Cynara Menezes: Imitar os EUA e legalizar aborto, maconha e casamento gay
Tempo de leitura: 4 minMarcha pró-aborto nos EUA. O aborto é legalizado no país desde 1973. Foto: Peter Keegan
A direita está certa:devemos imitar os EUA e legalizar maconha, casamento gay e aborto
por Cynara Menezes, no Socialista Morena
Os reacionários brasileiros adoram os Estados Unidos. Costumam passar, inclusive, as férias em Miami –o que corrobora seu profundo mau gosto, já que o país é imenso e tem dezenas de outras cidades mais interessantes. Para a direita tupiniquim, os EUA são a Terra Prometida, onde jorra leite e mel. A economia deles é fantástica, a educação, a saúde, o cinema… Eles admiram até a junkie food, aquela comida péssima que fez os índices de obesidade irem à estratosfera por lá. Enfim, se dependesse dos reaças, o Brasil imitaria o Tio Sam em tudo. Tudo mesmo? Será?
Claro que não! Existem conquistas dos norte-americanos que a direita brasileira faz tudo para esconder de você. Quando se trata destes assuntos, eles preferem mirar o Irã, o Afeganistão ou qualquer nação islâmica radical onde as mulheres andam de burca e onde tudo é proibido em nome de Deus. A Terra Prometida dos reaças, na verdade, é um mix de Estados Unidos por fora e país fundamentalista por dentro. Uma miragem para enganar trouxa.
Imagine se a reaçada brasileira, que adora macaquear os EUA, iria querer que nós imitássemos, por exemplo, a lei de aborto norte-americana. A obscura direita nativa, que em toda eleição tenta criar celeuma em torno do aborto, prefere ocultar do povo que, na terra de George Bush e Barack Obama, pode-se interromper a gravidez legalmente em absolutamente TODOS os 50 Estados desde 1973. A interrupção pode ser feita até a 22ª semana de gestação e, em 17 Estados, o atendimento ao aborto é realizado pelo serviço público de saúde. Nos demais, em clínicas particulares.
O aborto, além de ser um direito e uma escolha da mulher, é uma questão de saúde pública. Centenas de mulheres morrem anualmente por causa de abortos mal-sucedidos no Brasil, porque, é claro, eles continuam a ocorrer mesmo proibidos por lei. E o número de abortos com a legalização, ao contrário do que a direita costuma dizer, vem caindo a cada ano nos EUA. Segundo um estudo divulgado em março deste ano, o total de abortos praticados nos EUA caiu para o mesmo patamar de antes da decisão da Suprema Corte, em 1973.
Outra coisa que nós poderíamos imitar dos gringos: 23 Estados e o Distrito de Colúmbia, onde está situada a capital, Washington, já aprovaram leis descriminalizando o porte de pequenas quantidades de maconha; 22 Estados permitem o seu uso medicinal; e dois deles, Colorado e Washington, legalizaram a maconha inclusive para o uso recreativo.
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Um dos argumentos patéticos da direita burra (ups, pleonasmo) contra a legalização da maconha –e contra até se discutir abertamente este tema– é que existem “assuntos mais importantes” para se tratar. Nada mais falso. A proibição da maconha sustenta o tráfico de drogas e aumenta a criminalidade. Quer assunto mais urgente do que reduzir a violência? Só para se ter uma ideia, em Denver, no Colorado, os crimes caíram em 10,6% apenas cinco meses após a legalização da maconha no Estado.
A legalização da maconha nos EUA também está quebrando o narcotráfico no país vizinho, o México. Outro aspecto importantíssimo: com a legalização, as cadeias dos EUA, as mais populosas do mundo, não vão lotar de meninos negros levados em cana apenas porque fumavam um baseado, como ocorre hoje. O próprio presidente Barack Obama denunciou: “Garotos de classe média não são presos por fumar maconha. Garotos pobres são. E há mais garotos afro-americanos e latinos entre os pobres e com menos condições de se defender para evitar penas duras”. A criminalização da juventude pobre e negra por causa da maconha também ocorre no Brasil. Mas a direita não está nem aí.
Um terceiro item para imitarmos dos norte-americanos: o casamento gay. O governo federal, 21 Estados e o Distrito de Colúmbia reconheceram legalmente a validade dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Em junho deste ano, o presidente Barack Obama estendeu todos os benefícios federais do matrimônio tradicional aos casais gays. Isso inclui as leis de imigração: estrangeiros casados com gays norte-americanos passaram a ter o direito de permanecer no país, como acontece com os heterossexuais.
O mais interessante é que Obama nem sempre pensou assim. Seu pensamento sobre o casamento gay evoluiu a partir de 2012, quando declarou publicamente: “Em certo momento eu concluí que para mim é importante ir em frente e afirmar que casais do mesmo sexo devem ter o direito de se casar legalmente”. Em junho, durante uma recepção para gays e lésbicas na Casa Branca, Obama disse: “Se nós somos de fato criados iguais, então a maneira que amamos outra pessoa também deve ser igual”.
Portanto, faço aqui um reconhecimento: a direita está certa! Vamos copiar os Estados Unidos já. Eles são realmente um modelo para nós.
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Comentários
FrancoAtirador
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Feliz Dia dos Pais!
Aos Pais-Pais
Aos Pais-Mães
E às Mães-Pais.
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Romanelli
esta havendo censura por aqui ?
Será que só vai valer “postar” opiniões que coincidem com vossas linhas editoriais ?
se sim, pela falta de legislação que os PUNA exemplarmente, tudo bem ..mas bem que vcs poderiam deixar bem claro o que esta havendo, não é mesmo?
Romanelli
Interessante, a queixa, pela ENÉSIMA vez, passa ..mas a opinião BARRA
Realmente, viver em democracia é uma barra ..difícil quando temos dever moral e ético de darmos a palavra, não achas ?
quem sabe na próxima vêz
Almerindo
Romanelli, VOTO NA DILMA (como SEMPRE votei no Lula), e concordo em TUDO o que você disse. PARABÉNS.
VIVA O SEXO SEGURO E RESPONSÁVEL!!!!!!!!!!!!!!! O espírito se une ao corpo NA FECUNDAÇÃO. FATO!!!!!!!!
evair da costa nunes
Por que Romanelli, você faz parte daquela direita citada no texto???????
Romanelli
Não tenho NEM time de futebol, quanto mais alinhamento automático a pensamentos e pessoas sectárias.
A democracia exige uma boa dose de tolerância que a IMENSA MAIORIA jamais estará apta a compartilha-la ..se que unanimidade, vá a uma igreja, penso
Colega, no caso afirmo que quem pede pela liberação do aborto NÃO esta pedindo pela dignidade, respeito, muito menos pelo direito da mulher (que por gerar OUTRA vida, já não é só dela), mas SIM pessoas atrasadas que IGNORAM os métodos contraceptivos, a importância dum sexo LIVRE, maduro, porém SEGURO, gente que ainda prefere, na base da vitimização INFANTIL, fugindo das suas responsabilidades, prefere manter as mulheres cativas aos seus CAPRICHOS e a praticas primitivas.
Quanto a liberação da maconha denuncio que isso é uma ONDA patrocinada por produtores como o Canadá que já instalaram uma industria que movimenta US$ 7 bi ano (só ele).
Como pode não darmos conta dos DANOS de outras drogas já tidas como lícitas e permitirmos agora irmos a uma outra aventura.
A MACONHA, ao contrário do cigarro e álcool (tb nocivos) visa EXCLUSIVAMENTE alienar, mudar o comportamento do usuário ..pessoas sob seu efeito ficam IMPRESTÁVEIS – ao menos no CP – à sociedade (pode rir à vontade rsrsrs)..não conseguem desenvolver com SEGURANÇA qq atividade que requeira atenção, concentração ..suas mais recentes cepas – esta-se provando – são altamente cancerígenas e aumentam as chances de se desenvolver surtos de paranoia e esquizofrenia (tipo daime que de santo não tem nada).
A falência em seu combate não se dá por ela ser uma ONDA inevitável (como é que com o cigarro caiu e como as drogas não entram em países muçulmanos) ..no nosso casso o problema é mais embaixo, e com ou sem a maconha, nós teremos que enfrentá-lo ..a ausência de Estado pra uma sociedade vagabunda, assassina, corrupta e violenta como a nossa.
Prefiro que as terras dedicadas a esta plantação continuem (de verdade) sendo sequestradas e dadas À produção ..mais vale, e sai MUITO mais barato, um traficante preso do que 10 viciados soltos e dependentes.
Romanelli
a propósito, evidente que sou a favor da UNIÃO CIVIL
Claro que sou CONTRA a obrigatoriedade de igrejas aceitarem o matrimônio se não quiserem
..mesmo pq, penso que é um contra senso, ridículo mesmo, um GAY querer casar numa Igreja que não o aceita (teve casos até de quererem usar vestido véu e grinalda) pois aqui, acredito, antes de tudo estaremos tratando de um caso de desvio, tara, de EXIBICIONISMO, ou dum processo sado masoquista ..temas estes que, parece, não estão em discussão no momento
Urbano
No Brasil já estão legalizando roubos bilionários, assassinatos, fraudes, corrupções e crime sexual dos bandidos da oposição ao Brasil…
lukas
Eleições estão aí. Dilma defenderá a legalização do aborto? Pode-se perguntar a ela ou vocês vão considrrar baixaria de novo?
Aline C. Pavia
Quem tiver alguma outra opção para tratar de forma humana e digna as 1,5 milhão de mulheres que abortam a cada ano no Brasil, que exponha. Qualquer alternativa, qualquer uma, é melhor do que polícia, boletim de ocorrência, advogado, delegado, juiz, corpo de delito, IML e cadeia. Todos homens.
José
Aline
O Jorsom já apresentou a “solução” que vai agradar segundo ele feministas e religiosos. Na falta da camisinha faça o famoso numeral invertido.
Jorsom
Claro que a sugestão foi uma piada sobre a obsessão de feministas e religiosos pelo assunto, eu já tinha noção de que alguns não entenderiam como tal. A intenção do meu comentário foi alertar para o fato de que a saúde pública brasileira não está preparada para receber essa demanda se esse projeto for aprovado. No Brasil a estimativa é de um milhão e meio de abortos clandestinos e cerca de duzentos e cinquenta mil destes são de abortos mal sucedidos. As mulheres vítimas de maus procedimentos acabam sendo atendidas na rede pública de saúde e esse já é o segundo procedimento mais procurado na obstetrícia e ginecologia do SUS. É comum hoje em dia reportagens mostrando grávidas percorrendo vários hospitais para serem atendidas, isto é reflexo da sobrecarga destes hospitais.
Segundo dados do PNA cerca de 95% das mulheres que abortam são pobres e 84% com idade entre 18 e 40 anos. Quem conhece de perto a realidade destas mulheres sabe que a maioria delas passam a maior parte de suas vidas no trabalho e no percurso de ida e volta, vem de vários relacionamentos e muitas delas têm um pai cada filho, são jovens querem se divertir e namorar, portanto o que lhes falta é a informação sobre como fazer sexo de forma segura. Um dado interessante; no Uruguai com a descriminalização a prática do aborto passou de 33 mil para 4 mil casos ao ano, porém o que causou a diminuição drástica no número de abortos foi uma campanha maciça de saúde pública da forma certa para o público certo. O erro das campanhas no Brasil é querer agradar feministas e religiosos e o foco central fica difuso e sem nexo.
FrancoAtirador
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Adendo às sugestões da articulista:
Querem adotar os United States of America como paradigma?
Tudo bem.
Então façam uma Reforma Agrária como eles realizaram no século 19;
Apliquem rigorosamente uma Lei Federal AntiTrustes como os norte-americanos fizeram por mais de um século, impedindo a formação de cartéis e oligopólios e, por conseguinte, permitindo a livre concorrência entre as empresas, e, ao mesmo tempo, estimulando a indústria produtiva nacional e não a rapinagem estrangeira;
E implementem uma legislação que regula a mídia empresarial e que impede a propriedade cruzada, como fizeram os ianques, o que possibilitou a livre expressão de idéias e a circulação da cultura deles pelo mundo.
Invistam na pesquisa científica nacional, fundamentalmente voltada à área da saúde, para prevenção de doenças e produção de medicamentos;
Adotem um modelo curricular único no Ensino Básico em todo o País, resguardando a riqueza do folclore regional, mas prezando pela unidade nacional e mirando no desenvolvimento social cooperativo e participativo de toda a Nação.
Façam isso, se querem realmente um Brasil democrático e culturalmente plural, como até certo ponto já foram os United States of America,
já que, depois do neoliberalismo de Reagans e Bushs, nem Democracia existe mais lá, mas, infelizmente para a Humanidade, um Estado Policial Espião.
Não adianta querer atalhar o caminho, porque a História sempre puniu os aqueles que buscaram atalhos políticos e econômicos sem sustentação em bases sociais sólidas.
Como dizia um certo Vladimir:
“Quem não tem Ideologia é Escravo da Circunstância”.
God save the Queen or King save the People.
Bye, Bye, BraZil!
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killimanjaro
Demais!
muito bom isso
Mauro
Em relação ao casamento gay, eu sou a favor,porque a legalização beneficia os gays, e não causa impacto negativo à coletividade, nem aos não gays.
Quanto ao aborto, antes é preciso uma campanha ( melhor do que a que já existe) de educação sexual nas escolas e na midia, para que quando ele for legalizado, as crianças e os adolescentes já sejam pessoas mais maduras e conscientes.
Quanto à maconha, há que se fazer uma distinção: não é a maconha que é medicinal, e sim substâncias que compõem a maconha.
Bem antes de se legalizar a maconha, é preciso ter mais estudos conclusivos sobre o efeito de sua legalização na sociedade.Ainda não existem estudos que comprovem se vai ser melhor ou pior.O próprio presidente do Uruguay, que liberou, não sabe se vai ser melhor ou pior.
Não tenho opinião formada se é melhor ou pior para a sociedade, mas eu sou contra a liberação de uma coisa que não se sabe o efeito.
É preciso pensar em todos os envolvidos, e nas consequências.O direito de quem não usar tem que ser tão preservado quanto o do usuário.
vivemos num país em que as pessoas não respeitam as leis, se respeitassem não estaríamos discutindo isso , porque não teríamos os usuários de drogas.
O cigarro, para quem não fuma, é insuportável, provoca alergias e males decorrentes da ingestão passiva.E o fumante não paga indenização ao fumante passivo para isso.Muitas pessoas que fumam são mal-educadas e não respeitam os não-fumantes.Se liberar a maconha, sem leis rígidas do seu uso, como é que ficam os que não fuma e acham o cheiro insuportável?Vamos ter praias para “maconheiros e não-maconheiros”?Já que o cheiro vai longe.
Discordo totalmente da autora do texto no sentido de que não se trata de discussões de direita e de esquerda.E sim, o que é melhor ou pior para a sociedade como um todo.Não podemos reduzir o discurso a essa dicotomia.
Eu não gosto de me rotular, mas definitivamente não sou de direita,se tivesse que ter um definição, seria “sou de esquerda” todos os meus ideias são contra a concentração de renda, etc.Mas é preciso termos bom senso!
José Toco Melo
Boa matéria, muito bem sacada.
Fernando
O artigo é até legalzinho, sem muito fundamento, mas esses ataquezinhos pessoais da tanto descrédito e infantilidade a autora que a preguiça na hora de ler cresce.
Mar da Silva
A direita nativa também poderia exigir que os juros cobrados pelas operadoras de cartão de crédito fossem como os dos EUA.
Afinal, sem crédito não há capitalismo. E direita e capitalismo andam juntinhos.
Nigro
Ridiculo texto.
Obviamente sou amplamente favoravel aos três tópicos. Especialmente o aborto. Isso é baboseira religiosa. Quer for contra, não o pratique. Quanto à maconha, ainda que seja contra o seu uso, acredito que é escolha de cada um.
Devemos copiar sim os EUA. Fortalecer as empresas, privatizar em massa- inclusive a petrossauro, acabar com o bndes.
Baixar os impostos. Construir mega estradas espetaculares, para andar com carrões pela metade do preço daqui, sem ipva, com asfalto de primeira e gasolina por uma merreca.
Liberar o porte de arma, para podermos ter a escolha de nos defendermos, estourando os miolos de quem o merecer.
Liberar o jogo, aginal nao somos crianças. Ondinheiro é meu, se quiser me matar no jogo- problema meu.
Quanto ao “junk food”- fale por voce. Em minhas viagens aos EUA o mais proximo que chego disso é o Cheesecake factory. Camarões gigantes deliciosos BEM mais baratos que aqui. Ou a carta de vinhos espetaculares, inclusive com vinhos Argentinos e Chilenos- pela metade do preço daqui , isso depois de viajar 5000 milhas!
God bless America.
alexandre
liberar drogas …
elas ja estao liberadas, o estado só nao cobra imposto sobre elas.
a liberaçao seria dar um liberou geral pois descrimizaria o trafico.
nao sei se esta articulista é maconheira, mas liberar as drogas é abrir as portas do inferno.
devemos é começar uma guerra de exterminio contra os traficantes.
a vitoria das drogas é o fim da civilizacao ocidental.
drogas devem ser encaradas como o pior inimigo das familias.
tudo contra as drogas.
executemos os traficantes.
e os drogados que apologizam as drogras.
Riri Farinha
Olá, Cynara: Mais uma pérola do seu elogiado repertório. Parabéns. Abs.
Jorsom
Embora eu concorde com duas das proposta da Cynara Menezes quero deixar uma sugestão para a proposta que não concordo,a legalização do aborto. Acho que vai agradar tanto as feministas quanto aos religiosos. Sabemos que a saúde pública no Brasil ainda está longe do nível desejado por todos nós e a utilização dos hospitais públicos para o uso de mulheres que queiram abortar só vai piorar uma situação que já é caótica. A sugestão é bem simples, uma campanha em rede nacional, nas escolas e nas universidades incentivando os casais que no momento caliente não tenham em mãos um preservativo.Ligue para a farmácia e peça um preservativo e pratique o sexo oral a dois enquanto o entregador chega com a encomenda. Seria uma forma simples de resolver uma questão muito complexa.
Nigro
O que??? Que piada é essa? É piada né?
Uma politica para o “disque preservativo”? Se o cara quer ele que compre antes .
Esquerdopatia patética precisar do governo até para transar…
Fernando
não poderia deixar de comentar isso aqui também
Jorsom, eu ri tanto, mas eu rí tanto com seu comentário, que você não tem noção.
Obrigado.
Ainda estou rindo.
Tonho
Incrível como para qualquer coisa um JENIO tem uma teoria fantástica no BR.
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