Lula alerta: “O golpe é contra os trabalhadores; querem que povo desça os degraus que subiu e comece tudo do zero outra vez”; veja o vídeo
Tempo de leitura: 3 min
Fotos: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
04/04/2016 21:35
Ao lado dos metalúrgicos, Lula alerta: “o golpe é contra os trabalhadores”
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na noite desta segunda-feira (4), de um ato político em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, cidade onde reside e onde teve início sua trajetória política, na década de 70. Cerca de 5 mil pessoas ocuparam as ruas no entorno do sindicato para ouvir as falas dos prefeitos petistas da região do ABC, como o bernardense Luiz Marinho, e de lideranças sindicais ligadas à Central Única dos Trabalhadores.
“O que é importante é que vocês percebam que o golpe não é contra a Dilma, é contra nós”, alertou Vagner Freitas, atual presidente nacional da central. “O que eles querem não é só derrubar o governo, é derrubar o 13º, é derrubar as férias remuneradas e tantos outros direitos. O senhor Benjamin Steinbruch, que quer ser presidente da Fiesp, já disse que quer que aqui seja como nos Estados Unidos, onde não tem hora do almoço: pra ele, o trabalhador pode comer um sanduíche com uma mão e trabalhar com a outra”, completou.
Lula ressaltou que não são apenas direitos trabalhistas postos em risco por uma ofensiva dos setores mais conservadores e agressivos da sociedade, mas também os direitos sociais. “Eles diziam que não podia aumentar o salário mínimo porque daria inflação, mas nós fizemos e por 12 anos não enfrentamos inflação. Não tinha dinheiro para os pobres, pobre era problema, e nós provamos que ele pode ser solução se tiver dinheiro para comer. Quem imaginaria há 10 anos que os meninos e meninas negros da periferia fariam universidade?”, relembrou o ex-presidente.
“Esses ganhos só são possíveis na democracia”, frisou Lula. “Nós estamos vivendo o 31º ano de democracia continuada, desde o fim da ditadura. E este é o maior período de democracia continuada da história deste país. Mas parece que eles já cansaram. Os setores mais conservadores da sociedade cansaram não porque a democracia é ruim, mas porque eles queriam ficar lá a vida toda”.
O ex-presidente afirmou ainda que aceitou o convite da presidenta Dilma Rousseff para assumir a Casa Civil para exercer, no governo, os valores democráticos. “Se tem gente que diz que a Dilma não dialoga, eu vou para lá conversar com todo mundo. Fazer a política que eu aprendi aqui neste sindicato, com o movimento social, ajudar a melhorar um pouquinho a política econômica. Nosso mercado deve ser o trabalhador, o consumidor, a dona de casa”, disse.
Em sua despedida, o ex-presidente conclamou o povo a gritar que “não vai ter golpe”, e pediu atenção ao dia em que o Congresso pode tentar votar o impeachment de Dilma, para que os democratas estejam prontos a ocupar as ruas.
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Discurso de Lula a partir 54m35s
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Comentários
FrancoAtirador
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NOTA PÚBLICA
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A Democracia Não Pode Ser Vilipendiada
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Neste grave momento de crise generalizada no País, a Comissão Pastoral da Terra vem a público juntar-se a tantas entidades e cidadãos e cidadãs de boa vontade, em defesa da democracia e contra os retrocessos políticos e sociais que se querem impor de forma autoritária ao povo brasileiro.
Reafirmando seus valores éticos e pastorais, baseados no Evangelho, a CPT rechaça o processo em curso que, em várias frentes e sob aparatos de contorcida legalidade, visa impedir o mandato da presidenta Dilma Rousseff, desastroso, sim, mas democraticamente outorgado pela maioria dos eleitores brasileiros em 2014.
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Tal situação nos deixa profundamente revoltados.
A CPT nasceu em plena Ditadura Civil-Militar para apoiar a resistência e a luta por direitos dos camponeses e camponesas trucidados pelo avanço do Capital no campo, por ela incentivado, como uma de suas principais estratégias de poder.
Fazemos parte da geração que com duras perdas redemocratizou o País e que por isso não admite retrocessos institucionais.
Se o Governo Dilma não é bom, não cumpre o que prometeu em campanha – e temos motivos suficientes para concordar com isso –, deve ser pelo voto da maioria que ele seja removido, em 2018!
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A crise política atual – em muito fabricada por disputa espúria do poder do Estado, sob injunções econômicas obscuras – é um duro revés.
A partidarização de setores do Judiciário e da Polícia Federal – que macula seus importantes avanços contra a impunidade – o jogo baixo no Congresso conservador como nunca, os vacilos do governo central e a distorção e espetacularização do noticiário pela mídia empresarial hegemônica, têm constituído no conjunto um retrocesso amargo e inaceitável.
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Favorecidos pela conjuntura econômica global, os governos de coalizão e pacto social liderados pelo PT lograram avanços sociais inéditos e importantes para os mais pobres:
ascensão social, renda mínima, acesso ao consumo, à energia, à moradia, saúde (programa Mais Médicos), ao transporte aéreo, à educação técnica e universitária, à água no Semiárido, à afirmação étnica, etc.
Na verdade, os avanços havidos só foram possíveis porque os donos do Capital também ganharam, mais e muito.
Mas os governos não atacaram o âmago da desigualdade que se manteve inalterada, ou pior ainda, cresceu.
Não deram passos concretos para uma adequada e justa reforma tributária, não propuseram uma reforma urbana para combater a concentração fundiária urbana e uma melhor distribuição do espaço entre seus habitantes.
Praticamente paralisaram a reforma agrária deixando milhares de famílias vivendo em acampamentos mais que precários.
Pior, colocaram um freio violento no reconhecimento e regularização das terras indígenas e no reconhecimento de territórios quilombolas.
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E mais, se furtaram a propor instrumentos para quebrar o monopólio da mídia em mãos de meia dúzia de famílias que determinam o que o povo pode e deve ver e saber.
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A crise atual, com o desembarque do governo de quem sempre esteve no governo, como ratos fugindo de um navio a naufragar, deve servir de lição para alianças feitas simplesmente para garantir o poder, sem qualquer compromisso maior com o povo e seus direitos.
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Mas, se tais alianças não mais se sustentam, não será um golpe civil (como em Honduras e no Paraguai) que vai consertar a situação.
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O que subjaz à crise, com fragorosa omissão dos senhores dos discursos hegemônicos, é que para continuar ganhando, o Capital agora quer mudar o governo, a qualquer custo, inclusive da democracia, a qual despreza. Como não consegue pelas eleições, visam o “golpe branco”.
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A CPT, buscando ser coerente com sua trajetória democrática de 40 anos, reafirma a imposição incondicional do respeito às regras do jogo democrático, nos gabinetes e nas ruas.
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Por outro lado, exige do Governo Federal a retomada e o aprofundamento das políticas que atendam aos direitos dos mais pobres do campo e das cidades, com prioridade de fato para as Reformas Agrária e Urbana.
Inspirados na Palavra de Deus (Provérbios 31,5), condenamos os que inebriados pelo poder se esquecem do bom senso e das leis, e não são solidários aos direitos dos fracos e dos pobres.
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Goiânia, 05 de abril de 2016.
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A Diretoria e Coordenação Executiva Nacional da Comissão Pastoral da Terra
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(http://www.cptnacional.org.br/index.php/publicacoes-2/destaque/3158-nota-publica-a-democracia-nao-pode-ser-vilipendiada)
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Dan
Temer não ganha nem pra síndico de prédio vai querer ser presidente na mão grande?! Pilantra medíocre!
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