Fernando Brito: Folha combina perguntas com Odebrecht; direção do jornal pediu a entrevista
Tempo de leitura: 5 minO que há debaixo das “tarjas brancas” do texto da Odebrecht ? A conversa com a Folha que “só fale para mandar recados”
22 de julho de 2015 | 20:34
O leitor CM fez o mesmo que Stanley Burburinho, que identificou o autor das “tarjas pretas” com que a Polícia Federal (ou o Estadão) ocultaram alguns nomes – e divulgaram outros – nos textos de e-mail contidos nos celulares do empresário Marcelo Odebrecht.
Desta vez, porém, tirou as tarjas brancas que apagam, no arquivo divulgado pelo Estadão, os trechos das páginas 23,24 e parte da 25 do relatório da Polícia Federal – arquivo do jornal aqui – e nos permite saber do que elas tratam.
Mas o amigo leitor teve um trabalho que qualquer um pode fazer, sem qualquer conhecimento maior de informática.
Basta selecionar o texto “em branco” e colar num editor de texto ou mesmo no bloco de notas e…bingo! Lá está todo o “conteúdo secreto” que omitiram dos leitores.
E o que é?
Um belo exemplo do jornalismo “podemos tirar se achar melhor”…
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São e-mails entre Marcelo e seus assessores combinando entrevistas, com conhecimento prévio do conteúdo – que beleza! – com a Folha de S. Paulo que só serviria se fosse “para mandar recados”.
Transcrevo os “arquivos confidenciais de Polichinello”, para que os leitores possam ter acesso a tudo. Porque, se é pra vazar, não vamos usar o “método Ricúpero”, de esconder o que não interessa à mídia, não é? Apenas preservo o nome dos repórteres, que podem ter entrado de inocentes nessa história , simplesmente e aqui, ao contrário do que se faz na grande imprensa, não se acusa ninguém de algo se não estiver comprovado.
Os trechos “censurados” pelo Estadão, não têm, como se lerá, nada de ilegal, apenas o registro da intimidade e do favoritismo de Odebrecht na imprensa e o fato de, embora falem tanto de sua independência, ter sido feita com perguntas previamente formuladas e em nenhum momento citando a Lava-Jato.
Até mesmo o agente da Polícia Federal que faz o relato diz que “(em) Marcelo e seus colaboradores, verifica-se a intenção de conceder a entrevista somente se as perguntas forem antecipadas e sem conteúdo polêmico. Inclusive Sergio Bourroul argumenta que só vale a pena a entrevista se for possível mandar recados, não mencionando para quem, nem que tipo de recado seria, inclusive instrui Marcelo a capitalizar a concessão da entrevista, dizendo que que “abriu uma exceção em consideração ao pedido da direção do jornal”.
Eis o que foi “cortado” (e não foi, mas apenas pintado de branco, para que não se lesse) no arquivo divulgado pelo Estadão.
Assunto: Entrevista Folha de São Paulo (Repórter “A” e
Repórter “B”),
Assistentes:
Localização: sala reuniões DP – 15º andar
Detalhes:
SB na coordenação.
Marcelo,
a primeira entrevista da série será com Abilio Diniz, a ser
publicada neste domingo, dia 24. A sua será a segunda, no
dia 31.
A reportagem estava aguardando as confirmações de Murilo
(Vale), Roberto Setubal (Itaú) e Joesley (JBS). Não sei se
emplacou todos.
Você receberá dois repórteres (A e B), que virão acompanhados de um fotógrafo.
Confirmado às 9h00 de amanhã e eu te acompanharei.
Abaixo, repasso os principais pontos que nortearão a
conversa:
O país deve crescer abaixo de 1% este ano e os anteriores
não foram muito melhores. Quais são os principais gargalos
que impedem o crescimento?
O que é preciso mudar para que os empresários voltem a
investir?
Na sua opinião, quais deveriam ser as três prioridades do
governo logo no primeiro ano?
Independente de quem venha a ser eleito, a previsão geral
é de um ajuste duro em 2015. Qual é a sua expectativa?
Os preços públicos, como gasolina, energia e tarifa de ônibus
estão represados. Qual seria a melhor estratégia para ajustar
a economia: um tarifaço logo de cara ou aumentos graduais?
O Banco Central vem fazendo intervenções no mercado para
segurar o real. O sr. acha que seria possível voltar ao câmbio
flutuante de fato ou isso teria um impacto muito forte sobre a
inflação?
O desemprego, que até agora estava controlado, começou a
aparecer aqui e ali. O sr. acha que pode haver uma onda de
demissões pela frente?
A campanha de Dilma se queixa de que o mercado faz
terrorismo eleitoral quando aposta contra ela na bolsa e que
não é a primeira vez que isso acontece no Brasil. Qual é sua
opinião? O mercado faz terrorismo?
O Supremo está a um passo de acabar com o financiamento
privado de campanhas políticas. Na sua opinião, isso é bom
ou ruim?
O setor privado vive pedindo ajuda do governo, como
benefícios fiscais e recursos do BNDES. Por que os
empresários no Brasil dependem tanto do governo?
Abs,
De: Marcelo Bahia Odebrecht
<[email protected]<mailto:[email protected]>>
Data: 6 de agosto de 2014 22:19:14 BRT
Para: Sergio Bourroul
<[email protected]<mailto:[email protected]>>
Cc: Daniel Villar
<[email protected]<mailto:[email protected]>>,
Leonardo Sa de Seixas Maia
<[email protected]<mailto:[email protected]>>,
Zaccaria Junior
<[email protected]<mailto:[email protected]>
Assunto: Re: pedido da Folha de S.Paulo
Ok
From: Sergio Bourroul
Sent: Wednesday, August 6, 2014 19:14
To: Marcelo Bahia Odebrecht
Cc: Daniel Villar; Leonardo Sa de Seixas Maia; Zaccaria Junior
Subject: Re: pedido da Folha de S.Paulo
Marcelo,
A sugestão de DV é boa.
Você fala se o repórter antecipar as perguntas. Vou solicita-las, ok?
E capitalizar dizendo que vc abriu uma exceção em
consideração ao pedido da direção do jornal.
Enviada do meu iPhone
Em 06/08/2014, às 19:05, “Marcelo Bahia Odebrecht”
<[email protected]<mailto:[email protected]>>
escreveu:
Se fosse uma entrevista apenas minha (e não uma serie) e
como foco geral em nós, eu negaria. Não apenas pelo
momento, como porque temos negado para todos.
Mas se o foco eh nas prioridades para o País nos próximos
anos, e não em nós, e como parte de uma série de poucos
empresários, minha tendência seria aceitar.
From: Daniel Villar
Sent: Wednesday, August 6, 2014 18:58
To: Sergio Bourroul; Marcelo Bahia Odebrecht
Cc: Leonardo Sa de Seixas Maia; Zaccaria Junior
Subject: RES: pedido da Folha de S.Paulo
Marcelo,
O que acha da demanda abaixo?
Já fui mais reativo no passado recente a uma participação
sua, mas pelo contexto descrito pela CDN, e pela provocação
de SB, pode haver espaço para mensagens da Organização,
desde que enviem previamente as perguntas e que as
mesmas não sejam politizadas.
De: Sergio Bourroul
Enviada em: terça-feira, 5 de agosto de 2014 19:11
Para: Daniel Villar
Cc: Leonardo Sa de Seixas Maia; Zaccaria Junior
Assunto: RES: pedido da Folha de S.Paulo
Daniel,
Favor avaliar a solicitação abaixo, da Folha de S. Paulo. Acho
que devemos preservar MO, mas é possível que ele queira
aproveitar para mandar algum recado. O repórter garante que
não haverá questionamentos polêmicos e que envolvam
diretamente a Odebrecht (Petrobras, BNDES, contratos,
doação para campanha, preferências políticas etc). Quer
apenas abrir espaço para a opinião de MO sobre os gargalos do crescimento do Brasil e as prioridades do próximo governo.
Só vale se for para mandar recados. Caso contrário,
declinamos com tranquilidade.
Obrigado,
Abs,
De: Zaccaria Junior
Enviada em: terça-feira, 5 de agosto de 2014 18:58
Para: Sergio Bourroul
Cc: Leonardo Sa de Seixas Maia; Elea Cassettari Almeida
Assunto: pedido da Folha de S.Paulo
Sérgio, o “repórter A“ da Folha me procurou. Ele informou que o jornal
vai aproveitar o período pré-eleitoral para discutir o futuro do
país por meio de uma série de entrevistas com os principais
empresários brasileiros. Eles devem abordar quais serão os
desafios do próximo governo, independente de quem venha a
ser eleito, para o país voltar a crescer, recuperar o otimismo,
atacar os gargalos que , segundo eles, “impedem o país de
deslanchar”. Palavras do “repórter A“ : “A ideia é publicar uma
entrevista por semana, como parte de uma série, e
preparamos uma lista com os empresários mais respeitados
do país. O jornal gostaria muito de contar a seus leitores o
que o Marcelo Odebrecht pensa disso. A retomada do
crescimento passa por mais investimentos e portanto pelo
setor de infraestrutura e a Odebrecht tem tido um papel
central nessa área. Nossa ideia é começar a publicar as
entrevistas já no início deste mês. Estamos convidando
Roberto Setúbal, Luiz Carlos Trabuco, Murilo Ferreira, Abilio
Diniz, Pedro Passos, entre outros. Mas é uma lista restrita.”
Sérgio, acrescentando, David contou ainda que o secretário
de redação (…)passou na mesa dele dia desses
para falar das entrevistas e perguntou: “E o Marcelo
Odebrecht, que seria a cereja do bolo?”. Mais uma vez,
palavras do David: “Queria que vocês soubessem e reafirmar
que uma entrevista com ele teria espaço nobre e seria bem
tratada”.
Abs,
Zacca
Leia também:
Patrick Mariano: PF caminha para ser nova PIDE; ingovernável, seletiva e que desrespeita direitos
Comentários
FrancoAtirador
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Editora Gráfica Atitude Desmente Matéria Mentirosa do ‘Estadão’
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que investe contra a Liberdade de Expressão dos Trabalhadores
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tentando criminalizar os Meios de Mídia dos Movimentos Sociais
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Rede Brasil Atual, via Jornal GGN
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São Paulo – A reportagem publicada hoje (22) no portal do jornal O Estado de S. Paulo
– ‘Gráfica ligada ao PT girou R$ 67 mi em cinco anos, aponta PF’ –
não é a primeira em que, de maneira enviesada e manipuladora,
o jornal tenta desqualificar uma empresa de comunicação de esquerda
e, ao mesmo tempo, produzir informação sensacionalista
baseada em interesses políticos alinhados com o jornal, e não nos fatos.
.
Em meio ao texto postado no blog do jornalista Fausto Macedo,
assinado por Julia Affonso, Valmar Hupsel Filho e Ricardo Brandt,
são incluídos hiperlinks para dois relatórios da Polícia Federal,
um relacionado ao funcionamento, movimentações e operações da Editora Atitude
– que mantém o portal Rede Brasil Atual, a Revista do Brasil, o programa de rádio
Jornal Brasil Atual, entre outras publicações – e outro ao inquérito da PF
contra o empresário Marcelo Odebrecht e outros, que nada têm a ver a Editora.
.
Nenhum dos documentos dá sustentação à intenção da manchete:
criminalizar a Editora.
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Registre-se ainda o caráter “confidencial” dos relatórios, portanto,
mais um caso de emprego de vazamento seletivo e privilegiado de informação
a ser investigado pelas autoridades competentes por um veículo
tradicionalmente hostil aos movimentos sociais.
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Para se ter uma ideia da manobra ilusionista da manchete, equivaleria a utilizar algo
como “Jornal ligado a oligarquias movimenta ‘N’ zilhões em 140 anos”,
para uma notícia descrevendo o quanto paga a seus colaboradores
e quanto recebe de seus clientes, assinantes e patrocinadores.
.
A direção da Editora Atitude lamenta que uma imprensa tão zelosa em ocultar
com tarjas pretas siglas e nomes de pessoas citadas em investigações da PF,
com as quais nutre identidade partidária ou de classe – não tenha o mesmo zelo
com informações de caráter privado de pessoas com reputação, papel social e profissional respeitável.
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A editora enfatiza a sua origem independente, como iniciativa do movimento sindical
pelo direito à liberdade de expressão, reafirma que todas as receitas e despesas
da empresa têm como finalidade exclusiva o custeio de produção e veiculação
de informação jornalística e contesta inverdades publicadas pelo site
– que ignora depoimentos de diretores e colaboradores da Editora Atitude,
prestados perante à Justiça com transparência e correção.
.
Segue Nota da Editora.
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“NOTA À IMPRENSA
.
Em relação a matéria ‘Gráfica ligada ao PT girou R$ 67 mi em cinco anos, aponta PF’, divulgada nesta quarta-feira (22) no blog do jornalista Fausto Macedo, no site Estadão, assinado por Julia Affonso, Valmar Hupsel Filho e Ricardo Brandt, a Editora Gráfica Atitude Ltda esclarece:
.
1. A Editora Gráfica Atitude, fundada em 2007, não funciona como gráfica e sim como editora com o objetivo de viabilizar um projeto de comunicação construído em conjunto por entidades sindicais e movimentos sociais para levar à sociedade informação de qualidade e fortalecer a luta dos trabalhadores e sua participação maior em assuntos relacionados ao seu cotidiano.
.
2. A Editora Atitude é formada por 40 entidades sindicais que escolheram o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para representá-los.
Localizada no centro de São Paulo, sua estrutura é composta por 34 profissionais que integram a equipe.
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3. A Editora Atitude é uma empresa privada que produz conteúdo jornalístico para vários veículos, sem vínculo partidário.
Seu conteúdo é focado no mundo do trabalho, no emprego, no crescimento econômico do país com inclusão social, nos direitos humanos e na defesa da cidadania do povo brasileiro.
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4. A matéria publicada pelo site ignora os depoimentos de diretores, funcionários e coordenadores da Editora Atitude, prestados no mês de julho, perante à Justiça, onde foram esclarecidas as demandas com total transparência.
.
5. As transações financeiras da Editora passam por uma única conta corrente e sua contabilidade é retratada nos respectivos extratos.
Entre junho de 2010 a abril de 2015, a Editora teve receita média de R$ 6,1 milhões/ano (o que totaliza R$ 33 milhões no período) para custeio de despesas com a folha de pagamento e produção jornalística, valor este totalmente compatível com as atividades prestadas.
.
6. Não é verdadeira a informação de que seriam depositados em espécie (em dinheiro) na conta Editora Atitude R$ 17,95 milhões entre dezembro de 2007 e março de 2015.
Não há nenhuma movimentação financeira em dinheiro feita pela Editora e todos os depósitos ocorrem por meio de cheques cruzados e nominais.
.
7. A matéria também erra ao relacionar a Odebrecht com a Editora Atitude.
Em relação a reunião organizada a pedido do ex-presidente Lula em 2012, tratou-se de evento realizado entre sindicalistas e empresários para debater a conjuntura nacional, absolutamente comum no meio político e empresarial.
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8. A Editora contesta a publicação de O Estado de S. Paulo que apresenta relatório policial confidencial, expondo dados pessoais de jornalistas e dirigentes sindicais.
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9. A Editora Atitude reafirma que toda a receita da empresa destina-se ao custeio das atividades de produção jornalística.
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Editora Gráfica Atitude Ltda.”
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(http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2015/07/editora-rebate-sensacionalismo-partidario-do-site-do-estadao-2891.html)
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(http://jornalggn.com.br/noticia/editora-contesta-materia-do-estadao)
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FrancoAtirador
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(http://jornalggn.com.br/noticia/da-arte-de-manipular-informacoes)
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FrancoAtirador
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A PF (Polícia da Folha) apenas escreveu
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em letras brancas sobre um fundo branco.
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Mas estava ali, para todo mundo ler, ora.
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FrancoAtirador
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Essa entrevista do Frias é do tipo:
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“podemos acrescer se achar melhor”
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FrancoAtirador
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A CEREJA DO BOLO DOS FRIAS
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“David [Friedlander, escravo dos Frias]
contou ainda que o secretário de redação (…)
passou na mesa dele dia desses para falar
das entrevistas e perguntou:
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‘E o Marcelo Odebrecht,
que seria a cereja do bolo?’.
.
Mais uma vez, palavras do David:
.
‘Queria que vocês soubessem e reafirmar
que uma entrevista com ele
teria espaço nobre e seria bem tratada’.”
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Urbano
O pig é aquele bandido que fica do lado de fora monitorando o ambiente, enquanto os seus comparsas achacam as vítimas dentro do estabelecimento.
Chapiro
a entrevista final me parece ser essa aqui:
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/08/1508543-tentar-influenciar-o-governo-e-obrigacao-diz-marcelo-odebrecht.shtml
FrancoAtirador
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Pois é, Chapiro.
Não há por que omitir o nome dos repórteres
[leia-se paus-mandados da FamíGlia Frias],
DAVID FRIEDLANDER e RAQUEL LANDIM,
se essas “Entrevistas da Série Visão Capital”
foram efetivamente publicadas na Folha SP.
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(http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/186747-serie-ouve-empresarios-sobre-o-pais.shtml)
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