Nesta segunda, Adriano Diogo recebe o Prêmio Santo Dias

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Ex-deputado Adriano Diogo receberá Prêmio Santo Dias

 da assessoria de imprensa do mandato da vereadora Juliana Cardoso (PT-SP)

A Comissão da Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Assembleia Legislativa, vai realizar na próxima segunda-feira, dia 11 de abril, sessão solene para a entrega do 19º Prêmio Santo Dias. Um dos indicados a receber o prêmio é o ex-deputado Adriano Diogo. A proposta de nome foi apresentada pela deputada Márcia Lia e pelo deputado João Paulo Rillo. Também serão homenageados o ator Wagner Moura, o Padre Paulo Parise e o fotógrafo e cineasta, Alyson Montrezol.

O prêmio foi criado em 1996 e tem o objetivo de reconhecer e valorizar o trabalho de pessoas, entidades e ações da sociedade civil que lutam pela defesa dos direitos humanos, além de firmar o compromisso do Legislativo Paulista na defesa dos direitos fundamentais da pessoa humana.

Essa é uma das mais importantes honrarias brasileiras. Leva o nome do operário metalúrgico Santo Dias da Silva assassinado por um policial militar em 1979. Santo Dias integrava o comando de greve, liderava piquetes e mobilizava os trabalhadores para a paralisação.

“Um país e um estado com oportunidades iguais para todos, com respeito às diferenças, desenvolvimento e justiça social. Essas sempre foram as bandeiras de Adriano Diogo. Tenho muito respeito pela sua história de luta na defesa veemente da democracia brasileira. Penso que a Assembleia prestará uma justa homenagem a esse companheiro valoroso”, afirmou Márcia Lia.

ADRIANO DIOGO  

Adriano Diogo é geólogo formado pela USP. Nasceu em 1949, no bairro da Moóca, zona leste de São Paulo.

Desempenhou papel importante no movimento estudantil paulista durante a ditadura militar na década de 70. Foi eleito quatro vezes vereador da cidade de São Paulo e, em cada legislatura, deixou as marcas de seu trabalho.

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Assumiu a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente em 2003, onde realizou uma gestão inovadora, incentivando a participação popular, que foi fundamental para a criação de sete parques e mais de 30 praças, nos locais mais carentes de áreas verdes.

Foi deputado estadual na Assembleia Legislativa de São Paulo, onde desempenhou um mandato combativo e muito atuante, tendo sido líder da Minoria e presidente da Comissão Estadual da Verdade “Rubens de Paiva”. Um dos trabalhos mais relevantes foi a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apurou as violências praticadas nos campus universitários durante os trotes.

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do portal Memórias da Ditadura

Santo Dias da Silva era operário metalúrgico e membro da Pastoral Operária de São Paulo. Foi morto pela Polícia Militar quando comandava um piquete de greve, no dia 30 de outubro de 1979. Santo Dias era lavrador, mas foi expulso da terra onde vivia com a família em 1961, após participar de um movimento por melhores condições de trabalho.

Na capital paulista, trabalhou em fábricas e tornou-se um líder operário bastante reconhecido entre os trabalhadores. Em 1978, passou a integrar a Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo e o Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA). Ao comandar um piquete de greve em frente à fábrica Silvânia, em Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo, foi morto com um tiro na barriga. O movimento era pacífico e contava com a participação de cerca de 50 operários.

Houve grande mobilização dos trabalhadores para protestar contra o assassinato de Santo Dias. O corpo do operário foi retido pela polícia. Só a partir da interferência de sindicalistas e parlamentares, conseguiu-se sua liberação. Foi velado na Igreja da Consolação por milhares de pessoas e, no dia seguinte, houve uma grande marcha até a Praça da Sé para a cerimônia de encomendação do corpo.

Santo Dias se tornou mártir da luta operária. Familiares, amigos e companheiros criaram o Comitê Santo Dias para pressionar pela condenação do soldado Herculano Leonel, acusado de desferir o tiro que matou o operário, e não deixar a história cair no esquecimento. O policial foi condenado em 1982 a seis anos de prisão, mas recorreu e o processo foi arquivado.

O nome de Santo Dias se imortalizou em ruas, parques, pontes e no Centro Santo Dias de Defesa dos Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo. Há também o Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos, promovido pela Assembleia Legislativa de São Paulo. O local de sua morte é visitado anualmente, no dia em que foi morto, por militantes e sindicalistas.

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Comentários

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FrancoAtirador

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Adriano Diogo é um dos Heróis do BraSil.
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Sobrevivente do Holocausto Praticado
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no Período da Ditadura Militar Fascista
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quase Esquecida pelo Povo Brasileiro.
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Justa Homenagem! A Luta Continua!
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(http://imgur.com/5SgFWk9)
(http://imgur.com/p9cM6et)
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