Comandante do Exército demite general que pediu “despertar de luta patriótica”
Declaração doi dada pelo general Antonio Hamilton Martins Mourão a oficiais da reserva
29/10/2015 – 21h39min
O Comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, decidiu demitir o general Antonio Hamilton Martins Mourão do Comando Militar do Sul e transferi-lo para a Secretaria de Economia e Finanças do Exército, em Brasília. O general Mourão, assim, perde o poder de falar para tropa. A decisão foi tomada depois de reunião do alto comando do Exército em Brasília, nesta semana.
A mudança foi em virtude das declarações dadas por ele em fala a oficiais da reserva, quando fez duras críticas à classe política e convocou os presentes para “o despertar de uma luta patriótica”.
A fala do general foi questionada nesta quinta-feira pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores, que questionou o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, sobre a fala do general, que teria dito que “ainda tínhamos muitos inimigos internos, mas que eles se enganavam achando que os militares estavam desprevenidos” e que teria feito uma provocação, incitando os militares ao dizer: “Eles que venham!”.
No início desta semana, outro problema. O Comando Militar do Sul fez uma homenagem póstuma ao coronel Brilhante Ustra, questionado pela Comissão da Verdade como torturador durante o regime militar. O Comando do Sul chegou a expedir convite para a cerimônia.
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Esta postura do general Mourão acrescenta um ingrediente à crise política que o governo Dilma já vive. O Planalto havia deixado este assunto à cargo da Defesa porque não quer trazer mais esta questão para dentro do palácio.
Para o lugar do general Mourão irá o general Edson Leal Pujol, que estava na Secretaria de Economia e Finanças do Exército.
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Comissão da Anistia emite nota de repúdio à homenagem póstuma feita pelo Exército para o coronel Ustra, acusado de tortura
Brilhante Ustra nasceu em 1932 em Santa Maria e chefiou o DOI-CODI em São Paulo, sendo considerado torturador da ditadura militar pelo poder judiciário
A Comissão de Anistia, do Ministério da Justiça, emitiu nota contra a homenagem póstuma feita pelo Exército, em Santa Maria, ao coronel santa-mariense Brilhante Ustra, que morreu em outubro, em Brasília. Na quarta, outras duas entidades também havia divulgado nota de repúdio.
A nota diz que a Comissão da Anistia “repudia a decisão do comandante da 3ª DE em promover ‘solenidade em homenagem’ a Carlos Alberto Brilhante Ustra, um homem declarado oficialmente pela Justiça brasileira e pela Comissão Nacional da Verdade como torturador da ditadura. As Forças Armadas pertencem a todo o povo brasileiro e não merecem a indignidade de serem instrumentalizadas politicamente para este ato infame e vergonhoso à democracia e à memória das vítimas. Para que não se esqueça. Para que nunca mais aconteça.”
O PT de Santa Maria também fez nota de repúdio, considerando a homenagem a Ustra uma afronta à democracia e às vítimas da ditadura e seus parentes.
Na quarta-feira, o comandante da 3ª Divisão do Exército, em Santa Maria, general de divisão José Carlos Cardoso, disse que as entidades tinham o direito de se manifestar, mas não iria comentar o assunto. Ele afirmou que foi feita apenas uma menção a Ustra na solenidade.
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Comentários
FrancoAtirador
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UM MOMENTO
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Por Jânio de Freitas, Jornalista BraSileiro
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O descontrole do general Antonio Hamilton Martins Mourão resultou muito positivo.
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Como disse, ele está vendo que o “inimigo interno”
continua por aí, e não é tranquilizador para ninguém
que, à frente de mais de 50 mil homens armados,
esteja alguém dado a visões.
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Além disso, o segundo general Mourão é dado também
a impropérios e insultos ao Poder Constituído
(o Mourão primeiro foi aquele que iniciou o golpe de 64
e se definiu como uma “vaca sagrada”).
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Destituído do Comando Militar da Região Sul, o general Antonio Mourão
deu oportunidade à expectativa de que os recentes pronunciamentos de generais,
se interregnos ocasionais forem inevitáveis, não significam o retorno
à desprofissionalização dos militares para fazerem política.
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(http://jornalggn.com.br/noticia/na-hora-das-provas-por-janio-de-freitas)
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Isabela
Eita, de sobrenome Mourão, tem linhagem esse milicão…rss…
Mas hoje os tempos são outros, preciso crer: viúvas da ditadura são dignas de pena!
Urbano
Essa sim é a nossa Gloriosa Forças Armadas! A Nação brasileira agradece de coração. Parabéns!
Morvan
Boa tarde.
A verdadeira e legítima organização política do militar é OBDC: Organização Brasileira Democrática e Contemporânea. Se o sujeito está na carreira militar e fica tentando bancar o coxinha, alguém não lhe disse o que é ser militar ou a diferença entre este e um milico. Quer ser ‘protagolpista‘, dê baixa e filie-se a uma organização legalmente instituída. Tem muitas, até demais. Mas bancar o coxinha fardado às custas do erário, não!
Saudações “Justiça Seletiva não o é; é apenas proselitismo político. Todos à luta contra o golpe do ReaJudiciário“,
Morvan, Usuário GNU-Linux #433640. Seja Legal; seja Livre. Use GNU-Linux.
FrancoAtirador
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Ao menos, constatou-se neste episódio que o Chefe
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do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA)
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ainda detém o Controle da Tropa NaziFascista Infiltrada.
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(https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Carlos_de_Nardi)
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_Maior_Conjunto_das_For%C3%A7as_Armadas)
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Mas se engana quem pensa que eles pararão por aí.
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Prova está a Provocação Militar de Vetar, em Brasília,
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a Construção do Memorial da Liberdade e Democracia
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Proposta em Homenagem Póstuma ao Presidente Jango.
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(http://www.viomundo.com.br/denuncias/luiz-claudio-cunha-apos-vetar-memorial-a-jango-governador-de-brasilia-sugere-area-distante-do-qg-do-exercito.html)
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FrancoAtirador
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(http://www.eb.mil.br/documents/16768/6126065/Informex+n%C2%BA+036.pdf)
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Leo
A punição foi por criticar o Governo Federal. O General está errado, constitucionalmente. A medida é correta. O país pode estar em uma bagunça generalizada, mas militar criticando publicamente o Governo já é demais.
FrancoAtirador
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O General Mourão II não apenas ‘criticou’ o Governo Federal
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como defendeu os 20 anos de Ditadura Militar (1964-1985)
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negando o Termo, usando o Eufemismo ‘Período Autoritário’,
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além de sugerir a toda a Tropa de Soldados sob seu Comando,
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– ou seja, a 1/4 (25%) do Efetivo Militar do Exército Brasileiro –
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como algo positivo, a Deposição da Presidente da República
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que é a Suprema Autoridade Hierárquica das Forças Armadas.
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(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp97.htm)
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(http://www.jb.com.br/pais/noticias/2015/10/20/em-palestra-general-do-exercito-ve-vantagem-em-saida-de-dilma-da-presidencia)
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(http://jornalggn.com.br/noticia/a-democracia-arrombada-por-janio-de-freitas)
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(http://www.ebc.com.br/cidadania/2015/10/morte-de-vladimir-herzog-completa-40-anos)
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(https://youtu.be/P_rgmz_eqJ8?t=850)
(http://midias.rbs.com.br/resources/mp4/2/5/1408980657352.mp4)
(http://midias.rbs.com.br/resources/mp4/4/1/1408981258114.mp4)
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Ol%C3%ADmpio_Mour%C3%A3o_Filho)
(http://arquivosdaditadura.com.br/documento/galeria/os-poderes-general-olympio-mourao-filho)
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Mauricio Gomes
Chupa seu milico adorador da ditadura, vai varrer o pátio do quartel para fazer algo de útil seu verme!
Julio Silveira
Tem certas coisas que aqui não querem reproduzir como exemplo trazendo lá dos States. Mas acho que sim, algumas coisas são de se pensar em trazer. Como por exemplo o rebaixamento, verdadeiro, de militares. Não uma mera mudança, de endereço, como antigamente quando o sujeito, distinção dada ao corpo dos oficiais diga-se de passagem, cometia alguma infração grave e tinha como punição ser despachado para longe da visibilidade, até as coisas serenarem. As instituições nacionais cultuam o que pode ser interpretado como prêmios, por muitos cidadãos, quando deveriam, de fato, punir. De forma que o infrator entendesse haver uma pena por conta de seu erro, e ainda de alguma forma realizar nele algum tratamento cultural para conscientizá-lo do seu real papel, para a organização de uma sociedade sã. Esses arroubos autoritários ocorrem fruto de um desacerto nas interpretação desses elementos fruto de um incapacidade de interpretação cultural quase que coletiva sobre seus reais papeis na construção de nossa sociedade, quando o personalismo egocêntrico, exacerbado, de alguns, toma conta, e o elemento se crê superior aos demais elementos da sociedade. Mas as coisas são como são, por termos uma cultura de impunidade, leniência, complacência deseducadora para com os transgressores, com reflexos em toda a sociedade.
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