Jandira Feghali: Trabalhadores enxotados da Câmara enquanto lobistas da Fiesp transitavam livremente

Tempo de leitura: 2 min

jandira

A batalha segue

Jandira Feghali, no Vermelho, sugerido por FrancoAtirador

As luzes do Plenário da Câmara iluminavam nossa impavidez diante do ataque feroz. O sangue fervendo e a alma aflita em compasso aos anseios de milhões de trabalhadores lá fora. A votação final do Projeto de Lei 4330, que regulamenta a Terceirização no Brasil, foi um desastroso aceno de parte do Parlamento contra todos os milhões de empregados do país.

Este é um dos temas mais caros à bancada do Partido Comunista do Brasil nestes últimos tempos. Desde a Legislatura passada, e com esforço sem igual no último mês, tentamos a todo custo impedir a aprovação desta matéria.

Diversas reuniões com outras lideranças partidárias foram promovidas por nós com objetivo de negociar o adiamento da votação. Estas ações também foram acompanhadas do justo embate político diário na Câmara, onde tentamos conscientizar o Plenário sobre o prejuízo que poderiam cometer contra os trabalhadores.

A votação de quarta-feira (22) é resultado de uma série de equívocos por parte da Presidência da Câmara, que fez uso de interpretações do Regimento Interno da Casa para passar por cima das discussões. Novas emendas foram admitidas sem sustentação. O direito ao contraditório foi atropelado e sucumbiu. Mas não sem luta.

O primeiro golpe surgiu com a apresentação de uma emenda aglutinativa que conseguiu piorar o texto aprovado na semana anterior, que já era bastante ruim.

Prosseguiu com a Emenda 18, que reintroduziu, mesmo contra nossos apelos, os contratantes terceirizados na administração direta e indireta, e que tinham sido excluídas em votação anterior. Sendo assim, a proposta não poderia ser levada à frente e nem votada.

A disputa contra a Terceirização se baseou em sucessivas tentativas de obstrução das sessões, das quais nós participamos. Chegamos a abandonar o Plenário em protesto aos ataques contra a CLT. Sem espaço para o diálogo, a Câmara finalizou o estrago permitindo terceirizar a atividade fim, autorizando as subcontratações (quarteirização) e impedindo o acesso de terceirizados nas futuras conquistas de empregados celetistas das contratadas.

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A sociedade organizada e algumas centrais sindicais desempenharam seu papel legítimo de pressão contra o projeto, principalmente as ruas e nas redes sociais, junto da militância que pulsa firme as demandas populares. A desinformação prevaleceu numa disputa desleal que teve trabalhadores no lado de fora da Câmara e poderosos lobistas da FIESP transitando livremente nos corredores da Casa.

Os tempos de atraso parecem ser duros e longos. Venderam algo nefasto como solução. A bancada comunista votou unida, de forma unânime, contra um texto que não protege o trabalhador terceirizado e joga todos na vala comum da precarização. Nosso grito de resistência deve se manter, agora mobilizando o Senado Federal para rejeitar a proposta que saiu da Câmara. A batalha segue.

Jandira Feghali é deputada federal (PCdoB-RJ)

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Comentários

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eduardo de paula barreto

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GIZ DE SANGUE

Não haveria doutor
Se não houvesse professor
Diante do quadro-negro
E o que seria do mundo
Se o saber mais profundo
Permanecesse em segredo?

Seríamos uma sociedade cega
Como na Idade da Pedra
Se não tivéssemos mestres
E a nossa sabedoria
Numa parede caberia
Como arte rupestre.

O mestre tem como preceito
Estimular a luta pelos direitos
E por não ser hipócrita
Veste a armadura da dignidade
Empunha a espada da verdade
E declara a guerra ideológica.

Então levanta a sua voz
Contra o Governo atroz
Durante uma pacífica luta
E sai caminhando nas ruas
Tendo como bandeira as suas
Reivindicações mais justas.

Mas muitos daqueles alunos
Que sentaram-se em turnos
Para com ele aprender
Usando força desmedida
Quase lhe tiram a vida
Fazendo seu sangue verter.

Antes ele escrevia com giz
Traçando a diretriz
Para a alheia realização
Mas hoje triste se constrange
Ao escrever com sangue
A dor da sua indignação.

Eduardo de Paula Barreto
SP-01/05/15

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abolicionista

E a gente chama isso de democracia…

lulipe

Se os “trabalhadores” se comportassem com educação, sem fazer baderna, com certeza teriam permitido o acesso. No lugar do presidente faria o mesmo, seja trabalhador, empresário, religioso o que seja.

FrancoAtirador

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(http://imgur.com/N3i9vtI)
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http://www.obroguero.com

mineiro

para lutar contra essa corja tem que fazer igual ao siba, so de conversa jandira feghali nao muda nada. os politicos que ainda presta nesse congresso e tambem senadores , tem que unir ao povo da rua e começar a formar de verdade uma frente contra essa corja dos quintos infernos. o povo tem que continuar a prostetar e os politicos começar a fazer politica, se nao fizer isso, eles sempre vao ganhar as batalhas e talvez a guerra. de conversa e choradeira o povo ta cheio.

mineiro

cade os vagabundos que votou nesse m……………………..b…………………………..desgraçado. com certeza tem trabalhador imbecil no meio. tem que ser muito idiota para votar numa desgraça dessas. vamos aparece agora trabalhador reacionario. trabalhador reacionario pode. e o pior que pode.

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