O IMPEACHMENT COMO DANO EFICIENTE
por Bárbara Natália Lages Lobo
O que está em jogo na atual crise política brasileira não é o combate à corrupção, mas sim, o controle da política econômica.
E esta para o grande empresariado brasileiro e estrangeiro que dá as cartas no Congresso Nacional, cobrando a juros muito altos os investimentos feitos nas campanhas eleitorais, busca a recuperação do rentismo, enfatizando a forma mais cruel e selvagem do Capitalismo.
E que forma é essa?
Trata-se de um projeto de desenvolvimento econômico desconectado com o desenvolvimento humano, privilegiando assim o dano eficiente que solapa o patrimônio público, dilapidando, ainda, direitos sociais, liberdades individuais e o meio ambiente.
Vejamos como ocorre tamanho vilipêndio.
O que vem a ser o dano eficiente? De forma simples, é a atuação empresarial, industrial e política que endossa a impunidade e encontra nesta o fundamento e o impulso para o desrespeito a direitos.
Por exemplo, quando uma determinada empresa deixa de pagar horas extras a todos os seus empregados, aqueles poucos que ajuízam uma ação trabalhista para reaver o direito lesado integram os prejuízos da atividade.
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Contudo, o lucro gerado pelo desrespeito ao direito de todos são maiores do que os referidos prejuízos causados por alguns que se insurgem contra o não pagamento daquela verba.
A mesma situação ocorre quando as empresas “deixam de observar” (devidamente equipadas com um corpo técnico que as instrui) normas de preservação ambiental.
Veja-se o caso Samarco em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, cujo rompimento da barragem, em novembro de 2015, gerou prejuízos ambientais irreparáveis.
Até hoje sem condenação ou contrapartida, os lucros obtidos com a exploração mineral ultrapassam muito o dispêndio com tais prejuízos.
Daí uma preocupação muito maior com a manutenção de suas ações de marketing, em detrimento da restauração do Município.
A mesma lógica é utilizada para o desrespeito aos direitos do consumidor. Pense, por exemplo, nos lucros das companhias telefônicas e em quantas vezes você já pensou (só pensou) em processá-las.
Esta é a mesma lógica do golpe em curso.
Os prejuízos causados à democracia, à autoridade do voto, nossa escassa possibilidade de participação efetiva nesse sistema eleitoral majoritário, representa para quem lucra com o golpe prejuízos de pouca monta, diante da manutenção dos lucros, da queda do dólar e da alta da bolsa.
Dessa forma, o dano eficiente se apresenta em uma nova esfera jurídica: a constitucional.
Coloca-se à prova nossa recente democracia, conquistada ou acordada, após um nefasto período ditatorial, em troca da perversidade do capital, da manutenção das desigualdades, patrulhamento ideológico, monopolização dos meios de comunicação, do recrudescimento policial, que gera a venda de armas e o consequente aumento da violência, por ser mais punitivista do que prevencionista – a educação, saúde, cultura, o trabalho atuam como coadjuvantes, não como protagonistas nos objetivos governamentais.
E é inescapável para se combater esta lógica mercantil o pensar sobre o sistema econômico.
Ou, do contrário, estaremos condenados à lesão perpétua dos interesses sociais pelos interesses financeiros.
Missão importante que se apresenta é esta: como não tornar tamanho dano eficiente?
Apresento a minha resposta e convite à reflexão: resistência, organização, participação, emancipação. Luta!
Temos que ter em mente: uma vez causado o dano, jamais será reparado em sua integralidade (haja vista os restos mortais da Ditadura, que ressurgem como zumbis das catacumbas a procura de sangue novo.
Ficar inerte ou silente neste momento o torna parte do lucro de tamanha degradação. Pense! E aja!
Antes que a mesma lama que sujou o meio ambiente suje a nossa trajetória constitucional democrática e seja tarde demais!
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Comentários
Urbano
Bandidos escroques se preocupam é com o valor do butim e não com controle da Economia. Afinal o que eles fizerem de ruim e perverso há, dentre tantos comparsas, o tribunal (está em todas…) do faz de conta da máfia dos quatro poderes da oposição ao Brasil para acoitar a rapinagem. Sem contar com o beneplácito do parceiro mor lá longe, ou seja, o fim, que mandará até mais, muito mais para a total esbórnia dos pusilânimes da oposição ao Brasil. Ademais, como controlar a Economia sem que se dê um basta na ladroagem?
FrancoAtirador
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(https://twitter.com/filla_paulo/status/724026097038401536)
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Bacellar
Quem não lembra do velho espectro ? D-M-D’…
Agora é E-1000D’ onde E representa “especulação”. E D já não tem mais necessariamente contrapartida material.
Nunca consegui separar bem política de economia. Pra mim são membros de um mesmo corpo, mais até que isso pois inexistem separadas. A restauração do neoliberalismo total desregulado na AL é uma das boias de salvação do sistema internacional plutocrático e financista.
Mas o pior é que mesmo boiando continuará à deriva pois é inerentemente inviável. Mais um arremedo de curto prazo. Para nós subdesenvolvidos não há caminho dentro disso, a crise que bate lá destroça aqui…
Mas uma coisa de cada vez, não? Primeiro barrar o golpe de estado, que no contexto deste sistema nos lançará como carniça aos abutres. Iremos sem escalas de potência emergente ao velho bananal secular. Depois, até aproveitando o movimento, pensar novas possibilidades e acordos.
Odon Barbalho
Como disseram os americanos follow the money.
Quem ganha com o golpe?
Não adianta reclamar que o Obama não fez nada. Ele ganhará o petróleo (junto às sete irmãs e brasileiros espertinhos) e, de quebra, arromba o portão e retoma o quintal latino-americano.
A mídia garante o seu dinheirinho.
O assalto às empresas públicas pela privatização é fav(c)as contadas.
Considerando o entendimento dos Tucanos de que nossa inserção no Mundo dá-se pela mão-de-obra barata, o empresariado brasileiro só tem a ganhar com o brutal ataque às leis trabalhistas que vem por aí.
Os banqueiros, como sempre, irão ganhar com os juros altos.
A canalha encastelada no Congresso, continuará ganhando com a corrupção, Lava-jato abaixo, com a bondosa aquiescência de Moro.
Pobre trabalhador brasileiro!
Mineirim
Pode ser que o que vou dizer cause espantos em alguns, mas é o que decidi fazer (ou não fazer…) de agora em diante. Concretizado o golpe parlamentar/judicial/midiático não votarei em nenhum candidato, nunca mais. Aliás, sequer comparecerei a uma seção eleitoral, prefiro pagar a multa que decorrerá disso para ficar quites com a “justiça eleitoral”. Ora, se meu voto não vale, para quê votar? Ah, vale se votar em candidatos direitistas/ fascistas ou outros da mesma laia. Votar em candidatos da esquerda? Ora, conseguiram (quase) aniquilar a esquerda brasileira, e os poucos que forem eleitos no futuro farão parte, apenas, de uma minoria que ficará gritando em vão, mas não poderá implantar projetos de inclusão, redução de desigualdades, soberania, etc.
Penso que uma eleição com grande comparecimento serve para consagrar/convalidar o sistema que a instituiu. Não compactuarei com isso.
Maria
…quantas vezes VC pensou em processar um telefônica…só pensou…..Simples e real. Cada um segue lesado,usurpado, roubado pelas telefônicas. E um agente da Anatel ou um advogado de TV diz …procure os seus direitos…..enquanto nosso estômago revira de odio. Ódio sagrado. Milhoes de pessoas contribuem com seus dez ou vinte ou cinquenta reais para a quadrilha, obrigatoriamente, e obvio que não compensa contratar advogado individualmente. E eu tenho tempo? Fica o ódio sagrado e a solidão.
FrancoAtirador
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(https://twitter.com/VIOMUNDO/status/720270232594563072)
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FrancoAtirador
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JUDICIÁRIO ELEVA O EMPRESARIADO AO PODER
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Se o Propósito do Juiz do Paraná Sergio Moro
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com a Força-Tarefa da Operação Lava-Jato (OLJ),
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aí Incluso o Cartel de Empresas de Comunicação,
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Corroborada pelo Supremo Tribunal Federal (STF),
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era a Destruição do Sistema Político, no Brasil,
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talvez já tenha efetivamente atingido o Objetivo.
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Mas em vez de fazer a Limpeza Geral Pretendida,
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o que fez mesmo foi punir seletivamente Alguns
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e Varrer o Resto da Sujeira para Debaixo do Tapete,
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de tal modo que o que vem dessa Faxina mal feita
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é a Ascensão ao Poder de uma Plutocracia Arcaica
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– um Estado sob Administração Direta de Empresários,
sem Intermediação, operada por Grandes Corporações,
onde @s Empregad@s não terão Representatividade.
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Será um Governo dos Ricos, pelos Ricos e para os Ricos
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que Inviabilizará Definitivamente, no País, Algum Projeto
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de Implementação de uma Democracia Social Distributiva.
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FrancoAtirador
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Recorte Histórico
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O está a ocorrer aqui no Brasil
não é uma Revolução Burguesa,
nos Moldes da Francesa de 1789,
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mas um Golpe Jurídico-Midiático,
Consumado pela Via Parlamentar,
para Destituir a Mulher Trabalhista,
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e Substituí-la por um Endinheirado
um Réles Chief Executive Officer (CEO)
das Corporações, no Poder Central.
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Já Aconteceu no Paraguai, na Ucrânia,
na Argentina e agora também no Peru.
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FrancoAtirador
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(https://twitter.com/VIOMUNDO/status/723711648268193793)
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FrancoAtirador
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(https://twitter.com/ggreenwald/status/723666558329995264)
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FrancoAtirador
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(https://twitter.com/VIOMUNDO/status/722430779515645952)
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