carimbaram como "calote")
Esses princípios do "imperador mercado" estão avacalhados demais!…
Gastam 5 trilhões de dinheiro público pra salvar banqueiros e executivos (e danem-se os mutuários…)
Imprimem verdinhas aos "BILHÕES" (heresia!)
Agora sugerem "calotes" ?!
E eu que estava me preparando pra trabalhar no Lehmann…

Mr.Hyde

Ahhhhh se fosse o Lula!!

Edson

Ah se fosse os países latinos americanos ou outros subdesenvolvidos e em desenvolvimento…

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