Ceneviva: Peluso já processou prefeitura por danos em enchente

Tempo de leitura: 2 min

De quem é a culpa? Quem pagará?

por Walter Ceneviva, na Folha de S. Paulo

Há meios processuais para a população se defender em casos como a tragédia no Rio. O problema é o tempo

NO REFERENTE às consequências da tragédia no Estado do Rio, a segunda em curto tempo, a lei brasileira é muito clara. Está no art. 186 do Código Civil: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Ou seja: a ilegalidade por ação ou omissão é punível.

Predominam duas disposições sobre o assunto. A primeira é lida no art. 389 do Código Civil: “Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado”, além do dano moral.

Lê-se a segunda no art. 393: “O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado”.

Caso fortuito ou de força estão no parágrafo único do artigo: verifica-se quando existe “fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir”. Assim, a lei dá com uma das mãos o que em parte tira com a outra, quando não caiba a indenização da vítima.

Lembro as declarações do governador do Estado e do prefeito de SP sobre as enchentes que aqui vêm ocorrendo. Possivelmente aconselhados por seus assessores, responderam aos jornalistas: o culpado pelos danos foi são Pedro. Ou seja, para eles a culpa não é do poder público, mas do excesso de chuvas.

Infelizmente a memória não me ajuda quanto aos pormenores, mas dá para lembrar que, há muitos anos, o hoje presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, ganhou (em primeiro grau, pelo menos) uma ação contra a prefeitura porque seu automóvel foi atingido pela enchente, depois de forte chuva nesta capital.

O município veio com a defesa de sempre: a chuva é um fenômeno da natureza e, assim, de força maior. Não pegou, porque ficou claro que a autoridade pública não havia cuidado do escoamento pelos meios cabíveis e assim contribuíra para o dano.

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Não sei do resultado final desse processo, mas tem importância porque quem alegar força maior ou caso fortuito deve comprová-lo.

Na enchente de Franco da Rocha, por exemplo, a abertura de comportas causou, ou pelo menos agravou, as condições danosas. Nos carros perdidos na marginal do rio Tietê, parece possível o erro de cálculo do escoamento, agravado pelo alargamento da pista. A discussão técnica a respeito definirá se houve força maior ou não.

Nos desastres do Estado do Rio, se discutirá se a permissão de construções em encostas deveria ter sido negada pelas autoridades competentes ou punida no caso de clandestinidade. A previsão de deslizamentos (foi recente o caso gravíssimo de Angra dos Reis) deveria levar a administração fluminense a ter maior cuidado ao exigir obras de contenção ou outras, além de verificar se as construções foram licenciadas nos termos da lei.

Enfim: temos a lei. Há meios processuais para a cidadania se defender. No Judiciário é raro, porém, que ações contra o poder público durem pouco ou custem pouco. O problema maior é o tempo. Permite até parafrasear um ditado célebre de Pascal: a luta judicial contra o poder público tem razões que a própria razão desconhece.

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Comentários

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SILOÉ

Nesse caso: ele era a lei, aí é fácil. Quero ver ganhar qualquer um de nós… simples mortais.

Siron

Caso diferente de Nova Fiburgo e São Pedro do Vale do Rio Preto. Nestes, o que se viu foi uma cheia extemporânea do rio. Pudemos observar a quantidade de lama que levou tudo o que encontrou pela frente. só vejo uma justifcativa: assoreamento. Não vi ninguém questionar sobre o respeito às leis ambientais dos produtores rurais daquela região (que devem ter perdido). Será que respeitaram o mínimo de mata ciliar previsto em lei? Como era o escoamento de água nestas terras? E a inspeção pelo Inea? Onde estão os relatórios?

Obviamente, a prioridade é a reconstrução, trazer a dignidade de volta para a vida daquelas pessoas. Mas, sem um planejamento efetivo sobre o crescimento da cidade, escoamento das águas, ampliação de galerias e, principalmente, obras de desassoreamento, estas tragédias se repetirão.

Siron

Temos analisar as situações com atenção e zelo para não deixar escapar suas particularidades. Vou me ater ao Rio de Janeiro. As cenas de encostas vindo abaixo, além de chocantes, tem seus motivos: uma massa de água de grande monte percolou até a rocha e fez aquele sedimento deslizar. O solo do Rio de Janeiro, em grande parte, é muito recente, logo instável e sustentado em cima de rochas. Obviamente os agentes públicos, CREA deveriam ter alertado os moradores antes das construções sobre os potenciais riscos. Também a falta de envolvimento com as discussões da cidade pela população impede a difusão do conhecimento.

Angela Liuti

Todos os três entes são passiveis de ação tanto município e estado pelos motivos expostos , como o Governo Federal e Ministério da Justiça por omissão na exigências do que prega a Constituição Federal no que concerne a Lei federal 10.257/2001, que instituiu o Estatuto da Cidade: municípios com até 20 mil habitantes tem obrigação de realizar Plano Diretor, municípios com Planos Diretores com mais de10 anos de vigência, idem.

Infelizmente o Governo Lula não deu a devida importância ao Ministério da Cidade, deu de presente ao PP, que manteve os poderosos interesses constituídos no que tange a a acumulação urbana formada por capitais mercantis e patrimoniais. Não desenvolveu uma política pública efetivada pela proposta da reforma urbana, o uso social da propiedade, além, de não e xigir dos municípios a regulamentação dos instrumentos do Estatuto da Cidade (deixou a cargo de cada município), não exigiu dos prefeitos a formação dos conselhos municipais da cidade como forma “sine qua non” para envio de recursos públicos federais aos municípiosem atraso com o plano diretor. (assuntos mais que deliberados pelas Conferências das Cidades nos âmbitos: Municipal, Estadual e Nacional;

Aí tb tem omissão da Justiça que não conseguiu alcançar o novo paradigma proposto pelo Estatuto da Cidade; como tem responsabilidade os "grandes meios de comunicação" ligados aos interesses financeiros de grandes grupos da construção civil, deixaram de informar a população sobre seus direitos e o alcance da lei ( e ainda criminalizam os movimentos sociais que fazem este debate)assim ; como são responsáveis os que usam o solo urbano para usufruir de riqueza sem dar a devida contrapartida à população, aos moradores que ficam com o ônus . e tb cabe uma chamada à sociedade civil para o direito à participação na elaboração do Planos Diretores nas cidades e campos .

Faz quase 40 anos que o debate pela reforma urbana está debate está na ordem do dia, e pergunto : a população d e modo geral tem conhecimento disto?

O Estatuto da Cidade reza que o Plano Diretor entre outros instrumentos deve ordenar o uso e ocupação do solo, a "capacidade de carga " (que empreendimentos ou quantos moradores uma área comporta sem colocar em risco terrenos e pessoas ou sem exaurir os recursos naturais ou causar danos a si mesmo ou a terceiros ?, Realizar estudos técnicos (contar com a participação da população, (muitas vezes um morador antigo tem o conhecimento histórico como de como se comporta um riacho , um córrego, ou um morro em determinada condição climática) ) ;como tb são imprescindíveis , os estudos de impacto ambiental e de vizinhança. ( Os empreendedores é que pagam os estudos de viabilidade técnica) < Tem que ter mecanismos de controle publico contra a corrupção com punição exemplar o que infelizmente no Brasil não é a regra.

Antônio Crlos

Campanha para os políticos doarem um salário a favor dos flagelados das enchentes

Não existe povo mais solidário do que o brasileiro, basta alguma comunidade passar por dificuldades ou uma campanha de ajuda humanitária ser deflagrada, que o país inteiro é solidário.
Mas tem uma classe que parece não se sensibilizar com as tragédias que acontecem com o povo brasileiro, justamente quem mais ganha com o suor do brasileiro, a dos políticos, que na sua maioria, só gosta de aparecer na hora de pedir votos, e quando é para ajudar ao povo nas calamidades, eles desaparecem.
Chegou a hora de realizarmos uma campanha nacional para sensibilizar e chamar a responsabilidade dos políticos que passam 4 ou 8 anos ganhando salários exorbitantes com o dinheiro do povo brasileiro e que pouco faz pela população, é a “campanha para os políticos doarem um salário a favor dos flagelados das enchentes”.
Com a tragédia das enchentes nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo os deputados estaduais e federais, senadores e governadores que deixaram o poder doariam o último salário e os que estão assumindo o novo mandato doariam o primeiro salário, sabemos que estas doações não resolverão o problema, mas será uma maneira decente e humana de amenizar o sofrimento do povo, o mesmo, que de quatro em quatro anos coloca os políticos no poder.
Que as pessoas continuem sendo solidárias e humanas contribuindo com a campanha contra as enchentes, mas também cobre da classe política projetos de prevenção para diminuir o impacto de uma catástrofe como a do Rio e de São Paulo, que levou centenas de vidas.
Que os políticos sejam rápidos na doação como são quando querem aumentar os próprios salários. Eles devem doar um pouquinho do que vão ganhar nos próximos 4 anos, não custa nada.

“QUE OS POLÍTICOS FAÇAM A DOAÇÃO DE UM SALÁRIO A FAVOR DOS FLAGELADOS DAS ENCHENTES.”

Envie aos amigos e familiares!

Vamos espalhar esta ideia na internet até chegar às mãos dos políticos.

assalariado.

Ora,ora,ora,como é do conhecimento dos que compreendem o que é,e,como funciona a sociedade de luta de classes sabe que,o Estado está para o capital como o capital está para o Estado.A burguesia capitalista esta pouco se lixando com os desastres(não) tão naturais provovocados pelas suas orgias consumistas, tão necessárias para o desenvolvimento/acumulos de suas riquezas,custe o que custar.O Estado burguês é tão hipócrita quanto os seus criadores em conluio com sua vassalagem –(o Estado como um todo, é um cavalo de tróia, esta a serviço do capital)-,só falta avisar o povo. — Está claro que as maiores vitimas dos desastres,(não) tão naturais,são os pobres que, pagam pelas mazelas do capital, e que,por tabela nunca tem acesso aos meios juridicos neste Estado democrático de direitA.De fato,não são os pobres soterrados, alagados que elaboram as leis na sociedade burguesa que,em suas afirmações genéricas de igualdade são negadas nas determinações concretas das leis.Enfim, a realidade nos mostra que sem igualdade economica a tão decantada "igualdade juridica" só existe no papel.Cidadania,ora cidadania,com este discurso não me iludo…

jura

"Enfim: temos a lei. Há meios processuais para a cidadania se defender. No Judiciário é raro, porém, que ações contra o poder público durem pouco ou custem pouco. O problema maior é o tempo. Permite até parafrasear um ditado célebre de Pascal: a luta judicial contra o poder público tem razões que a própria razão desconhece."

O Estado está acima da Lei. Simplesmente não paga o que deve aos credores judiciais. Essa impunidade gera sempre mais ineficiência, descaso e incompetência. O dia em que os responsáveis começarem a ser punidos e dívida vai cair e a segurança vai aumentar.

Diogenes, o grego

Enquanto isso, com a conivência da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, a GAFISA comete um crime ambiental dos piores:aterrou mais de 600 x 3.000 metros das margens da Lagoa da Tijuca, para construir o condomínio Alphaville, só para ricos e emergentes. Vários animais que vivem lá como pacas, quero-queros, jacarés, etc estão atordoados, perderam seu habitat. Tudo fechado por muros altos. E, "Pra ingles ver" só deixaram intacta uma pequena área (~ 100×100 m), mas tbem toda murada, sem sustentação ambiental. ergunta que ñ quer calar: porque a prefeitura do Rio deixou a GAFISA aterrar as margens da Lagoa da Tijuca? o crime tá feito, tudo á vista, escancarado. Tenho fotos/videos do local

aldo luiz

Caros amigos, ainda nem começamos a chorar o que nos aguarda…
QUE JULGAMENTO? DE QUEM? A CASA GRANDE está acima de toda lei que não lhe favorece.
David Rockefeller já disse: "Estamos à beira de uma transformação global, tudo o que precisamos é da apropriada grande crise e as nações aceitarão a Nova Ordem Mundial".
Não há como nos defendermos enquanto estivermos delegando a nossa defesa aos nossos próprios carrascos. É preciso estar atento ao que vem por aí e forte para resistir e organizar a auto defesa, estamos senzalados milenarmente, sobretudo pela desinformação. Infelizmente esta midiocracia brasileira e internacional está a serviço dos dominadores que querem, entre outros, o Brasil desarticulado e de joelhos cumprindo suas determinações inconfessas… São escravagistas, é preciso incorporar esta verdade, sem o que continuaremos fazendo exatamente o que temos feito, exatamente o querem que façamos.

Acaso? Nada disso é por acaso. Evolução? Isto é um plano ("diabolicamente sofisticado") urdido há muito tempo e sempre aperfeiçoado ao longo dos anos de dominação da CASA GRANDE em permanente religioso escravagismo. Só no Brasil são 510 anos de escravidão nestas pseudo democracias. Nada, religião alguma, lei alguma, substituirá a responsabilidade 100% dos julgamentos, escolhas e decisões de cada um de nós. A verdadeira maravilhosa revolução é intrapessoal e intransferível.

O desconhecido HAARP, ativo desde os anos 90, é parte do arsenal da Nova Ordem Mundial no marco da iniciativa da defesa estratégica (SDI). Desde os pontos militares principais dos EUA, se poderiam desestabilizar potencialmente economias nacionais inteiras utilizando as manipulações do clima.
O que é muito importante, esta última poderia colocar-se em prática sem o conhecimento do inimigo, a um custo mínimo e sem empregar pessoal e equipamentos militares como em uma guerra convencional.

O HAARP, JÁ ESTÁ TRAZENDO conseqüências devastadoras para o clima mundial. Para satisfazer os interesses econômicos e estratégicos dos EUA, UTILIZADO para modificar o clima de maneira seletiva em diferentes partes do mundo, o que provocaria a desestabilização dos sistemas agrícolas e ecológicos.

O Sistema, (ô corja), cujo o único inimigo é o próprio povo que explora, é fratricida e antropofágico, cuida bem do o irônico detalhe "humanista" enquanto nos devora.
Pergunte ao povo do Haití o que ele acha da "ajuda humanitária" internacional que o sistema alardeia oferecer aos seus infantilizados senzalados. O tempo urge. O sistema é por sua natureza fratricida e antropofágico, e adora uma literatura para se fazer de importante e necessário enquanto nos devora. SÓ PARA NÃO ESQUECERMOS: POLÍTICOS, MUNDIALMENTE, TODOS, ESTÃO AÍ PARA NOS DAR A ILUSÃO QUE TEMOS ESCOLHAS senzalados neste escravismo travestido.
Precisamos parar de entregar a condução de nossas vidas àqueles que querem apenas o lucro de nossa escravidão e agora nosso extermínio.
Sinto muito, sou grato.

Leider_Lincoln

Se o nosso problema (cidadãos) é o tempo, a nossa solução será fazer com que o problemas deles (poder público) seja a quantidade. É muito fácil para o Estado lutar contra UM indivíduo, mas se formos centenas, milhares de indivíduos, aí o pêndulo virará e o poder público será infinitamente mais cuidadoso.

Pedro Luiz Paredes

Como a própria lei diz "efeitos", há sim como culpar o poder público.
Não pelas chuvas mas sim pelos efeitos, que poderia impedir.
A omissão na instalação de casas em lugares de risco esta intimamente ligada ao plano diretor municipal, ou seja, a prefeitura é responsável desde a elaboração até a execução das prioridades municipais donde não consta qualquer tentativa de ato que evitasse essas tragédias.
Qualquer ação que o poder público tenha praticado para ajudar os moradores que ali se encontram, desde o fornecimento de lonas, tijolos, comida, bolsa família, ou qualquer outro elemento que constate o conhecimento do poder público sobre a situação daquelas famílias em local de risco, também evidencia a comissão, mera ação no linguajar comum.
O simples fato dessas famílias serem cadastradas em programas sociais e/ou receberem carta ou encomenda em locais de risco evidencia a responsabilidade do Estado e/ou da União.
Qualquer dinheiro gasto pela Prefeitura, Estado ou União, em qualquer área de menor prioridade (excluem-se gastos com segurança pública, saneamento básico, e saúde), em detrimento do gasto com a segurança dessas famílias, caracteriza negligência e portanto responsabilidade, passível até de ação criminal aos membros do poder público*.
*Como se trata de conduta omissiva escapariam os que propuseram leis e ações para cessar a situação de risco, bem como os que votaram a favor das propostas com esse teor.
Já no judiciário, como ele é inerte e precisa ser provocado, não podemos culpar juizes por decisões que eles não foram provocados a tomar e muito menos que tenham conhecimento dos fatos para tomar de ofício tais decisões. No entanto se há lei o Ministério Público pode ser responsabilizado (vulgo chupetão).
O legislativo não pode ser obrigado a legislar, no entanto já esta mais que na hora de se criar jurisprudência responsabilizando esses representantes por prejuízos causados pela má conduta em suas prioridades no que tange os direitos humanos previstos na constituição.
O executivo deve executar a constituição, no entanto direitos humanos e naturais do ser humano precisa ser regulamentado(STF). affff…
Na verdade a forma como esses direitos devem ser exigidos é que precisam ser regulamentados(STF).
O STF é o maior culpado disso tudo pois não consegue fazer a única coisa que lhe cabe.
Bando de chupins vaidosos!
Mas para beneficiar empresas e setores econômicos cria-se jurisprudência, regulação, ou o que for necessário para o bom desempenho dos lucros e dividendos.
O STF não defende os direitos humanos porque é político, e se defenderem vão ter que afetar verbas para garanti-los o que vai comprometer contratos e prioridades daqueles setores econômicos citados anteriormente.

Como já disse, se trata de uma guerra de classes sociais, pode entender também como uma guerra entre pessoas físicas contra pessoas jurídicas, mas isso no plano ideológico, então fiquemos com a primeira.
Os ricos intervem com as armas que tem, e o resto é burro por achar que receberão dos ricos, armas para lutar e fazer valer seus direitos, o que diminuiria seu poder e espaço. Lindo né!
A mídia coloca uns contra os outros e os ricos riem da briga de galo.
Crentes contra católicos.
Heterossexuais contra homossexuais.
Mulheres contra homens.
Brancos contra pretos.
Bêbados contra maconheiros.
Fascistas contra comunistas.
Petistas contra tucanos.
Direita contra esquerda.

Vamos lá galera, se matem!!!!

Fernando

Angra, Ilha Grande, Bumba, Região Serrana… tudo em doze meses.

Acho que dá pro Cabral pegar uma perpétua.

    Paulo

    Fernando, pelo seu raciocínio isso equivaleria à pena de morte para o Serra e o Kassab pelos últimos 6 anos de mortes contínuas com as encehtes de Sampa, ou os tucanos tem imunidade azul-sanguínea??

zeca

Que homem, cara-pálida? O buraco é + embaixo, se me permitem: o Estado foi enxugado, porque conforme vimos lendo, vendo e ouvindo nos últimos anos, era um paquiderme e precisava ser emagrecido, como de fato foi. Os funcionários públicos tais como os aposentados, seriam uns vagabundos. Fiscal da prefeitura para impedir construção em área de risco? Desperdício pagar um indivíduo para isso. Engenheiros, ambientalistas, geólogos, geógrafos, assistentes sociais, defesa civil e segurança pública para ordenar o uso do solo e impedir a construção irregular nas cidades? Isso é inchar a máquina pública, é empregar apaniguados. Concurso público para essa gente se o mais barato é terceirizar?…

@faltorpan

Que um ministro do Supremo, ou então candidato a tanto, tenha ganho uma ação contra o Estado, não é notícia. Notícia seria se um cidadão comum tivesse logrado o mesmo efeito.

Leider_Lincoln

Se o nosso problema (cidadãos) é o tempo, a nossa solução será fazer com que o problemas deles (poder público) seja a quantidade. É muito fácil para o Estado lutar contra UM indivíduo, mas se formos centenas, milhares de indivíduos, aí o pêndulo virará e o poder público será infinitamente mais cuidadoso.
E se o MP sacar que o poder público não está sendo cuidadoso, poderá processar os seus agentes (presidentes, governadores, prefeitos, ministros, secretários…) que não agirem, e com isso, ainda mais humana e cuidadosa.
Neste sentido, depende de NÓS, depende de deixarmos de choramingar e, como se diz por aqui, ir pro pau contra eles!

Regina

Mas,se naõ exercitar a cidadania…nunca haverá resultados.Se o Estado é Incapaz…Vamos coloca-lo sob tutela.

Almeida Bispo

A questão é que tem de botar prefeitos ou outra autoridade competente (a quem compete, a quem é da responsabilidade) NA CADEIA!!!! E fazer-lhes indenizar os prejuízos. Só que, quem deixou construir, desmatar fragilizar o solo das montanha de Teresópolis e demais não foi o César Cabral ou mesmo os atuais prefeitos das cidades atingidas. Quem deixou entupir os canais, córregos e várzeas de São Paulo que sempre encheram não foi o Kassab. O Alckmin, no governo há dezesseis anos tem culpa, mas o Quércia, Maluf, Laudo Natel… o Adhemar de Barros também tem, e até a Luiza Erundina e a Marta: todos deixaram tudo como estava: governadores não cuidaram dos rios e prefeitos deixaram permanecer as ocupações erradas, por ricos e pobres.

Elton

Quem paga os salários do judiciário? Não é por acaso o poder público? Taí a explicação para o pouco interese em dar agilidade às ações contra o Estado.

Gerson Carneiro

O Poder Público consegue se livrar até quando a responsabilidade é evidente e direta, como foi o caso da cratera do metrô apontada pelo laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas. O MP acusou formalmente 13 pessoas por "desabamento culposo em sua forma qualificada diante do evento morte".

Pois a Justiça suspendeu o processo para discutir a validade do laudo produzido pelo IPT.

Enfrentar o Poder Público na Justiça é estar sentado em um cavalo de cabo de vassoura contra o Poder Público sentado em um dragão.

    Leider_Lincoln

    Ah, mas você usou a justiça da opus dei, ops, de São Paulo, como exemplo. Aí não vale!

    Gerson Carneiro

    Não tem como não usar, Leider. É lá que a desgraça acontece.

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