Com “fora PT”, direita resgata nas ruas o higienismo

Tempo de leitura: 2 min

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da Redação

Beatriz Macruz e Caio Castor acompanham as manifestações de rua desde junho de 2013. No vídeo acima, eles fazem um balanço dos protestos, à direita e à esquerda.

No protesto mais recente, de sábado passado, eles registraram a divisão na direita: um bate boca via trios elétricos entre os que pedem o impeachment de Dilma Rousseff e os que defendem uma intervenção militar.

O encontro reuniu monarquistas e conservadores em geral, muitos dos quais não se consideram representados pelo sistema partidário — nem PT, nem PSDB.

Como tem escrito o Viomundo, com o megaescândalo da Petrobras, não é apenas o governo Dilma e o PT que estão em xeque, mas todo o sistema de representatividade, uma vez que as empreiteiras são as maiores financiadoras de campanhas eleitorais no Brasil.

Dados divulgados hoje pelo jornal Valor Econômico:

O indício apontado pela Polícia Federal (PF) no relatório de inteligência [Nota do Viomundo: de que doações legais eram parte do esquema] tem potencial para comprometer metade do Congresso Nacional. Levantamento do Valor, com colaboração do Valor Data, mostra que oito das nove empreiteiras listadas nesta fase da operação ajudaram a eleger 259 dos 513 deputados federais eleitos com a distribuição de R$ 71 milhões em doações. Trata-se de 50,4% da futura Câmara.

Os dados, que contabilizam repasses das empreiteiras e principais subsidiárias de cada grupo, constam da prestação de contas entregue pelos candidatos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apenas a Iesa Óleo e Gás não tem nenhuma doação registrada. O grupo com maior volume de doações — e aliados na futura Câmara dos Deputados — é a Odebrecht, que transferiu R$ 37,9 milhões para 141 deputados eleitos. Em seguida aparecem os grupos Queiroz Galvão (R$ 9,8 milhões para 88 eleitos), OAS (R$ 8,4 milhões para 84 deputados), UTC (R$ 5,6 milhões para 58 eleitos) e Galvão Engenharia (R$ 4,3 milhões para 14 deputados). Os repasses de Camargo Corrêa, Engevix e Mendes Júnior totalizaram R$ 4,9 milhões, para 45 deputados eleitos.

As doações foram feitas para partidos de todos os espectros políticos. Estão na lista deputados do PT, PMDB, PP, PDT, PCdoB, DEM, PSDB, PR.

Os dados acima dispensam comentários.

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Comentários

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Cláudio

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* . . . . **** . . . . Lei de Mídias Já!!!! **** … “Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma” *** * Joseph Pulitzer. **** … … “Se você não for cuidadoso(a), os jornais [mídias] farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo” *** * Malcolm X. … … … Ley de Medios Já ! ! ! . . . … … … …

Mauro Assis

Fora FHC = “jogo democrático”
Fora PT = “higienismo, golpe, segregacionismo, preconceito contra pobre…”

Entendi bem?

    abolicionista

    A diferença é que o fora FHC era um repúdio às privatizações criminosas como a da Vale, ao arrocho salarial, ao crescimento da desigualdade. O fora Dilma é uma indignação seletiva que resgata o moralismo udenista. A maior parte das pessoas gritando na Paulista não estão lutando por um projeto alternativo de país, elas não querem sentar para discutir, elas querem prender e arrebentar quem discorda delas. A verdade inegável é que a grande bandeira da candidatura de Aécio Neves foi o anti-petismo. Esse anti-petismo é hipócrita, porque todos sabemos que a corrupção no Brasil é um problema estruturas (a maleabilidade das leis brasileiras, p.e., remonta à escravidão). Como os que gritam fora PT não querem uma reforma nas estruturas, elegeram um bode expiatório. Acho isso de uma burrice assustadora. Quando perdeu a eleição presidencial em 89, o PT reformulou sua proposta, mudou suas diretrizes, repensou sua forma de fazer política (pro bem e pro mal). O PSDB continua apegado à cartilha neoliberal: arrocho salarial, lucros exorbitantes, privatizar mundos e fundos, curvar-se ao capital rentista. Só que essa proposta é impopular. Como vender uma medida impopular numa democracia? Destruindo o adversário. Por isso o Aécio nunca disse quais seriam efetivamente as “medidas impopulares” para reformular a economia. Mas a gente sabe quais eram, né? Se a gente não tem bandeira (ou quer esconder a nossa), o negócio é ser anti. Daí o Aécio afirmar que tirar o PT do poder iria ser remédio contra a corrupção. Isso é mentira, e a maioria do povo não comprou essa falácia nem com a imprensa toda martelando isso na cabeça da gente diariamente. Daí resta dizer que o povo é burro, nordestino, negro, gay, todas as facetas do “Outro” que queremos destruir. Em vez de pedir impeachment, seria mais digno reformular suas propostas, pensar numa forma de construir bases sociais para o partido, retirar as lições da derrota, mas o eleitorado “anti” é como uma criança mimada, capaz de destruir tudo o que si interpõe entre ela e o seu desejo imediato, que nem ela entende direito….

    Mauro Assis

    abolicionista, entendo diferente: “Fora FHC” e “Fora Dilma” são apenas duas palavras de ordem bobocas, mas entendo que gritá-las na rua é válido, na medida em que há liberdade de expressão nesse país.

    Agora, eu acho que a esquerda tem que se acostumar com uma oposição mais incisiva nesse segundo mandato da Dilma porque:

    – Ambas as campanhas foram muito agressivas, e isso é claro criou uma intolerância latente nos dois lados.
    – Mais de 60% da população não votou na Dilma.
    – A economia patina.
    – O Petrolão ocupa os noticiários (na minha opinião nem poderia ser diferente)

    Ou seja, é melhor vcs se acostumarem com o barulho, ou então começarem a gritar tb…

    Leo V

    bela análise!

    abolicionista

    1. O petrolão ocupa os noticiários, mas nenhum veículo do PIG menciona o PSBD (que aparece escondido sob a expressão “e outros”). O próprio FHC confessou que a grande mídia monopolista é comandada por seus “amigos”. O esquema na Petrobrás já acontecia no governo FHC, por que o PIG esconde isso?

    2. Sei, a economia patina e aí a gente chama o Armínio Fraga pra consertar?
    Ué mas não foi ele o autor da ideia de congelar as poupanças durante o governo Collor?

    3. Dilma foi quem mais recebeu votos, não foi? só uma pergunta retórica. Na democracia, governa quem tem mais votos, portanto…

    4. Campanha agressiva. Concordo, tucanos chegaram a agredir um tetraplégico, não foi?

Mailson

http://www.conversaafiada.com.br/politica/2014/11/19/guia-para-entender-a-lava-jato-fora-do-pig/

Publicado em 19/11/2014
Guia para entender
a Lava-Jato fora do PiG

O que os tucanos e o Cunha preferem ocultar.

O Conversa Afiada reproduz artigo do site Muda Mais:

Operação Lava Jato, financiamento de campanha e reforma política: três faces de uma mesma questão

As recentes prisões realizadas na operação Lava Jato vieram no momento crucial em que o debate da reforma política está quente como nunca, presente na pauta do povo nas ruas. Mudar a forma como se faz política e se financiam políticos no Brasil é uma das grandes reivindicações dos movimentos sociais. Vivemos um momento histórico de investigação no Brasil, que está colocando atrás das grades corruptos e corruptores, não restando “pedra sobre pedra”.

O combate à impunidade está sendo realizado fortemente e, ao contrário do que era feito antigamente, hoje as corrupções são investigadas e os culpados são punidos, doa a quem doer. Isso só está sendo possível graças à Lei nº. 12.846 de combate à corrupção sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, no final de 2013 e que entrou em vigor em janeiro deste ano.

A oposição tucana bem que tenta tirar o foco da operação e relacionar as prisões com Dilma, Lula e com o Partido dos Trabalhadores (PT), mas a verdade é que a presidenta é uma das maiores interessadas em dar fim à corrupção no país e punir os culpados pelos crimes. A operação Lava Jato revelou ainda o envolvimento do PSDB com as empreiteiras investigadas pela operação. Das nove empreiteiras alvo da operação, seis delas financiaram a campanha para presidente do senador Aécio Neves , com um valor em torno de 20 milhões de reais. As empreiteiras envolvidas no escândalo são a Odebrecht, OAS, UTC, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, que estão com seus diretores presos acusados de formação de cartel e corrupção de funcionários públicos.

A investigação revela também a atuação das empreiteiras no Cartel em São Paulo para a construção da Linha 5 do Metrô. De sexta feira até o último domingo (16), a operação Lava Jato já prendeu 23 pessoas, incluindo a prisão de um ex-diretor da Petrobras. A operação mostra ainda que o esquema de cartel das empreiteiras em obras da Petrobras teria começado ainda na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), há pelo menos 15 anos!

É por isso que a reforma política está entre as prioridades de Dilma em seu segundo mandato, sendo considerada por ela como “a reforma das reformas”. Em seu discurso de vitória e nas primeiras entrevistas feitas como presidenta reeleita, Dilma ressaltou a importância de fazer as reformas de que o Brasil precisa, principalmente a reforma política, que vai redefinir as estruturas do sistema político brasileiro e combater a corrupção. A reforma política com participação social é, pois, premente!

Importante ressaltar também a proposta de Dilma Rousseff sobre a participação popular no processo de reforma política no que se refere ao financiamento público de campanhas políticas. A ideia é promover a igualdade entre os candidatos e o debate de ideias acima do poder do capital, sendo esta a forma mais honesta de financiar uma campanha para não permitir que os interesses dos financiadores se sobreponham aos interesses da população brasileira. Nas eleições de 2014, 360 dos 513 deputados eleitos contaram com financiamento de empreiteiras em suas campanhas. Dentre as empreiteiras indiciadas pela operação Lava Jato, a OAS doou R$ 13 milhões para ajudar a eleger 79 deputados de 17 partidos; a Andrade Gutierrez gastou quase o mesmo valor em 68 campanhas vitoriosas a deputados federais. A Odebrecht doou R$ 6,5 milhões para 62 deputados, a UTC deu R$ 7,2 milhões para 61 deputados, e a Queiroz Galvão, R$ 7,5 milhões para 57 deputados.

Para que o povo tenha voz e vez na política, e o combate à corrupção continue sendo realidade no país, queremos e defendemos a reforma política com participação popular JÁ!

Aroeira

Finalmente, Lula volta das férias

http://jornalggn.com.br/noticia/lula-alerta-sindicalistas-contra-ambiente-de-golpe

Lula alerta sindicalistas contra ambiente de golpe
ATUALIZADO EM 19/11/2014 – 08:32

Jornal GGN – Lula começou a semana conversando com sindicalistas. Em reunião pediu que se prestasse atenção a este ambiente de golpe que toma conta do país. E não é para menos, de forma declarada ou escamoteada tem-se um zum-zum pouco afeito à democracia. Leia matéria da Rede Brasil Atual.

da Rede Brasil Atual

Lula iniciou semana alertando sindicatos sobre ‘vacina’ contra golpe

Em semana tensa, ex-presidente se reuniu com sindicalistas, pediu mais atenção do governo aos movimentos, e alertou contra o ambiente de golpe. “Não vai ter moleza. Eles vão vir para cima”
por Redação RBA

ROBERTO PARIZOTTI/CUT
Lula

Lula: estamos vendo um trabalho da direita e da imprensa no sentido de conduzir a sociedade a negara política

A tensa semana política no Brasil terminou com manifestações golpistas. Algumas disfarçadas, como uma entrevista do senador Aécio Neves (PSDB) a uma rádio na quinta-feira (13), em São Paulo. O candidato derrotado na urnas disse que o segundo mandato da presidenta já começa com “sabor de final de festa” e que se existisse um equivalente eleitoral ao Procon, ela teria que “devolver o mandato” conquistado no dia 26 de outubro. Outras explícitas, como a manifestação de ontem – 125º aniversário da República – em que extremistas pediam “fora Dilma” e “intervenção militar”, com a direito a brigas e pancadarias entre os próprios “manifestantes”. Antes, porém, os protestos que vêm sendo convocados pela direita tiveram um forte contraponto, com a realização de marchas de movimentos sociais em dezenas de cidades. Em São Paulo, uma multidão calculada em 20 mil pessoas caminhou na região da Avenida Paulista, sob chuva, em defesa de reforma política, mais democracia e mais direitos.

No dia seguinte, houve a prisão espetacular de empresários investigados pela operação Lava Jato por suspeitas de corrupção em contratos com a Petrobras. A operação já teve lances de vazamento parcial de informações privilegiadas, com objetivo de atingir eleitoralmente apenas o PT. Inclusive expressões partidárias antipetistas de delegados da Polícia Federal participantes da operação foram expostas nas redes sociais. A atitude pôs em xeque a credibilidade dos agentes públicos, mas não a da operação Lava Jato.

O advogado Pedro Serrano, professor da PUC, entende que ela se trata da melhor e maior apuração da história da PF. Para Serrano, houve exagero nas prisões realizadas na sexta (14). “Houve abuso porque as prisões temporárias servem apenas para os investigados realizarem seus depoimentos e a maioria dos que foram presos já havia se colocado à disposição da Justiça. Ao que parece essas prisões foram apenas para criar um clima de espetáculo”. Na opinião dele, o que vale num processo desses é conseguir punir os culpados ao final do julgamento. E fazer barulho na apuração mais atrapalha do que ajuda, segundo disse ao Blog do Rovai. O advogado não acredita que a Lava Jato tenha motivação política e deve atingir empresários e políticos, e não parece algo que guarde relação apenas com um ou outro partido. “É algo muito maior.”

No blog O Cafezinho, o jornalista Miguel do Rosário avalia ainda que o chamado “petrolão”, ao atingir as principais empreiteiras do país e chamuscar todos os partidos, em especial os núcleos representados no Congresso, resultará no fortalecimento de Dilma Rousseff. “O escândalo é vasto demais mesmo para a nossa grande imprensa. Junto à opinião pública, apesar dos esforços da mídia (que só tem um objetivo: golpe), prevalecerá a impressão de que Dilma está cumprindo o que prometeu: não sobrar pedra sobre pedra. Até porque é isso mesmo o que está acontecendo. Ao dar liberdade e autonomia aos delegados e agentes da PF, sem exercer qualquer pressão sobre o Ministério Público, Dilma fez a sua grande aposta. E deu corda para os golpistas se enforcarem”, escreveu.

Líder da oposição
A conduta de Aécio de tentar se posicionar como líder da oposição já havia sido observada pelo ex-presidente Lula, na terça-feira, durante participação em reunião com dirigentes da CUT. Na ocasião, Lula disse que o senador tucano está “mexendo num vespeiro” onde não devia. “O Aécio está se achando. Teve 48% dos votos, com toda a mídia ajudando ele. Eu, em 1989, contra toda a imprensa e contra a maioria dos partidos, tive 47% e nem por isso me achei. E esse cidadão está lá, numa trincheira, não quer diálogo, não quer conversa. Deixa pra depois o que vai acontecer com ele”, ironizou.

O presença de Lula na reunião da direção executiva nacional da CUT dá sinais de que o ex-presidente terá um protagonismo maior na cena política. O ex-presidente lembrou o papel decisivo dos movimentos sociais e sindicais na eleições e disse que os eleitos graças a essa participação deverão dar mais ouvidos a esses segmentos da sociedade. “O Fernando Pimentel (eleito governador em Minas) terá de falar com a CUT antes, durante e depois da posse”, cobrou, referindo-se às intervenções da presidenta da CUT no estado, a professora Beatriz Cerqueira, que está sofrendo uma série de processos movidos pelo grupo de Aécio pele volume de denúncias envolvendo a situação do ensino público durante as gestões tucanas em Minas.

E mandou o mesmo recado a Dilma, defendendo que o movimento sindical seja ouvido não apenas para tratar de reivindicações trabalhistas, mas para discutir políticas para o país. “Toda a política de desoneração tem de passar por negociação com os sindicatos, para saber se vai haver ganhos para os trabalhadores do setor beneficiado.”

Nova agenda e vigilância
O discurso de pouco mais de uma hora de Lula não serviu apenas para cobrar os governos. O ex-líder metalúrgico cobrou dos dirigentes sindicais uma agenda mais sintonizada com a nova realidade do país. “Sinto que está faltando política em nossa ação sindical. O economicismo só não é suficiente”, disse. O ex-presidente lembrou que Dilma perdeu a eleição em quase todos os municípios governados pelo PT e até mesmo nos bairros populares de São Paulo onde vencia desde 1982, observando que muitos dirigentes sindicais “ficaram decepcionados com os trabalhadores da sua categoria votando em Paulo Skaf , Geraldo Alckmin ou Aécio.

“Passado o sufoco, é preciso entender o que aconteceu. O poder público precisa ter mais diálogo com a sociedade e nós precisamos ter mais conversa, mais parceria e mais solidariedade entre nós”, disse, reiterando que o movimento sindical não pode ficar restrito a conquista de cláusulas econômicas durante as campanhas salariais. “O movimento sindical tem de sair do chão de fábrica, do chão das lojas, do chão dos locais de trabalho, pois o limite de representatividade passa do chão. Tem a ver com cidadania, com educação, com saúde, com segurança. Temos que apresentar nossa pauta aos prefeitos, aos governadores e à presidência da República.”

Lula disse ainda que hoje há muitos jovens em todas as categorias profissionais e que é preciso dialogar com eles para tentar compreendê-los. “Hoje me espanto quando vou à porta de fábrica e vejo muito jovem que quer fazer faculdade, não quer ser mais apenas um peão. É preciso conversar com ele. É preciso colocar política na cabeça dele. Ele sabe qual foi o papel do pai e da mãe dele? Ele sabe qual foi e qual é o papel da CUT?”, questionou.

O ex-presidente voltou a expressar preocupação com a “demonização da política” pela mídia. “A despolitização só interessa à direita. Não interessa a nós. Precisamos dizer com clareza o que fizemos e o que queremos fazer.”

Ouça trechos da fala de Lula em reportagem da TVT

Lula terminou seu discurso alertando para o ambiente golpista instalado no país desde a reeleição de Dilma. “Esses que nos atacam são os mesmos que nunca aceitaram política social neste país. Não é á toa que na mesma capa da revista colocaram a minha cara e a cara da Dilma. E vai ser assim. Não vai ter moleza. Eu vou avisar vocês com antecedência. Vocês se preparem porque, da mesma forma que quando o movimento sindical encheu esse país de adesivos com a mensagem ‘mexeu com Lula, mexeu comigo’, a gente vai de ter de estar preparado para defender a Dilma”, alertou. “Eles vão vir pra cima.”

Assista trechos da fala de Lula em reportagem da Rádio Brasil Atual
https://www.youtube.com/watch?v=7THR-WY8rdI

Luiz Guilherme

TFP E O FUNDAMENTALISMO DA DIREITA. APENAS ISSO.

Luiz Guilherme

ISSO É MANIFESTAÇÃO POLÍTICA OU MISSA

Josinaldo

O PRÓPRIO CÃO CHUPANDO MANGA, AS ÚLTIMAS DO VAZAMENTO PERMANENTE

Eu descobri que esse Zé Dirceu é o próprio cão chupando manga. Em plena campanha eleitoral do Lula (2002) contra o Serra, o Zé Dirceu conseguiu colocar Renato Duque (funcionário de carreira) num posto chave da Petrobras de FHC. Quá, quá, quá, quá!

Jornal GGN – Renato Duque é o elo com o clube de empresários milionários que formaram um cartel para fraudar contratos, licitações e participar dos esquemas de pagamento de propina com dinheiro da Petrobras. Duque, segundo informou Paulo Roberto Costa, chegou à condição de diretor de Serviços da estatal em meados de 2002, por indicação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) – condenado no processo do mensalão. Por isso a grande mídia atribuiu a Duque o apelido de “afilhado de Dirceu”. Veja destaca isso, sempre que pode, nas manchetes que produz sobre a Operação Lava Jato.

“Renato Duque comandava o setor responsável pelas licitações de obras de todas as diretorias e pelo acompanhamento da execução dos contratos. Por meio dela, o PT ficava com 2% do valor de todos empreendimentos da estatal petrolífera. A Diretoria de Abastecimento, que era controlada pelo PP por intermédio de Paulo Roberto Costa, e a de Internacional, que era controlada pelo PMDB via Nestor Cerveró, ficavam com 1%”, publicou o Estadão, na tarde desta terça-feira (18).

Mauro Assis

A esquerda gritou “Fora FHC!” até ficar rouca nos 8 anos dele no poder. Era fascismo naquela época ou só agora, quado o alvo é o PT?

    denis dias ferreira

    A esquerda exigia que as denúncias que pairavam sobre o governo FHC fossem investigadas. Porém ninguém saiu às ruas para exigir o impeachment do corrupto FHC, ou pregou o golpe militar, como o fazem os manifestantes atuais. O que prevalece nos discursos desses manifestantes é o ódio, não só de classes, mas também o ódio regional,o ódio racial e o ódio ideológico contra a esquerda.

    Mauro Assis

    Denis,

    A esquerda não assinou a Constituição, votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, condenou o Plano Real, ou seja, jogou contra o país o tempo todo. É fato, não dá prá negar.

    abolicionista

    denis, meu caro, não perca tempo com leitor da Veja…

    Mauro Assis

    Abolicionista,

    Faltam argumentos?

    abolicionista

    Faltam argumentos sim, mas no seu comentário… De resto, e escrevi um texto com argumentos explicando a diferença entre o “fora FHC” e o “fora Dilma”.
    De resto, basta ver a diferença de tratamento que a grande mídia deu a ambos os lemas. Aliás, o próprio FHC recentemente confessou que os donos do oligopólio midiático brasileiro são “amigos” dele. Precisa dizer mais alguma coisa?

    Mauro Assis

    É preciso muita retórica para explicar que o Fora FHC e o Fora Dilma são mesmo diferentes…

    E quanto ao papo sobre Armínio Fraga.. a Dilma não acaba de nomear um executivo do Bradesco para tomar conta da economia?

    E a Kátia Abreu, hein?

    Só existe um caminho, bicho: austeridade fiscal, inflação abaixo da meta, estado eficiente e corruptos na cadeia. Se a Dilma for nessa linha que tá se desenhando, nem fico triste do meu candidato ter perdido…

    Leo V

    No caso o “Fora FHC” que era particularmente do PSTU, e não da esquerda como um todo, era muito mais metafórico do que real. Não havia nenhuma articulação para isso. E mais, não eram feitas manifestações com esse mote específico.

    Mauro Assis

    Leo,

    Fora FHC “metafórico”??? Sei…

    Da mesma forma, quem grita pelo golpe agora é uma meia dúzia, a turma do PSTU da direita.

    Não vi ninguém do PSDB, que é o partido que conta, gritando por uma maluquice como a intervenção militar.

    Leo V

    Mauro Assis,

    O Telhada é do PSDB e falou em intervenção militar.

    Goldman não falou em intervenção militar mas parafraseou Lacerda, sobre impedir de tomar posse e impedir de governar.

    Sim, o grito do PSTU era basicamente metafórico. Que articulação houve, que tentativas houveram de construir movimento para tirar FHC antes de terminado o mandato?

    abolicionista

    A diferença é que o fora FHC era um repúdio às privatizações criminosas como a da Vale, ao arrocho salarial, ao crescimento da desigualdade. O fora Dilma é uma indignação seletiva que resgata o moralismo udenista. As pessoas gritando na Paulista não estão lutando por um projeto alternativo de país, elas não querem sentar para discutir, elas querem prender e arrebentar quem discorda delas, tanto que agridem qualquer pessoa que estiver portando camiseta vermelha, por exemplo. A verdade inegável é que a grande bandeira da candidatura de Aécio Neves foi o anti-petismo. Esse anti-petismo é hipócrita, porque todos sabemos que a corrupção no Brasil é um problema estruturas (a maleabilidade das leis brasileiras, p.e., remonta à escravidão). Como os que gritam fora PT não querem uma reforma nas estruturas, elegeram um bode expiatório. Acho isso de uma burrice assustadora. Quando perdeu a eleição presidencial em 89, o PT reformulou sua proposta, mudou suas diretrizes, repensou sua forma de fazer política (pro bem e pro mal). O PSDB continua apegado à cartilha neoliberal: arrocho salarial, lucros exorbitantes, privatizar mundos e fundos, curvar-se ao capital rentista. Só que essa proposta é impopular. Como vender uma medida impopular numa democracia? Destruindo o adversário. Por isso o Aécio nunca disse quais seriam efetivamente as “medidas impopulares” para reformular a economia. Mas a gente sabe quais eram, né? Se a gente não tem bandeira (ou quer esconder a nossa), o negócio é ser anti. Daí o Aécio afirmar que tirar o PT do poder iria ser remédio contra a corrupção. Isso é mentira, e a maioria do povo não comprou essa falácia nem com a imprensa toda martelando isso na cabeça da gente diariamente. Daí resta dizer que o povo é burro, nordestino, negro, gay, todas as facetas do “Outro” que queremos destruir. Em vez de pedir impeachment, seria mais digno reformular suas propostas, pensar numa forma de construir bases sociais para o partido, retirar as lições da derrota, mas o eleitorado “anti” é como uma criança mimada, capaz de destruir tudo o que se interpõe entre ela e o seu desejo imediato, que nem ela entende direito….

denis dias ferreira

As jornadas de junho de 2013 pariram a besta fascista.

    Leo V

    Pelo jeito vc não viu o video.

    Eu diria que a grande mídia burguesa chamou a besta fera para as ruas quando a esquerda estava criando uma mobilização que estava colocando de joelhos governo estadual e municipal ao mesmo tempo. Chamou para fazer uma espécie de ‘contra-revolução’ dentro da revolução’.

    Como os governistas e os governos estaduais e federal e a imprensa criminalizaram essa esquerda que estava nas ruas, as ruas ficaram só para a direita… Deixaram aquela juventude de esquerda com processos, presa, acuada.

    Quem alimentou a besta-fera, que bateu na esquerda na avenida Palista dia 20 de junho de 2013, foi a conivencia do governo federal também.. afinal, os ‘black blocs’ é que eram a besta-fera para eles, e não os fascistas.

    Mário SF Alves

    Primavera árabe-tupiquim! É disso que se trata.

    Esquerda… que esquerda? A esquerda adepta do liga o foda-se?

    Além do mais, que estória é essa de achar que o poder de indignação e luta de um povo é patrimônio ou reduz-se a visão política da esquerda?

    denis dias ferreira

    Pelo jeito você não entendeu o que aconteceu.
    Como você mesmo afirma, as manifestações de junho de 2013 somente se avolumaram após a convocação da grande mídia. Você se esqueceu que tudo começou com o passeata do MPL contra o aumento das tarifas de ônibus e do metrô. Inicialmente as manifestações tinham apenas esse único objetivo. Se não fosse o chamamento do Jabor e da Globo, as manifestações se esvaziariam, como acontecera nos anos anteriores. A direita, no entanto e num súbito estalo, percebeu, mas a esquerda simplória e inconsequente não, que o momento e as circunstâncias eram propícios ao chamamento da classe média, que os integrantes desse segmento social sairiam às ruas e tomariam para si as rédeas do movimento, transformando as manifestações em protestos contra o governo Dilma e contra a ameaça comunista. Por isso, reafirmo, que em 2013, as manifestações de junho despertaram de um longo sono a besta fascista que hoje volta às ruas de arma na cintura ameaçando o país com a perspectiva de mais um golpe militar. E agora José, eu pergunto à moça, o que fazer?

    Luís Carlos

    Como se o que aconteceu no Brasil não tivesse relação alguma com o que ocorria na Venezuela, Ucrânia, Tailândia, etc. Não me pareceram ser movimentos de “esquerda” naqueles países.

    Leo V

    Luis Carlos,

    o que ocorreu no Brasil só tem a ver com o que ocorreu em outros países nas teorias da conspiração e não nos fatos reais.

    Lutas contra aumentos de tarifas de ônibus nos mesmos moldes aconteciam há 10 anos no Brasil!!!! Inclusive com participação de militantes petistas!!!

Luís Carlos

O grupo de extrema direita não tolera democracia, não tolera diferenças. Fascismo. O grupo de extrema esquerda quer derrubar o Estado burguês e acredita que a democracia é um problema para isso. O problema de ambos? A democracia.
Na esquerda, este é debate dentro do PSOL. Correntes internas do PSOL defendem a derrubada do Estado burguês, pois com ele não haverá mudança significativa (revolução) e a democracia não é seria considerada. Outro grupo psolista defende neste momento diálogo e união das esquerdas, pois para eles a ameaça real da extrema direita, da intolerância e do fascismo já está aí. O “foda-se” que “não sabe como fazer” é parte disso.

    Mauro Assis

    E as discussões intestinas do PSOL tem relevância porque mesmo?

    Luís Carlos

    Porque Mauro, tive a impressão, e foi apenas uma impressão, de que o “foda-se” guarda alguma relação com isso, da mesma forma que o fascismo explícito da direita ultrarreacionária.

    abolicionista

    Muito democrática a atitude de desqualificar partidos, Mauro, é essa a direita que pede pra ser respeitada?

    Mauro Assis

    Eu não desqualifiquei ninguém, quem sou eu…
    Quem desqualifica o PSOL é o eleitorado brasileiro, que não lhe dá voto a despeito do espaço extraordinário que ele ocupa na mídia por causa de suas “bandeiras progressistas”.

    Que culpa tenho eu se povo adora o histrionismo da Luciana Genro na TV, mas no hora do voto prefere o Levir Fidelix?

leo

O que está acontecendo no Brasil? Agora basta devolver o dinheiro roubado para que a vida siga normalmente?

De uma forma muito bem orquestrada, e sempre visando à preservação da “Repúbrica” e de quem está no comando da União, estamos assistindo a um show de benevolências, com direito a delações premiadas e arrependimentos de dezenas de almas que estão prontas para ressarcir aos cofres públicos a quantia subtraída da Petrobras.

Da mesma forma que ocorreu no mensalão, não podemos banalizar a corrupção que se instalou na maior empresa brasileira, tampouco dar um ar de normalidade a toda essa sujeira. Não podemos permitir que mais uma vez o Lula venha a público, no exterior, dizer que os desvios na Petrobras são sistemáticos e que sempre ocorreram no Brasil, desde Getúlio Vargas. Não podemos permitir que mais uma vez a conivente e incompetente oposição, assim como ocorreu em 2005, blinde a Presidência da República com uma finalidade que até hoje não se explicou.

Para quem entende do assunto, esse monte de delações premiadas mais parece com o “ping da morte”: a qualquer momento o sistema pode entrar em colapso.

    Mário SF Alves

    “Para quem entende do assunto, esse monte de delações premiadas mais parece com o “ping da morte”: a qualquer momento o sistema pode entrar em colapso.”
    ___________________________
    O sistema em colapso? O único sistema que está sujeito a entrar em colapso é o capitalismo subdesenvolvimentista naZional; colapso este que [teoricamente] deveria ter ocorrido há bastante tempo, desde o fim da ditadura militar.

    ___________________________________
    Sua ideia lembra aquela de que se abrissem os HDs do D. Dantas/Mendes a República se esfacelaria.

    Na realidade, os HDs estão bem guardadinhos e aparentemente todos fechadinhos, e a República segue.

    O que não segue é o republicanismo, aliás, como sempre, desde os idos de 1989. Sobre isso, não à toa vimos e vemos tanto trambique, tanta sabotagem, tanta calúnia, tanta difamação, tanta prepotência e discurso estérico contra o que certamente seria e foi o resultado da última eleição presidencial.

SAMWISE

Golpismo se combate com ação política e apoio popular. O governo precisa atuar de forma pragmática no Congresso, para recompor sua base política. Mas não pode esquecer de recompor sua base popular, reconquistando a Classe C, especialmente a do Centro-Sul do país. Recomendo os textos abaixo, que fazem uma reflexão sobre o assunto:

http://reino-de-clio.com.br/Pensando%20BR2.html#

http://reino-de-clio.com.br/Pensando%20BR.html

Mariano

Armado por Toffoli e Gilmar, já está em curso o golpe do impeachment
ATUALIZADO EM 18/11/2014 – 00:42
Luis Nassif
Gilar e Toffoli planejam golpe do impeachment

Já entrou em operação o golpe do impeachment, articulado pelo Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Antonio Dias Toffoli em conluio com seu colega Gilmar Mendes. O desfecho será daqui a algumas semanas.

As etapas do golpe são as seguintes:

1. Na quinta-feira passada, dia 13, encerrou o mandato do Ministro Henrique Neves no TSE. Os ministros podem ser reconduzidos uma vez ao cargo. Presidente do TSE, Toffoli encaminhou uma lista tríplice à presidente Dilma Rousseff. Toffoli esperava que Neves fosse reconduzido ao cargo (http://tinyurl.com/pxpzg5y).

2. Dilma estava fora do país e a recondução não foi automática. Descontente com a não nomeação, 14 horas depois do vencimento do mandato de Neves, Toffoli redistribuiu seus processos. Dentre milhares de processos, os dois principais – referentes às contas de campanha de Dilma – foram distribuídos para Gilmar Mendes. Foi o primeiro cheiro de golpe. Entre 7 juízes do TSE, a probabilidade dos dois principais processos de Neves caírem com Gilmar é de 2 para 100. Há todos os sinais de um arranjo montado por Toffoli.

3. O Ministério Público Eleitoral, através do Procurador Eugênio Aragão, pronunciou-se contrário à redistribuição. Aragão inovou o artigo 16, parágrafo 8o do Regimento Interno do TSE, que determina que, em caso de vacância do Ministro efetivo, o encaminhamento dos processos será para o Ministro substituto da mesma classe. O prazo final para a prestação de contas será em 25 de novembro, havendo tempo para a indicação do substituto – que poderá ser o próprio Neves. Logo, “carece a decisão ora impugnada do requisito de urgência”.

4. Gilmar alegou que já se passavam trinta dias do final do mandato de Neves. Na verdade, Toffoli redistribuiu os processos apenas 14 horas depois de vencer o mandato.

5. A reação de Gilmar foi determinar que sua assessoria examine as contas do TSE e informe as diligências já requeridas nas ações de prestação de contas. Tudo isso para dificultar o pedido de redistribuição feito por Aragão.

Com o poder de investigar as contas, Gilmar poderá se aferrar a qualquer detalhe para impugná-las. Impugnando-as, não haverá diplomação de Dilma no dia 18 de dezembro.

O golpe final – já planejado – consistirá em trabalhar um curioso conceito de Caixa 1. Gilmar alegará que algum financiamento oficial de campanha, isto é Caixa 1, tem alguma relação com os recursos denunciados pela Operação Lava Jato. Aproveitará o enorme alarido em torno da Operação para consumar o golpe.

Nesse caso, automaticamente abre-se o processo de impeachment.

Toffoli foi indicado para o cargo pelo ex-presidente Lula. Até o episódio atual, arriscava-se a passar para a história como um dos mais despreparados Ministros do STF.

Durante a campanha, já tomara decisões polêmicas, que indicavam uma mudança de posição suspeita. Com a operação em curso, arrisca a entrar para a história de maneira mais depreciativa ainda.

Ontem, em jantar em homenagem ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, o ex-governador paulista Cláudio Lembo se dizia espantado com um discurso de Toffoli, durante o dia, no qual fizera elogios ao golpe de 64.

Se houver alguma ilegalidade na prestação de contas, que se cumpra a lei. A questão é que a operação armada por Toffoli e Gilmar está eivada de ilicitudes: é golpe.

Se não houver uma reação firme das cabeças legalistas do país, o golpe se consumará nas próximas semanas.

Imagens

vera silva

Gilmar você eh pai desses 50,4%. Devolva!

Eduardo Guimarães

Azenha,

meu velho, só não entendo o seguinte: ouço, no vídeo, que as “jornadas de junho” foram um momento de algo como discurso organizado, coerente etc. e tal – não sei se foram esses termos, mas foi nesse sentido.

Então pergunto: mas como se aquilo começou, já no dia 6 de junho, com atos violentos de manifestantes destruindo patrimônio público e privado, ateando incêndios, com correspondente violência desmesurada da PM, como é esperável de uma polícia feita para bater, quando não para matar.

Então, pelo que entendo, o extremismo de esquerda que foi às ruas em junho do ano passado – e que aceitou ter ao seu lado esses fascistas de direita, contanto que engrossassem o caldo – foi a mola propulsora de um extremismo que, até aquele junho, não existia no Brasil.

A esquerda, pois, não mostrou o caminho da rua à extrema direita?

A esta altura, porém, tanto faz. A esquerda que xingava o PT nas ruas já entendeu o que é que ela estava fomentando e está mais cuidadosa, ciente de que só o PT separa o Brasil da escuridão, das trevas da ditadura que essas manifestações do último sábado fazem lembrar.

Contudo, velho amigo – não esquecerei nunca de quanto já batalhamos lado a lado, sobretudo nos idos de 2006, 2007, 2008 -, não avaliar erros do passado é certeza de que se reproduzirão no futuro.

Cada dia, portanto, fica mais incompreensível atribuir qualquer coisa de bom ao processo de 2013. No futuro – e espero que isso jamais aconteça -, corremos o risco de os historiadores virem a classificar as “jornadas de junho” como berço de um regime virtualmente fascista que teria conflagrado um país até então ao menos conformado com a convivência entre ideias tão desiguais.

Oremos – ou, na falta de fé, torçamos – para que esses historiadores não concluam que, quando esquerda e direita disputam pela violência – primeiro por palavras, depois por atos -, a segunda sempre vence, o que poderá ter lhes ficado claro, nessa hipotética visão aterradora que terão de um passado – para eles, e futuro para nós – ainda improvável, mas jamais impossível.

Fico pensando se não seria melhor eu deixar pra lá quando vejo essas tentativas de reenergização das jornadas de junho, do papel que teriam tido – que jamais, para mim, fica claro. Porém, descubro uma razão para insistir.

Como já disse, temo que se não soubermos enxergar o que nos levou a isso, não enxergaremos muito mais. E no momento que vive o Brasil, o que mais precisamos e de olhos de ver.

Entendo que há boa intenção na esquerda que foi às ruas nas jornadas de junho, mas entendo também que houve ingenuidade a um ponto praticamente incompreensível.

Forte abraço, cara

    Alexis

    Correto, Eduardo.

Leo V

Há várias coisas interessantes no video.

Uma que merece ser ressaltada; o “Black Bloc pelo trabalhadores” ao final, na marcha da esquerda na luta contra o aumento da tarifa ano passado.

Lembremos que foram os governos (estaduais e federal) e os governistas (petistas) que criminalizaram os movimentos de esquerda que saíram às ruas em junho do ano passado. Eles criminalizaram os black blocs e outras organizações tanto quando a Veja.
Ou seja, ajudaram a limpar as ruas para a essa direita de agora.

“Toda vez que se reprimem os radicais num processo revolucionário, abre-se caminho para a restauração conservadora” Maurício Tragtenberg (1929-1998), livre-pensador (ex professor da Unicamp e FGV)

Leo V

Entre outras coisas, esse pequeno grande documentário traz pistas e ajuda a lançar hipóteses sobre o recuo de parte dessa direita no “pedido” de “intervenção militar”. Notórios defensores de golpe militar como Olavo de Carvalho mudaram o discurso. Uma hipótese muito plausível que surge de entrevistas no video com organizadoras direitistas é que intervenção militar não é algo que esteja num horizonte de curto prazo, e portanto seria uma bandeira nada pragmática. E o que parece é que chegaram a essa conclusão depois de terem batido no quartel e receberem a resposta de que não haverá intervenção. Quando digo “baterem no quartel”, quero dizer, tiveram conversas com altos escalões das forças armadas.
Ou seja, o recuo não seria por uma questão de princípios evidentemente, mas uma mera questão pragmática, conjuntural.

J.Carlos

VENDA DE VEÍCULOS EM NOVEMBRO ESTÁ ACIMA DA MÉDIA DE OUTUBRO

A média das vendas de veículos novos no Brasil em novembro está acima da registrada no mês passado, afirmou hoje o presidente da entidade que representa as montadoras do país, Anfavea.

“A média de vendas da primeira quinzena está muito acima das 13 mil unidades por dia que lutamos para conseguir em outubro”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan”.

Abelardo

A direita investiu na grande mídia até torná-la sua dependente e fiel escudeira. A direita holofotizou a Polícia Federal e tornou-a sua grande aliada. A direita espetacurizou o judiciário e conseguiu alguns seguidores. Não é à toa, que todos os que caíram nas redes dela estão sofrendo o amargo desprezo e a justa condenação imposta pela população, que repudia veementemente a covardia, a mentira, o abuso e o desprezo que ela mostra pela ética, pela honra e pela moralidade. A direita perde a razão, perde o equilíbrio, perde poder e perde mais uma vez a eleição. Então, inconformada com a rejeição e o desprestígio que experimenta, por sua própria culpa, incorpora o revanchismo antidemocrático e sai atirando para todos os lados, sem importar-se com quem está sendo atingido. Afinal, o que será da direita sem os frutos saborosos que o poder tanto desfrutou a tão poucos.

Fabio Passos

Estes fascistinhas repugnantes são cria do PiG.
É preciso democratizar democratizar a mídia e acabar com a máquina de idiotizar brasileiros.

Se queremos uma nação próspera, democrática e justa… é preciso tirar a boca do PiG das tetas do Estado e mandar trabalhar estes oligarcas vagabundos.

renato

Acho que a falta de água deve fazer isto.
Mas..em são Paulo, quem não bebe é pobre.

renato

Candidato…perdeu..
Perdeu…Candidato..
Eu não estou a fim de discutir
com esta gente, que não sabe nem o que fala.
Agora, se a DILMA levar um tiro, o filho do
Bolsonaro tem que no minimo pegar uma perpétua.
No mínimo.
Que, tipo de parlamentar é este..

Carlos Ribeiro

O MPL pariu esse monstro!

Danilo Morais

Incrível como o psicanalista consegue fazer uma leitura da realidade brasileira anos luz à frente de minha colega socióloga. Esta não consegue sair da idealização das manifestações de junho de 2013… Tais manifestações trouxeram sim elementos interessantes e transformativos para a cena pública, mas nelas também emergiu o proto-fascismo que está nas ruas, não dá para tapar o sol com a peneira, pois infelizmente este é o fato social mais preocupante do momento! Temos de analisar este dado de realidade e parar de emular as “jornadas de junho” como se fossem a 8a maravilha do mundo… Até pq, pensando não só na análise, mas sim na ação política, quem pode barrar o autoritarismo social nas ruas são movimentos e entidades que se entendem como de esquerda e se organizam para esta luta pela ampliação dos direitos e a democracia (como fizeram na semana passada o Levante Popular da Juventude, MTST, CUT, Consulta etc). Ou seja, bem longe do voluntarismo esquerdista que muitos acham que foi a “grande contribuição” das “jornadas de junho”.

    De Paula

    Sei não: aquelas manifestações de junho/julho de 1013, em tudo semelhantes às que ocorriam quase simultaneamente, na Turquia, na Venezuela e em outros países com idênticas personagens, seguindo idêntico modus operandi, em tudo se assemelhava a uma franquia. Pergunta que não quer calar: De onde provinha o receituário e com que propósitos?

    Leonardo

    Da CIA, meu caro!… Tens dúvida? Ou também achas que o avião de Eduardo Campos caiu por si só? Faz-me rir… ou chorar! Eduardo Campos foi assassinado ou a mando da CIA ou por alguma entidade ligada a seus interesses. Todas essas “jornadas” “espontâneas” são gestadas, vitaminadas e executadas pela CIA. É o petróleo, estúpido!

    Mário SF Alves

    Sua colega socióloga… humm… compreendo sua ressalva, Danilo. Até porque fica evidente… E não é a primeira vez que, a exemplo deste depoimento, me preocupo com certa inclinação politicamente estranha da parte de gente da FGV.

    Será que a referida socióloga não consegue estabelecer correlação entre junho/2013 e a dita primavera árabe? Será que ela faz ideia do que aconteceu, de como aconteceu e o que acontece hoje na Ucrânia? Será que ela faz ideia do que ocorreu no Egito?

    Será que ela faz ideia de quais objetivos estiveram e estão em jogo em todas essas disputas localizadas de poder, especialmente na Ucrânia, na Venezuela, no Afeganistão, na Líbia e na Síria? Disputas essas que podem estar situados muito além das aparências, e que na realidade podem estar sendo usadas em nome da velha obsessão norte-americana de pretensa hegemonia mundial?

    Será que ela não consegue enxergar essa puras e inocentes primaveras, entre as quais o ensaio ocorrido no Brasil no ano passado e que talvez já possamos chamar de “primavera árabe-tupiniquim” como elemento de desestabilização política e estratégia de dominação?

    Será que ela faz ideia do porquê da descarada e prepotente sabotagem “política” da Copa de 2014? Será que ela faz ideia de quais forças e quais interesses historicamente sempre estiveram e estão por trás de tudo isso?

    Se não, sinto admitir, creio que estamos diante de mais um “intelectual” que politicamente não enxerga um palmo à frente do nariz. E, de fato, de típica adepta do foda-se.

Laura

Só sei que não aguento mais TODO DIA esse show mIdiatico sobre corrupção.
NÃO AGUENTO MAIS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Sertão/PE

A veja tem que representar este camarão, só tem merda na cabeça.

Leo V

Muito bom o doc.

Yule Cristina

Claro que a Veja te representa, se ela não te representasse você não estaria ai, você viu alguém com pelo menos dois neurônios participando dessa patacoada? A Veja representa todas as amebas.

    Mário SF Alves

    No contexto dado, ameba passa a ser sinônimo de politicamente medíocre, assim como amebismo de mediocridade política.

    Em tempo:

    A velha mídia comercial/cavalo de troia, velha porque já anda caindo de podre e cavalo de troia porque foi plantada pelos USA após o golpe de 64, bem como alguns intelectuais de meia pataca, plantaram essa metralhadora no cérebro dos politicamente medíocres. Deu nisso: estão atirando adoidado. Imaginam que o inimigo é o PT; por isso vão acabar pernetas de tanto tiro no pé. Porém, quando a poeira abaixar pode não sobrar nada. Nem a referida mediocridade.

Ari

Só não entendi a relação entre os golpistas e o sanitarismo.

    Mário SF Alves

    Humm… deixa ver. Não seria uma referência à solução final praticada pelo nazismo que exterminou 6 milhões de judeus?
    _______________________

    Solução final ou solução final da questão judaica (do alemão Endlösung der Judenfrage) refere-se ao plano nazista de remover a população judia de todos os territórios ocupados pela Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial.

    A expressão aparece em uma carta do general das SS Reinhard Heydrich ao diplomata Martin Luther, do Ministério do Exterior alemão. Na carta, Heydrich solicita a participação do Ministério na implementação da “solução final para a questão judaica”, ou seja, remover os judeus dos territórios ocupados pela Alemanha, conforme fora decidido pelas lideranças nazistas. Anexa à carta estava a ata da conferência de Wannsee, na qual havia sido anunciado que Heydrich seria o principal responsável pelo cumprimento daquela decisão.

    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Solu%C3%A7%C3%A3o_final

    Luís Carlos

    Ari
    Não se trata de sanitarismo, mas de higienismo. O higienismos se significa no contexto citado pelo Mário F Alves, acima.

Roberto L.

A matéria foi boa mas foi lamentável a fala final de uma mulher atacando novamente o PT com aquela cartilha sectária batida do PSOL e demais grupos radicais de esquerda ignorando que as marchas de 2013 foram proeminentemente reacionárias. Sim, o próprio discurso confuso moralista é tipicamente reacionário, pra quem ainda se ilude com o “caráter revolucionário” daquele entulho Marcha da Família 2 versão 2013.

Enquanto na esquerda houver gente com a mulher do final do vídeo (“aquilo foi um foda-se” e continua ignorando os ataques da direita ao PT, independente de seus erros), será disso pra pior.

Esse pessoal ajudou a eleger o congresso mais reacionário desde 1964, ajudaram a tirar os fascistas da toca e não aprenderam nada com a polarização e radicalização da última eleição? A brincadeira uma hora desanda, lembrem-se de 1964. Agora não haverá golpe via tanques, será golpe branco, colocam um civil no lugar como no Paraguai ou Honduras e não somos um país insigficante do ponto de vista mundial, qualquer mudança à direita no Brasil digam adeus aos governos progressistas no resto da América do Sul e afins.

Julio Silveira

É dessa má cultura que sempre falei contra, infelizmente o PT oposição era contra depois de virado governo assimilou os péssimos hábitos padrão de “nosso” congresso. Habito que virou piada e consagrou humoristas com personagens do tipo Justo Veríssimo, João Plenário, dentre outros. Esse podridão é antiga e fez a alegria e fortuna de muitos criminosos travestidos de deputados.

O Mar da Silva

Traduzindo: as empreiteiras são ‘grandes’ demais para terem seus executivos presos. Ou ainda, se a fonte secar, a reforma política pode ser feita pela justiça.

Urbano

Como se bater no peito e dizer que é cretino…

JorgeSP

em 2013 começaram agredir o PT nas passeatas.
depois puseram para correr todos os partidos de esquerda.
somente os tolos acham que será diferente em 2015.

Fernando Lopes

Até que enfim falou o nome das empreiteiras…
Mas são só essas? E elas estão envolvidas só na Petrobrás?
E o esquema das “pedras” coordenado pelo sicepot-MG quem vai ter coragem de investigar??

Lidia: 50,4%

Obrigado viomundo, ganhei o Dia. 50,4% A MAIORIA da Câmara financiada pelas empreiteiras da operação Lava a Jato. Alguém dúvida que precisamos de reforma política?

ramon barros lopes

Não da pra confundir o dinheiro doado pelas empreiteiras com dinheiro fruto de corrupção. Nem todo dinheiro arrecadado pelas construtoras e empreiteiras e ilícito já que recebem pela contraprestacao das obras que realizam. Estranho e não ver na mídia nenhum questionamento sobre a Lei 8.666 das licitações aprovada no governo FHC e tida como uma lei moralizante que acabaria com o processo dos 10 % da propina. O que aconteceu? A lei faz tantas exigências para habilitar as empresas concorrentes que praticamente dirigem as licitações para as 9 grandes empreiteiras brasileiras. Ótimo é o argumento de defesa dos advogados de algumas empresas…eram coagidos a dar dinheiro para ganhar muito dinheiro…só pode ser brincadeira…as empreiteiras não oferecem propina pra conseguir obter as obras em licitação e sim para rever os preços previamente acordados e licitados. O que fazer? A chamada lei das licitações é o ponto inicial que permitiu os cartéis dessas e outras empresas que operam na esfera dos três entes federativos…quandko as polícias civis dos governos estaduais vão começa a investigar as licitações desses governos… Aí sim não fica pedra sobre pedra. E a mídia não levanta nenhuma suspeita sobre as empreiteiras …quer dizer que esse loby de propinas só ocorre na Petrobrás ..?? Entendi!! Sociedade hipócrita tem a mídia que merece….pautada pela mídia…só está acontecendo o que a mídia revela…a corrupção só acontece na Petrobrás …entendi…!!

Murilo

Cadê os blequibloquis, ein?! Por que será que eles não estão aí?

    Érico

    Os Caras do PSDB deixam os vândalos em casa, quando querem tentar o golpe de estado.

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