CUT defende mandato de Dilma nas ruas, mas não dá cheque em branco

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IMG_3297BRASÍLIA – O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou nesta segunda-feira, 21, que o governo está trabalhando para enviar, ainda no começo do ano, uma proposta para a reforma da Previdência Social. Ele informou que está em estudo a criação de uma idade mínima para a aposentadoria.

A primeira fala do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, é semelhante à primeira de Joaquim Levy

por Vagner Freitas, no site da CUT, em 23/12/2015

Em 29 de dezembro do ano passado, a sociedade brasileira foi surpreendida com o pacote de maldades do governo, o chamado ajuste fiscal, que tirou direitos da classe trabalhadora, paralisou a economia e gerou juros altos, recessão e desemprego.

Durante este ano, a CUT lutou, negociou e reivindicou nas ruas mudanças na política econômica e a não retirada de direitos dos/as trabalhadores/as.

Simultaneamente, o mandato da Presidenta Dilma Rousseff sofreu ataques dos golpistas, aqueles que não aceitaram o resultado das eleições de 2014. E a CUT, novamente, foi às ruas defender o projeto que ajudou a eleger, a democracia e o respeito à vontade popular que se expressou nas urnas elegendo Dilma.

Nós não temos dúvida nenhuma que foi por conta da reação do povo nas ruas que o mandato de Dilma não foi cassado este ano. Mas, queremos que fique claro, não existe cheque em branco.

O povo quer a Dilma que elegeu. Esse foi o canto que ecoou nas ruas em todas as manifestações que fizemos, especialmente, a do último dia 16, quando milhares de pessoas foram às ruas de mais de 70 cidades do Brasil e o Distrito Federal dizer que quer a Dilma que elegeu.

Agora, novamente no fim do ano, assisto atônito as mesmas cenas do ano passado. Muda o ministro da economia, mas não muda a política econômica. Era justamente isso que temíamos. Isso não vai acontecer.

A primeira fala do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, é semelhante à primeira de Joaquim Levy. Ele falou em reforma da Previdência Social, retirada de direitos da classe trabalhadora, flexibilização da CLT e ajustes.

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Há outras possibilidades. Para equilibrar as contas públicas, ao invés de tirar dos/as trabalhadores/as é preciso tirar do capital. Do contrário, gera desconfiança na classe trabalhadora.

Exigimos, e temos autoridade política e sindical para fazê-lo, que nos próximos dias, ao invés desse discurso conservador ultrapassado e subordinado ao mercado, o governo anuncie medidas de interesse da classe trabalhadora, como a retomada do crescimento, com geração de emprego e distribuição de renda.

2016 só será um ano diferente, se o governo agir diferente. Caso contrário, acredito que o governo não terá a mesma sorte que teve em 2015.

Os golpistas estão de plantão com pedidos de impeachment ou renúncia. E as ruas só vão defender o projeto democrático popular se tiverem o que defender.

A continuidade da atual política econômica, voltada aos interesses do mercado, vai gerar mais inflação, desemprego e cortes nas políticas sociais.

Para a CUT, qualquer discussão sobre direitos sociais, dos/as trabalhadores/as e Previdência Social tem de ser debatida no âmbito do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda, criado pelo governo este ano, espaço onde os/as trabalhadores/as e a sociedade podem se manifestar e defender seus direitos e interesses. Nenhum direito a menos. Não ao golpe. E pelo fim do ajuste fiscal, e uma nova política econômica.

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Comentários

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FrancoAtirador

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Francisco

Dilma foi eleita por mim para cumprir o programa de governo do seu primeiro mandato (uma vez que nunca apresentou a mim o seu programa de governo para o segundo mandato – agora sabemos porque…).

Dilma foi eleita por mim para cumprir as obrigações do cargo, que inclui, METER na CADEIA todo aquele que descumprir a Lei – seja petista ou seja bisneto de escravista.

É uma sorte para Dilma que ela não seja política – e um azar para mim.

Não poderei deixar de votar nela o resto da vida por descumprir tão cabalmente promessas tão claras e óbvias.

A família Cunha não estar na cadeia desqualifica o PT para a vida política futura – toda vez será assim?

O próximo candidato do PT à presidência da república terá um diálogo tenso com seus eleitores, as centrais sindicais, movimentos sociais e até seus militantes. Terão de fazer juras em cartórios e outros arranjos humilhantes.

Lula, inclusive…

Leo V

A piada do ‘cheque em branco’.

Me expliquem que na prática significa não dar cheque em branco com mandatos que não são revogáveis?

Por acaso a CUT aventa fazer manifestação para tirar a Dilma em algum caso? Se não, é cheque em branco que estão dando sim.

A CUT é cão de guarda da alta burocracia, porque parte dela é. Não à toa foram convocados pelo governo para debelar os protestos dos trabalhadores em Jirau e Santo Antonio, assim como para encerrar a greve dos banc´rios passando por cima das assembleias.

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