Polícia da Câmara agride e prende manifestantes em protesto contra a tragédia de Mariana e o novo Código de Mineração
Tempo de leitura: 2 minManifestantes são agredidos e presos na Câmara por ato de protesto contra a tragédia em Mariana
Quarta, 25 Novembro 2015 15:34 Tagged so
Agentes da Polícia Legislativa da Câmara do Deputados agrediram e prenderam, nesta quarta-feira (25), integrantes do grupo de teatro do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que fazia um ato de protesto contra a tragédia em Mariana (MG) causada pelo rompimento de uma barragem da mineradora Samarco, controlada pela Vale. Os manifestantes protestavam também contra o Código da Mineração que está tramitando na Câmara.
Os participantes da esquete teatral espalharam lama pelo piso e pelas paredes do Hall da Taquigrafia da Câmara e foram abordados por policiais legislativos. Quando um dos atores passou lama no braço de um dos agentes, desatou-se a agressão e a prisão dos manifestantes.
Os deputados Padre João (PT-MG) e Marcon (PT-RS), que passavam pelo local no momento do incidente, tentaram evitar a violência da polícia e acabaram agredidos também. Um dos agentes chegou a ameaçar Marcon de prisão.
Um dos manifestantes foi conduzido violentamente pelos agentes, chegando a ser sufocado, como mostram as imagens de um vídeo feito pela equipe do PT na Câmara. Deputados do PT – Valmir Prascidelli (PT-SP), Paulo Teixeira (PT-SP) e Moema Gramacho (PT-BA) – e do PSol foram ao Departamento de Polícia Legislativa (Depol) buscar informações e reclamar do uso excessivo de força e do tratamento diferenciado dos agentes para cada tipo de manifestante.
“São pessoas que estão no desespero, que perderam casa, perderam família, que vieram aqui para chamar a atenção das autoridades. E a segurança da Câmara tem lado: quando vieram os manifestantes [pró-impeachment], os coxinhas, a segurança da Câmara deu toda cobertura”, afirmou Marcon, que chamou a Polícia Legislativa de “despreparada e mal educada”.
Confira o vídeo com a agressão a um dos manifestantes e o protesto do deputado Marcon:
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No dia 4 de novembro, após um conflito envolvendo manifestantes golpistas que estavam algemados no Salão Verde da Câmara, a Polícia Legislativa abrigou o material do grupo numa sala do Depol, como mostra um vídeo publicado no Facebook:
Os acorrentados contra Dilma guardam seus pertences nas dependência da Câmara, escoltados pela Polícia Legislativa. Certamente depois vão para algum hotel e amanhã estarão de volta para se acorrentarem novamente. Defendem Cunha e são contra Dilma. Entendimento de corrupção meio frouxo esse!
Posted by Manoel Netto on Quarta, 4 de novembro de 2015
Rogério Tomaz Jr.
Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara
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Comentários
Urbano
Com uma presidência irrestaurável e uma maioria formando a sua camarilha, por acaso vai se esperar uma puliça melhor? Agora, enlamear mais ainda a casa não vem a ser protesto, mas sim um revezamento entre o cavalo e o cavaleiro, durante a corrida.
Mauricio Gomes
São os capitães do mato de 2015, tal qual como as famigeradas PMs. São fascistas e truculentos.
lulipe
Quer dizer que foram protestar jogando lama nas dependências da Câmara e nos servidores que ali estavam pra proteger a todos e queriam que não fizessem nada pra impedir?? Isso só pode ser brincadeira!!!
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