MST: Exigimos que governo execute os compromissos assumidos por Dilma em dezembro de 2014
Tempo de leitura: 4 min
Em 15 de dezembro de 2014, integrantes do MST participaram de reunião com a presidenta Dilma. Pelo MST, participaram Débora Nunes, João Paulo Rodrigues, João Pedro Stedile, Márcio Matos, Rosana Fernandes, Kelli Mafort, Cedenir de Oliveira e Alexandre Conceição
do MST, via e-mail
A crise política iniciada após a reeleição de Dilma Rousseff e a ofensiva da oposição e dos setores mais conservadores do país, recolocaram algumas advertências na ordem do dia.
Diante da conjuntura política nacional e internacional, uma de suas principais advertências consiste em alertar sobre a importância de não resumir a luta política à luta eleitoral e de não sucumbir às armadilhas da política tradicional.
Posto isso, o Movimento lança sua posição oficial diante da atual crise política e a situação atual da Reforma Agrária no país.
Além de denunciar as perseguições, os assassinatos e a criminalização dos movimentos populares na cidade e no campo e criticar o ajuste fiscal que atinge de maneira massiva a classe trabalhadora, o Movimento exige do governo federal o assentamento prioritário de todas as 120 mil famílias acampadas (algumas há mais de dez anos), um Plano Nacional de Produção de Alimentos Saudáveis e a implantação do Programa Nacional de Agroecologia, aprovado em 2012 e até hoje parado.
POSIÇÃO DO MST FRENTE À CONJUNTURA POLÍTICA E A SITUAÇÃO DA REFORMA AGRÁRIA
1. A sociedade brasileira tem construído a democracia nas contradições da luta de classes. Ainda temos muito que avançar, mas não permitiremos nenhum retrocesso nos direitos conquistados na luta do nosso povo.
2. Nos somamos à construção da FRENTE BRASIL POPULAR, e a todas as iniciativas de lutas da classe trabalhadora brasileira, em defesa de seus direitos e das causas nacionais, como a mobilização prevista para dias 2 e 3 de outubro, em defesa de mudanças na politica econômica e na disputa do petróleo, para o povo brasileiro. Frente aos projetos de privatizar a Petrobrás e entregar o pré-sal, rompendo a legislação de partilha e dos royalties para educação.
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3. Reconhecemos a existência de uma crise econômica mundial, mas não admitimos que as trabalhadoras e os trabalhadores paguem essa conta. Somos contra o ajuste fiscal e consideramos que o governo Dilma está implementando medidas de ajuste neoliberal, que ferem direitos dos trabalhadores e cortam investimentos sociais. Manifestamos nosso total desacordo com a atual política econômica. E exigimos que, no mínimo, a presidente implemente o programa que a elegeu.
4. O programa de Reforma Agrária, que já estava debilitado, sofreu um agressivo corte de 64% no Orçamento do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) e do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Além disso, estes órgãos estão sofrendo ameaças de fechamento.
5. Repudiamos a suspensão por parte do centro do Governo, cedendo a pressão dos ruralistas, da Instrução Normativa n.83, que estabelecia regras para acelerar processos de Obtenção de Terras, principalmente das áreas com trabalho escravo.
6. Exigimos que o Governo Federal, implemente os compromissos assumidos pela Presidenta Dilma, em audiência com a coordenação nacional do MST realizada em dezembro de 2014, que acordou:
a) Assentar prioritariamente todas as 120 mil famílias acampadas (algumas há mais de dez anos). Apresentar um plano de metas;
b) Desenvolver de forma emergencial um projeto de desenvolvimento dos assentamentos, garantindo a infraestrutura necessária;
c) Implantar o Programa de Agroindústria para os assentamentos;
d) Ter um Plano Nacional de Produção de Alimentos Saudáveis. Implantar o Programa Nacional de Agroecologia, aprovado em 2012 e até hoje parado;
e) Garantir a liberação de créditos para as famílias assentadas, como um direito fundamental para o desenvolvimento da produção de alimentos, especialmente às mulheres, garantindo sua autonomia econômica;
f) Liberar e ampliar os recursos necessários para o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA e fortalecer a Política Nacional de Alimentação Escolar – PNAE;
g) Assegurar que todas as famílias assentadas tenham Assistência Técnica. Garantir a gestão e o funcionamento da ANATER (Agência Nacional de Assistência Técnica Rural) junto aos órgãos executivos da Agricultura Familiar;
h) Garantia de recursos para projetos de habitação do campo, e em especial as 120 mil famílias assentadas que não possuem casas;
i) Liberar recursos necessários para as escolas do campo, e em especial aos projetos do PRONERA (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária).
7. Denunciamos as perseguições, os assassinatos e a criminalização dos movimentos populares. Lutar não é crime! Repudiamos o massacre orquestrado pelo Agronegócio e pelas forças conservadoras contra os povos indígenas, especialmente o povo Guarani – Kaiowá. Exigimos o veto da lei anti terror proposta pelo poder executivo , aprovada pelo Congresso Nacional.
8. Seguimos em luta permanente na defesa da Reforma Agrária e pela garantia dos direitos de toda nossa base social. Assumimos o compromisso da mobilização unitária no campo brasileiro, com todas as Organizações e Movimentos impactados pelo Agronegócio e pela Mineração.
9. A conjuntura atual da luta de classes nos convoca à Luta Política, articulada às nossas bandeiras específicas. As mudanças estruturais e a pressão pela realização das Reformas Populares e estruturantes como a Reforma Agrária, a Reforma Urbana, a Reforma Política, a Democratização dos Meios de Comunicação, a Reforma Universitária, passam por um amplo processo de mobilização social e de fortalecimento das alianças com a classe trabalhadora do campo e da cidade. Seguimos na luta!
São Paulo, 11 de setembro de 2015.
Direção Nacional do MST
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Comentários
Andre
Só falta romper de uma vez com o governo – e por favor, romper com o governo não significa apoiar impechment sem base legal ou ‘golpe’ já que governistas histéricos acham que qualquer oposição ao governo é ‘golpista’. A foto lá de cima é patética frente ao texto; romper com o governo significa não ver mais fotos do Stédile ao lado da Dilma, por exemplo. Ainda tenho confiança no MST; na CUT muito pouca e a UNE é um caso perdido (para a esquerda).
Urbano
Promessa é dívida.
Urbano
O mentor da facção bandida de oposição ao Brasil deve ter sido um grande aficionado daqueles faroestes ianques, em que três bandidos forasteiros se aliavam a algum latifundiário local, normalmente um bandido grileiro, e tomavam a Cidade de assalto, passando a estorvar a mesma. No loteamento de cargos, vinham a ser as principais autoridades, no caso o xerife, o prefeito, o juiz e o financista. A partir disso, o tal mentor ficou altamente fissurado na ideia, até que entrou na politicagem e passou a montar tal quebra-cabeça, a fim de implantar o caos no Brasil, como forma de enriquecimento baseado unicamente no roubo…
Edgar Rocha
Quer apostar que vai aparecer gente do PT pedindo calma, dizendo que não é o momento de desunião, que a luta continua, companheiros?! Quer, apostar?!
Depois a corja vai e diz que a culpa é do povo que não reivindica, que acredita no voto mediúnico, etc.
O MST podia esquecer de vez que teve ligações com o PT um dia. Cair na real e aceitar que, se sair pra “luta política” vai ser chamado de traidor, de violento, de tudo, menos de militante. Tá na hora de se fazer o esforço, mesmo que inconsciente, de enfrentar os “companheiros”. Faz assim: quando vir uma estrela, repita mil vezes “é um tucano, é um tucano…”
secundino aires
Essa gente do PT a que você se refere concerteza não chafurda na lama que você se deleita. mais respeito com as pessoas seu BABACA.,
Edgar Rocha
Não sei em qual lama eles estão chafurdando no momento, meu senhor. Com certeza na mesma que a Kátia Abreu e, pelo jeito o Vicente Cândido. Viu no outro post do blog? Essa gente assinou projeto pra impedir a candidatura do Lula. Pelo jeito nem na lama estão. Quem gosta de lama é bagre, não traíra. Deixa o MST brigar com esta gente do Governo e dos gabinetes que o senhor respeita tanto e vamos ver de que lado o Lula fica. Aí sim, quero ver se a carapuça vai servir em alguns ou em todos do PT. Só falta ter certeza disto.
Julio Silveira
Edgar, meu apoio a seu pensamento. Entendi bem sua critica e concordo.
Mas ao fazer uma critica como essa cuidado, o fanatismo que cega, levando o elemento a cometer agressão imerecida, nem sempre é fruto de lavagem cerebral de interesse externo, na maioria das vezes é fruto da opção individual feito de uma tendência tacanha humana.
FrancoAtirador
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Trabalhismo Inglês, o retorno
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Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na CartaCapital
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Jeremy Corbyn é o Novo Líder do Partido Trabalhista.
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Em sua campanha, ele ofereceu ao partido um programa econômico
que causou urticária não somente nos conservadores,
mas também na turma do Novo Trabalhismo de Tony Blair.
Na sexta-feira 21/8/2015, em meio ao derretimento da riqueza fictícia
abrigada nas bolsas de valores globais, o porta-voz da campanha de Corbyn
criticou duramente a austeridade expansionista do gabinete Cameron,
ora empenhado em apoiar o crescimento nos frágeis fundamentos
de outra bolha imobiliária e financeira.
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Disse o comunicado da campanha de Corbyn:
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“A Inglaterra clama por um programa de investimento público em novas moradias,
ferrovias, energia e infraestrutura digital e, por isso, sugerimos os meios para que isso aconteça.
Uma das opções, conhecida como a Facilitação Quantitativa do Povo
foi prontamente acolhida por Sir Robert Skidelsky, Ann Pettifor
e outros renomados economistas”.
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O Programa foi Apoiado por 41 Economistas de Prestígio,
entre eles o ex-membro do Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra,
David Blanchflower, além de Mariana Mazzucato, Steve Keen e Victoria Chick.
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Os Economistas assinaram um Manifesto em Defesa do Programa,
acusado pela Mídia [Britânica e Internacional] de ‘Extremista de Esquerda’.
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Retrucaram os Signatários:
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“A Despeito do Fogo de Barragem Disparado pela Cobertura da Mídia,
Extremistas são as Políticas e Objetivos da Política Econômica Atual.
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Já falhou no último mandato a tentativa de produzir
um reequilíbrio orçamentário mediante cortes nos gastos.
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É Injustificável o Aumento da Pobreza Infantil
e a Redução do Apoio aos Mais Vulneráveis.
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Cortar o Investimento Público em Nome da Prudência é Errado
porque afeta negativamente o crescimento, a inovação e o aumento da produtividade,
além de elevar a Dívida do Governo, por causa da Queda das Receitas Fiscais”.
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[Lembra algo ‘vagamente idêntico’ ao que vem ocorrendo atualmente no braZil]
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Corbyn defende Duas Medidas, Azedas para o Paladar Conservador [UltraLiberal]:
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1. A Reestatização das Empresas de Utilidade Pública e das Ferrovias Privatizadas
nos Governos Conservadores de Thatcher & Cia. e nas Administrações
do Novo Trabalhismo [NeoLiberal] de Tony Blair.
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2. A Criação de um Banco Nacional de Desenvolvimento [os Ingleses não têm BNDES]
incumbido de financiar a Reconstrução da Infraestrutura Degradada
e apoiar a Reindustrialização da Velha Albion, hoje um Pigmeu Manufatureiro.
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Corbyn não esconde: seu Programa Econômico
é Descendente da Experiência Trabalhista do Pós-Guerra.
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Na Primeira Eleição realizada depois de 1945,
o Conservador Winston Churchill foi Derrotado
pelo Trabalhista Clement Attlee.
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Acompanhado por Aneurin Bevan, seu Ministro da Saúde,
Pai do “National Health Service” [o SUS da Grã-Bretanha],
Attlee desenhou a Arquitetura do Estado do Bem-Estar Britânico,
Inspirado no Relatório Preparado pelo Liberal William Beveridge
e por John Maynard Keynes, também Liberal.
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Em 1942, na Inglaterra ainda Maltratada pela Guerra,
pelo Racionamento e pela Debilidade Econômica,
o Liberal Sir William Beveridge, em seu Lendário Relatório,
fincou as Estacas que iriam sustentar as Políticas do Estado do Bem-Estar.
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O Relatório Beveridge recebeu a Colaboração das Concepções
da “Teoria Geral do Juro, do Emprego e da Moeda” –
Obra Magna do Liberal, porém iconoclasta, John Maynard Keynes.
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O Liberal Beveridge apontou
os “Demônios Gigantes da Vida Moderna”
que os Governos estavam obrigados a enfrentar:
Carência, Doença, Ignorância, Miséria e Inatividade.
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Em seu Relatório, Beveridge proclamou
que a Ignorância é uma Erva Daninha
que os Ditadores cultivam entre seus Seguidores,
mas que a Democracia não pode tolerar entre seus Cidadãos.
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As Políticas Econômicas da Teoria Geral estão Ancoradas Profundamente
nas Convicções de Keynes a Respeito da Instabilidade Intrínseca do Capitalismo.
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Maynard chamou de “Oportunistas e Danosas”
as Políticas Fiscais e Monetárias de Curto Prazo,
“Formas Grosseiras” de enfrentar as Flutuações do Investimento
e seus Efeitos sobre a Renda e o Emprego.
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Keynes advogou a “Socialização do Investimento”,
entendida como a Coordenação pelo Estado
das Relações entre o Investimento Público e Privado.
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Ela envolve não somente a Definição
de um “Orçamento de Capital” de Longo Prazo,
mas a Ação das Empresas SemiPúblicas.
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Tanto o Orçamento de Capital quanto as Empresas deveriam ser
Administradas e Avaliadas por Comitês Público-Privados.
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As Políticas de Longo Prazo Preconizadas por Keynes
jamais foram executadas, sequer compreendidas
por quem se autoproclama keynesiano.
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Não vale a pena comentar os que se julgam anti-keynesianos
[da Turma do Waack, da Casa das Garças, do Millenium].
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Já os Direitos Criados pelo Estado do Bem-Estar,
sobretudo o National Health Service,
tentam resistir às investidas dos Governos Conservadores,
desde Thatcher até os Tempos do ‘mauricinho’ Cameron.
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Recentemente, o “mauricinho” podou 12 Bilhões de Libras do Orçamento Social.
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(http://www.cartacapital.com.br/revista/865/trabalhismo-ingles-o-retorno-2319.html)
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Julio Silveira
Perdeu playboy MST, esse governo não te pertence mais. Rsrsrs, essa nem eu aguentei. Kkkkkkkkkk
FrancoAtirador
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(http://jornalggn.com.br/categoria/analise)
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