Janio de Freitas: Dilma priorizou a montagem de estrutura política forte

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Como um paredão

Dilma Rousseff priorizou a montagem de uma estrutura política forte, capaz de se impor

Janio de Freitas, na Folha de S. Paulo, sugerido por Paulo Dantas

Nem há no Brasil grandes figuras para compor um ministério de notáveis, nem seria preciso dar encerramento melancólico a um mandato difícil, com o anúncio de uma nova composição ministerial recebida por crítica ou por indiferença. Há uma explicação para isso, que muitos podem considerar suficiente para justificar a cara do novo mandato. Mas não é.

Em vez de escolhas que fizessem esquecer a média lastimável do ministério no primeiro mandato, Dilma Rousseff deu prioridade à montagem de uma estrutura política forte, capaz de se impor em duas frentes. Uma, a do Congresso, que lhe deu quatro anos de problemas ininterruptos e custo político muito alto para cada solução. Outra, a que começa a combinar a hostilidade dos meios de comunicação, também constante e indiscriminada no primeiro mandato, e o despertar feroz da oposição. Este, ainda a se confirmar, porque dá trabalho.

O futuro ministério tem tropas mais firmes no Congresso, atendendo a quase tudo o que ali pesa, e nos Estados mais representativos na opinião pública. Mas a prioridade ao político tem outra face: é sugestiva de que Dilma não pensa no segundo mandato como uma administração de passadas largas e inovadoras, com realizações e ampliações que, por si mesmas, dariam ao governo sustentação para atravessar os quatro anos e chegar sem medo a 2018. O que se insinua é mesmo a concepção do botafoguense Joaquim Levy: investimentos e transformações sociais rebaixados para a segundona.

INDIRETOS

Com a posse agora de Luiz Fernando Pezão, estará completada uma eleição peculiar no Rio, com muitos votos dados a dois não candidatos.

É incalculável, mas importante e talvez até determinante, a massa de votos dados a Pezão — muitos esquecendo a rejeição ao PMDB fluminense e a Sérgio Cabral — pelo desejo de duas permanências. Uma, a do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, alvo de incompreensões suspeitas ou pouco inteligentes, mas também da percepção de que seus modernizadores planos vão se impondo, na complexa luta contra a criminalidade armada. O crime continua em toda parte, mas o ambiente urbano no Rio é muito diferente do encontrado por Beltrame.

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A outra permanência é a da parte do Estado em várias das dezenas de obras que o prefeito Eduardo Paes faz no Rio. Muitos componentes desse projetos cabem, por força de lei ou de fatores urbanísticos, ao governo estadual, e correram risco de continuidade se eleito um dos adversários dos peemedebistas Pezão e Paes.

A cidade está passando por transformações de uma audácia racional e formal como não via desde o histórico Pereira Passos, prefeito no início do século passado. Com outra raridade: nada do que é prioritário está em Ipanema, Leblon, Copacabana e demais Zona Sul.

AS VITORIOSAS

Quando se escreva sobre o que foi o primeiro mandato de Dilma, as mulheres que o integraram merecem um realce especial. Em comparação com o mais numeroso e prestigiado grupo dos homens, o das ministras é que foi exemplar no cumprimento dos objetivos, na sobriedade imposta às suas áreas e na discreta conduta pessoal. Mesmo Marta Suplicy, que de início confundiu Ministério da Cultura e Ministério da Costura, e logo imaginou desfiles em Paris, só voltou a ser Marta Suplicy já perto de sua antecipada saída do quadro.

As mulheres que continuem no ministério já justificaram sua presença. A novata Kátia Abreu vai se expor a uma comparação, para frente e para trás, de alto risco.

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Comentários

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Eduardo Lima

A REFORMA CRUCIAL: Reforma Política. Como deve ser? A nosso ver, radical. Poucos partidos, financiamento público. Não ao voto distrital em qualquer de suas formas. Voto nos partidos, com as vagas no legislativo atreladas à eleição majoritária. Listas partidárias e fidelidade. Fim da reeleição ilimitada para o legislativo, etc… O texto do link abaixo reflete sobre o tema:

http://reino-de-clio.com.br/Pensando%20BR8.html

JC

Afirmação distorcida
Evidentemente curiosa por distorcida a afirmação do jornalista da Folha de S. Paulo de que inexistem no Brasil figuras capazes de compor um ministério de notáveis. Do alto de sua sabedoria, que significaria notável para ele? Certo que ‘notável’ no sentido de digno de relevo, de famoso, certamente não seria o caso de motivar a escolha. Embora que parte ponderável dos indicados, para surpresa dos que elegeram a Presidente, já se fizeram dignos de notas por seus comportamentos, e/ou mesmo declarações… O jornalista parece estar esquecido de que existem outros critérios, que não o da ‘notabilidade’ e, por serem por demais conhecidos, deixo aqui de referí-los…

JC

marina vella

estrutura política forte uma ova! Há nitida complacencia com o roubo de dinheiro publico. Eduardo Braga do MME, Kassab nas cidades, Educação com o PROS (se alguém souber onde está o poder politico deles, favor avisar), pesca (?) com um tal Barbalho, do clã de mesmo nome que há décadas surrupia a SUDAM.
Impossivel dizer, quando surgirem as denúncias de sempre, que nao sabia de nada. ESSE É O MINISTÉRIO DOS 39 LADRÕES…. onde está o ladrão que falta?

Julio Silveira

Eu vejo diferente, e me lembro de um dito que sintetiza bem o que penso, muitas vezes repetido por minha avózinha já falecida, porem após ter vivido muitos anos e angariado muita experiencia de vida. Ela me dizia: ” quando muito se abaixa o fiofó aparece”.

Marat

Acredito que, sejam lá quais forem os escolhidos, eles devem ser NACIONALISTAS. Devem lutar pelo BRASIL. Isso incomoda muito o PIG, em especial o Ministro Aldo Rebelo.
Se o PIG se incomoda, é porque os donos do mundo estão incomodados, e isso é bom sinal.
Lutemos por um Brasil forte e soberano, dono do pré-sal e dono de uma poderosa Força Aérea e Naval. Bom Exército já temos, só falta à tropa o nacionalismo devido!

    Carls Cintra

    Sei! agora conta aquela do papagaio.

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