Daniel de Medeiros: O Enem e a falácia da “doutrinação”; quem realmente quer o retrocesso?
Tempo de leitura: 3 minO Enem e a falácia da “doutrinação”
Daniel de Medeiros, na Gazeta do Povo
Lembrou na edição desse domingo, 25 de outubro, a insuspeita jornalista econômica Miriam Leitão, que nesses 30 anos, avançamos em três áreas importantes: democracia, estabilidade e inclusão. E que voltar atrás é inaceitável.
No sábado, dia 24, a prova de Ciências Humanas do Enem, cujas questões são formuladas por um pool de professores das 57 universidades públicas do país, deu um banho de democracia, estabilidade e inclusão, elencando para os jovens postulantes a uma vaga no ensino superior, questões sobre a terceira revolução industrial e a desterritorialização da produção ( o que lembra o quanto é bem vinda a multietnicidade dos produtos ao mesmo tempo em que renascem os discursos racistas quanto a pessoas), sobre a moda dos selfies e o narcisismo epidêmico das sociedades urbanas contemporâneas, sobre o desencantamento e a racionalização em Max Weber, sobre a precaução necessária com o transgênicos, sobre a luta histórica pela igualdade de gêneros, sobre os condicionamentos sociais em Mannheim, sobre as guerras e os riscos aos patrimônio material, sobre a proteção ao meio ambiente, sobre a crise da água, sobre a superação da visão mítica do mundo nos pré-socráticos, sobre a alteridade ( em uma bela questão lembrando a importância de se colocar no lugar do outro para avaliar nossas convicções), sobre os excessos do Estado nos regimes ditatoriais, sobre os riscos da espionagem via internet, sobre a multiperspectividade do passado ( ao apresentar dois textos sobre o mesmo fato, a Guerra de Canudos, mostrando a importância do cotejamento das fontes), sobre o papel simbólico e a extensão social da Abolição, sobre o papel de apoio ( aparentemente controverso) das colônias africanas às suas metrópoles na segunda guerra mundial, sobre o papel dos movimentos sociais no aprofundamento da democracia brasileira, levando-a para além da mera participação eleitoral, sobre o conceito de Estado em Hobbes, sobre a importância das imagens no cenário político brasileiro, sobre o papel dos intelectuais na formação do mundo ocidental, sobre a ágora ateniense, sobre a globalização e sua crítica, sobre o problema da erosão nos rios, sobre a concentração urbana no Brasil, sobre o Código eleitoral brasileiro de 1932 e seus avanços, sobre o endividamento brasileiro no regime militar que fundamentou o chamado “milagre brasileiro”, sobre o pan-africanismo, sobre a construção da memória por meio da arte ( e como ela pode servir a propósitos que não são a verdade dos fatos), sobre os sofistas gregos, sobre o conceito de “homem cordial” em Sérgio Buarque de Holanda, sobre as novas formas sustentáveis de explorar a Amazônia, sobre os biomas brasileiros e os problemas que apresentam, sobre as relações entre trabalho e avanço tecnológico, sobre o conceito de Maioridade em Kant ( por meio de uma bela citação de Paulo Freire), sobre os riscos dos agrotóxicos nos alimentos, sobre a dificuldade de os europeus aceitarem a cultura ameríndia ao longo da colonização, sobre o confronto do conceito de socialismo e o capitalismo de Estado da China contemporânea e, finalmente, sobre a crise financeira mundial.
Como se pode ver, a prova de Ciências Humanas do Enem abordou, com largo espectro, temas políticos, econômicos, sociais, culturais, tecnológicos, filosóficos, educacionais, regionais, nacionais e globais, com competência e precisão, utilizando textos e imagens de autoridades e/ou personalidades conhecidas e respeitadas em suas áreas de atuação.
A opção da prova do Enem é claramente a de uma prova cidadã, preocupada com a seleção de jovens capazes de ler, interpretar e se posicionar sobre temas fundamentais, relevantes e urgentes da contemporaneidade.
E a pergunta que resta é: onde está a “doutrinação?” Onde está o viés de “esquerda”? Por acaso os temas tratados na prova não se coadunam com as importantes questões da nossa democracia? Por acaso não é importante que jovens conheçam e debatam essas questões?
O que fica cada vez mais claro é que a falácia da “doutrinação” esconde o desejo da censura e do autoritarismo, travestido de peroração voltado para os que não cuidam de ver com seus próprios olhos e escutar com seus próprios ouvidos.
Que este artigo funcione como um convite para que os leitores e leitoras leiam a prova, analisem suas questões, avaliem as alternativas e só depois formulem seus julgamentos. Não ver e não gostar, não ler e condenar é o caminho mais rápido e fácil para o retrocesso. E quem REALMENTE quer o retrocesso?
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Comentários
Marlene Suano
Prezado(e desconhecido) Edgar, instada por alunos, mesmo depois de tanto tempo, venho corrigir algumas de suas falhas informações e desvairadas informações. Em primeiro lugar, nenhum professor pode escolher aluno e convidar calouros a se retirarem. Qualquer ação nesse sentido pode ser levada às autoridades acadêmicas e resolvidas na hora. Chamar aluno — ou qualquer outra pessoa — de idiota NÃO é apenas falta de respeito, é perda de tempo. Nenhum professor na USP sobreviveria a algo do gênero dito em público ou, em privado, com testemunhas. O seu rancor em relação do depto. de História da USP talvez se resolvesse se vc tentasse — e conseguisse — terminar seu curso. A invencionice pode divertir alguns mas a vc próprio não faz nenhum bem real. Coragem, volte a estudar e estude direito.
Mauricio Gomes
Se tem alguém que faz doutrinação são esses pastores “pentecostauros” e a bancada da bala representada por figuras lastimáveis que pregam a volta da ditadura, tal qual o BolsoASNO. É esse tipo de gente que quer derrubar a Dilma, extremistas de direita em pura essência…..
Demitrius
Bolsonaro deu aula onde ?
Marcos Feliciano lecionou o quê ?
Um é espancador de mulher; o outro é racista. É evidente que nenhum dos 2 gostaram de uma prova inclusivista, que respeita as minorias, negros, indios e mulheres.
Ademais, a prova foi bem feita, bem elaborada, bem dosada no grau de dificuldade das questoes e no nivel conteudistico cobrado que nao foi exagerado e nem pouco. Teve um grau de dificuldade parecido com a fuvest.
2 oportunistas que só querem aparecer, acho que eles se esqueceram que a eleiçao para o legislativo federal e só em 2018.
Esses 2 bos.tas nao sabem nem segurar o giz e querem palpitar no serviço de professores que tem mais de 20 anos de magisterio.
Leo
Não é a primeira vez que me manifesto a respeito do assunto. Meu filho participou do ENEM ha aproximadamente três anos e já naquela época pude observar claramente que as provas são muito mal elaboradas. Infelizmente, é daí para pior, tudo com recursos públicos.
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O que será da família brasileira daqui a 50 anos? Em verdade, ninguém sabe responder, pois somente ao final desse tempo veremos as consequências daquilo que querem hoje implantar no país.
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E é digno de registro que, por tamanha surpresa, os próprios alunos que realizaram o concurso “viralizaram” a referida questão nas redes sociais.
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Abraços para todos.
abolicionista
O que será da família brasileira daqui a 50 anos? Com sorte, algo diferente do reduto de conservadorismo, fundamentalismo e preconceito que ela é hoje…
Nelson
Meu caro Leo
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Este teu comentário é incomentável.
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“O que será da família brasileira daqui a 50 anos” com pais tão tapados assim como você?
Nelson
“Aprender sem pensar é inútil. Pensar em aprender é perigoso”. [ditado chinês]
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A prova do Enem exige que o aluno pense ao aprender. Como diz o dito chinês, isto é perigoso. É extremamente perigoso, pois o aluno começará a dissipar a imensa cortina de fumaça que a propaganda ideológica incute em sua mente. A partir daí, falsos mitos e falsos profetas, como os Bolsonaros e os Malafaias da vida perderão, certamente, sua capacidade de enfeitiçamento desse aluno.
Urbano
Os cretinos da oposição ao Brasil vêm a ser a vanguarda do atraso…
Por outro lado, minhas efusivas congratulações ao ENEM e aos elaboradores da prova de Ciências Humanas.
Eduardo Raio X
Faz parte em uma democracia moderna descobri todo o conhecimento geral, sobre mestres, pensandores e gênios da humanidade! E todos esses, que foram tema do Enem 2015, faz parte desse grande panteão das luzes mentais humona!
Julio Silveira
Aproveito para parabenizar o editor pela sensibilidade na colocação das imagens desses icones do reacionarismo nacional, de vertentes tão antagonicas, mas nem por isso menos diferentes. São juntos, ou separados, as chaves para podermos entender como funcionam os entraves ao nosso crescimento cultural, racional e humano.
Edgar Rocha
Só espero que nossos aluns estejam em média bem preparados pra enfrentar tais avaliações. Com o que vemos ultimamente, é bem provável que muitos não tenham nem ouvido falar nos temas. Mais ainda, boas notas garantirão o ingresso na Universidade, mas, que tipo de Universidade se cultiva no país atualmente? Depois, o aluno passa, e uma Faculdade de Humanas bem cotada diz que o nível dos alunos baixou por conta do ingresso de alunos da escola pública, como aconteceu na década de 90 na FFLCH-USP. E dá-lhe evasão (90% naquele período). Os que sobram, vão fazer manifestação pela maconha ou engrossar as manifestações anti-Dilma.
Na melhor das hipóteses, isto é, se os alunos estiverem preparados para ingressar na Universidade, como garantir que ele a conclua. E como garantir que sua boa formação não seja para a academia um empecilho ao seu ostracismo funcional.
Mark Twain
90% na década de noventa? Ato falho típico do fascistinha que é o Edgar Rocha, que nunca cita fontes e vem sempre com este discurso enviesado para ver se engana a galerinha do Viomundo. Falhou.
Edgar Rocha
Não foi ato falho, colega. Teu raciocínio infantil é que é bem falho. Não cito dados porque estava lá. Estudei lá nos anos 90 e, como os 90%, não consegui concluir. Desisti de uma vez por todas quando a professora Vera Lúcia Ferlini me aconselhou: “Se mora na periferia, tem que trabalhar e estudar e precisa ter uma profissão, meu filho, VAI FAZER SENAI!” Esta ainda falou em público que Historiador não era profissão, que não havia espaço pra todo mundo e que, a evasão era culpa do ensino médio público, que não dava nível pra se acompanhar as aulas. Também disse que era preciso descer (da torre de marfim???) ao nível e pegar o aluno público pelas mãos e erguê-lo até o nível da universidade (generooosa…) Mas, antes dela, teve outros bastante convincentes: o Carlos Guilherme Mota, por exemplo, que falava quase tudo em francês e, depois da semana da pátria, após pedir uma bibliografia inimaginável, olhou pra sala com três (3) alunos e disse: “Os trouxas caíram, leiam apenas a coluna do Florestan na Folha e a do Faoro no Estado e venham bater um papo comigo”. Ou a mitológica Marlene Suano: “Tem calouro na sala? Cai fora que não dou aula pra idiotas”. Esta, se as portas dos banheiros forem as mesmas, você deve ter ouvido falar. (eu era calouro e terminei com nota 8). Além, é claro das provas em sala fechada e particulares da Janice Teodoro, do José Roberto que já dispensava os alunos ameaçando que “quem ficasse teria que ler em francês arcaico e iria pegar pesado” e que, não aceitava aluno ouvinte por que “tinha muito repórter fdp querendo pegar no pé”. Havia também muito bons professores (Raquel Glezer, Nicolau, Ana Maria, Werner, Aquino (no seu primeiro ano de trabalho) , mas, a gente que era calouro geralmente acabava pegando o que todo mundo rejeitava. E a coxinharia do Centro acadêmico que monopolizava a matrícula? Ainda é assim? Você sai de Itaquera, chega lá às 7 da manhã e recebe a senha 150. Escolhe o que sobrar na grade, se não for amigo da tchurma do espaço aquário. Enfim, você deve estar familiarizado com estas coisas, se for da História (eu espero que algo tenha mudado, mas, considerando que você está na defensiva ao invés de ser solidário, acho meio difícil). Se tiver alguma dúvida e insistir em dizer que sou só um facistinha (se fosse teria me formado), leia o texto na página do Nassif: http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/sobre-a-evasao-na-usp.
Veja nos comentários se sou só eu que reclamo. Se ainda assim não ficar convencido, anauê pra você.
abolicionista
Qual a relação entre o reacionarismo dos alunos e o nível de instrução? Não entendi seu comentário, Edgar.
Edgar Rocha
Olha, Abolicionista, com todo respeito, fica difícil responder à pergunta se esta tem um certo grau de ambiguidade. Estamos na internet e, por não conhecermos pessoalmente o interlocutor, não dá pra ser muito exato quando não temos certeza se a questão é puramente retórica (uma ironia diga-se) ou se a dúvida é realmente sincera. Tenho respeito por suas colocações e, de antemão, confesso sem nenhum problema que me vejo obrigado a rever conceitos graças à solidez de teus argumentos. Por isto, vou tentar responder sua pergunta, mesmo correndo o risco de ser redundante ou fazer papel de bobo.
Se o reacionarismo ao qual você se refere for atribuído a mim, deixo claro que me incomodo com tal adjetivo. Não sou fascista (nem coxinha, já aviso), como afirmou o outro comentarista. Não estou aqui por antipetismo ou por defender posturas conservadoras. Mas, a questão da educação (assim como a segurança) realmente me interessam. Quando vejo uma matéria expondo o alto nível das questões de humanas no ENEM, é inevitável pra mim pensar na formação precária de nossos alunos – o que dificulta até mesmo entendimento de texto – como também a abordagem (ou ausência desta) de tais temas em sala de aula no ensino secundário. Por outro lado, pra um aluno que estudou no que é supostamente a meca da academia em humanidades no Brasil, também é inevitável lembrar daquilo que pode ser chamado de elitismo, segregacionismo, arrogância ou, com alguma condescendência, despreparo da Universidade (não só a USP) para dialogar com a realidade de uma classe social recém integrada e com acesso aos espaços acadêmicos. Já na minha época, embora o discurso destes intelectuais educadores seja diametralmente oposto, a atitude do meio universitário como um todo não me deixou dúvidas quanto às contradições internas, alimentadas e corroboradas até pelo meio estudantil. Era o que se chamava à época de “Mauricização da FFLCH”. Citei o texto do Nassif não só por conter comentários de outros ex-alunos, mas por traçar um perfil claro dos mecanismos de sabotagem do discurso de esquerda abraçado por quase a unanimidade dos universitários e a exposição deste elitismo ao qual me referi. O mesmo elitismo que faz um acadêmico ser insensível à realidade social, sobretudo de alunos do noturno, criando um sistema absolutamente surreal de organização interna e apartado de qualquer proposição oficial mínima que garanta alguma integridade profissional. Se questionar medalhões intelectuais que se dizem “herdeiros de Florestan Fernandes” é ser reacionário e se isto põe em cheque minha capacidade de raciocínio, tenho que discordar de você. Florestan, o filho de lavadeira com toda sua capacidade intelectual, provavelmente não poderia estudar ali na minha época. Não por ser incapaz (Florestan era um gênio) ou despreparado, mas por ser crítico e pela conjuntura, digamos, corporativa da instituição. E antes que sugiram que estou me comparando intelectualmente a uma figura do mais alto nível, a realidade a qual discuto é a dos alunos que, como eu, saíram de um colégio público, sem contato algum com metodologias, línguas estrangeiras ou conhecimento acadêmico prévio, tendo que trabalhar em dois empregos e ler muitas vezes, duas ou mais obras completas por disciplina em língua estrangeira. Não fosse só isto, enfrentar avaliações sem nenhum parâmetro mínimo, aplicadas de acordo com a concepção invariavelmente única de cada professor. Convenhamos, poucos podem ficar por mais de seis anos na faculdade, o que é dispendioso e esgotante, sentindo-se ainda por cima pouco contemplado quanto às temáticas e abordagens que lhe interessam (não quero saber da vida das “viúvas do Foucalt”, ou “a História do Perfume”, ou a cristalização da cultura latino americana em fragmentos do passado que a impedem de avançar socialmente, como defendia certos intelectuais. Não vejo razão de ser chamado de reacionário simplesmente por exemplificar a partir daquilo que supõe-se ser o suprassumo da qualidade no Ensino, o caráter pouco objetivo, excludente e avesso ao diálogo com a realidade do meio acadêmico. Ao contrário de se pedir que “desçam ao nível intelectual do aluno secundarista” como se propunha, bastaria ser um pouco mais honesto intelectualmente e propor-se a cumprir o papel social ao qual a Universidade se destina, sendo leal sobretudo ao discurso de qualidade no Ensino e de liberdade de pensamento, que só se faz quando não se torna a Academia num clube fechado para os “que podem”. E isto nas Humanas!!!
Dito isto, me desculpe por ser extenso. Mas, só pra concluir, caso teu questionamento não tenha sido puramente irônico, não vejo razão pra fazê-lo, já que nem o texto em questão trata do reacionarismo do aluno, nem eu me centrei neste tema, como você pode observar.
abolicionista
Caro Edgar, desculpe, mas não fui irônico. Eu realmente acho que existe hoje um componente reacionário nas classes populares brasileiras. O que não significa culpá-las por isso, trata-se do resultado de um processo histórico. Foi a isso que me referi no meu comentário. Porque você disse que esses alunos advindos da escola pública provavelmente nunca teriam ouvido falar naqueles temas. Fato. Contudo, a USP já nasceu conservadora, isso não vem de hoje. Basta pensar na atuação da universidade durante a ditadura, perseguindo, denunciando e vigiando professores com tendências “esquerdistas”.
FrancoAtirador
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Os Fariseus Judaico-Critãos [SIC]
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e seus Prosélitos Muares Fascistas
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tratam a Mulher como Semovente.
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FrancoAtirador
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(http://www.consciencia.org/platao_criton.shtml)
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Lukas
Quem está em silêncio é cúmplice.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/clovisrossi/2015/10/1698514-o-que-a-venezuela-quer-esconder.shtml
Nelson
Jânio de Freitas, e sua já histórica coerência, só existe um. Infelizmente, ao invés de seguir o caminho de seu par, o Rossi preferiu o da bajulação ao Sistema de Poder que domina os Estados Unidos.
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E, o Sr Lukas, como tem demonstrado já de largo tempo, também preferiu este caminho.
Nelson
Eu li a coluna do Clóvis Rossi. Eis uma das pérolas que ele escreveu e que causaram a admiração do Sr Lukas:
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“Sem falar na onipresença do chavismo na televisão, a mídia que, no mundo todo, é a mais acompanhada pelo público”.
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O colunista tão admirado pelo Sr Lukas, Clóvis Rossi, escreveu coluna bem ao gosto do Departamento de Estado dos EUA, onde a verdade é o que menos importa. Num país em que 90% do espaço televisivo é dominado por redes privadas, ele quer nos convencer de que o chavismo é onipresente na televisão.
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Outra pérola:
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“Inclui manter candidatos fortes como presos políticos”.
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Quando fala em “presos políticos” Rossi quer se referir a Leopoldo Lopez, golpista juramentado e insuflador da violência que ceifou as vidas de mais de 40 venezuelanos nos primeiros meses do ano passado. Lopez foi preso pela Justiça venezuelana, não por Maduro.
abolicionista
E você não dirá nenhuma palavra a respeito do jovem crucificado e decapitado na Arábia Saudita? Ah, mas é aliado dos EUA…
http://epoca.globo.com/tempo/filtro/noticia/2015/09/jovem-de-21-anos-e-condenado-decapitacao-e-crucificacao-na-arabia-saudita.html
José Carlos Vieira Filho
Na realidade, o que essa turma chama de doutrinação é uma educação que ensina a pensar, e pensar criticamente. Isto, para a direita, é anátema.
Julio Silveira
Sem reparo. Perfeita sintese.
Daniel
Perfeito.
abolicionista
Os organizadores estão de parabéns, a prova foi muito bem elaborada. Os fundamentalistas precisam aprender a respeitar a laicidade do estado democrático de direito.
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Não estão contentes? Vão para a Arábia Saudita.
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