Breno Altman: Bendine tem laços de identidade com o campo progressista
Tempo de leitura: 2 minPRESIDENTE DILMA VIRA O JOGO NA PETROBRAS
06/02/2015
A indicação de Aldemir Bendine para o comando da Petrobras é mais do que uma surpresa.
O atual chefe do BB representa linha de resistência diante da escalada de forças privatistas para tomar de assalto a estatal do petróleo.
O mercado estava assanhado, afinal, para fincar cabeça-de-ponte na principal companhia brasileira.
A pressão corporativa e de mídia assumiu, nos últimos dias, dimensões de chantagem contra a presidente Dilma Rousseff.
Se não encontrasse uma solução à la Joaquim Levy para a empresa, iria arder no mármore do inferno.
Muitos apostaram que Dilma bateria novamente a mão no tatame, entregando mais uma trincheira estratégica do Estado para operadores do capital, no afã de relaxar o crescente cerco sobre o governo.
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Quem assim o previu, agora morde a língua. Incluindo o modesto signatário desse blog.
A nomeação de Bendine constitui resposta ousada. Apesar de não ser quadro do PT ou da esquerda, com carreira inteiramente construída no Banco do Brasil, é aliado inquestionável do processo de mudanças iniciado em 2003.
Escolhido para dirigir a instituição financeira a partir de 2009, foi peça chave na política de enfrentamento da crise econômica, liderando estratégia agressiva para reduzir juros e expandir crédito, um dos pilares das medidas anticíclicas destinadas a impedir o encolhimento da produção e consumo internos.
Sob sua batuta, o Banco do Brasil ajudou a ampliar a participação dos bancos públicos, forçando grupos privados a reduzirem momentaneamente seus spreads (diferença de juros pagos aos investidores e cobrados dos credores), raridade em nossa história monetária.
Bendine foi uma das vedetes de 2012, marcado pela aposta em reduzir os juros pagos pelo Estado aos fundos financeiros – a taxa básica, descontada a inflação, que havia sido de 4,5% no ano anterior, caiu para 1,41%.
Este avanço foi parcialmente anulado a partir de 2013, quando o governo se julgou sem forças para continuar a batalha deflagrada contra o rentismo e o Banco Central voltou a elevar fortemente a taxa Selic.
O Banco do Brasil perde, então, parte de seu protagonismo, mas tal resultado não pode ser atribuído à gestão do futuro presidente da Petrobras.
Apesar do recuo, Bendine continuou a ser hostilizado pelos setores da imprensa que se conectam à banca privada e haviam desempenhado função de vanguarda na disputa contra a orientação vigente em 2012.
Ainda que não sejam conhecidas publicamente suas posições sobre regime de partilha e política de conteúdo nacional, por exemplo, seria difícil imaginar que venha a ser capturado por interesses de grupos privatistas.
Além do mais, conhece bastante bem a empresa que irá assumir e apresenta inegável expertise no tratamento de imbróglios financeiros, como é o caso.
Sindicatos dos bancários reclamam de sua mão de ferro em embates e negociações salariais, mas é obrigatório reconhecer que os laços de lealdade e identidade de Bendine se entrelaçam com o campo progressista.
Não é à toa que as ações da Petrobras despencaram após a divulgação de seu nome como presidente da empresa.
O mercado precificou o tamanho de sua frustração diante da decisão firme e inesperada da presidente Dilma Rousseff.
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Comentários
Mailson
Por que FHC cruzou os braços?
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Confesso que ando cada vez mais espantado diante das homenagens a Paulo Francis em função das acusações de corrupção na Petrobras, feitas em 1996, no programa Manhattan Conection.
A convicção generalizada é que Francis estava absolutamente correto em suas denúncias e, ameaçado por um processo de US$ 100 milhões na Justiça de Nova York, acabou sofrendo um enfarto que provocou sua morte. Em função disso, não paramos de ouvir elogios à sua visão como jornalista e à sua argúcia como analista. Mas se Francis falou a verdade, a pergunta real é saber por que nada se fez diante do que ele disse, o que transforma as homenagens de hoje num caso exemplar de silêncio e covardia, a espera de uma investigação responsável e exemplar.
Em 1996, o país tinha um presidente da República eleito, Fernando Henrique Cardoso, empossado há dois anos no Planalto, com apoio da mais fina flor do baronato brasileiro – e até uma fatia potentados internacionais. Tinha um vice, Marco Maciel, que trazia o apoio do mundo conservador do PFL e dos herdeiros da ditadura. Também tinha um ministro das Minas e Energia, Raimundo Mendes de Brito, afilhado de Antônio Carlos Magalhães, vice-Rei da Bahia. Na Polícia Federal, encontrava-se Vicente Chelloti como diretor. O procurador geral da República era Geraldo Brindeiro, que logo faria fama como engavetador.
Nenhuma dessas autoridades veio a público para esclarecer as acusações, fosse para mostrar que Paulo Francis tinha razão, ou para dizer que estava errado. Ninguém correu riscos, não fez perguntas, nem trouxe respostas, nem confrontou Joel Rennó, o presidente da Petrobras que entrou com ação na Justiça contra o jornalista porque se considerou ofendido pelas acusações.
Paulo Francis falou a verdade? Mentiu? Exagerou? Estava de porre? Não sabemos.
A gravação está disponível na internet. Referindo-se a contas secretas na Suíça, Paulo Francis fala com o desembaraço de quem está fazendo delação premiada para o juiz Sergio Moro. Diz que “todos os diretores da Petrobras têm conta lá.” Alguns jornalistas presentes dão sorrisos maliciosos. Nada que lembre a indignação de hoje. Um deles adverte, sem que se possa ver seu rosto: “olha que isso dá processo…” Em outro depoimento, também disponível na internet, Paulo Francis afirma que os diretores da Petrobras são muito queridos na Suíça, onde têm contas de 50 e 60 milhões de dólares.
Fernando Henrique Cardoso não deixou sequer um palpite sobre o caso. Estimulado por José Serra, o presidente mobilizou-se para convencer Joel Rennó para desistir da ação.
E a denúncia?
Se hoje FHC enche o peito para dizer que a Justiça deve fazer aquilo que os militares não podem mais, sem poupar os “mais altos hierarcas”, eufemismo para chegar a Dilma e Lula, não custa perguntar por que se calou quando tinha vários instrumentos do Estado na mão. Se hoje as denúncias são uma forma da oposição tentar atingir Dilma, em 1996 e 1997 era seu governo que poderia se tornar alvo.
Não havia nada para ser investigado, nem para com auxílio da Justiça da Suíça?
Soube-se ontem que, em 1997, o ano em que Paulo Francis morreu, o gerente da Petrobras Pedro Barusco, que, em 2015, se tornaria um dos personagens principais do inquérito da Lava Jato, já tinha um bom cargo na empresa. Naquele ano, passou a receber, além do salário e demais benefícios legais, uma propina mensal entre US$ 20 000 e US$ 50 000 de uma empresa holandesa com interesses específicos na área sob seus cuidados.
Em 1998, pouco depois dos primeiros pagamentos feitos a Barusco, os interesses privados, que no mundo inteiro são a mola principal de iniciativas de corrupção em empresas estatais, ganhavam novo impulso na Petrobrás. Neste caso, FHC teve um papel fundamental.
Num decreto assinado por Fernando Henrique Cardoso, e preparado pela subchefia para Assuntos Jurídicos da Presidência da República, cujo titular era Gilmar Mendes, hoje ministro do STF, aprovou-se a criação de um “procedimento licitatório simplificado da Petrobrás”. O texto do decreto 2.745 pretendia agilizar os investimentos da empresa, o que não está errado, por princípio.
Mas o procedimento “simplificado” está na origem intelectual do hoje célebre “clube das empreiteiras,” denunciado em tom de escândalo.
Haviam se passado apenas dois anos da acusação de Paulo Francis e a alteração ocorrida não foi pequena. Em vez de submeter as obras milionárias da empresa as disputas duras e complicadas de uma licitação pública, autorizou-se a chamada de interessadas pelo sistema de carta-convite, o caminho mais fácil para a seleção de amigos e exclusão de inimigos. É uma situação tão escandalosa que nunca faltaram críticas ao decreto e mesmo ações questionando sua legalidade. O decreto do “clube das empreiteiras” mantém-se em vigor através de liminares. Uma delas, ironicamente, foi concedida pelo próprio Gilmar Mendes, que, já como ministro do STF, julgou o trabalho da subchefia que estava sob sua guarda quando servia ao governo FHC.
Em vários países, as empresas estatais, particularmente de petróleo, vivem uma situação contraditória. De um lado, expressam a vontade política de soberania nacional – que justifica sua existência – diante de reservas de valor estratégico. De outro, são alvo permanente de pressões do setor privado, interessado em transferir ganhos em escala formidável para seus cofres particulares. O resultado é um universo de muita tensão.
A PDVSA venezuelana foi ocupada, historicamente, pela elite econômica do país, aquela que é conhecida por manter um patrimônio maior em Miami do que em Caracas. Depois da posse de Hugo Chávez, cuja vitória criou uma situação política inédita, a alta burocracia da empresa tornou-se aliada da oposição conservadora e chegou a tentar promover um golpe de Estado, impedindo a distribuição de petróleo num país onde o mais refinado produto local é a cerveja e depois o refrigerante.
Na Itália, a estatal ENI servia para enriquecer as campanhas da Democracia Cristã e do Partido Socialista, num tempo em que o Partido Comunista era o demônio da Guerra Fria. Após a Mãos Limpas, ocorreu um desfecho que vale como advertência ao que pode se passar no Brasil, quando se recorda que o modelo de trabalho do juiz Sergio Moro foi a operação italiana: a ENI foi privatizada – e não há dúvida de que os escândalos e o trabalho de jornais e revistas ajudaram a adoçar a ideia.
Num país onde a Petrobras sempre foi alvo de ataque feroz por parte do empresariado conservador e seus aliados externos, após a democratização não houve um governo que não tivesse enfrentado uma investigação em torno de desvios e irregularidades. (É certo como 2+2=4 que havia esquemas sob a ditadura, mas nunca vieram a público).
Em 1989, no governo de José Sarney, a descoberta de um milionário esquema de desvios que levou ao afastamento do presidente da BR Distribuidora e seu principal auxiliar. Em 1992, uma tentativa de intervenção de PC Farias na direção da empresa levou à saída do advogado Luiz Octávio da Motta Veiga, que preferiu ir embora em vez de atender aos pedidos do tesoureiro de Fernando Collor.
A ideia de que os esquemas de corrupção na Petrobras nasceram a partir de 2003, com a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva no Planalto, é falsa mas tem uma utilidade política óbvia: ajuda a transformar uma operação policial num instrumento de destruição política, cujo alvo final é o governo Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores. Também permite acobertar responsabilidades passadas, o que é sempre conveniente em campanhas de moralismo seletivo. Mas o preço é apagar a memória histórica, o que impede qualquer debate sensato sobre o caso.
Mailson
Fora de Pauta mas nem tanto
Fonte: http://altamiroborges.blogspot.com.br/2015/02/por-que-fhc-cruzou-os-bracos.html#more
Por que FHC cruzou os braços?
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Confesso que ando cada vez mais espantado diante das homenagens a Paulo Francis em função das acusações de corrupção na Petrobras, feitas em 1996, no programa Manhattan Conection.
A convicção generalizada é que Francis estava absolutamente correto em suas denúncias e, ameaçado por um processo de US$ 100 milhões na Justiça de Nova York, acabou sofrendo um enfarto que provocou sua morte. Em função disso, não paramos de ouvir elogios à sua visão como jornalista e à sua argúcia como analista. Mas se Francis falou a verdade, a pergunta real é saber por que nada se fez diante do que ele disse, o que transforma as homenagens de hoje num caso exemplar de silêncio e covardia, a espera de uma investigação responsável e exemplar.
Em 1996, o país tinha um presidente da República eleito, Fernando Henrique Cardoso, empossado há dois anos no Planalto, com apoio da mais fina flor do baronato brasileiro – e até uma fatia potentados internacionais. Tinha um vice, Marco Maciel, que trazia o apoio do mundo conservador do PFL e dos herdeiros da ditadura. Também tinha um ministro das Minas e Energia, Raimundo Mendes de Brito, afilhado de Antônio Carlos Magalhães, vice-Rei da Bahia. Na Polícia Federal, encontrava-se Vicente Chelloti como diretor. O procurador geral da República era Geraldo Brindeiro, que logo faria fama como engavetador.
Nenhuma dessas autoridades veio a público para esclarecer as acusações, fosse para mostrar que Paulo Francis tinha razão, ou para dizer que estava errado. Ninguém correu riscos, não fez perguntas, nem trouxe respostas, nem confrontou Joel Rennó, o presidente da Petrobras que entrou com ação na Justiça contra o jornalista porque se considerou ofendido pelas acusações.
Paulo Francis falou a verdade? Mentiu? Exagerou? Estava de porre? Não sabemos.
A gravação está disponível na internet. Referindo-se a contas secretas na Suíça, Paulo Francis fala com o desembaraço de quem está fazendo delação premiada para o juiz Sergio Moro. Diz que “todos os diretores da Petrobras têm conta lá.” Alguns jornalistas presentes dão sorrisos maliciosos. Nada que lembre a indignação de hoje. Um deles adverte, sem que se possa ver seu rosto: “olha que isso dá processo…” Em outro depoimento, também disponível na internet, Paulo Francis afirma que os diretores da Petrobras são muito queridos na Suíça, onde têm contas de 50 e 60 milhões de dólares.
Fernando Henrique Cardoso não deixou sequer um palpite sobre o caso. Estimulado por José Serra, o presidente mobilizou-se para convencer Joel Rennó para desistir da ação.
E a denúncia?
Se hoje FHC enche o peito para dizer que a Justiça deve fazer aquilo que os militares não podem mais, sem poupar os “mais altos hierarcas”, eufemismo para chegar a Dilma e Lula, não custa perguntar por que se calou quando tinha vários instrumentos do Estado na mão. Se hoje as denúncias são uma forma da oposição tentar atingir Dilma, em 1996 e 1997 era seu governo que poderia se tornar alvo.
Não havia nada para ser investigado, nem para com auxílio da Justiça da Suíça?
Soube-se ontem que, em 1997, o ano em que Paulo Francis morreu, o gerente da Petrobras Pedro Barusco, que, em 2015, se tornaria um dos personagens principais do inquérito da Lava Jato, já tinha um bom cargo na empresa. Naquele ano, passou a receber, além do salário e demais benefícios legais, uma propina mensal entre US$ 20 000 e US$ 50 000 de uma empresa holandesa com interesses específicos na área sob seus cuidados.
Em 1998, pouco depois dos primeiros pagamentos feitos a Barusco, os interesses privados, que no mundo inteiro são a mola principal de iniciativas de corrupção em empresas estatais, ganhavam novo impulso na Petrobrás. Neste caso, FHC teve um papel fundamental.
Num decreto assinado por Fernando Henrique Cardoso, e preparado pela subchefia para Assuntos Jurídicos da Presidência da República, cujo titular era Gilmar Mendes, hoje ministro do STF, aprovou-se a criação de um “procedimento licitatório simplificado da Petrobrás”. O texto do decreto 2.745 pretendia agilizar os investimentos da empresa, o que não está errado, por princípio.
Mas o procedimento “simplificado” está na origem intelectual do hoje célebre “clube das empreiteiras,” denunciado em tom de escândalo.
Haviam se passado apenas dois anos da acusação de Paulo Francis e a alteração ocorrida não foi pequena. Em vez de submeter as obras milionárias da empresa as disputas duras e complicadas de uma licitação pública, autorizou-se a chamada de interessadas pelo sistema de carta-convite, o caminho mais fácil para a seleção de amigos e exclusão de inimigos. É uma situação tão escandalosa que nunca faltaram críticas ao decreto e mesmo ações questionando sua legalidade. O decreto do “clube das empreiteiras” mantém-se em vigor através de liminares. Uma delas, ironicamente, foi concedida pelo próprio Gilmar Mendes, que, já como ministro do STF, julgou o trabalho da subchefia que estava sob sua guarda quando servia ao governo FHC.
Em vários países, as empresas estatais, particularmente de petróleo, vivem uma situação contraditória. De um lado, expressam a vontade política de soberania nacional – que justifica sua existência – diante de reservas de valor estratégico. De outro, são alvo permanente de pressões do setor privado, interessado em transferir ganhos em escala formidável para seus cofres particulares. O resultado é um universo de muita tensão.
A PDVSA venezuelana foi ocupada, historicamente, pela elite econômica do país, aquela que é conhecida por manter um patrimônio maior em Miami do que em Caracas. Depois da posse de Hugo Chávez, cuja vitória criou uma situação política inédita, a alta burocracia da empresa tornou-se aliada da oposição conservadora e chegou a tentar promover um golpe de Estado, impedindo a distribuição de petróleo num país onde o mais refinado produto local é a cerveja e depois o refrigerante.
Na Itália, a estatal ENI servia para enriquecer as campanhas da Democracia Cristã e do Partido Socialista, num tempo em que o Partido Comunista era o demônio da Guerra Fria. Após a Mãos Limpas, ocorreu um desfecho que vale como advertência ao que pode se passar no Brasil, quando se recorda que o modelo de trabalho do juiz Sergio Moro foi a operação italiana: a ENI foi privatizada – e não há dúvida de que os escândalos e o trabalho de jornais e revistas ajudaram a adoçar a ideia.
Num país onde a Petrobras sempre foi alvo de ataque feroz por parte do empresariado conservador e seus aliados externos, após a democratização não houve um governo que não tivesse enfrentado uma investigação em torno de desvios e irregularidades. (É certo como 2+2=4 que havia esquemas sob a ditadura, mas nunca vieram a público).
Em 1989, no governo de José Sarney, a descoberta de um milionário esquema de desvios que levou ao afastamento do presidente da BR Distribuidora e seu principal auxiliar. Em 1992, uma tentativa de intervenção de PC Farias na direção da empresa levou à saída do advogado Luiz Octávio da Motta Veiga, que preferiu ir embora em vez de atender aos pedidos do tesoureiro de Fernando Collor.
A ideia de que os esquemas de corrupção na Petrobras nasceram a partir de 2003, com a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva no Planalto, é falsa mas tem uma utilidade política óbvia: ajuda a transformar uma operação policial num instrumento de destruição política, cujo alvo final é o governo Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores. Também permite acobertar responsabilidades passadas, o que é sempre conveniente em campanhas de moralismo seletivo. Mas o preço é apagar a memória histórica, o que impede qualquer debate sensato sobre o caso.
FrancoAtirador
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Ações da EcoPetrol despencaram 43% em 2014.
QUERIDINHA DA MÍDIA ANTIPATRIÓTICA FASCISTA
PETROLÍFERA DA COLÔMBIA VAI DE MAL A PIOR
ECOPETROL
A colombiana Ecopetrol, por sua vez, que por um breve intervalo, em 2013,
chegou a superar até a Petrobras para se tornar a maior empresa da América Latina
em Valor de Mercado, viu o valor de suas ações despencar em 43% ao longo de 2014.
Cerca de 500 mil colombianos que haviam investido nas ações da empresa,
quando o governo anterior, de Álvaro Uribe (2002-2010),
colocou à venda uma porcentagem minoritária de seu percentual da empresa,
sofreram as consequências de um mercado que já não acredita tanto na petroleira.
PEMEX
Outra grande Petroleira da região, a Estatal Mexicana PEMEX
também está em alerta e anunciou cortes drásticos
justamente no momento em que entra em vigor no país
uma reforma energética que, pela primeira vez em décadas,
a colocará em competição direta com empresas privadas estrangeiras.
Fonte: BBC
(http://jornalggn.com.br/noticia/o-cinismo-a-senha-e-a-insanidade-por-jns)
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Cláudio
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“Em retrospectiva, não ter tratado da democratização dos meios de comunicação terá sido o maior dos imensos erros do PT e de suas lideranças. Chávez fez. Evo fez. Correia fez. Cristina fez. Mujica fez. Lula, Dilma e o PT não fizeram. Agora pagam a consequência política.”…
************* Abaixo o PIG brasileiro — Partido da Imprensa Golpista no Brasil, na feliz definição do deputado Fernando Ferro; pig que é a míRdia que se acredita dona de mandato divino para governar.
Lei de Mídias Já!!!! **** … “Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma” *** * Joseph Pulitzer. **** … … “Se você não for cuidadoso(a), os jornais [mídias] farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo” *** * Malcolm X. … … … Ley de Medios Já ! ! ! . . . … … … …
Vlad
Hahaha…essa eu não acreditava que iam tentar defender.
E não é que foram procurar argumento!?!
Não tenham dúvidas que é progressista. O progresso da variação patrimonial é digno de estátua.
E — vejam que senso de ética — sem mesmo dar trabalho ao Banco, já que (dizem as forças do atraso…e também o fisco) operava em cash.
Social então, nem se fala. Mas social-light.
Messias Franca de Macedo
… Vamos ver se, agora, o ex presidente do Banco do Brasil “toma tenência” e apresenta à nação brasileira os laudos técnicos que comprovam, documentalmente, a farsa do desvio de R$75 milhões de reais da referida instituição financeira!
A atitude que teria inocentado o Henrique Pizzolato!
E que teria quebrado a espinha dorsal do MENTIRÃO!
Ou, “intonci”, senhor Aldemir Bendine, declare à nação que, sob sua gestão, “no Banco do Brasil, diretor técnico tinha a prerrogativa de assinar cheques para pagamento de serviços com empresas de propaganda”!
Desde que fosse para a DNA do Marcos Valério! (sic)
E que o funcionário diretor fose do PT! (idem sic)
Aproveite, doutor Bendine, e nos traga notícias dos senhores diretores Cláudio Castro de Vanconcelos e Léo Batista dos Santos!
Os diretores que detinham a prerrogativa – e a autonomia – para liberar os pagamentos relativos a serviços de publicidade contratados pelo BB!
Ambos diretores indicados pelo presidente FHC!
O inimputável!
O Imaculado!
Pausa para rir!
EM TEMPO: uma pergunta, senhor Bendine:
O senhor sente dor na consciência?!
Ao lembrar do sofrimento do casal Pizzolato?!
E o que o senhor pensa de um tal Joaquim Barbosa?!
E de certa Ação Penal 470?!
Respeitosamente,
Messias Franca de Macedo
Feira de Santana, Bahia
República de ‘Nois’ Bananas
Messias Franca de Macedo
… “Alguém, aí”, avisa ao Aldemir Bendine: do Banco do Brasil do MENSALÃO para a Petrobras do Petrolão “mudou pouca coisa”:
Saiu o Joaquim Barbosa!
E entrou o ‘Sérgio Moro no PSDB [e a esposa advogada também]’!
O Merval continua com a mesma cara de “criança chupando pirulito de jiló”!
E já estamos na edição de número 15 do BBB!
(…)
Ah esses tecnocratas!
Andre
” foi peça chave na política de enfrentamento da crise econômica, liderando estratégia agressiva para reduzir juros e expandir crédito, um dos pilares das medidas anticíclicas destinadas a impedir o encolhimento da produção e consumo internos”
Agora eu entendi porque ele foi para a Petrobrás; no BB ele é incoveniente para a politica de austeridade com corte de gastos e juros altos.
leandro
Val que o diga….
FrancoAtirador
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Qualquer nome minimamente ‘progressista’ será trucidado
pelo Monopólio Triturador de Reputações instalado aqui.
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FrancoAtirador
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Coincidência
Mal havia sido anunciado o nome do novo Presidente da Petrobras
e a Procuradoria Regional da República no Estado de São Paulo
já publicava uma notinha a ser explorada pelos Clãs de GAFE.
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FrancoAtirador
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Problema com conteúdo
é só na TV Record,
na Globo nem Pensar!
Sex, 16/01/15
Procuradoria Regional da República de São Paulo
MPF quer que conteúdo de programa
seja analisado na renovação
de concessão da TV Record
(http://www.prr3.mpf.mp.br/direitos-do-cidadao/1464-2015-01-16-20-37-05)
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leandro
Não….o governo não tem quadros tecnicos, tem escudos e medo. Mas, essa da val é de doer. Progressista que empresta a juros de 4%/ao ano para socialite inadimplente.
Trabalhador brasileiro
Eu acho que estou emburrecendo. Quer dizer que se emprestar dinheiro para alguém que vai me pagar e que deve a outro agiota e não pagou eu sou o criminoso? Ah tá, entendi. vou dizer isso pro Setúbal
FrancoAtirador
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Graça Foster era um ‘quadro técnico’, de carreira.
O Problema é que vocês, tucanóides, querem mesmo
é um Tucano de Mercado para Presidente da PetrobraX.
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FrancoAtirador
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O Perfil ‘Ideal’ do Novo Presidente da Petrobras
O que chama a atenção na Conjuntura destes dias,
quando cotejada com a situação dos anos oitenta,
é que surgiu ‘no ar’ um Novo Perfil Elegível,
e Ubíquo nos ‘Múltiplos e Amplos Espaços’
da grande Mídia Familiar-Corporativa,
para a Presidência da Empresa:
o ‘Nome do Mercado’.
Por Cesar Monatti, no Jornal GGN
Em meados da década de 80 do século passado, com a gradativa distensão política do país que desembocaria na retomada da democracia plena ao final daquele período, uma discussão sobre gestão começou a tomar corpo no âmbito das estatais federais.
A influência da política partidária, em especial de oligarcas provincianos nela cativos, na indicação de quadros dirigentes das empresas públicas alcançava níveis de intensidade até então desconhecidos e muito baixos na hierarquia daquelas instituições.
As motivações do debate de então, proposto por forças sociais tão díspares quanto os sindicatos de trabalhadores e defensores das futuras privatizações, poderiam ser resumidas, de forma deliberadamente simplista para possibilitar a sequência de argumentos, de um lado como ingenuidade política dos sindicalistas, e de outro, como falso moralismo pelos lobistas do setor privado.
Desse caldo emergia a bandeira da nomeação de empregados “de carreira” para a alta administração e corpo gerencial das empresas estatais como alternativa às indicações “políticas” que se exacerbavam à época. Como se percebe, a chave da “solução” do problema era singela e dicotômica como a escolha de Cecília: “ou isto ou aquilo”.
Eis que, dado um salto de três décadas na linha do tempo, em pleno período de consolidação da democracia brasileira, ressurge o tema da indicação de dirigentes de estatais, depois da experiência da nomeação e anunciada demissão de uma empregada “de carreira” para a presidência da maior empresa do estado brasileiro, cuja definição formal é “sociedade anônima de capital aberto, cujo acionista majoritário é a União Federal (representada pela Secretaria do Tesouro Nacional)”.
O que chama a atenção na conjuntura destes dias, quando cotejada com a situação dos anos oitenta, é que surgiu “no ar” um novo perfil elegível, e ubíquo nos múltiplos e amplos espaços da grande mídia familiar-corporativa, para a presidência da empresa: o “nome do mercado”.
Uma primeira questão que aflora desta “proposta” é: se uma “indicação política” têm maiores compromissos com os políticos que a indicaram e uma “indicação de carreira” com a corporação na qual esta foi desenvolvida, com quem serão os de uma “indicação de mercado”?
A resposta óbvia por demais e simplista por exagero é que os maiores compromissos do novo presidente seriam com o “mercado”! A dificuldade lógica é que essa é uma entidade coletiva e muito abstrata, embora de interesses comuns e conhecidos, para que se possa conjecturar sobre como atuaria o novo (ou novos, se incluídos diretores) gestor.
Felizmente, nos socorrem os exemplos da história contemporânea.
É por demais conhecido o fato de que os “altos executivos” se tornaram no capitalismo recente quase uma nova “classe social” que, mesmo que trabalhando para o capital, não se identificam obrigatoriamente com todos os interesses dos proprietários e/ou acionistas. As críticas, que incluíram o presidente dos EUA, sobre os bônus pagos aos altos executivos das grandes corporações depois da crise financeira de 2008 são uma das notórias evidências dessa condição. Em resumo, os executivos, embora não ganhassem mais na rubrica “remuneração variável”, ainda que seu entorno estivesse se desfazendo em milhões de pedaços, não perderam remuneração básica naqueles tempos ruins.
Com isso, a resposta ao questionamento anterior começa a se desvelar. Auxiliados, por exemplo, pela notícia (ou balão de ensaio) de que, entre os possíveis candidatos a substituto da presidente demissionária está um ex-empregado da própria empresa, ex-presidente de uma concorrente que quebrou tempos depois de sua saída e, em seguida, investidor do mesmo setor, chega-se a uma provável solução para a charada proposta acima: os maiores compromissos de um presidente por “indicação do mercado” é com sua própria carreira.
Ocorre que, na manifestação (geo)politicamente correta de Mauro Santayana,
“A Petrobras não é apenas uma empresa.
Ela é uma Nação. Um conceito. Uma bandeira.”
Por isso, o futuro presidente ideal precisará ter, neste momento, algo em torno de um terço das características de cada um dos perfis descritos:
ser “de carreira” (nesse sentido, pode ser um aposentado…),
ter consistente indicação política
e ter compromisso com seu próprio currículo profissional.
Neste último tópico, com uma diferença significativa em relação aos executivos de mercado: compromisso com sua carreira no serviço público/estatal.
De todo modo, transformados esses terços ideais em percentuais, é muito desejável também que a diferença entre a dízima do seu somatório – 99,9999999…% – e os cem por cento do perfil completo seja preenchida por uma qualidade noutro sentido imponderável: a Boa Sorte.
(http://jornalggn.com.br/blog/cesar-monatti/o-perfil-ideal-do-novo-presidente-da-petrobras-por-cesar-monatti)
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