AS VIÚVAS DO GOLPE QUE NÃO HOUVE
por Álvaro Rodrigues dos Santos, via e-mail
Tudo indica que a oposição perdeu o timing político e jurídico de seu desejado golpe para depor a presidente Dilma. Fundamentalmente pela conjunção de alguns notáveis fatores: pela heroica resistência da presidente, pelo não curvamento e capitulação de algumas de nossas instituições republicanas às conspirações golpistas, pela mobilização de pessoas e setores politicamente referenciais da sociedade brasileira e pelo caráter não suicida de grandes empresários nacionais.
Seria injustiça também aqui não incluir as desmobilizações golpistas promovidas por Obama ao receber com pompas a presidente brasileira e Angela Merkel, ao visitar pessoalmente o país, e assim prestigiar a presidente, em pleno desenvolvimento da crise política.
Durante meses e meses um fato a se registrar: a imensa mobilização e campanha de desgaste da presidente Dilma (em grande parte de enorme virulência e grosseria) promovida através dos meios eletrônicos.
Andei recebendo muitas dessas mensagens de pessoas de até bom nível de inteligência e formação, mas que se renderam ao modismo do ódio, parecendo disputar um campeonato que distinguiria aquele capaz de maior estupidez e baixaria. Eu não tenho dúvida que esse entusiasmo “revolucionário”, pois imaginavam a tomada do poder estando por acontecer, continha muito de oportunismo pessoal, interessados que muitos estavam em se candidatar aos novos postos públicos que certamente se apresentariam com o novo governo empossado.
Esses oportunistas de primeira hora estão hoje atordoados, como deixados pendurados nas brochas com que escreviam suas grosserias e bazófias. Vão ficar assim, quietos por um tempo, vagando como zumbis em caminhos estranhos. Mas a pusilanimidade e o pragmatismo logo serão seus conselheiros, e então voltarão a circular suas hipocrisias namorando qualquer carguinho de merda ou favorecimento cobiçado que algum governo, seja de que matiz for, venha a lhes oferecer.
Álvaro Rodrigues dos Santos é geólogo
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Comentários
Eduardo
As inscrições contidas nas faixas exibidas pelas senhoras apresentadas acima, são de fato dignas de um atestado médico positivo de loucura incurável. Que coisas seriam essas senhoras e onde estariam essas coisas se os loucos não existissem?
Luiza
Nao, acho que nao. A oposição NAO perdeu o timing político e jurídico de seu desejado golpe para depor a presidente Dilma.
Tudo a ver com o cenário atual. Se der para publicar – POR NILSON LAGE, COLABORAÇÃO PARA O TIJOLAÇO · 26/08/2015 http://tijolaco.com.br/blog/?p=29250
Artigo: COMO SE URGE UM GOLPE, VERSAO 2.1
“Na minha interpretação pessoal, com base no que sei e do que vi, o que se passa no Brasil é uma versão do golpe de estado de 1964 adaptada a novas circunstâncias.
O golpe é dado por um segmento de uma corporação, Corporações agem em conjunto embora contradições internas porque é de sua natureza não se fragmentar.
Em 1964, era uma fração do Exército acrescida de alguns comandos pagos em dinheiro – São Paulo, Pernambuco – após a desativação da provável resistência da Marinha por via da infiltração de agentes para uma ação subversiva de falsa bandeira. A articulação foi feita por um grupo de multinacionais americanas, acompanhadas por grupos locais, representados todos pelo Ipes, de Golbery do Couto e Silva, e por uma organização financiada pela CIA, o Ibad, de Ivan Hasslocker. A cobertura foi dada pela imprensa, parte mobilizada desde o primeiro momento na conspiração, parte cooptada por pressão econômica ,e parte levada a apoiar o movimento na sua etapa final (estes veículos –Correio da Manhã, Diário de Notícias do Rio de Janeiro, além da TV Excelsior e da Última Hora, que não apoiaram o golpe – não sobreviveriam nos anos seguintes). O discurso ideológico contou com o coro da cúpula da Igreja Católica, de tradição integrista, assustada pela postura revolucionária que descobria nos documentos do Concílio Vaticano II e, em particular, na encíclica Mater et Magistra, de João XXIII.
O golpe atual está sendo dado por parte de outra corporação, a jurídica, em suas vertentes promotora (procuradoria) e julgadora, com apoio de forças policiais de idêntica formação e de segmentos de governos estaduais oposicionistas. Para a articulação, foram contratados agentes em várias organizações subversivas, coordenadas aparentemente pelo Instituto Millenium. A ação é exercida por remanescentes do governo liderado por um colaborador notório, Fernando Henrique Cardoso, com destaque para indicados por ele e seu grupo para cargos vitalícios em cortes jurídicas e para-jurídicas.
A imprensa, reduzida a um oligopólio obediente, desempenha o papel de desinformar e mobilizar. O discurso ideológico já não tem a mesma ressonância na liderança católica – a própria Igreja Católica perdeu importância política no processo histórico de ocupação cultural do país pelos Estados Unidos – mas numa série de igrejas comercias de implantação recente ocupa esse espaço. Os conspiradores contam com a paralisia das Forças Armadas, dadas suas contradições internas, a percepção de sua fragilidade diante do poderio militar externo associado ao golpe e a ação renitente de veteranos núcleos de direita, herdeiros daquele representado por Olímpio Mourão Filho, veterano militante integralista que comandava a guarnição de Juiz de Fora em 1964.
O objetivo, amplo e diversificado, das várias matrizes financeiras e ideológicas mobilizadas, compreende a entrega do petróleo e de riquezas minerais estratégicas ainda preservadas ao capital externo; a internacionalização da Amazônia mediante a autonomia de “nações” indígenas e reserva da região para exploração futura; incorporação e anulação da base industrial, redução e multinacionalização da base agrícola que, ambas, competem no mercado internacional; liquidação da estrutura de assistência social ampla do Estado e sua substituição pela caridade para os pobres,em benefício da exploração comercial; redução do movimento trabalhista a ação residual incorporada à nova esquerda radical, universalista e trotskista, de viés comportamental (Nota do Tijolaço: e, portanto, não trabalhista), cuja inviabilidade a torna inócua; e desmonte de qualquer frente latino-americana de resistência à ocupação imperial.
Corrupção, agora como então, é mero pretexto de uso propagandístico. É sistêmica e preservá-la uma condição para o controle da máquina política que dará forma e continuidade ao golpe.”
Nilson Lage é Jornalista, nascido em 1936. Professor universitário (UFSC e UFRJ) aposentado compulsoriamente em 2006. Doutor em Linguística, com ênfase em semântica.
Caracol
Bravos pelo tal “carguinho de merda” !!!
Este é o sonho brasileiro: um carguinho de merda.
Neste caso específico, um merda querendo um carguinho.
FrancoAtirador
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VIÚVAS DE BANQUEIROS
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Depois que o Dono do ITAÚ e o Trabuco do BRADESCO
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pularam do Barco do Golpe promovido por PPSDemB,
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O Côrvo-Mor agora diz que não é hora de jogar pedras…
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25 Agosto 2015 | 16h 09
OESP
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Para FHC, solução da crise não é “Jogar Pedra”
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O Tucano, que participou de uma Palestra [com Cachê de $$$$$$$$$$]
com cerca de 800 Empresários ligados ao Setor Varejista em São Paulo,
disse também que “o Brasil Não Está Em Um Beco Sem Saída”…
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Reportagem: Ana Fernandes e Ricardo Chapola
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(http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,preocupacao-maior-hoje-deve-ser-com-a-crise-politica–diz-fhc,1750432)
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