Lindbergh Farias: Num gesto de desespero, Eduardo Cunha está chantageando o Brasil
Tempo de leitura: 3 minPosted by Lindbergh Farias on Quarta, 30 de setembro de 2015
Lindbergh Farias: “Eduardo Cunha está chantageando o Brasil”
Pronunciamento do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) em 30 de setembro de 2015
Eu subo à tribuna hoje porque nós estamos surpresos com o que está acontecendo no dia de hoje aqui no Congresso Nacional. Esse Presidente da Câmara, Deputado Eduardo Cunha, passou de todos os limites.
O que ele está fazendo aqui é uma chantagem com o País, no dia em que estava marcada uma sessão do Congresso Nacional. Tentou fazer chantagem com a Presidenta. A Presidenta não cedeu e vetou o financiamento empresarial de campanha.
Mas eu quero chamar a atenção dos senhores: ele está fazendo chantagem com esta Casa, com o Senado Federal, dizendo que, se o Senado não votar no dia de hoje a PEC, ele não coloca para votar os vetos. Haverá sessão da Câmara, impedindo a instalação da sessão do Congresso Nacional.
Olha, é um ato de desespero, é o último esperneio. E eu fico vendo, Senadora Vanessa, que, na discussão do financiamento empresarial, dizíamos: “puxa, o fim do financiamento empresarial vai deixar as eleições mais justas, um candidato sem tantos recursos terá mais condições de competir com outro candidato”. Pensávamos também na questão das Bancadas, porque infelizmente existe isso no Parlamento; algumas Bancadas ligadas diretamente a alguns interesses empresariais.
Mas eu vejo que a decisão do Supremo Tribunal Federal, de dizer que o financiamento empresarial é inconstitucional, vai alterar muito mais profundamente o funcionamento do Parlamento do que nós imaginávamos, porque vejam bem: havia algumas Lideranças Parlamentares cujo poder vinha de quê? Defendiam lobbies empresariais e, essas Lideranças, no período das campanhas eleitorais, arrumavam contribuições empresariais para um conjunto de Parlamentares.
É aí que estava o poder dessas Lideranças.
Por isso, eu vejo esse gesto do Deputado Eduardo Cunha, Presidente da Câmara dos Deputados, que está chantageando o País nessa discussão do financiamento empresarial, como um gesto de desespero, porque ele sabe que sua força política vinha, claramente, desta possibilidade de ajudar algumas campanhas de Parlamentares através desse financiamento.
Ora, isso tudo era para ser ilegal há muito tempo, mas ele fazia isso dentro da legalidade.
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O problema é que, a partir de agora, ele não pode segurar sua Base aliada dessa forma. A partir de agora é ilegal! Então, não tem isso de um presidente de uma Câmara dos Deputados, utilizando-se de suas relações com as empresas, financiar metade da Câmara dos Deputados, porque era esse o processo que estava acontecendo.
Então, veja, creio que a decisão do Supremo vai ter um efeito muito maior do que imaginávamos. Sempre pensávamos, de início, na campanha eleitoral, mas, não, o fim do financiamento empresarial pode modificar a forma de funcionamento deste Parlamento para não ficarmos reféns dos lobbies empresariais.
Eu espero que o Senado Federal e o Presidente do Senado, Renan Calheiros, que fez boas declarações no dia de hoje – que caprichos não podem estar acima dos interesses nacionais – não poderiam, de forma alguma, se curvar a uma chantagem barata dessas. Ele deu duas alternativas: ou votam a PEC no dia de hoje, ou se coloca o veto da decisão da Presidente da República para ser apreciado nesta sessão do Congresso. Isso é antirregimental! Tem um prazo de 30 dias…
Então, Sr. Presidente, eu subo a esta tribuna aqui como Senador da República indignado com o que a gente está enfrentando no dia de hoje. É uma vergonha para o Brasil, o País parar, o Congresso parar por uma chantagem barata desse Presidente da Câmara dos Deputados!
Aqui, no Senado, na votação do projeto, nós ganhamos; houve 36 votos a favor do fim do financiamento empresarial e só 31 votos contra, que vale dizer o seguinte: até quando houver a votação da PEC, que vai acontecer algum dia – não vai ser hoje, como quer Eduardo Cunha –, na verdade, eles tinham que sair de 31 para 49 votos. A PEC tem quórum qualificado. Eles precisariam de 49 Senadores para aprovar o financiamento empresarial na Constituição. Eu duvido muito que haja mudança de 18 Senadores, foram só 31 naquele momento.
Eu espero que o Brasil entenda o que está acontecendo no dia de hoje.
É um gesto de desespero do Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, porque tinha uma forma de atuar na hora de exercer a sua liderança parlamentar, que era de distribuir doações empresariais em época de campanhas para um conjunto de Parlamentares, o que não podia ser legalizado, mas era. E de uma hora para outra, para susto e desespero deles, aquilo que era feito é ilegal agora. Esse gesto de hoje, volto a dizer, é um gesto que demonstra desespero.
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Comentários
Marcos Zelote
Errar é humano. Todos erramos.
Mas o que o Sr. Eduardo Cunha, cria do PC Farias, está fazendo com este país é TRAIÇÃO!
Ele está destruindo o futuro de uma nação inteira!
Não, não é simples ganância ou sede de poder (para descontar o bulling que ele deve ter sofrido na infância por parte de burguesoides como ele quer ser). É espiritual!
Deus tenha misericórdia desse cidadão, pois o que ele está fazendo, e ainda se dizendo cristão, certamente vai lhe custar muito caro.
FrancoAtirador
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30/9/2015
Portal do Ministério Público Federal (MPF)
Procuradoria Geral da República (PGR)
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Suíça Transfere Investigação Criminal contra Eduardo Cunha
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Com a Remessa das Informações Processuais, Procuradoria-Geral da República
poderá investigá-lo e processá-lo por Lavagem de Dinheiro e Corrupção Passiva
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Por Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria-Geral da República
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O Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil, nesta quarta-feira, 30 de setembro,
os Autos da Investigação contra o Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha,
por Suspeita de Lavagem de Dinheiro e Corrupção Passiva.
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A Transferência da Investigação Criminal foi feita por meio
da Autoridade Central dos Dois Países (Ministério da Justiça)
e o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot,
aceitou a transferência feita pelo MP Suíço.
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As informações do MP da Suíça relatam Contas Bancárias em Nome de Cunha e Familiares.
As Investigações lá iniciaram em abril deste ano e houve Bloqueio de Valores.
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Os Autos serão Recebidos pelo Departamento de Recuperação de Ativos
e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) e posteriormente serão remetidos à PGR.
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Por ser brasileiro nato, Eduardo Cunha não pode ser extraditado para a Suíça.
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O Instituto da Transferência de Processo é um Procedimento de Cooperação Internacional,
em que se assegura a Continuidade da Investigação ou Processo
ao se verificar a Jurisdição Mais Adequada para a Persecução Penal.
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Com a Transferência do Processo, o Estado Suíço renuncia a sua Jurisdição para a Causa,
que passa a ser do Brasil e de Competência do Supremo Tribunal Federal,
em Virtude da Prerrogativa de Foro do Presidente da Câmara.
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Este é o primeiro processo a ser transferido para o STF
a pedido da Procuradoria-Geral da República
e o segundo da Operação Lava Jato.
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A primeira transferência de investigação
foi a de Nestor Cerveró para Curitiba.
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SECOM/PGR/MPF
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(http://noticias.pgr.mpf.mp.br/noticias/noticias-do-site/combate-a-corrupcao/suica-transfere-investigacao-criminal-contra-eduardo-cunha)
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FrancoAtirador
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15 Deputados de 5 Partidos Políticos (PSoL, PT, Rede, PSB e PMDB)
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protocolaram Requerimento na Mesa da Câmara, nesta 5ª-Feira (1º),
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solicitando que Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Presidente daquela Casa*,
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confirme a Existência de Contas, no seu Nome, em Bancos da Suíça,
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assim como informe se foi Investigado pelo Ministério Público Suíço
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por Suspeita de Crimes de Corrupção Passiva e Lavagem de Dinheiro.
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O Documento, apresentado pela Bancada Parlamentar do PSOL na Câmara
e subscrito por Deputados Federais de Diversos Partidos, como PT, PSB, Rede
e até mesmo o PMDB, também questiona se tais Contas Secretas na Suiça
foram incluídas na Declaração de Imposto de Renda de Eduardo Cunha,
e se o Deputado Federal do PMDB do Rio de Janeiro tem Conhecimento
que Eventual Omissão Intencional ou a Prestação de Informações Falsas
podem ser consideradas pelo Poder Legislativo como Ações Incompatíveis
com o Decoro Parlamentar.
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“Tendo em vista a transparência que o Brasil se propôs a perseguir,
com a promulgação da Lei que regula o acesso a informações,
se apresenta esse requerimento de informações, com a finalidade
de trazer a público explicações necessárias sobre esse assunto
e proteger a imagem já tão desgastada da Câmara dos Deputados”.
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(http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/brasil/2015/10/01/deputados-protestam-e-cobram-cunha-sobre-contas-na-suica.htm)
(http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRKCN0RV5J820151001)
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Urbano
Ôxente! De novo? Aliás… quando que não a fez?
FrancoAtirador
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Eduardo Cunha é o Exemplo Vivo de que, em Sentido Amplo, os Setores de Direita,
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seja no Âmbito Estatal ou Privado – na Política, na Economia ou na Mídia-Empresa –
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não têm Escrúpulos nem tampouco Patriotismo, que dirá Algum Interesse Público.
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FrancoAtirador
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“A julgar pelas Últimas ‘negociações’ no Congresso Nacional,
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não existe mais essa história de ‘Baixo Clero’ e ‘Alto Clero’.
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Sobrou apenas uma Geléia Geral Nivelada na Altura da Calçada,
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com raríssimas e honrosas exceções que dá para contar nos dedos,
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em Meio a esta Patética Confraria de Anões Políticos e Morais.”
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Por Ricardo Kotscho, no Balaio – R7, via GGN
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(http://jornalggn.com.br/noticia/nao-existe-mais-baixo-clero-na-camara-por-ricardo-kotscho)
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