Tijolaço: “Efeito-mídia” não tira ponto de Dilma no Datafolha

Tempo de leitura: 3 min

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datafmarina

“Efeito-mídia” não tira um ponto de Dilma. Isto é o sólido na pesquisa Datafolha

por Fernando Brito, no Tijolaço

O monstruoso volume de mídia  gerado pela morte trágica de Eduardo Campos, apresentado como um semi-deus sacrificado  e tendo Marina como sua ungida sucessora ia, como é natural, alçar a candidatura da ex-verde aos níveis que a pesquisa Datafolha lhe dá.

Não apenas Marina Silva é personagem conhecida, sempre glamourizada pelos meios de comunicação como, é obvio, tem umrecall de sua candidatura anterior.

Ainda mais em uma coleta de dados feita nos dois dias seguintes à tragédia, com as tevês transmitindo ininterruptamente o clima de comoção.

O que é significativo, na pesquisa, porém, é que isso não teve o poder de tirar sequer um ponto nas intenções de voto de Dilma Rousseff, cujo eleitorado – mais pobre, menos instruído e mais periférico que o de Aécio Neves – estaria, em tese, mais sujeito ao bombardeio de mídia.

Ao contrário, as declarações de voto espontâneas dela sobem ( 24 para 26%) e seus números de segundo turno ficam nos mesmos patamares que tinham na pesquisa anterior, até um pouco mais altos do que antes, em relação a Aécio. O que se mostra é que os eleitores de Aécio votam em peso  em Marina ou em qualquer um contra Dilma. Não chega a ser novidade.

O que o Datafolha tenta nos convencer é de que todas as pessoas Marina capturou todos os votos das pessoas que estavam indecisas ou que iriam anular o voto e, agora, com a sua presença, sentem-se de novo motivadas a escolher um candidato.

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Esta parcela dos eleitores, que somaria 27%, agora estaria reduzida a 17%, com todos os 10% que mudaram escolhendo Marina.

Que, de quebra, ainda leva o 1% de votos que tinham, cada um, Luciana Genro (PSOL), de Rui Costa Pimenta (Partido Comunista Operário) e do Ei-Ei-Eymael.

Aliás, os três, coitados, são os únicos que perdem votos no Datafolha.

Desde o dia em que se anunciou esta pesquisa de alto índice de insensatez, com os despojos do candidato morto ainda na cena do acidente,  diz-se aqui que seu valor científico é zero, a não ser para retratar o que uma avalanche de mídia mórbida.

A crer-se, com boa vontade, que não houve uso da “reserva técnica” representada pelo “não-voto”, o que se prova, apenas, é o limite de manipulação da opinião pública pela mídia.

Foi  incapaz de mover um voto sequer daqueles que, ao lado do governo ou da oposição de direita, haviam tomado partido.

E capaz, se tanto, de mexer com uma parcela de 10% dos brasileiros menos definidos politicamente.

Desde ontem, porém, cessaram as condições objetivas para que continue a avalanche de mídia mórbida, ou – no máximo – que ela tenha apenas uma última “marola” com uma hipotética – e abominável – indicação da viúva como vice de Marina.

É que, na noite de amanhã, acaba o monopólio midiático da oposição, embora esteja longe de acabar-se o desequilíbrio nos meios de comunicação.

Começa o horário eleitoral e começarão a serem vistas as realizações concretas de governo, o que Aécio tem parcamente e Marina não tem.

Não é possível, como em 2010, dizer se isso será o suficiente para evitar um segundo turno.

Mas é exato dizer-se que a candidatura Dilma atravessou o deserto de comunicação que lhe impôs o sistema de comunicação brasileiro – a mais forte e orgânica máquina partidária deste país – sem maiores perdas.

As percentagens, agora, são valores apenas relativos.

Conta é cada decisão de voto, que é mais profunda e pessoal do que qualquer “efeito-boiada” que os meios de comunicação sejam capazes de fazer.

O terreno a conquistar, o dos indecisos e, sobretudo, o do não-motivados, é estreito porque, de fato, a negação da política representada em Marina Silva há de ocupar certa parte dele, sobretudo na classe média-alta.

Já não se pode afirmar o mesmo dos ex-votos de Eduardo Campos no Nordeste ou do voto da periferia das metrópoles.

Onde pesa, e como, a palavra e a presença de  Lula, o fator mais importante desta eleição, como na passada.

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Comentários

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Cláudio

O meu voto não tem pesquisa que tire: é Dilma de novo pela vontade soberana e autodeterminação do povo!!!! ****:D:D . . . . ‘Tá chegando o Dia D: Dia De votar bem, para o Brasil continuar melhorando!!!! ****:L:L:D:D ****:D:D . . . . Vote consciente e de forma unitária para o seu/nosso partido ter mais força política, com maioria segura. . . . . ****:L:L:D:D . . . . Lei de Mídias Já!!!! ****:L:L:D:D ****:D:D … “Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma” *** * Joseph Pulitzer. ****:D:D … … “Se você não for cuidadoso(a), os jornais [mídias] farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo” *** * Malcolm X. … … … Ley de Medios Já ! ! ! . . . … … … …:L:L:D:D

FrancoAtirador

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Boca de Urna Fúnebre do COMETA G.A.F.E.* enterrou PSDB

DataFrias
14-15/08/2014

ESPONTÂNEA

Dilma 24% (+2)

Aécio 11% (+2)

Marina 5% [Não foi citada na pesquisa anterior]
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AVALIAÇÃO POSITIVA DO GOVERNO DILMA CRESCEU 6%

E A NEGATIVA CAIU SEIS PONTOS PERCENTUAIS.

O percentual d@s que avaliam o Governo Dilma

como “Ótimo/Bom cresceu de 32% para 38%”,

e como “ruim/péssimo caiu de 29% para 23%”.

Detalhe

A aprovação ao governo Dilma Rousseff (PT) cresceu
em todos os segmentos investigados pelo instituto:

por sexo, idade, escolaridade, tamanho do município,
região do país e renda (exceto os 4% mais ricos),

(http://abre.ai/canducho)
(http://jornalggn.com.br/noticia/aprovacao-do-governo-dilma-cresce-seis-pontos-diz-datafolha)
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Conclusão:

Ninguém assistiu aos prenúncios eleitorais cadavéricos

da Rede Globo de TV e dos Jornais de Rio/São Paulo.

A Pesquisa dos Frias foi só uma alavanca ao 2º Turno,

mantendo o candidato do PSDB Aério Naves no páreo.

Porém, a manipulação grosseira da estimulada,

em relação a votos brancos, nulos e indecisos,

mostra, em realidade, que se reduziram em muito

as chances de ida do tucano mineiro ao 2º Turno,

ao mesmo tempo em que se mantém ou até se amplia

a perspectiva de vitória de Dilma no 1º Turno.
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Íntegra da Pesquisa Boca-de-Urna-Fúnebre:
(http://pt.slideshare.net/MiguelRosario/intencao-de-votoparapresidentesite)

Pesquisa anterior do DataFrias (Julho/2014):
(http://pt.slideshare.net/MiguelRosario/intencao-de-voto-para-presidente-datafolha-18jul2014)
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    FrancoAtirador

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    .
    Estatística deveras intrigante esta dos Frias:

    Dependendo do estrato da Pesquisa DataFolha,

    a Margem de Erro pode subir para 4%, 5%…

    18/08/2014 19h31
    Do UOL, em São Paulo

    A margem de erro da pesquisa
    é de dois pontos percentuais
    para cima ou para baixo,

    mas ela sobe nos estratos
    por causa do número menor de entrevistas
    feitas dentro de cada um deles.

    Entre os evangélicos pentecostais,
    Campos estava com 6% em julho
    e Marina obtém agora 24%,
    o que a coloca em empate técnico
    com Dilma no primeiro lugar.

    A petista tem 32% entre os pentecostais,
    mas o empate com Marina
    acontece porque a margem de erro no segmento
    é de quatro pontos para mais ou para menos.

    Neste estrato religioso,
    Aécio aparece em terceiro lugar, com 15%,
    e a soma de indecisos
    e eleitores dispostos a votar em branco ou nulo
    despencou de 31% em julho para 17% em agosto.

    Entre os eleitores de 16 a 24 anos,
    Campos possuía 7% no mês passado
    e Marina angaria o apoio de 28% em agosto.

    Neste segmento, a margem de erro é de cinco pontos.

    Dessa forma, a ex-senadora
    fica em empate técnico com Dilma, que soma 32%,
    mas também com Aécio, que tem 18%.

    Com a hipótese de Marina ser candidata a presidente,
    a proporção de eleitores indecisos
    ou dispostos a votar em branco ou nulo
    caiu praticamente pela metade nesta faixa etária: de 29% para 15%.

    Mesmo com a margem de erro mais elevada,
    o resultado indica o potencial de Marina nos dois segmentos.

    (http://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/08/18/com-marina-intencao-de-voto-no-psb-sobe-mais-entre-pentecostais-e-jovens.htm)
    .
    .

    FrancoAtirador

    .
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    A Explicação do DataFrias para a Margem de Erro:

    DATAFOLHA
    Esclareça suas dúvidas
    sobre as pesquisas eleitorais
    do Datafolha.

    […]

    6. As pesquisas têm margem de erro?

    As pesquisas buscam obter informações
    sobre um dado universo (por exemplo, o eleitorado)
    através da análise de uma amostra (uma parcela do universo).

    Os resultados obtidos com essa análise da amostra
    podem ser generalizados para todo o universo
    dentro de certos limites.

    Esses limites, dentro dos quais o erro é admitido,
    constituem a margem de erro.

    Essa margem existe porque a amostra
    é sempre menor do que o universo.

    As pesquisas nacionais do Datafolha, de forma geral,
    têm margem de erro de dois pontos percentuais
    para mais ou para menos.

    Isso quer dizer que cada um dos resultados (porcentagens)
    observados na amostra pode apresentar variações
    em relação à população de no máximo dois pontos percentuais.

    7. A margem de erro é igual para todos os resultados?

    Não.

    A margem de erro varia
    de acordo com o percentual obtido
    por cada candidato.

    O Datafolha divulga a margem de erro “máxima”,
    isto é, a margem de erro para percentuais próximos a 50%.

    Quanto mais distante de 50% for
    o percentual obtido por um candidato,
    menor será a margem de erro.

    […]

    17. Em geral, os institutos divulgam margens de erro fixas
    para a pesquisa toda.
    Mas a margem de erro varia para cada candidato
    de acordo com o percentual de cada um.
    Não seria melhor divulgar então a margem de erro
    que deve ser aplicada ao percentual de cada candidato?

    O Datafolha foi pioneiro na divulgação
    de conceitos básicos da estatística,
    como é o caso da margem de erro.

    No início, para melhor compreensão dos leitores da Folha,
    optamos pela divulgação das margens de erro máximas,
    para o total da amostra.

    Além da variação segundo percentual obtido,
    há também a variação
    segundo a base de cada segmento da pesquisa.

    No entanto, o debate acadêmico ainda em curso
    sobre a aplicação do conceito de margem de erro
    sobre amostras com cotas fez com que o Datafolha,
    como a maioria dos institutos em todo o mundo,
    optasse pela divulgação da margem máxima
    para o total da amostra,
    isto é, para os percentuais próximos de 50%.

    (http://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/08/18/com-marina-intencao-de-voto-no-psb-sobe-mais-entre-pentecostais-e-jovens.htm)
    .
    .

Urbano

A grande maioria das pesquisas de intenção de votos feitas no Brasil é tão confiável, quanto receber um pagamento em dinheiro vivo de um falsário…

Ricardo JC

Pior do que isto tudo é imaginar que em um segundo turno, a Marina mais do que dobre os seus votos…algo nunca visto em eleição alguma no país. Ela simplesmente capturou todos os votos de outros candidatos e mais um pouquinho!!! O percentual de indecisos na simulação de segundo turno é quase a metade do primeiro turno, o que também é muito estranho. Se há tanta motivação para votar contra Dilma, porque apenas no 2o turno? Outra coisa. Estamos vendo uma simulação, em segundo turno, com apenas 10% de nulos + brancos + indecisos, o que não está nem perto dos padrões de nossas últimas eleições, onde os percentuais de abstenção (nulos + brancos) estiveram sempre rondando os 20%!!! Tem muita coisa estranha nesta pesquisa que, para mim, foi publicada estrategicamente hoje para dar um empurrão na Marina para se candidatar e levar a eleição para o segundo turno. Mais um pouco e veremos o ajuste dos números, afinal o data folha já havia dado há algumas semanas empate técnico entre Dilma e Aécio em um possível (pouco provável, à época) segundo turno.

Mauro Assis

Nem de Aécio…

Francisco

Como será a campanha do PT para botar Marina na berlinda?

Muito simples…

É só comparar o rendimento do Ministério do Meio Ambiente com ela e depois dela.

Não vai ter “sonhático” que resista…

Gerson Carneiro

Datafolha inventou a pesquisa “Boca de Túmulo”.

    FrancoAtirador

    .
    .
    Boca de Urna Fúnebre.
    .
    .

MAAR

Esta pesquisa, tão rapidamente realizada, parece haver sido encomendada exatamente com o objetivo de apontar o resultado cuja exibição eufórica é bastante sugestiva. E comprova o que é óbvio, quanto às vantagens que a direita pretende auferir a partir da tragédia. Do mesmo modo, evidencia o absurdo das insinuações de benefícios para os partidários da reeleição. Todavia, a morbidez sórdida dos abutres direitistas ainda poderá reverter contra o vampirismo fascistóide. O mais triste é que o pragmatismo dos caciques do PSB talvez permita que a morte de seu candidato à presidência venha a servir aos interesses daqueles que visam suprir a falta de apoio eleitoral com golpes baixos. A preservação da dignidade dos militantes do PSB exige que seja lançada uma liderança do partido para concorrer à presidência, contudo o senso de lealdade dos dirigentes talvez não seja suficiente para garantir uma candidatura fiel aos diversos compromissos políticos pactuados pelo candidato falecido. Seja como for, o mais provável é que esta sinistra reviravolta nos resultados eleitorais se mostre efêmera como fogo de monturo, pois a credibilidade política da candidata da rede é quase nula. Alguém que afirma ser criacionista, tem um sintomático apoio da banca e defende um preservacionismo desindustrializante, engana apenas quem não enxerga por que não quer ver, ou quem tem preguiça de tentar entender a realidade. A grande maioria do povo sabe que a reeleição é a alternativa menos ruim, e percebe instintivamente a importância crucial de evitar o retrocesso relacionado ao avanço sombrio do obscurantismo. Portanto, o prosseguimento regular da campanha eleitoral deverá resultar na reeleição, quiçá até sem segundo turno.

Elias

Eduardo tinha 9% antes de morrer. Incrível! Datafolha dá 12% de necrólatras para Marina que ri sobre o caixão de Campos. Dá ojeriza ver tudo isso.
Ainda recolhiam-se fragmentos do corpo de Eduardo (no dia 13) e o Datafolha já saía a campo com suas planilhas funestas.
Pois bem. Aí está a “pesquisa” desse “instituto” dos infernos. Desta vez com manipulação mórbida e de tal forma macabra que nem Vincent Price faria melhor.

Elias

Eduardo tinha 9% antes de morrer. Incrível! Datafolha dá 12% de necrólatras para Marina que ri sobre o caixão de Campos. Dá ojeriza ver tudo isso.

Ainda recolhia-se fragmentos do corpo de Eduardo (no dia 13) e o Datafolha já saía a campo com suas planilhas funestas.

Pois bem. Aí está a “pesquisa” desse “instituto” dos infernos. Desta vez com manipulação mórbida e de tal forma macabra que nem Vincent Price faria melhor.

Ricardo

Marina não sobrevive a 1 minuto de debate tanto com Dilma quanto com Aécio.
Dirá frases ininteligíveis e desconexas, que mostrarão que ela não tem nada a dizer ou propor.

    Zanchetta

    KKKK… a Dilma, ultimamente, não sabe nem a diferença de 11 para 7….

jose carlos lima

Marina, a “não partidária” que deu certo para os rentistas
http://jornalggn.com.br/blog/iv-avatar/marina-a-nao-partidaria-que-deu-certo-para-os-rentistas

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