Rennan Martins: Projeto europeu degenerou em totalitarismo financeiro

Tempo de leitura: 3 min

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A Grécia e a consolidação do totalitarismo de Mercado

Por Rennan Martins | Vila Velha, 10/07/2015, no Desenvolvimentistas

A capitulação de Tsipras frente a Troika e a provável continuidade da República Helênica sob a condição de colônia da dívida deveria suscitar mais análises e aprendizado do que reações emocionais, sejam elas de decepção ou soberba. A vitória da banca europeia, personificada no Eurogrupo, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, tem significados preocupantes aos que se importam com os valores democráticos e solidários.

Primeiramente, há de se constatar que a ascensão da ordem unipolar, resultante da queda da URSS e afirmação dos EUA como potência hegemônica, desencadeou a deterioração da democracia representativa do Estado liberal.

Por não precisar propagandear valores civilizatórios frente a outro projeto de organização político-econômico, o capitalismo avançou sobre as regulações e instituições que o faziam minimamente eficiente no que se refere a distribuição de poder e recursos.

O resultado disso é o surgimento de uma ordem tecnocrática fortemente autoritária, conjugada a um sistema político cooptado pelo poder do Capital financeiro, que desemboca num simulacro de democracia onde as opções eleitorais divergem no discurso, mas se alinham rigorosamente aos cânones da ultraortodoxia monetarista.

O descolamento da gestão econômica dos interesses da sociedade, materializado nas figuras de autoridades monetárias não eleitas e “independentes”, conduz a um extremismo de Mercado tal que foi preciso um partido intitulado da “esquerda radical” para fazer propostas de um modestíssimo keynesianismo, estas rejeitadas com veemência pelos doutos da finança, que as taxaram de irreais, inconcebíveis, impraticáveis, ou coisa que o valha.

A tragédia humanitária grega já foi descrita inúmeras vezes nos últimos meses, mas não custa frisar os dados. Desde o início da austeridade passaram-se seis anos, e de ajuste em ajuste tivemos a queda de 25% do PIB, o arrasto de 1/3 da população para abaixo da linha da pobreza, desemprego que chega aos 60% entre os jovens e a explosão da dívida pública, que saltou de cerca de 100% para 175% do PIB. Nenhuma das previsões da Troika se concretizaram, mas o discurso permanece igual, bastando continuar a cortar gastos e fazer reformas estruturais que a benévola mão invisível do Mercado intervirá a favor de seus fiéis.

Para além desse diagnóstico, persiste a dúvida sobre as razões e motivos do primeiro-ministro Alexis Tsipras ter se rendido a essa altura – após convocar referendo em que se provou outra vez o repúdio do eleitorado as condições draconianas da banca – o que torna ainda mais humilhante a derrota. Suspeito que as instituições tenham jogado pesado entre portas fechadas, chantageando com algo mais sério que a “Grexit”.

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As palavras do ex-presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, nos fornecem indícios. Em artigo publicado no jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, Trichet adverte sobre o “risco geopolítico” de uma ruptura, dizendo ainda que é preciso ter em mente “a proximidade cultural dos gregos com a Ucrânia e a Rússia graças ao vínculo da religião ortodoxa”.

Ora, os minimamente atentos a questão ucraniana tem consciência de que a guerra civil lá desencadeada é fruto da intervenção ocidental, que desde os anos 90 investiu mais de 5 bilhões de dólares promovendo a “democracia” e os “direitos humanos” nos Bálcãs, que por sua vez se despedaçou em conflitos étnicos e movimentos separatistas. A Ucrânia hoje é terra arrasada, submetida também ao FMI, sendo governada por uma junta cleptocrata imposta por Washington.

Em suma, o que muito provavelmente ocorreu foi a ameaça de enveredar a Grécia no mesmo caminho da Ucrânia. Não parece uma decisão fácil de ser tomada e o Estado grego definitivamente não teria condições de se defender, portanto, a problemática está consideravelmente além de especulações sobre a idoneidade e sinceridade de Tsipras e seu partido, Syriza.

Resta a perplexidade diante do projeto europeu de integração solidária que degenerou em totalitarismo financeiro, e a constatação de que, tudo o mais constante, a sociedade ocidental está fadada a um regime crescentemente violento e desigual.

Leia também:

Richard Duncan: A bolha chinesa e o desespero dos banqueiros

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Comentários

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Urbano

O sistema financeiro global é um escaninho que desemboca no bolso de uma dezena de famílias do orbe terrestre… O aumento de impostos é simplesmente inócuo para a situação, pois o diâmetro do escaninho será aumentado, no melhor das hipóteses, na mesma proporção. O serviço sujo de genocídio vigente atua nas mais diversas áreas de ação humana, essencialmente na saúde e alimentação, tanto na ausência quanto na presença destas…

    Urbano

    E o risível dessa situação é que há um número incalculável de panacas, mundo afora, apostando nesse caos, crente que é elite e será poupado… E mesmo que venha a ser ‘poupado’ é para compor a linha de montagem de cyborgues, pois a área serviçal continuará a existir.

Fernando Garcia

Este artigo é um belo exemplo sobre como tratar assuntos complexos de maneira leviana. O Viomundo tem publicado alguns destes ultimamente. Outro exemplo é o disparo contra o Mangabeira Unger no artigo nesta mesma “edição” do Viomundo.

Qualquer pessoa que tenha lido o que escreveu Varoufakis ou mesmo o seu substituto, sabe que não houve capitulação: a proposta apresentada neste momento pelos gregos é a mesma de antes. É baseada em sólidos argumentos econômicos e dispensa voluntarismos ideológicos.

Os gregos, por exemplo, já propunham o aumento da arrecadação dos impostos. A divergência foi, e é, sobre como fazer este aumento. Para os gregos, este aumento deve vir do aumento da base (ou seja, os ricos passariam a pagar impostos), já a chamada troika queria simplesmente aumentar impostos.

Outros pontos propostos pelos gregos são óbvios: reformar o sistema de previdência e garantir independência do escritório de estatística (o IBGE) deles, que por si só é algo muito importante.

A necessidade de reformas e ajustes na economia grega (e, diga-se, na brasileira) não é uma mera questão de ideologia. O estado grego é (a) muito leniente com o pagamento de impostos em geral, (b) os ricos pagam poucos impostos (quando pagam), (c) seu escritório de estatísticas apresentou dados falsos sobre a economia e (e) os salários da burocracia eram altos. Percebam que os pontos (b) e (e) também valem para o Brasil.

FrancoAtirador

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O MUNDO ENCAPSULADO NO ABSOLUTISMO FINANCEIRO
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País algum, sozinho, escapará da Bolha Financeira Global.
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Além da Troika, a Grécia sofre Pressão Política da OTAN.
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A Alternativa é o BRICS articulado com Blocos Fora do Eixo.
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    FrancoAtirador

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    A Adoção do Dólar como Padrão de Transações e Reservas Internacionais
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    foi a Base Fundamental em que se assentou o Capitalismo Norte-Americano
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    possibilitando a Expansão do Império dos United States of America no Mundo.
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    Em hipótese alguma, os U.S.A. permitirão que uma Moeda substitua o Dólar.
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    E irão até a Última Conseqüência (Guerra) para manter esse Domínio Planetário.
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    Só Pra Lembrar…
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    26/03/2003
    IstoÉ Independente
    Economia & Negócios
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    Capa – Guerra no Iraque
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    EURO AMEAÇA DÓLAR
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    Bush Chacoalha o Mundo
    para manter o Padrão Dólar
    e se apossar do Petróleo Iraquiano
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    Por Hélio Contreiras
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    Há muita coisa no ar, além dos mísseis de última geração que voam em direção ao Iraque.
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    Em cada um dos mísseis disparados pelos Estados Unidos
    vai o desespero do Governo americano diante da possibilidade
    de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo [OPEP]
    abandone o Padrão Dólar e adote o Euro em suas Transações Internacionais.
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    A tragédia (para os americanos) seria catastrófica.
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    O dólar despencaria, possivelmente com uma desvalorização de 20% a 40%.
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    O prosseguimento da valorização do euro fortaleceria a fuga de investimentos dos EUA,
    já que a taxa de juros paga no país, em dólar, seria corroída pela desvalorização diante do Euro.
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    É bom lembrar que os Estados Unidos precisam de US$ 1,5 bilhão de dólares diários
    de investimentos externos para cobrir o seu atual imenso déficit, o maior do mundo,
    de US$ 450 bilhões, o que representou no ano passado um déficit da balança de pagamentos
    de 4,3% do PIB (a previsão para este ano é de um rombo de 4,6%,
    enquanto as previsões para a área do euro são de um superávit de 0,5%).
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    Só no último ano, o dólar caiu 20% em relação ao euro – o que é mais do que suficiente
    para balançar a hegemonia da moeda americana no mundo.
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    Esse processo, segundo analistas, assinala os primeiros sucessos do euro –
    que poderia chegar a US$ 1,80 – como moeda de troca e refúgio mundial.
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    O Iraque trocou o dólar pelo euro em novembro de 2000,
    quando a moeda européia valia US$ 0,80, fortalecendo a expectativa
    de que a OPEP seguiria o mesmo caminho.
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    Caso isso ocorra, os EUA teriam de comprar Euros para importar petróleo,
    vendendo maciças quantias de dólares no mercado internacional,
    derrubando a cotação de sua moeda e valorizando drasticamente o Euro.
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    Os Bancos Centrais dos Diversos Países seriam também obrigados a converter
    suas Reservas Internacionais em Euros para poder importar Petróleo,
    e o Mito do Dólar Forte cairia completamente por terra.
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    Recentemente, vários países começaram a trocar os Dólares
    de suas Reservas Internacionais por Euros, como a China e o Irã
    (que trocou a maioria de suas Reservas pela Moeda Única Européia).
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    Integrantes do Governo Russo cogitam fazer o mesmo.
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    O que ocasionaria a Desvalorização do Dólar e a Valorização do Euro
    (devido à velha lei da oferta e da procura), ainda mais incentivada
    pelo estouro da “bolha” das falsas expectativas de lucros das empresas americanas em 2002.
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    Com a credibilidade da moeda americana em baixa
    e o surgimento de uma nova moeda aceita em trocas internacionais,
    os investidores estão deixando os EUA e se dirigindo à Europa.
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    A decisão do Iraque de trocar o Dólar pelo Euro,
    segundo especialistas, teria selado seu destino.
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    Foi o Começo da Guerra que hoje assombra o Planeta.
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    Isso, segundo o professor de história, assessor comissionado do Senado
    e estudioso da questão Said Barbosa Dib, “se analisado por aqueles
    que conhecem os problemas estruturais do sistema Breton Wood
    (conferência de 1944, quando o dólar passou a ser a moeda universal)
    e as atuais limitações energéticas dos americanos, coloca em dúvida
    a atual hegemonia do dólar no mundo e explica a razão pela qual
    a administração Bush quer, desesperadamente, um regime servil na histórica Mesopotâmia”.
    .
    “Hoje, o dólar já é uma batata quente nas mãos dos grandes investidores”,
    escreveu o professor doutor Mário Maestri, da Universidade de Passo Fundo,
    no Rio Grande do Sul.
    .
    Em sua análise, a Transferência, mesmo parcial, das Reservas
    da Arábia Saudita, China e Rússia do Dólar em Euro valorizado
    iniciaria movimento de troca mundial dos bilhões de dólares
    emitidos nas últimas décadas sem cobertura,
    com consequências gravíssimas para a moeda americana.
    .
    Outro estímulo à ira do presidente americano é o fato
    de que a Zona do Euro tem uma fatia maior do que os EUA
    no Comércio Mundial e é a Principal Parceira do Oriente Médio.
    .
    “Quase tudo o que se possa comprar com dólares
    pode-se comprar também com euros, exceto o petróleo – por enquanto”,
    diz o professor Said Dib.
    .
    “E é aí que está a principal razão da resistência francesa e alemã à guerra.”
    .
    Para a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP),
    a Conversão do Dólar para Euro significaria imediata Valorização de seus Ativos.
    .
    “Seria uma grande jogada estratégica”, diz o professor Dib.
    .
    “Eles poderiam, em algum momento posterior,
    mover-se para outra divisa e obter mais uma vez enormes lucros.”
    .
    Bush quer manter o padrão dólar e se apoderar
    das imensas reservas petrolíferas iraquianas.
    .
    O Plano é, depois de conseguir tirar Saddam do Poder,
    colocar no Governo do Iraque Gente de sua Confiança.
    .
    Assim, os EUA – que abrigam 6% da População
    e detêm 50% da riqueza do Planeta –
    controlariam a Segunda Maior Reserva de Petróleo do Mundo
    (a da Arábia Saudita é a Maior).
    .
    É o Sonho Megalomaníaco [*] de Bush que assusta até americanos.
    .
    (http://www.terra.com.br/istoe-temp/1747/economia/1747_euro_ameaca_dolar.htm)
    .
    SE O BLOCO DOS BRICS NÃO OBTIVEREM SUCESSO,
    .
    O ALEGADO “DESTINO MANIFESTO” [*] ANGLO-SAXÃO
    .
    PODERÁ ACABAR DESTRUINDO O PLANETA TERRA.
    .
    .

Rodrigo

Você usou todo esse blá blá blá economês para esconder a única verdade: os gregos pegaram dinheiro emprestado de trabalhadores europeus e agora além de não pagarem a conta, querem posar de vítima.

    FrancoAtirador

    .
    .
    Continha Simplória essa do Sardenberg.
    .
    Fosse assim, então os Bancos daqui
    estariam devendo uma boa quantia
    para cada Trabalhador(a) BraSileiro.
    .
    .
    EM 2014, OS 5 MAIORES BANCOS DO PAÍS
    .
    TIVERAM LUCRO DE 60 BILHÕES DE REAIS
    .
    ITAÚ = R$ 20,6 Bi
    BRADESCO = R$ 15,3 Bi
    BB = R$ 11,3 Bi
    CEF = R$ 7,1 Bi
    SANTANDER = R$ 5,8 Bi
    .
    As Instituições Bancárias ganharam mais
    tanto com Cobranças de Taxas e Serviços,
    como com “SPREADS” e Juros Altíssimos.
    .
    As Receitas com Títulos e Valores Mobiliários
    foram a 2ª Maior Fonte de Ganhos dos Bancos,
    superados apenas pelas Operações de Crédito.
    .
    Atualmente eles detêm cerca de 30%
    dos Títulos da Dívida Pública Federal.
    .
    Somente com Prestação de Serviços e Cobrança de Taxas,
    os Cinco Maiores Bancos arrecadaram R$ 104,1 Bilhões.
    .
    O Valor deu para bancar, com folga, todos os Gastos com os 451 Mil Bancários,
    que em 2014 ‘custaram’ R$ 74,6 Bilhões, em salários, encargos, cursos e treinamentos.
    .
    Por Carlos Madeiro, do UOL
    .
    Mesmo num ano de crise, como foi 2014,
    os Cinco Maiores Bancos Brasileiros tiveram Recordes de Lucro,
    segundo estudo do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
    .
    Segundo o levantamento, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e Santander tiveram lucro de R$ 60,3 bilhões, o que significa 18,5% a mais que em 2013.
    .
    “A rentabilidade seguiu elevada nos grandes bancos,
    mantendo o setor financeiro entre os mais rentáveis
    da economia nacional e mundial”,
    aponta o estudo.
    .
    Para o Dieese, a fórmula do sucesso veio de uma tripla combinação:
    os bancos aproveitaram a alta taxa Selic, incrementaram a cobrança por taxas e serviços
    e seguem reduzindo, a cada ano, o número de trabalhadores.
    .
    O Itaú, por exemplo, atingiu um lucro de R$ 20,6 bilhões,
    o maior da história de uma empresa do setor no país.
    .
    Itaú e Bradesco juntos responderam por 60% do total embolsado pelos bancos.
    .
    Lucros dos bancos em 2014:
    Itaú – R$ 20,6 bilhões
    Bradesco – R$ 15,3 bilhões
    Banco do Brasil – R$ 11,3 bilhões
    Caixa – R$ 7,1 bilhões
    Santander – R$ 5,8 bilhões
    .
    Taxas e serviços aumentam
    .
    Somente com prestação de serviços e cobrança de taxas, os cinco maiores bancos arrecadaram R$ 104,1 bilhões, 10,9% a mais que o ano anterior.
    .
    O valor deu para bancar, com folga, todos os gastos com os 451 mil bancários, que em 2014 custaram R$ 74,6 bilhões –somados salários, encargos, cursos e treinamentos.
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    “A estratégia dos bancos privados, nos últimos anos, visou incrementar
    os ganhos operacionais mediante crescimento das receitas com prestação
    de serviços e tarifas bancárias e redução de ‘despesas’, principalmente de pessoal”,
    analisa o DIEESE.
    .
    Prova disso seria que, em 2014, esses bancos cortaram 5.104 empregos.
    .
    “Santander, Bradesco, Itaú e Banco do Brasil
    reduziram os Quadros de Funcionários
    em 8.390 Postos de Trabalho.
    .
    O resultado só não foi pior
    porque foram abertos
    3.286 novos postos na Caixa”,
    aponta o levantamento.
    .
    O lucro dos bancos brasileiros também pode ser atribuído a outros fatores,
    com os “SPREADS” (diferença entre a taxa que o banco paga a quem investe
    daquela cobrada para quem toma um financiamento) e um maior uso da tecnologia.
    .
    Alta da SELIC e Ganhos com Títulos da DPF
    .
    Para o DIEESE, o Aumento no Lucro dos Bancos também foi Ajudado
    pela Alta dos Juros Básicos da Economia (Taxa SELIC).
    .
    “Tal alteração no rumo da política monetária se refletiu diretamente
    nos Balanços dos Bancos em 2014, já que esses detêm Expressiva Parcela
    (cerca de 30%) dos Títulos da Dívida Pública Federal (DPF).
    .
    As Receitas com Títulos e Valores Mobiliários
    representam a Segunda Maior Fonte de Ganhos dos Bancos,
    depois das Receitas com as Operações de Crédito”,
    diz o estudo do Dieese.
    .
    (http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/04/18/com-mais-taxas-e-demissoes-bancos-tem-ano-de-lucros-recordes-diz-dieese.htm)
    .
    .

    Julio Silveira

    Você me parece ser um sujeito completamente sem noção, por que demonstra ter perdido completamente o equilibrio julgador por parecer já ter formado um conceito baseado no que os donos do capital impõem midiaticamente como verdade. Primeiro, duvido que os gregos tenham pego qualquer coisa dessa troica, foram certamente induzidos ou levados por seus administradores que politicamente devem ter sido cooptadod oelo sistema europeu, exatamente como fazem na Ucrania, que neste momento recebem tudo que pedem. Os Ucranianos ainda não se deram conta que ao entregarem sua alma acabarão por perder completamente sua soberania, serão com certeza comandados, de forma camuflada, que é para não despertar odios nacionalistas, por “grupos estrangeiros” pontas de lança de estados imperialistas. Só mesmo os muito tolos para não compreender como funciona a tecnica, e a mesma do traficante, primeiro vicia para depois explorar aqueles fracos que acabam por se tornarem o sutentaculo com sua degradação seu suor e sua perda completa de identidade. Poucos se dão conta, mas infelizmente parece que esse mundo foi feito para desumanos se aproveitarem dos humanos idiotas. Meu falecido sogro, um sujeito de pouca paciencia para a burrice me dizia, ” Deus, foi economico com a inteligencia, talvez para evitar a concorrencia, com a burrice porem foi generoso.

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