Marilene Felinto a Xico Sá: Escrever para a Folha não enobrece ninguém

Tempo de leitura: 7 min

folha

Escrever para a Folha de S. Paulo não enobrece ninguém

E rompi com aquela gente. E prefiro hoje morrer de fome a ter que escrever uma linha que seja de autoria minha pra essa mídia golpista. Chico, certamente hoje você é uma pessoa melhor do que ontem. Transcrevo aqui o texto da “coluna” que foi o estopim do meu pedido de demissão naquela época

15/10/2014

Por Marilene Felinto*, no Brasil de Fato

Carta a Chico Sá

Ou carta à presidenta Dilma Rousseff

Pelo contrário, Chico. Mancha o nome da pessoa. Agora que você se demitiu desse jornal, por não poder expor sua opção política pela candidatura Dilma, vamos conversar.

Aconteceu comigo também em 2002, quando da primeira eleição do Lula à presidência.

Quanto tempo faz? Eu também era o que se chamava de “colunista” de opinião do caderno Cotidiano.

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Quanto tempo faz? Mas, veja: a história não se repete agora nem como tragédia nem como farsa. A história se repete como descaramento, como safadeza mesmo, hipocrisia dessa mídia golpista.

Aconteceu também, há poucos anos, com Maria Rita Kehl, não foi? Se não me engano, no jornal O Estado de S. Paulo.

Os dois “veículos de comunicação” pactuam de novo o complô censor e golpista. Lá no meu caso, em 2002, a coisa teve menos repercussão porque, afinal, não sou tão importante quanto você e Maria Rita.

Além do que, você também é da TV, não? Um cara pop. Aparece muito mais, e tal. E Rita é uma personalidade intelectual do mais alto nível (além de loira, o que, já de cara, dá muito mais repercussão aqui no Sudeste racista!).

Olha, eu até queria que essa carta tivesse um pouco de repercussão (queria que chegasse na presidenta!). Mas vai ser mínima, cara.

Talvez circule um pouco pelas redes sociais, minimamente, porque eu não me publico mais nem me divulgo.

Então, não tenho repercussão nenhuma! E, agora, que não temos mais, nem você nem eu, a tribuna de um jornal tipo FSP, imagine, quem vai ler essa carta? (Gargalhe!). Kkkkkkkkkkkkk!

Quem se importa, afinal, com essa “mer…” dessa Folha de S. Paulo? Quem precisa dessa “bos…” pra escrever ou publicar algo?

Peço desculpas pelos palavrões, mas eu não aguento não.

Como jornalismo é um mundo baixo, do qual me lembro com enjoo ainda hoje, evoca palavrões na minha fala.

Cara, nem sei porque escrevo pra você essa carta, se mal nos conhecemos. Falei com você umas três vezes na vida, talvez.

E isso não é uma carta de solidariedade, não. Ninguém precisa de solidariedade porque deixou de escrever nesse jornal.

Escrevo talvez porque me deu uma enorme vontade de gargalhar quando soube que o caso se passa agora também com você. Gargalhar por causa da importância que ainda se dá a esse jornal e a outros, e à Rede Globo e às redes todas da mídia golpista.

Cara, é muita gente querendo ainda escrever na Folha, aparecer na Folha, no Globo, na Globo, na pqp!

É de intelectual a artista e político! É de secretário de governo a ministro, a prefeito e a assessor disso e daquilo!

É por essas e outras que essa cambada de golpistas age como se fossem eles os donos do mundo, impunes que se sentem, protegidos pelo interesse econômico que representam!

Chamei esse texto aqui de “ou carta à presidenta Dilma” porque minha vontade era fazer chegar à presidenta um recado torto, e ao Lula também: gente, entendam de uma vez por todas que é preciso regular essa mídia brasileira!

Que já demorou demais, que é pura covardia não peitar essa cambada de irresponsáveis. Demorou, presidenta! Presidenta Dilma Rousseff, é preciso garantir as liberdades comunicativas no país, é preciso pluralismo, democratização da mídia, liberdade de expressão!

São 12 anos de acovardamento do PT! E eu sou petista, sim, desde sempre, desde então.

Lula e você, Dilma, são ídolos meus! E olha que eu quase não tenho ídolos! Só Graciliano Ramos depois de vocês! Ou antes, melhor dizendo!

Chico. Escrever pra Folha de São Paulo não enobrece ninguém. Não traz renome. Pelo contrário: a pessoa chafurda ali na lama daquelas vaidades, das pequenas trapaças, das intrigas internas, das grandes e perigosas manipulações da informação.

Aquilo é um mundo baixo, do qual me lembro com enjoo ainda hoje.

E carrego pecha ainda maior: de ter sido amiga do dono, um erro de cálculo provocado pela cegueira e pela vaidade da juventude.

Sempre fui péssima nas matemáticas da vida. Sempre só soube direito português, que não serve pra nada, afinal.

Chico. Em 2001, me chamaram por telefone lá daquele jornal, para dizer também que eu tinha feito “proselitismo político” pró Lula, e que o jornal, neutro (Gargalhe! Que fazia campanha aberta pro Serra), não aceitava aquilo. Gargalhemos novamente. E que, portanto, tudo o que eu escrevesse dali por diante passaria, antes de ser publicado, pelo escrutínio da “direção de redação”.

E que, além disso, meu texto sairia apenas de 15 em 15 dias e não mais semanalmente como era. E que, portanto, meu salário também seria cortado pela metade!

Fiquei pasma! Pela ousadia da tal “direção de redação” chegar para uma pessoa e dizer uma barbárie dessa! E impor uma censura assim, descaradamente, presidenta! Censura é isto!

Cadê a liberdade de expressão que eles exigem da senhora? Arrumei a trouxa e fui-me embora daquela “mer…”, com perdão da palavra.

Do lado de lá, a “direção de redação” também pasmou quando percebeu que eu, de fato, decidira largar aquilo de uma vez por todas depois de 12 anos!

Devem ter achado que eu, por ser negra e pobre, dependente daqueles honorários de “mer…” que me pagavam, cederia a tamanha humilhação!

Tentaram reverter, tentaram me convencer a ficar, dizendo que voltavam atrás nas condições, nos salários, talvez na “p…” da censura.

Não cedi não. E rompi com aquela gente. E prefiro hoje morrer de fome a ter que escrever uma linha que seja de autoria minha pra essa mídia golpista.

Chico, certamente hoje você é uma pessoa melhor do que ontem. Transcrevo aqui o texto da “coluna” que foi o estopim do meu pedido de demissão naquela época (com o Lula já eleito, ao menos isso, graças a Deus, que eles não engolem até hoje!).

Dedico de novo o texto ao ex-presidente Lula, a minha candidata à reeleição, Dilma Rousseff, e… a um terceiro ídolo, que eu lembrei que tenho: Marilena Chaui.

A você, agradeço a oportunidade de tocar no assunto, com palavrão e tudo, como eu queria. Um abraço.

(*) Marilene Felinto, 56, é escritora e tradutora, autora do romance As Mulheres de Tijucopapo (1982), pelo qual recebeu o Prêmio Jabuti na categoria Revelação de Autor, entre outros livros. Trabalhou na imprensa de 1989 a 2006, na Folha de S. Paulo, Revista Caros Amigos, entre outras publicações.

*****

É proibido comemorar

Marilene Felinto

[Texto escrito em 29/10/2002, quando da primeira eleição do Lula à presidência da República. Publicado na Folha de S. Paulo]

É proibido comemorar, mas eu vou comemorar: por minha tia Irene, pelo menos, que também perdeu parte de um dedo na máquina da fábrica de tecidos em Paulista (Grande Recife), nos anos 50. Paulista, Caetés, Buíque, está tudo ali, naquelas vilas perdidas do interior do país, onde tudo foi sempre seco, matuto, duro e difícil. Buíque (PE), vilarejo muito perto de Caetés (onde nasceu o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva), é onde o escritor Graciliano Ramos passou parte de sua infância, ele que nasceu em 1892 em Quebrangulo (Alagoas), no mesmo 27 de outubro que Lula.

E ele, Graciliano, que escreveu um romance chamado “Caetés” (1933) e outro chamado “São Bernardo” (1934), nome da cidade São Bernardo do Campo, onde o operário virou líder sindical. Está tudo ali. Está tudo aí, fazendo história universal, quase irreal, quase fictícia de tão surpreendente.

É proibido comemorar, mas eu vou comemorar: comemorar não uma pessoa, mas uma idéia, um símbolo. O povo elegeu sua própria cara mais profunda pela primeira vez. Isso é bom para a auto-estima do povo. Quem já experimentou o preconceito sabe — a discriminação por origem social, tão típica da estrutura da sociedade brasileira. É mais do que saudável que o poder mude de mãos: especialmente num país sempre dominado por uma elite sem nenhuma simpatia humana, de uma perversidade e de um egoísmo sem par no mundo.

É proibido comemorar, mas eu vou comemorar: ao menos pela menina “Te”, de quatro anos de idade, que conheci num casebre de taipa em Cruzeiro do Nordeste (município de Sertânia, a 350 km de Recife) em 2001. “Te” era o apelido dela que não tinha nome ainda, não tinha certidão de nascimento, não tinha nacionalidade, não tinha país, não existia para o Brasil e seu censo. Não merecia nenhuma simpatia humana da parte desses governantes insensíveis, eruditos urbanos empertigados ou usineiros exploradores.

“Te” estava doente, eu acho. Não parava de chorar quando a conheci, a não-sei-que-nascimento na fila de uma carrada de sete filhos de um casal analfabeto, que passava o mês todo com os R$ 80 que o chefe da família então ganhava carregando estrume para fazendeiros da região. “Te” era apenas esse monossílabo, seminua, suja, talvez faminta chorando no meio da casa.

Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU: “Artigo 21 — 1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país, diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.”

É proibido comemorar, mas eu vou comemorar: por um raio de esperança ao menos para essas tragédias nordestinas, a de “Te”, a de Lula, a de Irene (que morreu alcoólatra e empregada doméstica a um salário mínimo mensal), a minha mesma. Se eu fosse dez anos mais velha, talvez tivesse vindo para São Paulo sacolejando na mesma boléia de um pau-de-arara. Vim 15 anos depois de Lula, mas de ônibus, da viação São Geraldo ou Itapemirim, não me lembro. Tive mais sorte, vim na poltrona já estofada do ônibus, numa viagem que durou quatro dias, ao invés de 13. Tive mais sorte, fiz curso superior.

É proibido comemorar porque jornalistas não comemoram, criticam. Mas cada coisa a seu tempo. Não faltarão críticas. Mais do que isso: há fascistas e neo-fascistas à espreita país afora. Farão de tudo para aterrorizar e destruir.

No momento, comemoro, faço do português o inglês (para o mundo entender) que me ensinaram por sorte na universidade — e digo como a atriz Marilyn Monroe disse ao presidente Kennedy, num dia de aniversário: “Happy birthday, Mr. President!”, pelos mais de 50 milhões de votos.

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Comentários

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Ana Maria

Marilene, que falta você faz com sua opinião sobre os acontecimentos!
Que vontade de ler escritos seus! Você punha palavras no nosso pensamento e sentimentos… e com que clareza e verdade.

cicero de lima e sousa

Tinha que ser nordestina para adotar essa postura. Barabens.

martha silva

Cara Marilene, o seu desabafo foi muito importante.

Ozeias Laurentino

Emocionante, olhos molhados.Temos que enfrentar e derrotar esse PIG, e principlamente a GLOBO A TV CRIADA PARA APOIAR O GOLPE CIVIL MILITAR DE 64, QUE TRABALHA CONTRA BRASIL E A DEMPCRACIA.

Ernesto Camelo

Brava Marilene, o sábio povo de Sertânea deu a Dilma 64,25% dos votos no primeiro turno e somente 6,15% para o adversário deste segundo turno. O reconhecimento e a gratidão pelo que foi feito nestes 12 anos. “Te” deve ter hoje 16, 17 anos. Quem sabe a dignidade e cidadania tenham chegado até ela pelas mãos de Lula e Dilma. É por eles que lutamos, dia após dia, na defesa do projeto de inclusão dos desvalidos. Que no próximo dia 27 você possa, mais uma vez, festejar a vitória. Parabéns pela sua dignidade, infelizmente tão rara no seu meio profissional. A recompensa está na preservação da sua consciência.

Gilvan Alves Franco

Parabéns MARILENE FELINTO. Sempre lhe admirei como escritora e agora, ainda mais, pelo seu posicionamento político. Sou Procurador de Justiça e sofro em ver esses jornalistas vendendo a própria alma para sustentar uma imprensa reacionária e golpista da direita que visa derrubar um governo porque ele é voltado para os mais pobres, que é a maioria esmagadora deste País. Voto na Dilma por ser ela honesta e por defender um projeto que atende as classes menos favorecidas. Meus parabéns.

Da Silva

Marilene Filinto, saudades dos seus artigos na revista Caros Amigos.
Sem uma Reforma Política e da Mídia o Brasil trava. Viva DILMA 13!

FrancoAtirador

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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O FASCISMO BOTOU AS GARRAS DE FORA

Por Izaías Almada, no Blog do Miro

O Fascismo brasileiro botou as garras de fora.
Parte da Oposição brasileira transformou a atual Campanha Presidencial
numa Espécie de Filme de Faroeste onde a Lei é Matar ou Morrer.

A Postura do seu Candidato, seu Discurso e suas Atitudes,
alguns dos Apoios Recebidos, o Incentivo ao Preconceito e ao Racismo,
o Uso Seletivo de Frases de Bandidos com Delação Premiada,
tudo isso vai Desaguar num Mar de Lama que,
freudianamente, Procura Imputar aos seus Adversários.

Qualquer Aluno do Primeiro Ano de Psicologia Mata a Charada.

Deixando de lado o fator ‘briga de torcidas’
tão comum em disputas eleitorais,
e levando-se em conta os Crimes até aqui Praticados
por boa parte da Imprensa brasileira,
como a Divulgação de Pesquisas Manipuladas
e das tais delações premiadas seletivas
Contra o Governo e o Partido dos Trabalhadores,

penso que é Dever de Todo Cidadão Brasileiro Consciente
Lutar até o Fechar das Urnas no próximo dia 26
pela Vitória da Presidente Dilma Rousseff.

Repito: deixar que Marginais tentem Influir
no Resultado das Eleições – e por Marginais
não me refiro apenas ao ex-diretor da Petrobrás
Paulo Roberto e ao doleiro Youssef –
é uma Temeridade e uma Prática Política
que o País tem que Enfrentar e Derrotar.

A atual Oposição e seus Cães de Guarda
estejam eles nos Partidos Políticos,
nas Redações Jornalísticas
ou mesmo em algumas Cloacas Judiciárias,
está Abusando da Liberdade de que Desfruta
e Apelando para os mais Variados Golpes de Sordidez.

Uma Oposição, essa sim, que começa a Rachar o País ao Meio:
Preconceituosa, Arrogante, Antidemocrática.

Já é possível, como afirmo na abertura do artigo,
identificar algum Comportamento Fascista ou mesmo Nazista
de alguns de seus Integrantes que Atacam nas Ruas
Simpatizantes da Candidatura de Dilma Rousseff.

À medida que os dias avançam e nos aproximamos do domingo 26
sentimos a corda esticar e o nervosismo espalhar-se pelos poros da Nação,
pois desta vez não se trata apenas de ter o Eleitor
de se Identificar com esse[a] ou aquele[a] Candidat@,
com esta ou aquela Ideia. Ou Proposta.

Há mais do que isto, pois, mesmo em Termos Embrionários e Imaturos
de uma Consciência Política ainda Difusa, vai se impondo
imperceptivelmente para muitos, à Direita e à Esquerda,
as Mudanças e Melhorias dos Últimos Doze Anos.

E toda Mudança, mesmo que Suave, causa o Enfrentamento entre
os que Acreditam nela e os que Tentam Desacreditá-la ou Negá-la.

A propósito, tenho lido aqui e ali alguns artigos de “Apoios Envergonhados”
a Dilma Rousseff com a já Velha Cantilena do Purismo Ideológico,
esse mesmo Purismo que transforma Partidos em Agrupamentos
de Pouquíssima Representatividade no Conjunto da Sociedade Brasileira.

São os Especialistas em Coisa Nenhuma,
os “Voyeurs” Acima do Bem e do Mal,
que Arrotam uma Cultura Livresca
com Citações ao Pé de Página
que jamais entenderam, mas que soa bem
para uma Elite para quem a Cultura
“é ser Segurança no Programa do Gugu”.

Quem explora o Ódio e o Preconceito
corre o Risco de se Tornar Vítima
desses Sentimentos mais Cedo ou mais Tarde.

A Direita brasileira [sic],
na Falta do que Propor para o País,
está abrindo as Comportas de um Fanatismo
alicerçado em Bandeiras
que já espalharam muita Dor pelo Mundo.

Os anos Lula e Dilma criaram um Projeto para o País,
um Projeto que Confirma a nossa Soberania, o nosso Desenvolvimento,
a nossa Solidariedade a Países mais Pobres, o nosso Desejo de Paz
com nossos Vizinhos e em todo o Planeta.

Estabelece o Combate à Desigualdade entre os Cidadãos
e cria Estruturas de Acesso à Educação.
Sem esquecer os pormenores de outras Questões Relevantes,
é disso que se trata a Reeleição da Presidente Dilma Rousseff.

Sobre o candidato Neves, o que se pode dizer é o seguinte:
quando a Hipocrisia Ultrapassa os Limites da sua Própria Natureza
já se trata de uma Questão de Internamento.
E a Cadeira do Palácio do Planalto
não é necessariamente um Divã de Psiquiatria.

O Brasil Não Merece Essa Desgraça.

Dia 26 o Brasil Será Duas Vezes 13!

Duas Vezes Dilma!

(http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/10/o-fascismo-botou-as-garras-de-fora.html#more)
.
.

marco

Parabéns pelo texto.Gostaria também,de dar pitacos ao respeito de JORNALISMO.Eu acho que o jornalismo,nos moldes de como é feito,não vale muito a pona faze-lo.Uma das razoes,é que o jornalista tem que,além de submeter-se às censuras impostas pelo estado,também tem que conviver com às impostas pelos patrões,que sempre,são partícipes do grupo do CAPITAL.Além do fato que,no exercício do jornalismo,não existir o princípio da interlocução e por isso,o contraditório não é exercido e exercitado,tem o jornalismo,prerrogativas que nenhuma outra categoria social tem,qual seja,a prerrogativa de poder esconder suas fontes de informação.Isto propicía para qualquer canalha,no exercício da atividade,FABRICAR MENTIRAS ao seu bel prazer,e isto faz com que a profissão,se exercida por pessoas de caráter,se vejam misturadas com essa,que por exemplo,trabalham nos jornais do Brasil e noutros lugares,sempre tendo que se submeter às prédicas de seus editores e patrões.E trabalham eses profissionais,com informação,e podem fazer dela o que querem.Exemplos históricos estão ai,pra que não me deixem mentir.u,como leigo,tenho mêdo de JORNALISTAS,pois temo que editem o que falo,e para isso não ocorrer,nas rarissims ocasiões que algum deles me abordou,para dizer qualquer coisa,sempre aleguei,ser surdo-mudo.Tenho muito medo de ser EDITADO.Editar pra mim,é semelhante a mentir.E desconheço jornal que não edite.Contudo quero parabenizar os autores da linda matéria.

Marat

Parabéns, Marilene!
Parabéns, Chico!
Ainda há pessoas dignas naquele meio (cada vez menos, é verdade) sórdido!

José Aparecido de Goes Garção

se ainda nos resta um pouco de dignidade…tomem Marilene Felinto e Xico Sá!
Belíssimo Texto!

Benedito

Obrigado, Marilene! Me emocionou em 2002. E acaba de me emocionar, de novo!

Guilherme Giannelli

Marilene, saiba que aquele teu texto de 2002 foi o melhor texto que li naquela ocasião, me emocionou muito, tanto assim que imprimi e guardei numa pasta onde tenho textos que julgo excepcionais. Gde abç.

Manoel Coelho

Olá Marilene!

Você lava a alma da gente. Obrigado!

Leonidas Mendes Filho

Cara Marilene…

voce me chamou a atenção: faz 12 anos que não leio a FSP (exatamente em solidariedade a ti!) Quanto tempo! Também me sinto uma pessoa melhor hoje, ainda que sinta a falta do Jânio de Freitas: às vezes, me pergunto como ele suporta aquele ambiente fétido!
Quanto à Globo, concordo contigo duplamente: primeiro quanto à covardia do PT (e também sou petista) – não podíamos ter nos acovardado! Segundo quanto a sua natureza malévola, fascista, anti-povo, anti-brasilidade, anti-brasílica: minha decisão foi radical – meus filhos são proibidos de assisti-la, sob qualquer justificativa (tenho uma mocinha de 17 anos; e um rapazinho de 5 – este jamais a viu, eu simplesmente bloqueie o canal da repetidora local) – quero que eles sejam honestos, decentes, corretos, que não “aceitem qualquer sacanagem ser coisa normal”,respeitem aos mais velhos, sejam tolerantes com as diferenças, enfim, sejam cidadãos… E tenho conseguido! Insto todos os pais a fazerem essa experiência e verificarem se seus filhos não ficarão ainda melhores!

Leonidas Mendes Filho
(Parauapebas/PA: historiador, educador, professor, bacharel em Direito, “paraíba” – abaixo a elite paulista! VIVA o POVO BRASILEIRO! DILMA PRESIDENTE!)

    Lukas

    Um proto-ditador…rs

    Lagrange

    Um proto-zoário.

Bacellar

Tirante o fato de que o primeiro compromisso de qualquer ser humano é com o seu estômago, atitudes como a do Xico e da Marilene são sempre louváveis. São pessoas respeitáveis que dão alguma credibilidade aos veículos partidários como a Folha. Se todos tivessem tal atitude não sobraria nada na grande imprensa que minguaria por incompetência generalizada e descrédito total

Carlos N Mendes

Parabéns pela lucidez, Marilene. Parabéns pelo ‘foda-se’ à Folha, coisa que eu adoraria tanto poder fazer. E parabéns principalmente por ter percebido essa fantástica premonição de Graciliano, impressionante… Sua carta a Chico Sá vale pela frase: Cadê a liberdade de expressão que eles exigem da senhora? Hipócritas, cínicos e fariseus. Um ex-colega está postando 60 links diários da Folha, pois todos eles servem de arma contra o PT. Neutros o caralho! Desculpe o palavrão, ser educado não exprimiria a realidade de forma adequada. Um abraço, a luta continua.

Edgar Rocha

Que maravilha! Livrar-se de um peso como este nas costas (trabalhar num local execrável) é como ressuscitar dos mortos. Parabéns pelas convicções. Só não deixe de cobrar a mesma liberdade e as mesmas convicções daqueles que você apoia. Fez muito bem em questionar a lambuja dada pelo Governo Federal durante todos estes anos à mídia golpista. Acrescento que em outros setores também têm surgido enormes contradições no Governo. É bom olhar o material pelo qual foram feitos os pés dos ídolos que você cultua. Tais ídolos podem até ser justificados mas, tenha em mente que não são perfeitos. Apoiá-los é digno e necessário. Mas, em caso de contradição ou relutância, pendure-os de cabeça pra baixo numa vasilha com água. Funciona com Santo Antonio.

    Lukas

    Verdade, imagine como ficará leve quando se livrar da Globo e do Sportv?

Lukas

Marilene, se estiver com saudades do Xico, assista-o às quinta-feiras no programa AMOR E SEXO da Rede Globo. Já o programa EXTRA-ORDINÁRIOS, que ele co-apresenta no SPORTV, me parece que vai ao ar aos domingos as 22:00.

    Carlos Augusto Soares

    Xico Sá não se vendeu à Folha… Mas se alugou à Globo!!!

    Ele está muito mais “nobre” agora…

    ps: Conceição, ontem vc disse q iria ver com o seu pessoal técnico o q estava acontecendo com os meus comentários q não estavam sendo publicados… Pois aconteceu novamente! Ainda bem q não é censura…

Anna Ferreira de Souza

Marilene Felinto! Quanta sabedoria, meu Deus!
Linda sua carta para Chico Sá. E, (fugindo do seu corretíssimo Português) eu digo, como orgulhosa NORDESTINA: Eita jornalistas arretados, vixe Nossa Senhora!!!
Em tempo: amei os palavrões. rsrsrsrsrss

Sergio Pestana

A MARILENE como sempre maravilhosa e brilhante. Tão juntos e misturados, como diz meu neto João Pedro. Bis.

    Lagrange

    Um proto-zoário.

    Luiz A. Fonseca

    Você : um proto-fascista?

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