Maria Frô e Rodrigo Vianna: A “excitação mórbida” dos analistas após tragédia

Tempo de leitura: 2 min

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Mídia e Eleições

Eduardo morre e urubus fazem contas: a excitação mórbida dos “analistas”

publicada quarta-feira, 13/08/2014 às 20:20 e atualizada quarta-feira, 13/08/2014 às 20:20

por Rodrigo Vianna, no Escrevinhador, com Maria Frô, em seu blog

Os corpos ainda não haviam sido localizados. Os bombeiros ainda procuravam as caixas pretas do avião em que viajavam Eduardo Campos e mais seis pessoas. Mas o “mercado” e a gloriosa mídia brasileira já faziam suas contas.

O Blog da Maria Frô captou bem essa onda que foi invadindo a internet durante esse trágico 13 de agosto. A “Veja” especula com números da Bolsa. A “Folha” adianta-se e faz pesquisas, já perguntando: “ontem, o candidato Eduardo Campos morreu em um acidente de avião; na sua opinião o PSB deveria: 1 lançar Marina Silva como candidata a presidente, 2 lançar outro candidato…”

Começo da tarde: comentaristas da “GloboNews” tentavam estabelecer o “novo quadro político”. No rádio, uma “analista de mercado” dizia que a morte de Eduardo (os outros seis mortos nem são levados em conta) cria “um fato novo” na campanha eleitoral.

A analista chegou a dizer que isso poderia ser “positivo para o Brasil”.

Há certa excitação no ar. Excitação mórbida. Comentaristas gagos, acadêmicos globais e outros quetais animam-se com a possibilidade de que Marina seja candidata e ajude a levar a eleição ao segundo turno. É a torcida da revista “Veja”. Torcida que se exalta, sem respeitar os mortos, nem as famílias, nem nada mais.

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Não me espanta. Tenho ouvido coisas incríveis pelas ruas. O Brasil está envenenado.

Sim, Marina pode ser candidata. O DataFolha já registrou até pesquisa eleitoral com o nome de Marina Silva na corrida.

A elite brasileira tem pressa. É preciso definir o que fazer. Qual será o canto de sereia a convencer Marina? É preciso sondar humores.

FHC, numa rádio, respondia que a entrada de Marina muda tudo. “Não sei se ganha, mas aumenta a chance de segundo turno”.

Esse é o papel (falta combinar com a ex-ministra) reservado a Marina, nos sonhos de colunistas, comentaristas gagos e urubus de toda ordem: levar a eleição pro segundo turno, carregando o cadáver de Eduardo se preciso. Desde que no segundo turno esteja Aécio, e não a própria Marina.

Mas o quadro se complica. O eleitor nordestino de Eduardo é muito sensível ao que indicar Lula. O ex-presidente guarda um silêncio respeitoso, enquanto  revistas da marginal e marginais de revistas fazem cálculos, contas e insuflam a onda de ódio no Brasil.

Tudo isso por cima dos cadáveres de Eduardo e das outras vítimas do acidente.

Marina é útil? Ótimo. Falta combinar com o eleitor.

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Comentários

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Urbano

A dor é ainda mais terrível, quando a tragédia se abate sobre uma Nação, principalmente quando o destino desta cai em mãos erradas, como ocorreu por séculos enquanto esteve nas mãos dos mafiosos da direita, devidamente assessorados por seus comparsas de bandeiras diversas, mas de ego idêntico.

Isidoro Guedes

A direita e sua mídia realmente não respeitam ninguém. Nem a dor da família dos que morrem.
Seu afã é de derrotar o PT e todo o projeto de inclusão social que ele representa. O resto que se dane, até o respeito a dor alheia.

lulipe

Os petistas assimilaram o golpe, sabem que a disputa ficou mais difícil e deram adeus ao sonho de ganhar no 1º turno, até por que candidato do PT à presidência e vitória no 1º turno são excludentes.

Bacellar

E a matéria da Piaui? Com direito a merchan do Santander no rodapé do site. O mesmo que fuzilou o Aécio com a palavra cocaína no Roda Viva (embora não possa hipocritamente dizer que não achei divertido) e diz que Mino Carta é “figura menor , mas útil, do projeto neobananeiro”, lança a chapa Renata-Marina FTW!

Meu conspirómetro apita sem parar. Pensava que a Folha vinha batendo no Aécio por ser serrista e pra preparar o clima para ter alguma credibilidade na hora de bombardear as baixarias anti-pt de reta final de campanha…Mas e se? E se…

Impensável? Paranóia? Deve ser….O caso é que a ficha corrida da república dos banqueiros é kilométrica e nada simpática…

El Cid

pois é Jayme Rêgo Martins: parece que antes de deletar suas postagens no Facebook, alguém as capturou através de um vídeo, e colocou disponível para download… e agora?

https://mega.co.nz/#!o502BAIC!WKwtGWkitmK_-GgQ_bTeO6_8oxMF2nG2mb6ftFotrFw

Elias

Menos de 48 horas depois do acidente aéreo que matou Eduardo Campos, o Portal UOL apresenta várias chamadas para Marina Silva. Desde: “Amigos dizem que viúva de Campos quer que Marina seja candidato”, até “Rivais podem tremer com apoio da família de Campos a Marina”. Nenhuma nota sobre Aécio Neves, até 48 horas atrás o preferido do UOL/Folha. Pelo visto, os fascistas midiáticos não botam muita fé no ex-governador mineiro. O que eles querem a qualquer custo é levar a eleição para o 2º turno e acreditam piamente que só Marina é capaz de tal façanha.

    Elias

    Essa é a imprensa, a mídia brasileiras. Usam e descartam candidatos sem nenhum escrúpulo. Golpistas que são, recorrem ao que lhes convém, conforme a ocasião. Em últimas instância batem à porta dos quartéis.

    Mário SF Alves

    Às portas dos quartéis por si só não basta. Têm de ter a benção, a grana e o apoio bélico e intelectual dos SPYstates.

    Daniel

    “amigos dizem” é uma velha maneira de esconder “o nosso chefe mandou dizer que alguém disse sem citar fontes que possam ser verificadas”. Golpe velho já no jornalismo marrom brasileiro.

carlos

Bom! Se é para especular a respeito do uso de drones para derrubada do jato, então já podemos voltar ao Aeroporto de Cláudio-MG. Foi lá que encontramos Aeromodelos e “pilotos kamikazes” sendo “treinados” a anos de forma secreta para tão “importante” tarefa. Lembram-se? O AécioPorto é inclusive guardado a “sete chaves” pelo sobrinho do Aécio. Logo, o “suspeito número UM” passa a ser o candidato Aécio Neves (e o PSDB), de ter tramada a derrubada do “avião de seu arqui-inimigo”, Eduardo Campos. E aí? Que acham desta “baixaria”? Ei, tucanos e reaças! Parem com essas acusações infames ao PT! Respeitem seus adversários, o Eduardo Campos e seus familiares. Ok? Que coisa mais doentia! Vejam em https://www.youtube.com/watch?v=Qoz1LGhWbMU

FrancoAtirador

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14/08/2014 16:02, última modificação 14/08/2014 16:16
CartaCapital

Minas Gerais

Prefeitura de Cláudio: incêndio não queimou documentos

Fogo atingiu galpão da administração da cidade no interior de Minas Gerais
onde Aécio Neves construiu um aeroporto no terreno do seu tio avô

Um incêndio atingiu um galpão da prefeitura de Cláudio, interior de Minas Gerais, na segunda-feira 12.
Segundo a prefeitura, o fogo começou em um lote vago ao lado de um galpão onde se encontram veículos da prefeitura.

“As chamas chegaram a um cômodo em uma área de 9m² e destruíram algumas sucatas, não mais utilizadas pela Prefeitura (computadores obsoletos e máquina de escrever)”, diz a nota da prefeitura.

“Esclareça-se que nenhuma documentação do município sofreu qualquer tipo de dano já que a sala de arquivo faz parte do prédio da administração, a uma distância considerável do local onde o fogo atingiu.”

Na segunda-feira, o G1, site da Rede Globo, noticiou que “as chamas destruíram uma sala onde ficavam arquivos, computadores, materiais de escritório e tecidos.”
(http://jornalggn.com.br/noticia/incendio-atinge-galpao-da-prefeitura-de-claudio)

No dia seguinte, a prefeitura disse que deveria se pronunciar por conta de “informações mentirosas veiculadas por alguns meios de comunicação.”

Ainda segundo a prefeitura, o corpo de bombeiros esteve no local, mas o incêndio foi controlado mais cedo por funcionários da prefeitura.

A cidade ganhou atenção no noticiário recente por sediar um aeroporto construído no terreno de um tio avô de Aécio Neves (PSDB), quando este era governador do Estado.

A pista foi utilizada várias vezes por Aécio, candidato tucano à Presidência, mesmo sem a autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para que o local pudesse funcionar.

Aécio nega que tenha ocorrido qualquer irregularidade na construção do terreno.
O tucano argumenta que seu tio avô não foi beneficiado, pois ele questiona na Justiça o valor oferecido pelo governo do Estado para desapropriar a terra.

(http://www.cartacapital.com.br/politica/prefeitura-de-claudio-incendio-nao-queimou-documentos-8945.html)
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rita

é um desrespeito mesmo.

FrancoAtirador

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ANTECIPANDO O DATAFRIAS:

(http://imgur.com/QuMXOYG)
i.imgur.com/QuMXOYG.jpg
(http://abre.ai/datafrias_agosto)
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FrancoAtirador

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DIANTE DA PÉSSIMA PERSPECTIVA DO PSDB,

ECÓLOGO* DA REDE GLOBO E DO ESTADÃO

ATACA O PARTIDO/REDE DE MARINA SILVA

Quinta-Feira 14/08/14
Estadão

Só para lembrar:
Marina Silva já tinha data marcada
para abandonar Eduardo Campos

Por Dener Giovanini*

O estilo desagregador, prepotente e arrogante de Marina Silva,
que deixou em rastro de intrigas, desconfianças e desarmonia em suas passagens pelo PT e pelo Partido Verde, já tinha data para voltar a mostrar suas garras:
em nota oficial publicada no dia 26 de junho, a Rede Sustentabilidade (o grupo que segue Marina) deixou clara as suas intenções:

“4. A filiação transitória democrática permite que, tão logo a Rede obtenha seu registro na Justiça Eleitoral, o que deve ocorrer nos próximos meses, seus militantes formalmente vinculados ao PSB poderão se transferir para a legenda de origem sem o risco de qualquer tipo de sanção partidária.
5. Portanto, os militantes da Rede têm data para deixar o PSB, conforme o compromisso firmado entre os partidos no final do ano passado”.

Para ler a Nota da Rede na integra, Clique Aqui: (http://redesustentabilidade.org.br/rede-e-psb-seguem-alinhados-aos-principios-de-sua-alianca-programatica-eleitoral).

É óbvio que ninguém, até então, poderia imaginar a reviravolta que aconteceria no quadro sucessório presidencial com a tragédia que se abateu sobre a candidatura de Eduardo Campos.
A morte do então candidato do PSB derrubou o tabuleiro do xadrez político no chão.
O jogo vai recomeçar do zero a partir de agora.

Marina Silva e sua “Rede” talvez tenha sido a pior jogada de Campos em toda a sua carreira política.
Ele acreditou que Marina daria um grande impulso à sua candidatura, o que de fato não ocorreu.
Talvez Eduardo, assim como tantas outras pessoas do mundo político, enxergasse nos quase 20 milhões de votos que Marina Silva obteve nas últimas eleições presidenciais um sólido patrimônio político.
Foi um grande erro.

O patrimônio político de Marina Silva era tão sólido como fumaça.
Seus 20 milhões de votos não lhe credenciaram sequer para construir seu próprio partido.
Ela não conseguiu o número de assinaturas necessárias para obter o registro da Rede junto ao Tribunal Superior Eleitoral e, tão pouco, conseguiu impulsionar o nome de Eduardo Campos para chegar pelo menos aos dois dígitos de intenção de voto para a eleição de outubro.

Não bastasse tamanha desilusão, Marina Silva e sua Rede tiraram de Eduardo Campos apoios importantes, especialmente em colégios eleitorais fundamentais, como Rio de janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

A intransigência e a incapacidade de articulação de Marina Silva subtraíram de Eduardo palanques e alianças que poderiam ajuda-lo a tentar chegar ao segundo turno.
Obviamente ninguém do PSB admitirá publicamente esse equivoco que foi a escolha da Marina como vice.

Mesmo no Partido Verde, onde ela deixou um rastro de intrigas e desarmonia, quase levando o partido a desintegração absoluta, ninguém fala publicamente sobre isso.

Marina Silva quer um partido pra chamar de seu.
Para mandar e impor seu messianismo “sonhático”.
E o bote está se armando sobre o PSB.

Caso o partido de Eduardo Campos decida pela substituição do nome dele pelo de Marina estará apenas repetindo os erros do PT e do PV.

Entregar o comando do partido a uma candidata desagregadora e com um histórico tsunâmico será o caminho mais curto para enterrar a história do PSB.

Os sonháticos de Marina farão cair sobre os dirigentes do Partido Socialista Brasileiro a escuridão dos pesadelos de uma noite sem fim.

*(http://www.denergiovanini.com.br/interna.php?Sec=conteudo&Cod=404)
*(http://pt.wikipedia.org/wiki/Dener_Giovanini)
*(http://abre.ai/veja_renctas)
*(http://ptb.org.br/?page=ConteudoPage&cod=11926)
*(http://www.terra.com.br/istoegente/66/reportagem/rep_cesar_maia.htm)
*(http://www.dgca.com.br/equipe)

(http://blogs.estadao.com.br/dener-giovanini/so-para-lembrar-marina-silva-ja-tinha-marcado-data-para-abandonar-eduardo-campos)
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COMETA G.A.F.E.* TENTA PUXAR VOTOS

DOS DEMAIS PARTIDOS DA COLIGAÇÃO

PARA A CANDIDATURA DO TUCANO AÉRIO.
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Marat

Como se a Marina não roubasse mais votos do candidato do PIG. Eles são ridículos e fingem não perceber!

plosten

Quanto falso moralismo nos comentários…

Fabio Passos

A verdade é que o PiG comemora a morte do Eduardo Campos.
O PiG é asqueroso.

Carlos

Fala sério: já pensou no tamanho da desordem que se instalaria no país se uma candidata de ideias como as de marina, a bordo de um partido que é apenas barriga-de-aluguel para sua Rede, ganhasse a eleição? E aí, a amiga da filha do dono do itaúúúúú vai fazer exatamente o que os reaças e entreguistas desejam? Péraí… quem será que lucraria se o “Brazil” mergulhasse num caos político? Oh, yes, Marina, good, very, very good for us…

ricardo silveira

é.

Aroeira

NO BLOG DA CIDADANIA

A escalada do ódio político no Brasil
Posted by eduguim on 14/08/14 • Categorized as Crônica

“Cinquenta (…) anos atrás [1957], um jovem fotógrafo do Arkansas Democrat (…) foi cobrir o primeiro dia de aula de um grupo de estudantes negros na maior e melhor escola média de Little Rock [Arkansas, EUA]. Esse pedaço de história ficou gravado no negativo de número 15.

Eram apenas nove os jovens negros selecionados pela direção do principal colégio da cidade, o Central High School, para cumprir a ordem judicial de integração racial no país. Segundo David Margolick, autor do recém-publicado Elizabeth and Hazel: Two Women of Little Rock (ainda inédito no Brasil), a peneira foi cautelosa. A busca se concentrou em colegiais que moravam perto da escola, tinham rendimento acadêmico ótimo, eram fortes o bastante para sobreviver à provação, dóceis o bastante para não chamar a atenção e estoicos o suficiente para não revidar a agressões. Como conjunto, também deveria ser esquálido, para minimizar a objeção dos 2 mil estudantes brancos que os afrontariam.

Assim nasceu o grupo que entraria na história dos direitos civis americanos como ‘Os Nove de Little Rock’. Eram todos adolescentes bem-comportados, com sólidos laços familiares, filhos de funcionários públicos e integrantes da ainda incipiente classe média negra sulista. Entre eles, a reservada Elizabeth Eckford, de 15 anos.

Os pais dos nove pioneiros foram instruídos a não acompanharem os filhos naquele 4 de setembro de 1957, pois as autoridades temiam que a presença de negros adultos inflamasse ainda mais os ânimos. Por isso, os escolhidos agruparam-se na casa de uma ativista dos direitos civis e de lá seguiram juntos para o grande teste de suas vidas. Menos Elizabeth, que não recebera o aviso para se encontrar com os demais e partiu sozinha rumo a seu destino.

De longe ela avistou a massa de alunos brancos passando desimpedidos pelo cordão de isolamento montado pela Guarda Nacional do Arkansas. Ao tentar fazer o mesmo, foi barrada por três soldados que ergueram seus rifles. Elizabeth recuou, procurou passar pela barreira de soldados em outro lugar da caminhada e a cena se repetiu. Alguém, de longe, gritou ‘Não a deixem entrar’ e uma pequena multidão começou a se formar às suas costas. Foi quando Elizabeth se lembra de ter começado a tremer. Com a majestosa fachada da escola à sua frente, ela ainda fez uma terceira tentativa de atravessar o bloqueio em outro ponto do cordão de isolamento.

Como pano de fundo, começou a ouvir invectivas de ‘Vamos linchá-la!’, ‘Dá o fora, macaca’, ‘Volta pro teu lugar’, frases proferidas por vozes adultas e jovens. Atordoada, dirigiu-se a uma senhorinha branca – a mãe lhe ensinara que em caso de apuro era melhor procurar ajuda entre idosos. A senhorinha, porém, lhe cuspiu no rosto.

Como não conseguisse chegar à escola, a adolescente então tomou duas decisões: não correr (temeu cair se o fizesse) e andar um quarteirão até o ponto de ônibus mais próximo. Um aglomerado de cidadãos brancos passou a seguir cada passo seu. Imediatamente às suas costas vinha um trio de adolescentes, alunas do colégio. Entre elas, Hazel Bryan: “Vai pra casa, negona! Volta para a África!’.

Segundo o autor do livro centrado no episódio, foi este o instante em que a câmera de Will Counts captou a imagem que se tornaria histórica [vide foto no alto da página]. Hazel, de quinze anos e meio, não carregava qualquer livro escolar. Apenas uma bolsa e um inexplicável jornal. Ela não planejara nada para aquela manhã. Vestira-se com o esmero que era sua marca – roupas e maquiagem ousadas para uma adolescente daquela época – e arvorou-se de audácia ao ver tantos fotógrafos e soldados da Guarda Nacional. Nada além disso. O resto pode ser debitado à formação que recebera em casa – família de origem rural, ideário fundamentalista cristão, atitude racial aprendida com o pai (…)”

O relato acima foi escrito pela jornalista brasileira Dorrit Harazim, que já trabalhou na Veja, no Jornal do Brasil e na revista Piauí, que, em sua edição 62, publicou o artigo “Ódio Revisitado”, do qual você acaba de ler um trecho.

Em princípio, pode-se dizer que um artigo sobre ódio “racial” contra negros em um país de maioria branca não nos diz respeito. Contudo, a causa do ódio nunca é o mais importante. O ódio precisa de uma causa, qualquer causa…

Porém, basta que o leitor substitua ódio “racial” por ódio religioso, de classe social, político ou ideológico para ver que o mecanismo é sempre o mesmo. Começa com a formação de turbas incomodadas com portadores de diferença de “raça”, religião, classe social, naturalidade ou nacionalidade, opinião política ou ideologia.

O segundo passo das escaladas de ódio consiste na generalização contra portadores de diferenças como as exemplificadas acima. Todo negro, judeu, cristão, muçulmano, espírita, pobre, rico, nordestino, petista ou comunista passa a ser previamente definido com base em estereótipos.

O terceiro passo começa com a segregação voluntária dessas tribos conflitantes, que se distanciam conforme vão apurando a “razão” para não coexistir com quem não divide crenças, características físicas, estrato social ou posição geográfica.

O quarto passo do crescimento do ódio entre grupos é sua chegada aos meios de comunicação – antes impressos e depois eletrônicos. Provocações surgem entre grupos que controlam os grandes meios e os que não têm mídia – ou que, hoje, têm pequenas mídias graças à internet.

O quarto passo é o transbordamento para o mundo real do ódio virtual que se espalhou pelos meios de comunicação com a ascensão de líderes e figuras-símbolo a encarnar centenas, milhares, muitas vezes milhões ou dezenas de milhões de contrários. Esse ódio passa a se traduzir em trocas públicas de insultos.

O quinto passo começa tímido e, se não for interrompido, pode chegar ao sexto. Insultos e provocações já produzem agressões físicas aqui e ali. Incialmente tidas como fatos isolados, muitas vezes adquirem proporções epidêmicas, como vem ocorrendo há mais de uma década na Venezuela, onde, mais recentemente, dezenas perderam a vida em confrontos entre grupos políticos pró e contra o governo.

Abaixo, um dos exemplos dessa exacerbação do ódio que o Blog colheu no Facebook horas antes de publicar este post.

No Brasil, a escalada do ódio cresce há 500 anos por conta da assimetria de renda em um país consumista ao extremo, no qual, sem dinheiro, o cidadão torna-se um pária, um símbolo de fracasso pessoal premeditado. Mas como tudo que é ruim pode – ou tende a – piorar, eis que o ódio passa a decorrer da mais perigosa das divisões, a divisão político-religiosa-ideológica, origem majoritária das guerras.

O grande problema do brasileiro, neste momento, é assumirmos, cada um, nosso quinhão de responsabilidade por uma escalada do ódio que, para alguns, em lugar de ameaça representa prova de seu poder de contaminação da sociedade, a ser comemorado.

Outro jornalista brasileiro que deixou a Editora Abril é Fred Di Giacomo, que hoje toca um site chamado Gluck Project. Di Giacomo, recentemente, escreveu “A história do Ódio no Brasil”. Trecho do texto ilustra a tese deste post.

“ ‘Achamos que somos um bando de gente pacífica cercados por pessoas violentas’. A frase que bem define o brasileiro e o ódio no qual estamos imersos é do historiador Leandro Karnal. A ideia de que nós, nossas famílias ou nossa cidade são um poço de civilidade em meio a um país bárbaro é comum no Brasil (…)”

Poucos de nós são responsáveis pelo ódio político que tanto cresceu no país, mas boa parte de nossa sociedade é responsável por ter aderido a ele. Vale para o que espalha provocações na internet, vale para o que se deixa contaminar por elas e responde à altura.

Nos ambientes minimamente adequados ao debate político, vá lá que as coisas acabem esquentando. O problema é quando o ódio político ultrapassa qualquer limite aceitável e passa a ser espargido onde é, no mínimo, inaceitável que exista.

Mais de uma dezena de horas antes de compor o texto abaixo, seu autor teve uma experiência pessoal – e assustadora – com o crescimento do ódio político que fatores variados – e mais adiante elencados – produziram no país. O texto a seguir foi publicado por este que escreve em sua página no Facebook.

“Nunca vou parar de me surpreender com o potencial desolador da ignorância. Minha mulher participava de uma “comunidade” virtual de mães de meninas com síndrome de Rett (doença de [minha filha] Victoria) e essas mulheres começaram a postar sem parar acusações ao PT de ser responsável pela morte de Eduardo Campos por o partido ter o número 13 e o falecimento ter ocorrido num dia 13.

Minha mulher protestou contra esse absurdo e recebeu de volta uma saraivada de insultos. Mas o que é mais impressionante é que mães de meninas com doença igual à de minha filha começaram a atacar a menina perguntando se ela também “é petista” e dizendo que até imaginam que “tipo de mãe” minha mulher deve ser, sendo “petista”.

A que ponto chegamos? Conseguiram envenenar este país ao impensável. Essas mesmas mulheres xingavam Dilma furiosamente e apelando para insultos que são sempre usados contra mulheres usando a própria condição femina – puta, vaca, vadia, vagabunda, prostituta, sapatão etc., etc., etc.

Ver mães de crianças especiais atacando crianças especiais por política, ver mulheres usando o mais vil recurso do machismo contra mulheres, tudo por causa de política, dá vontade de chutar tudo pro alto e fugir pro outro lado do mundo, bem longe dessa loucura que essa direita assassina, que jogou o país em 20 anos de ditadura, trouxe de volta para a nação”

O desabafo (justificável pelo que relata), porém, não deixa de ser uma pitada de combustível na escalada do ódio ao debitar a um grupo ideológico (a direita) o comportamento espantoso de seus personagens. Mesmo sendo verdade, poderia ter feito o desabafo sem aumentar o potencial de conflagração que encerra naturalmente? Reflito que poderia, sim…

Para não acusar a terceiros, o blogueiro acusa a si mesmo na esperança de que cada um faça o mesmo, caso enxergue o crescimento do ódio no país.

Alguns dirão, com propriedade, que a grande imprensa, ao tomar partido político, levou a situação a esse ponto. Não há dúvida de que é culpada por exacerbar o ódio político no Brasil desde o advento da República, mas não se constrói uma casa sem tijolos. Se a mídia é construtora, quem são os tijolos dessa escadaria do ódio que estão edificando?

Em outras palavras, a mídia não poderia edificar essa escalada do ódio no Brasil se não tivesse farta matéria-prima. O mais dramático é que há tanta dessa matéria-prima espalhada por aí que não se sabe mais como recolhê-la em quantidade suficiente para que falte aos entusiasmados construtores do ódio. Nesse aspecto, sugestões serão mais do que bem-vindas.

Jair de Souza

Também não é para ficar surpreso com o comportamento dos abutres máfio-midiáticos. Como esperar ética de quem fica feliz com crimes como os que o sionismo está cometendo em Gaza e com o ataque de seus congêneres (abutres) dos fundos especulativos contra a Argentina e seu povo? O estranho mesmo seria constatar uma postura decente de parte deles. São chamados de abutres, mas isto é injusto para estas aves que agem por natureza e com um papel que, no conjunto do biosistema, é necessário para evitar a propagação de doenças. Já os abutres humanos se locupletam com a desgraça alheia, e sentem prazer nesta tarefa. Seus admiradores compartilham o mesmo espírito anti-humano. Basta ver alguns dos comentários já expostos para dar-nos conta disto.

roberto

Aécio para presidente e Marina para vice.
Se Aécio ganhasse ,por um descuido da natureza, no dia seguinte o avião da Marina iria cair.
Serra seria o vice e o PIG nunca mais iria citar o nome da Marina.

Luiz

Bem vindos a máquina meus amigos chamada Imprensa

Heitor

A Marina precisa se posicionar de vez a respeito de sua condição.
É de esquerda ou de direita?
Progressista ou conservadora?

Esse papo de ficar no meio e atender aos insatisfeitos vai diminui-la mais ainda.

Mauro Assis

“O ex-presidente guarda um silêncio respeitoso…” Melhor, né? Da última vez que se referiu a ele em público Lula o chamou de novo Collor… vai que ele abre a boca e sai algo sincero…

Véio Zuza

Agora vai: Pastor Everaldo para presidente, Marina vice. A chapa de deus (tlin tlin)

Urbano

E na estrondosa morbidez pigal citada no texto, uma outra morbidez se movia sorrateiramente, até para não fazer marola, em direção ao absurdo também cruel e de feições mais ou menos assim: apenado por assassinar pai e mãe recebe indulto durante os dias festivos do nosso calendário anual, inclusive tendo abiscoitado tal primazia nos dias dedicados aos pais e à mães. Como se vê, a coisa por aquelas bandas está indo de pior a pior, pois até no jardim da entidade já se observa claramente ‘a sempre-viva morrendo e a rosa cheirando mal’…

    Urbano

    … e às mães…

    Urbano

    O aeromodelo do aéreo never durante a aterrissagem no aeroporto clandestino do titio, em face de não se ter usado devidamente as manetas, escorregou até o prédio da Prefeitura local e causou um bom estrago, inclusive ocorrendo um incêndio de pequenas proporções. Ao que parece, a parte mais afetada foi a papelada. Hen, hein…

Luís Carlos

Especuladores e seus representantes no meio midiático já pensam em como ganhar dinheiro com morte trágica. Pessoas são detalhe para essa gente(gente?).

Maria Izabel L Silva

Nós, que estamos distantes, esperamos que os familiares do Eduardo Campos encontrem conforto e força para superar essa tragédia. Ninguém vai conseguir se aproveitar de uma morte tão trágica e inesperada como essa. Se fizer, perde voto. Porem, a escoria que milita na redes sociais, e no PIG são capazes de fazer as mais estapafúrdias especulações. Mas acho que isso não atinge o eleitor pois a maioria já definiu seu voto.

irineu

A mídia da direita é o pior lixo desse País, que falta de humanidade com as famílias . Abutres , da pior espécie !!

    Regina Braga

    Triste é a exploração da mídia, diante de uma família,diante de seres humanos…chega a revoltar!

ricardo silveira

Marina tira voto do Aécio e, se chegar a ter segundo turno quem vai é ela, não o tucano.

Francisco

oportunismo partindo destes é normal; não esqueçamos q em 2010, comunicaram a morte do Romeu Tuma sem ela ter ocorrido; ou seja; para eles o q interessa são só seus objetivos, passando por cima de quem quer q seja vivo ou não.

Marcos

Desculpe,mas não concordo em boa parte com os argumentos.
Em politica, o passado só serve se for útil para o futuro.
É de embrulhar o estômago, porém é dessa maneira que a coisas funcionam. A morte de Eduardo Campos modificou o jogo, e cabe tentar entende-las.
A dor é da família e pessoas próximas, as consequências são de todos.
Espero que o PT esteja tentando TIRAR PROVEITO do ocorrido ( em letras maiúsculas para não deixar dúvidas) da mesma maneira que a direita. Politica não é lugar para freiras.

    Artur Ribeiro

    Pensamento duro e insensivel
    Lementavel. Mas que fazer? É o estagio que
    que o bicho
    homem se encontra no nosso planetinha insignificante. Desculpe.

    AT

    Boa, Artur!
    Francamente…

    Rodrigo

    Menos hipocrisia, por favor. Qualquer um com meio neurônio e um pingo de sentimento no coração entende e respeita a dor da família e amigos, e lamenta a perda dos seres humanos, pais, maridos, irmãos, amigos, etc que pereceram no vôo.

    Passado o choque pela morte repentina e a apenas 2 meses de uma eleição presidencial, é impossível não se ater aos fatos e procurar respostas. Ainda mais com o STF dando um prazo de 10 dias para que as decisões sendo tomadas. Talvez se o acidente ocorresse coisa de 6 meses atrás tivéssemos mais espaço para condolências e homenagens, mas as circunstâncias infelizmente não nos permitem olhar o falecimento de Campos sem observar o cenário que se apresenta diante dos nossos olhos.

    O fato para todos os que não são familiares e amigos é: Um candidato a presidência morreu, então quem deve substitui-lo e quais as consequências eleitorais que a escolha da coligação pode nos mostrar.

    Insisto: É lamentável a perda de todos seres humanos que estavam no acidente, e deixo aqui meus mais sinceros sentimentos a todos os familiares e amigos que perderam algum ente querido. Mas querer por uma mascará de santidade e tentar ignorar o geral da situação e quase como acreditar que o mundo é um lugar colorido onde todos poderão um dia viver em paz e harmonia andando em unicórnios rumo ao arco íris. Não vai acontecer.

    Murilo

    Concordo com você Marcos, apesar de parecer cruel, a situação é exatamente esta que você descreve. Eu respeito todas as mortes, sejam elas de pessoas próximas, sejam elas de pessoas distantes de minha convivência, mas sendo frio e pensando politicamente, o jogo esta sendo jogado na cara de quem quiser ver. Chega de hipocrisias. Tem mais um detalhe, fica difícil pedir respeito nos comentários e nas posições das pessoas, pois o próprio irmão do falecido já está fazendo campanha política com o defunto. Se a família não respeita, porque os demais teriam de respeitar? O irmão do E. Campos já está passando o espólio político do defunto, inclusive do avô, para a Blablarina. Olha a declaração do cara: “Como filiado ao PSB, membro do Diretório Nacional com direito a voto, neto mais velho vivo de Miguel Arraes, presidente do Instituto Miguel Arraes – IMA e único irmão de Eduardo, que sempre o acompanhou em sua trajetória, externo a minha posição pessoal que Marina Silva deve encabeçar a chapa presidencial da coligação Unidos Pelo Brasil liderada pelo PSB”, disse, em nota, Antônio Campos, irmão de Eduardo, que faleceu ontem; “Não vamos cultivar as cinzas desses dois grandes líderes, mas a chama imortal dos ideais que os motivava”, disse ele, referindo-se ao irmão e ao avô Miguel Arraes”
    Ou seja, a direita esta eufórica, os xingamentos e acusações direcionados à Presidenta Dilma e ao PT estão rolando solto na internet e o PT vai ficar cheio de pudores? Tem que pelo menos se defender…se fosse uma tragédia envolvendo minha família eu iria me recolher, inclusive, retirar qualquer candidatura, mas isso é decisão de foro individual, cada faz o que bem entende com seus sofrimentos e alegrias da vida, só não reclamem depois.

    Murilo

    Roberto Amaral acabou de soltar uma nota dando um presta atenção no irmão de Eduardo Campos…
    “Com uma nota intitulada “luto”, presidente do partido, Roberto Amaral, já sinaliza que há uma disputa no PSB; enquanto o irmão de Eduardo Campos, Antônio, lança Marina Silva à presidência, ressaltando ser “filiado ao PSB, membro do diretório nacional com direito a voto”, direção nacional comandada por Amaral manda recado de calma; “[O partido] recolhe-se, neste momento, (…) cuidando tão somente das homenagens devidas ao líder que partiu”; legenda “tomará, quando julgar oportuno, e ao seu exclusivo critério, as decisões pertinentes à condução do processo político-eleitoral”, diz ainda o texto; cúpula se reuniu hoje em São Paulo e decidiu que qualquer anúncio só será feito após o sepultamento de Campos

    Péricles

    Concordo em quase tudo, Marcos. Exceto quando dizes que o PT tem de tirar proveito do ocorrido. Não vejo assim. Não vejo que proveito há para o PT.
    A meu ver o PT precisa analisar cuidadosamente as possibilidades e reconfigurar sua estratégia para adequar-se à nova realidade.
    Acho até que o PT tem penetração suficiente no PSB para conversar com alguns de seus líderes sobre uma possível saída do processo e um eventual apoio à Dilma. É possível até que isso possa ser visto como “tirar proveito”. Não acho que seja.
    No mais estou contigo: POLÍTICA NÃO É PRA AMADOR. Aos mortos nossa homenagem. Aos vivos uma realidade melhor. Todos ao trabalho. Um abraço.

    Mário SF Alves

    Uma aula, companheiro. Viva!

Cezar Rio

A DIREITA NÃO PERDE TEMPO – MATA
Com os atuais números, a eleição provavelmente seria decidida no 1º turno, a favor de Dilma.
Tudo que a direita não contava. CIA, bancos, mídia etc esperavam que no início da propaganda na TV a oposição estivesse empatada com Dilma. Não deu. Solução, morte ao mais fraco e imediato “incensamento da Blablarina” (PHA).
A direta matou dois coelhos com uma cajadada só: divide o eleitorado feminino (50% de brasileiros) e concentra o eleitorado pentecostal (22% de brasileiros) na candidata evangélica. BINGO: 2º turno a vista.
A candidata evangélica não chega ao 2º turno, mas empurra o pleyboy do Leblon para lá. Aí é outra conversa: tempo de TV igual e a mídia amiga criando torpedo de papel, aloprados, ficha falsa da Dilma, dinheiro no exterior e quejandos.
Não custa lembrar, quando contrariada, a direita trucidou Lincoln e John Kennedy e Otto von Bismarck (1815-1898), o chanceler de ferro prussiano dizia: “os cidadãos não dormiriam tranquilos se soubessem como são feitas as leis e as salsichas”. Leia-se aqui “lei” como política.

    evair da costa nunes

    Sempre lembro dessa frase de efeito, mas não sabia quem a havia dito, acrescentaria diplomacia que, acho foi o original!!!!!!!!! Quem dormiria tranquilo, só quem faz que é o responsável por acontecer!!!!!!!!!

    Daniel

    Perfeito. E acrescento que também é gasto um considerável esforço em manter as aparências de que vivemos em uma “democracia”, quando na realidade vivemos em uma “plutocracia”.

Willson

Meus sentimentos aos familiares de todas as vítimas do nefando acidente. Que Deus possa confortar os corações de cada um de vocês, para que possam superar a dor o mais breve possível. Quanto aos possíveis desdobramentos eleitorais do acidente, é cedo demais para especular.

Isaura

Para manter o caviar e o vinho, meu caro, que importa se o cadáver tá fresco? Este pessoal sempre viveu de matar o povo.

Raimundo

Pernambuco vai com Dilma, não somente por conta do ex-presidente Lula, mas também por conta da memória de Eduardo e Dilma inaugurando obras ao longo dos últimos anos. Mas o momento não é para isso, o momento é de dor.

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