Juvandia: Bancos propõem a bancários perda real de 4%, enquanto lucram R$ 36,3 bi só nos últimos 6 meses

Tempo de leitura: 4 min

Juvandia Moreira Leite/ Gerardo Lazzari/SEEB/SP

Foto: Gerardo Lazzari/SEEB/SP

Bancos propõem que categoria tenha perda real de 4%

Ultima rodada de negociação aconteceu nesta sexta-feira (25); Sem aumento real, categoria pode ir a greve a partir do dia 06.

da Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo

Enquanto propõem perda real de 4% para a categoria bancária, os bancos praticam elevada política de remuneração para seus altos executivos. A remuneração total anual média de um diretor executivo do Itaú, por exemplo, em 2015 será de R$ 12,8 milhões e no Bradesco R$ 4,9 milhões, de acordo com dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Em negociação desde agosto, a última rodada de negociação aconteceu nesta sexta-feira (25), em São Paulo, entre a Federação dos Bancos (Fenaban) e Comando Nacional dos Bancários.

A proposta dos bancos foi de 5,5% de reajuste com R$2.500 de abono para os trabalhadores. O que representa perda real de 4% (de acordo com a inflação de 9,88%). Isso significa que um bancário que recebe o salário médio da categoria iria perder no ano R$ 1.983 em relação a uma proposta que apenas cobrisse a inflação.

O Comando vai indicar a rejeição da proposta nas assembleias e a categoria pode entrar em greve a partir do dia 06.

“Esse foi o pior índice oferecido pelos bancos desde 2004. Perda real não é condizente com os resultados dos bancos, que tiveram lucro líquido  de R$ 36,3 bilhões nos últimos seis meses. As instituições financeiras estão colocando a categoria em greve de forma irresponsável, ao mesmo tempo que cobram juros de mais de 400% no cartão de crédito, prejudicando toda a população. Haverá assembleia dia 1 em todo o país e vamos indicar a rejeição da proposta. Até lá a Fenaban tem prazo para apresentar uma proposta condizente com os ganhos bilionários dos bancos para os trabalhadores”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários

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“Após diversas rodadas de negociação, apresentamos uma série de dados que comprovam a viabilidade das nossas reivindicações e a federação dos bancos nos apresentam uma proposta com perda real, ignorando questões fundamentais para manter o emprego do trabalhador e melhorar as condições de trabalho da categoria”, disse Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e um dos coordenadores do Comando Nacional.

Lucro – O lucro líquido dos cinco maiores bancos atuantes no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander), nos seis primeiros meses do ano, atingiu a marca de R$ 36,3 bilhões, com crescimento de 27,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Os principais itens do balanço desses bancos comprovam o sólido desempenho do setor. As receitas com prestação de serviços e tarifas bancarias cresceram 11,4% atingindo o valor de R$ 55 bilhões.

Dados – Entre 1997 e 2014, o crescimento real do lucro dos bancos foi 2,34 vezes maior do que o crescimento da PLR de um caixa de banco, por exemplo. Enquanto nossa luta conquistou ganho real acumulado de 20,7% desde 2004 na Convenção Coletiva da categoria os dados da RAIS apontam que no mesmo período a remuneração média dos bancários cresceu 14,9%. Essa diferença se deve a política de rotatividade dos bancos que contratam novos trabalhadores ganhando muito menos do que aqueles que são demitidos.

Por outro lado, a remuneração total anual média de um diretor executivo do Itaú, por exemplo, em 2015 será de R$ 12,8 milhões e no Bradesco R$ 4,9 milhões, de acordo com dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Rentabilidade – A rentabilidade do patrimônio líquido dos bancos (ROE, Return on Equity em inglês) segue entre as mais elevadas da economia brasileira, quando comparada a outros setores de atividade econômica. Este é um dos principais indicadores de desempenho empresarial e mede a capacidade de uma empresa agregar valor a ela mesma. De acordo com dados da Consultoria Economatica, a rentabilidade média do setor de Finanças e Seguros brasileiros ficou em 19,1% no primeiro semestre de 2015. O setor de Comércio teve rentabilidade média de 10,2% no mesmo período, setor Químico (4,5%); setor de Construção (3,9%); setor Têxtil (3,1%). Outros setores importantes da economia tiveram rentabilidade média negativa no período: Siderurgia e Metalurgia (-18,3%), Mineração (-8,6%); Petróleo e Gás (-5%).

Calendário Campanha Nacional Unificada 2015 – A categoria entregou a pauta de reivindicações no dia 11 de agosto. Já foram discutidos os temas emprego (19/08), saúde, segurança e condições de trabalho (02 e 03/09), igualdade de oportunidades (09/09) e remuneração (16/09). Data-base da categoria é 1º de setembro.

Dados da Categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São mais de 500 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país. Nos últimos onze anos, a categoria conseguiu aumento real acumulado entre 2004 e 2014 de 20,07%: sendo 1,50% em 2009; 3,08% em 2010; 1,50% em 2011, 2% em 2012, 1,82% em 2013 e 2,02% em 2014.

Principais reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2015:

Reajuste Salarial de 16%, sendo 5,6% de aumento real, com inflação de 9,88% (INPC)

PLR – três salários mais R$ 7.246,82

Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 3.299,66)

Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá  – Salário Mínimo Nacional (R$ 788);
14º salário

Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários

Emprego – Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho

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Comentários

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Urbano

Pobre no Brasil se queixando da alta do dólar só pode ser um sem noção. Isso fica para os ricos e os enxeridos novos-ricos.

    Urbano

    Ah, mas os pobres compram produtos importados da China, que são mais baratos! Tá, e daí? Vai comprar quatro para ter apenas um, no período de um ano. O nacional é mais caro, mas a longevidade é maior. Pode haver até exceções; pode ser…

    Urbano

    O trabalho específico é acumular riquezas até não haver nada para ser sugado e aí pronto: a instauração do fascismo mais torturante e global. Neste, apenas sobreviverá quinhentos milhões de ‘viventes’, incluindo-se os androides serviçais, que nos dias de hoje fazem o papel de apadreadores dos capos de sangue azul, que vivem acima da linha do Equador.

    Urbano

    Sobreviverão…. bem melhor assim.

FrancoAtirador

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É Enorme a Preocupação da Globo com a Economia do BraSil
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SACOLEIROS DE MÁIÂMI EM CRISE FINANCEIRA
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ALTA DO DÓLAR PÕE EM RISCO PROGRAMA
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MÁI RÁUZI, MÁI LÁIFI IN FLÓRIDA – IÚÉÇÊI
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Piada Pronta: Ó, Coitados!
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26/09/2015 21:00 / Atualizado 27/09/2015 9:01
O GLOBO
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Com Dólar a R$ 4, Sonho ‘brazilêrro’ da Casa Própria nos EUA Fica Mais Longe
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‘BraZilêrros’ buscam Alternativa para Driblar Aumento das Prestações em Dólar
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Por Ana Paula Ribeiro
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SÃO PAULO – O Sonho ‘braZilêrro’ da Casa Própria
em Terras Americanas está mais Difícil.
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Com a disparada de quase 50% na cotação do dólar em 2015,
Consultorias Especializadas em Vender Imóveis nos EUA [Tie in]*
para ‘braZilêrros’ de Classe Média Alta
viram a Movimentação de Clientes Despencar até 70% nos últimos meses.
.
Já os Clientes que Compraram Imóvel no Passado, Financiado em Dólar,
buscam Alternativas para Conseguir Pagar a Prestação.
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O Magistrado Aposentado Newton Azevedo
mudou com a mulher para Winter Garden
[cidade próxima a Orlando], na Flórida, em 2013,
quando a cotação do dólar estava em torno de R$ 2,20.
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Ele optou por comprar uma casa em condomínio por US$ 304 mil.
.
Deu 20% de entrada e financiou o restante em 30 anos,
com prestação de US$ 1.470, já incluso seguro e impostos.
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A disparada do dólar neste ano, porém, assustou o aposentado.
Para honrar as prestações, optou por reduzir os gastos da casa
e passou a dar Consultoria a Escritórios de Advocacia na região de Orlando,
o que lhe garante uma pequena renda em dólar.
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— Comecei a fazer trabalhos de consultoria e está entrando um pouco de dinheiro.
O que compensa aqui é que o custo de vida é inferior ao de São Paulo
e estamos economizando — disse.
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DEMANDA EM BAIXA
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Mas nem todos conseguem contornar a situação.
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Cássio Faccin, sócio da Faccin Investments [1º “Tie in” do Mercado Financeiro]*,
explica que os negócios com imóveis de US$ 200 mil a US$ 700 mil,
os mais procurados pela Classe Média ‘braZilêrra’, caíram 70% nos últimos três meses.
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Além disso, afirmou que os clientes que compraram imóvel na planta há dois anos
estão tendo que fazer um replanejamento financeiro para ficar com o imóvel
— e, em casos mais extremos, desistir da compra, perdendo o valor da entrada:
.
— Tem ‘braZilêrro’ que opta por entregar o imóvel
porque não tem como assumir a prestação em dólar,
que ficou mais alta que o planejado.
Outros optam por financiamento
para encontrar tempo para alugar ou vender.
.
É o caso de um dos clientes de Faccin*,
um empresário brasileiro que preferiu não se identificar.
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Ele comprou um apartamento num condomínio de luxo em Aventura, perto de Miami,
há dois anos.
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Do valor de US$ 695 mil, deu entrada de 50%, mas teria que quitar o restante na hora de pegar as chaves.
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Embora tivesse os recursos no braZil, não viu vantagem em fazer uma remessa nesse momento,
em que a cotação do dólar está em torno de R$ 4.
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A saída foi optar por um financiamento ao custo de 3,75% ao ano
e deixar os recursos no Brasil aplicados na renda fixa,
que pagam mais de 14% ao ano. [!!!]
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— Se o dólar começar a cair, posso usar as reservas que tenho
para quitar o financiamento antecipado — explicou.
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A procura por financiamento cresce como forma de driblar o aumento do saldo devedor
no momento de pegar as chaves.
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Antonio Cassio Segura, Presidente do BB Americas [2º “Tie in” do Mercado Financeiro]*,
conta que praticamente desapareceu o interesse de braZilêrros
da Classe Média [Norte-Americana] na Compra de um Imóvel nos EUA.
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Quem comprou na planta, corre para garantir financiamento.
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— Houve uma redução forte do cliente que compra imóvel usado e tem crescido a procura por parte daqueles que compraram um na planta — contou, afirmando que a carteira de crédito imobiliário do banco nos EUA, que teve início há pouco mais de dois anos, é de US$ 100 milhões.
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EXIGÊNCIAS MAIORES
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O executivo disse ainda que não percebeu um movimento de alta da inadimplência.
Segundo ele, isso se deve a dois fatores.
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O primeiro é a mudança do mercado americano após a crise de 2008.
Os bancos passaram a pedir um valor de entrada, que muitas vezes chega a 50%,
o que faz com que o cliente tente honrar as prestações e evitar o risco deperder o imóvel.
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A outra razão é que, na maior parte dos casos, os clientes remetem os recursos das prestações com antecedência.
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E a alta do dólar não é o único problema. O aumento dos preços é um agravante.
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O auge do sonho da casa própria americana foi em 2012,
quando o preço médio dos imóveis atingiu o menor nível desde a crise de 2008.
.
De lá para cá, com a recuperação da maior economia do mundo,
os preços já subiram, em média, 20%.
[Aqui já é Propaganda de Governo mesmo]*
.
Para Natalia Zimmermann, Superintendente do Private Banking do Santander
[3º “Tie in” do Mercado Financeiro]*, a demanda está praticamente nula:
.
— Se o cliente não tiver recursos lá fora, vai pensar duas vezes
antes de fazer remessa ao exterior com o dólar a R$ 4,00.
.
(http://oglobo.globo.com/economia/com-dolar-r-4-sonho-da-casa-propria-nos-eua-fica-mais-longe-17617738#ixzz3mxJVjgq7)
.
.
*”Tie In” ou “Merchandisig Editorial” é a Inserção ou Menção Sutil de Nomes
de Produtos, Serviços, Marcas e Empresas na Mídia Escrita e Áudio-Visual.
.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Merchandising#Merchandising_editorial_.)
(https://baudapublicidade.wordpress.com/2013/05/26/merchandising-tie-in-ou-placement)
.
.
Esta Matéria do Jornal da Globo é o exemplo mais acabado de Merchandising Editorial
.
do Mercado Financeiro Transnacional na Mídia-Empresa UltraLiberal Fascista e Corrupta.
.
.

    FrancoAtirador

    .
    .
    O Merchandisig de Produtos e O Mercado de Idéias
    .
    (http://www.ifd.com.br/marketing/merchandising-de-ideias)
    .
    Merchandising em Linhas Gerais é quando a Aparição do Produto é Focada Diretamente Nele,
    ou se fazem ações nos pontos de vendas para criar interesse pelo produto ou serviço mostrado.
    .
    Existem algumas Variações de Merchandising, Marketing:
    .
    Merchandising de Ideias e o Merchandising Editorial ou “Tie-in”
    .
    que se parece com o que se denomina agora de Product Placement.
    .
    No Product Placement, o Produto ou Serviço é mostrado de Maneira Sutil,
    está Envolvido no Contexto da Cena ou aparece como Parte do Cenário.
    .
    Nas Cenas de Filmes de Cinema, Novelas e Demais Programas de TV, por exemplo,
    os Personagens exibem discretamente Vários Produtos para a Câmera Filmadora.
    .
    Em apenas um Determinado Filme de Cinema
    [cujo nome não será citado aqui, pois significaria
    uma Ação Promocional de “Product Placement”]
    foram expostos 60 Produtos de Diversas Marcas,
    proporcionando aos Produtores em Hollywood
    um Rendimento Adicional de 250 Milhões de Dólares.
    .
    (https://pt.wikipedia.org/wiki/Marketing_indireto)
    (https://chilli360.wordpress.com/2011/05/17/o-que-e-product-placement)
    (http://www.ifd.com.br/marketing/o-que-e-product-placement)
    .
    .

    FrancoAtirador

    .
    .
    O COMÉRCIO OCULTO DE IDÉIAS NO MERCADO
    DE CONSUMO DE BENS SUPÉRFLUOS NO bRAzIL
    .
    NÃO HAVENDO LEI DE MEIOS, A ÚNICA ALTERNATIVA
    É APELAR AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
    .
    .
    A PROPAGANDA DA PRIVATARIA TUCANA, PAGA,
    .
    NA MÍDIA ULTRALIBERAL CORRUPTA E FASCISTA
    .
    “Agora, há uma Novidade no Mercado:
    o Merchandising de Idéias ou Opinativo
    sobre Temas Políticos Polêmicos.
    .
    A ONG Brasil 2000, formada em junho deste ano
    para estimular a Privatização do Sistema Telebrás,
    .
    pagou a Locutores das Rádios de Todo o País
    e a Conhecid@s Apresentadore(a)s de TV
    .
    – Hebe Camargo, Ratinho e Ana Maria Braga –
    .
    para apresentarem os Textos Elaborados
    pela Agência de Publicidade DM9 [!!!].
    .
    Os Recursos para tanto foram Fornecidos
    .
    por Empresas Diretamente Interessadas
    .
    na Privatização das Estatais de Telefonia.”
    .
    Carlos Alberto Etcheverry
    Desembargador do TJ-RS
    (Gazeta Mercantil 15/12/1998)
    .
    (http://etchever.net/doutrina/merchandising-de-ideias)
    .
    [!!!] (http://www.ihu.unisinos.br/noticias/noticias-anteriores/15173-a-grande-oportunidade-de-dantas-surgiu-no-governo-fhc)
    (http://consciencianet.blogspot.com.br/2005/09/daniel-dantas-o-alvo.html)
    .
    .
    15/12/1998
    .
    Merchandising de Idéias
    .
    Por Carlos Alberto Etcheverry, no Blog etchever.net (*)
    .
    Todo mundo sabe o que é Merchandising:
    é aquela Propaganda feita Dentro dos Próprios Programas
    de Rádio ou Televisão [como os da Bernardes Simpson
    e da Rainha dos Colares de Lixo Orgânico].
    .
    @ Apresentador(a) faz o Anúncio Direto do Produto, afiançando suas qualidades
    e transferindo-lhe a credibilidade que tem junto ao seu público.
    .
    Essa Técnica também é Utilizada de Forma Indireta – em Novelas, por exemplo -,
    fazendo-se com que os Atores consumam um Determinado Refrigerante
    ou utilizem um Eletrodoméstico lançado há pouco.
    .
    Agora, há uma Novidade no Mercado:
    .
    o “Merchandising de Idéias” ou Opinativo
    .
    sobre Temas Políticos Polêmicos.
    .
    A ONG Brasil 2000, formada em junho deste ano
    para estimular a Privatização do Sistema Telebrás,
    pagou a Radialistas de Todo o País
    e a Conhecid@s Apresentadore[a]s de TV
    – Hebe Camargo, Ratinho e Ana Maria Braga –
    para apresentarem os Textos Elaborados
    pela Agência de Publicidade DM9.
    Ratinho recebeu Cachê para dizer, entre outras coisas, o seguinte:
    .
    ‘Vou explicar pro povo o que é isso.
    Por exemplo, você vai numa feira.
    Só tem uma barraca.
    Onde é que você vai comprar?
    Naquela barraca.
    Não tem concorrência.
    Então, o povo do Brasil, quando quer telefone,
    tem de comprar do governo, que é o único que vende. (…)
    O governo tem que vender mesmo o sistema de telefonia
    e aplicar na saúde, educação e na segurança.’
    (Folha de São Paulo de 28.11.98, Ilustrada, pág. 11)
    .
    Todos @s Apresentadore[a]s apresentaram Falas Semelhantes,
    de Forma a Parecer que estavam expondo Idéias e Convicções Pessoais.
    .
    Há Algum Problema Nisso?
    .
    Sem Dúvida Alguma!
    .
    Na Medida em que o Telespectador Não Foi Cientificado
    de que se tratava Pura e simplesmente de Propaganda,
    o que houve foi uma Ação Concreta de Manipulação da Opinião Pública.
    .
    Pouco Importa a Qualidade das Opiniões Vendidas.
    .
    A Questão pode ser Analisada sob o Aspecto do Direito do Consumidor.
    .
    Da Aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor (CDC)
    .
    Se uma Idéia pode ser Vendida, ela é um Produto,
    é o que se poderia pensar, daí resultando a Aplicabilidade
    do Código de Defesa do Consumidor a este Caso.
    .
    Mais especificamente, da Regra Contida no Artigo 36,
    que impõe um Dever de Informação:
    o de cientificar @ Consumidor[a] de que ele está diante de um Produto
    e não da Opinião Genuína e Desinteressada d@ Apresentador[a].
    .
    Quanto a isto, a Lei 8.078/1990 (CDC) é Clara:
    .
    “A Publicidade deve ser Veiculada de tal forma que @ Consumidor[a],
    fácil e imediatamente, a identifique como tal.”
    (Código de Defesa do Consumidor, art. 36)
    .
    Diferença entre Publicidade e Propaganda
    .
    Não é bem assim, contudo, embora se possa chegar, por outra via, ao Mesmo Resultado.
    .
    O CDC faz uma Distinção entre Publicidade e Propaganda, regulamentando apenas a Primeira.
    .
    Por Publicidade entende-se a Promoção de Determinado Agente Econômico,
    seja Institucional, seja de Bem por ele Produzido. Isto é, tem uma Finalidade Comercial.
    .
    Já a Propaganda visa a Difusão de Idéias ou Convicções nos Âmbitos
    Político, Filosófico, Econômico, Religioso, Ideológico, Econômico ou Social.
    .
    A Comunicação sob Exame enquadra-se nesta Última Categoria:
    é Propaganda de uma Ideologia, e não Publicidade.
    .
    Haveria algo de errado em um Órgão de Comunicação
    fazer Mais do que Divulgar Notícias?
    .
    De maneira geral, a resposta é negativa.
    .
    Os Editoriais geralmente contêm Opiniões do Proprietário da Empresa
    sobre Economia ou Política, Vinculadas a uma Posição Ideológica Determinada.
    .
    O Chamado Jornalismo Opinativo, Exercitado com Maior ou Menor Grau
    de Honestidade Intelectual, procura igualmente influir na Opinião d@ Leitor[a]
    sobre Aspectos Variados da Vida em Sociedade.
    .
    (Claro que há Outras Formas, mais Sutis, de Manipulação da Opinião Pública,
    como a Seleção das Informações que são Publicadas,
    o “Arredondamento” das Notícias, de forma a retirar-lhes o Impacto Negativo,
    e a Própria Retirada de Destaque, pela Escolha da Seção em que são Inseridas, por exemplo.)
    .
    Idêntico Fenômeno se verifica com @ Apresentador[a]
    de Programa de Televisão ou de Rádio.
    .
    Neste último caso, em Especial, a Manutenção da Audiência Depende,
    em Alto Grau, da Criação de Empatia entre o Público e @ Apresentador[a],
    [Afinidade Sensitiva] baseada predominantemente na Confiança.
    .
    @ Espectador[a] ou Ouvinte, porque confia, identifica-se com @ Locutor[a]
    e tem como Sinceras e Razoáveis as Opiniões que lhe são Transmitidas.
    .
    Nessas Circunstâncias, o Espírito [d@ Estpectador(a)/Ouvinte] fica Desarmado
    – a Desconfiança implicaria manter de Prontidão o Espírito Crítico –
    e Receptivo à Visão do Mundo Apresentada pel@ Profissional da Comunicação.
    .
    Ora, os Programas de Rádio e Televisão são Bens de Consumo,
    da mesma forma que um Refrigerante ou uma Lavadora de Louça.
    .
    A Remuneração do Telespectador ou Ouvinte, pelo Serviço em questão,
    consiste precisamente em se tornar Disponível à Veiculação
    das Mensagens Publicitárias, cuja Receita Custeia a Produção dos mesmos,
    Comportamento que tem um Inequívoco Valor Econômico.
    .
    A Publicidade propriamente dita – de Produtos ou Institucional –
    deve obedecer à regra mencionada anteriormente,
    ou seja, tem que ser “veiculada de tal forma que o consumidor,
    fácil e imediatamente, a identifique como tal.”
    .
    Quebra de Confiança
    .
    A mesma Regra se aplica, por Analogia, à Propaganda,
    que não tem Valor Econômico Direto ou Imediato.
    .
    É que também aqui há um Valor Jurídico a ser Tutelado, que é a Confiança.
    .
    @ Consumidor[a] tem o Direito de ser Informado
    sobre o que é Genuína Opinião d@ Apresentador[a]
    e o que ele ou ela Veicula Mediante Pagamento
    – ou seja, sem fazer parte, necessariamente, das suas próprias crenças -,
    de forma a poder exercer uma Crítica Mais Atenta.
    (Que, aliás, nunca deveria ser deixada de lado.)
    .
    O Descumprimento dessa Obrigação de informar
    importa na Causação de um Dano Moral.
    .
    O Lesado, de fato, vê-se Atingido de Duas Formas:
    .
    @ Apresentador[a] abusa de sua Boa-Fé,
    quebrando uma Relação de Confiança
    que pressupõe o Fornecimento de Informações Relevantes
    sobre o que é Veiculado no Programa que dirige,
    e, por outro lado, @ Consumidor[a] vê Comprometida ou Diminuída,
    de Forma Proposital, sua Capacidade de Julgamento
    e, conseqüentemente, de Ação ou Decisão na Esfera Política.
    .
    Daí resulta o Direito à Indenização, pela qual é Responsável
    também a Empresa à que está vinculad@ @ profissional.
    .
    Vale observar que a Ação de Reparação dos Danos Causados pela Propaganda sob Exame,
    tratando-se de Direitos ou Interesses Difusos, pode ser Promovida pelas Vítimas
    ou pelas Entidades Referidas no art. 81 do Código de Defesa do Consumidor,
    entre as quais está o Ministério Público, sem prejuízo de Medidas Preventivas,
    como a Eventual Propositura de Ação Civil Pública.
    .
    Porto Alegre, 15 de dezembro de 1998.
    .
    Carlos Alberto Etcheverry
    .
    (http://etchever.net/about)
    .
    *(Artigo originalmente publicado na Gazeta Mercantil, edição do RS)
    .
    (http://etchever.net/doutrina/merchandising-de-ideias)
    .
    Sobre o Autor do Artigo:
    .
    O hoje Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ-RS),
    Carlos Alberto Etcheverry, é natural do Município de Caçador-SC.
    Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito da UFRGS, em 1978.
    Em 1980, ingressou na Magistratura como Pretor, sendo nomeado Juiz de Direito em 1982,
    atuando nos Municípios de Coronel Bicaco, Tramandaí, Esteio e Porto Alegre.
    Foi Juiz-Presidente do 3º Juizado Especial Cível de Porto Alegre a partir de 1995.
    Dirigiu a Revista da AJURIS no Biênio 2000/2001.
    Tomou posse como Desembargador do Tribunal de Justiça no dia 20 de outubro de 2003]
    .
    (http://www.tjrs.jus.br/site/poder_judiciario/magistrados/desembargadores)
    .
    .

Urbano

Os escroques de sempre…

Severino de Oliveira, Bonobo

Os banqueiros, como Roberto Setubal, os herdeiros do Amador Aguiar e do Emilio Botin, operam um sistema de agiotagem legalizado no Brasil e controlam os três poderes da República por meio de financiamento das campanhas e outros meios de cooptação, como o sistema de chantagem dos meios de comunicação, também controlados por eles. Agora sabemos que são os verdadeiros donos do Brasil, porque os ricos empreiteiros são apenas seus intermediários no processo de financiamento da politica e podem ir para até para a cadeia quando seus interesses falam mais alto.
“O rico, às vezes, vai para a cadeia também. Isso acontece quando ele se confronta com outro rico, e perde a briga. Tiram a cobertura dele. É uma briga entre piratas. Nesse caso, o sistema usa o rico que perdeu.”
Eugenio Raúl Zaffaroni
http://jornalggn.com.br/noticia/papel-do-direito-penal-e-limitar-o-poder-punitivo

E são os verdadeiros operadores do “Poder Permanente”, de que sempre fala o Saul Leblon, na Carta Capital. O seu braço armado é o sistema oligopolizado de comunicações do Brasil, também conhecido como Quarto Poder.

Tem, e já demonstraram ter, o poder de vetar qualquer iniciativa que sinalize estabelecer controle sobre esse poder espúrio. Também não permitem que entre em debate qualquer tentativa de auditar o sistema de desvio de dinheiro público, consistente na chamada Dívida Pública que, segundo a Professora Maria Lucia Fattorelli, não é nem dívida nem muito menos pública e ela chama de “Sistema da Dívida”. Embora a Auditoria da Dívida Pública esteja prevista na Constituição Federal, assim como o controle social das concessões públicas de meios de comunicação.
http://www.auditoriacidada.org.br/

FrancoAtirador

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PLUTOCRACIA EM AÇÃO: SÓ PARA SUPER-RICOS
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Olha só as PECs que tramitam na Edu Câmara:
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1) ‘Autorregulação’ [SIC] do Mercado de Capitais
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2) Limitação Constitucional da Carga Tributária.
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FrancoAtirador

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Injeção da Fórmula UltraLiberal na Veia:
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= Juros na Estratosfera =
= Aumento da Dívida Pública =
= Elevação da Remuneração do Capital Financeiro =
= Lucros Exorbitantes a Especuladores =
= Diminuição de Investimentos na Atividade Produtiva =
= Queda na Arrecadação =
= Cortes Orçamentários =
= Desemprego =
= Desvalorização do Trabalho =
= Achatamento Salarial =
= …
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    FrancoAtirador

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    Diminuição do Ritmo de Investimentos da Petrobras,
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    por causa da Operação Delata-Jato e da Alta do Dólar,
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    e Redução do Programa Social ‘Minha Casa, Minha Vida’
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    são Maiores Responsáveis pelo Desemprego no País.
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    Mercado Formal Corta 1 Milhão de Empregos em 1 Ano
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    Das quase 1 Milhão de Vagas com Carteira Assinada
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    Cortadas em 12 Meses, até o Fim de Agosto de 2015,
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    cerca de 88% ocorreram nos Setores da Construção Civil
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    e da Indústria de Transformação*, (385 Mil e 475 Mil).
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    *(https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_de_transforma%C3%A7%C3%A3o)
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