A trajetória de uma declaração distorcida: Lula não disse para jovens pararem de reclamar na internet
O Instituto Lula divulgou, no dia 21 de julho, um dos oito vídeos da série em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dialoga com a juventude. Na mensagem, ele fala sobre a importância de o jovem ter esperança e ajudar a construir o país que deseja. Duas horas após a divulgação, o portal Estadão trazia a manchete “Em vídeo, Lula sugere que jovens parem de reclamar” . O veículo escolheu uma declaração recortada e fora de contexto para um título que em nenhum momento é justificado pelas aspas que estão reproduzidas no corpo do texto.
No mesmo dia, a página da Folha Política, anônima, ajuda a repercutir a matéria:
Dois dias depois, a afirmação distorcida vira uma montagem do blogueiro Antonio Tabet, conhecido como Kibe Loco, que adiciona, sob o pretexto do humor, um tom de agressividade à declaração:
Apoie o VIOMUNDO
O programa de televisão “The Noite”, do SBT, apresentado por Danilo Gentili, também ajudou a repercutir a falsa declaração no Twitter e durante o próprio programa:
No vídeo, divulgado no dia 21, Lula fala duas vezes sobre a importância de os jovens transformarem seus descontentamentos e sonhos em ações para a construção de um país melhor. Leia a transcrição das passagens originais em que o ex-presidente fala sobre as reclamações na internet:
“Eu, ao invés de ficar reclamando aquilo que os outros fazem, aquilo que os outros têm, acho que a gente tem que trabalhar para transformar nosso sonho em coisas concretas.”
“De vez em quando, nós temos que nos perguntar: o que que eu fiz ou o que tenho que fazer, além de sentar no sofá, na frente da televisão, do computador e xingar todo mundo, dizer que ninguém presta? Qual foi a minha ação para criar o mundo que eu quero criar?”
Ou seja, a opinião do ex-presidente era para que os jovens fizessem mais do que apenas reclamar, um convite para que eles participassem das transformações que desejam. Infelizmente, essa fala de incentivo à participação política foi distorcida. Assista à íntegra do vídeo e tire qualquer dúvida sobre o que o ex-presidente realmente quis dizer:
Leia também:
Porta-voz de Israel ironiza o 7 a 1 e chama Brasil de “anão diplomático”
Comentários
tom
Não podemos admitir que os poderosos (Veja, Globo, Yahoo, Estadão, SBT, etc) continuem distorcendo ou ocultando a verdade.
Edna Lula
Na verdade, Lula disse somente que alguns jovens deveriam parar de ficar xingando o PT, a presidenta Dilma e ele mesmo na internet e trabalhar! Só isso.
Aristides Bartolomeu Novaes
Não precisamos nos preocupar muito com as mentiras dessa mídia capenga e elitizada pois, logo teremos o Programa Eleitoral, quando os brasileiros terão a oportunidade de conhecer as verdades do país, que são omitidas em todos os programas.
Além disso, estará em campo o ex-presidente Lula com a sua fala esclarecedora, para o público que realmente interessa: os mais necessitados cuja renda melhorou demais nos últimos 12 anos.
No governo do FHC e sua turma, só para lembrar, o mesmo pregava como sendo uma vantagem chegar a pagar um salário mínimo de 100 dólares, hoje em torno de R$ 220,00, apesar que à época era de apenas 80 dólares, ou R$ 170,00.
É como pensa hoje o Aécio do aeroporto de Claudio; é da mesma turma, pensamentos iguais.
Quando faltou chuvas no país a culpa era da Dilma que não investiu. Hoje, com 20 anos de administração do PSDB/DEM, essa mídia esconde que, as indústrias de São Paulo estão para parar por falta d’água. O castigo veio a cavalo. Deveria, pelo menos, fazer a cisternas que a presidenta fez no nordeste, já que o povo de São Paulo não merece tal sacrifício.
Dinis
O mais grave não é o PT ter deixado de fazer a “lei da mídia”, missão impossível com esta maioria capenga do congresso, mas sim manter esta Mídia, com milhões de reais de propaganda!
abolicionista
Reclamem com o ministro das comunicações…
http://www.mc.gov.br/
abolicionista
Aproveitem as liberdades democráticas, gozem das infinitas benesses da democracia representativa. Com certeza o ministro irá responder pessoalmente e converter suas demandas em ações vigorosas contra o oligopólio da mídia.
Zanchetta
Vcs queriam o quê? O “cara” só fala m…
abolicionista
Zanchetta, nenhuma ostra jamais reproduziu tantas pérolas quanto você.
Marduk
Queremos a Sininho nua na Playboy!
Mardones
Bastava um pouco de vontade do PT para convencer os ‘aliados’ a fazerem uma reforma nas comunicações, conforme preconiza a CF/88. Mas invés disso, o partido não entrar na batalha por mentes e aliados; e fica apenas rebatendo os crimes que sofre, após o dano causado. Até quando?!
FrancoAtirador
.
.
É A MÍDIA, DILMA… É A MÍDIA!
Uma política de comunicações desastrosa por parte do governo
é responsável por esse clima que coloca em risco
a continuidade do projeto democrático e popular.
É equivocada a alternativa entre uma imprensa barulhenta
– que diga o que bem entenda – ou uma mídia calada.
Esta era a alternativa durante a ditadura.
Na democracia a alternativa é
entre uma mídia monopolista,
que só propaga a voz dos seus donos
ou mídia democrática, pluralista.
Por Emir Sader, na Carta Maior
Qualquer comparação minimamente objetiva dos governos tucanos e petistas – dos candidatos que representam a um e a outro – permitiriam prever uma vitória eleitoral ainda mais fácil do governo neste ano.
Ninguém duvida dos resultados dessa comparação, ainda mais que o candidato tucano
reivindica a mesma equipe econômica de FHC e seu gurú econômico
repete os mesmos dogmas que levaram os tucanos a nunca mais ganharem
eleição nacional no Brasil depois que essa equipe governou o país.
Enquanto a candidata do governo representa a continuidade do projeto
que transformou positivamente o Brasil desde 2003 e seu aprofundamento.
No entanto, as pesquisas e o clima político e econômico
mostram um cenário um pouco diferente.
Somente o nível de rejeição que as pesquisas – maquiadas ou não – da Dilma
e do governo – o dobro da rejeição de Aecio, segundo as pesquisas –
já revela que outros fatores contam para entender as opiniões das pessoas.
Para um tecnocrata, para uma visão economicista ou positivista da realidade,
a consciência é produto direto da realidade objetiva.
Basta transformar a esta, que as pessoas se darão conta
das mudanças e do seu significado.
Não levam em conta o papel fundamental da intermediação
que exercem os meios de comunicação.
A realidade concreta chega às pessoas através das representações dessa realidade,
processo em que a mídia exerce um papel determinante.
Essa visão ingênua não entende o que é a ideologia
e como a fabricação dos consensos pela mídia monopolista atua.
A mídia conseguiu fabricar consensos como os de que a Dilma seria uma presidente incompetente, o governo seria corrupto, a política econômica fundamentalmente equivocada e a Petrobrás um problema, a inflação descontrolada, a economia estagnada e sem possibilidade de voltar a crescer.
Por mais que se possa, racionalmente, desmentir cada uma dessas afirmações,
são elas que permeiam os meios de comunicação e formam parte da opinião pública,
contaminada pelo terrorismo em que aposta a oposição política
e seu partido – a Mídia.
Uma política de comunicações desastrosa por parte do governo é responsável
por esse clima, que coloca em risco a continuidade do projeto democrático e popular
que o povo escolheu como seu em três eleições presidenciais.
O governo ficou inerte diante da criação desse clima
e o que poderia dizer ficou neutralizado
porque o governo não avançou em nada
na democratização dos meios de comunicação.
É uma atitude grave, porque alimenta uma oposição derrotada,
que se apoia no monopólio privado dos meios de comunicação
para desgastar o governo, sem que este reaja.
É equivocada a alternativa entre uma imprensa barulhenta
– que diga o que bem entenda – ou uma mídia calada.
Esta era a alternativa durante a ditadura.
Na democracia a alternativa é
entre uma mídia monopolista,
que só propaga a voz dos seus donos
ou mídia democrática, pluralista.
Ao não avançar na democratização dos processos de formação da opinião publica,
o governo coloca em risco todos os avanços acumulados desde 2003.
Não por acaso os votos duros de apoio do governo – os mais pobres, os do nordeste –
são os menos afetados pela influência da mídia,
são aqueles influenciados assim diretamente
pelos efeitos das políticas sociais do governo.
E os setores de classe média das grandes cidades são os mais afetados.
O Brasil não será um país democrático,
por mais que avancemos na diminuição das desigualdades sociais,
se somente uma ínfima minoria pode influenciar sobre a opinião dos outros,
impor os temas que lhes pareçam do seu interesse como agenda nacional,
difundam o tempo todo suas opiniões.
Não será democrático enquanto as pessoas possam ter acessos a bens indispensáveis,
mas não possam dizer a todos os outros o que pensam.
Senão seria perpetuar a divisão entre os que trabalham,
produzem, vivem no limite das suas necessidades, por um lado,
enquanto por outro lado estão os que, pelo poder do dinheiro,
podem ocupar os espaços de formação de opinião pública,
podem influenciar os outros, impunemente.
A razão pela qual um governo que promove os direitos
da grande maioria da população, até aqui excluída,
tem tantas dificuldades para traduzir esses avanços
numa clara maioria política, é a Mídia, é a Mídia.
(http://www.cartamaior.com.br/?/Blog/Blog-do-Emir/e-a-midia-Dilma-e-a-midia/2/31460)
(http://migre.me/kFAAX)
.
.
Serapião
O tempo do dinheiro fácil vindo para o Brasil parece que vai acabar. COm os EUA retomando o seu crescimento, a banca internacional vai aplicar lá, comprar títulos lá, ao invés de comprar aqui. Resultado?
Paulo Roberto
Faço minhas as palavras do internauta Trazibulo Meireles Souza: “Dá nisso Dilma não ter feito a regulamentação da mídia, para que se tenha o direito de resposta imediatamente e na mesma proporção do ataque que o jornal dos banqueiros, Estadão, coloque na mesma página a mentira veiculada.”
Sidnei Brito
Não dá pra fazer muita coisa no caso do Estadão, exceto o instituto Lula mandar-lhe uma carta e torcer para que, com um pouco de sorte, o jornal publique uma resposta ou um esclarecimento, sem o mesmo destaque, claro.
O que me irrita mesmo é o caso desse tal de Gentilli, que comete as calhordices dele numa concessão pública. Fica assim, o cara mente na cara dura, numa concessionária de serviço público, e fica por isso mesmo?
Lula deveria entrar em contato é logo com o patrão dele, Silvio Santos, e ver o que dava pra fazer.
Lembram-se do caso de Higienópolis, quando esse babaca fez piada com o holocausto? Pois é, a comunidade judaica chiou e o nosso amiguinho, tão irreverente, tão destemido, tratou de rapidinho meter o rabinho entre as pernas.
Ah, que eu saiba, os nossos amigos da comunidade judaica não ficaram nem um pouquinho preocupados em “cercear” a liberdade de expressão do rapaz.
Marat
Esse é um dos modus operandi do PIG. Um deles assume o papel de mentir, e o restante já corre dar a notícia falsa. O povo intelectualmente mais humilde e os safados de sempre correrão para enviar a todo mundo via e-mail… Se vier o desmentido, já será tarde.
Estilac
Leiam o que publicavam muitos jornais, anteriores a primeira eleição de LULA, parece que é uma repetição dos mesmos artigos, só faltam agora chamar de novo REGINA DUARTE, pra dizer que o caos se instalara no Brasil, e que haverá uma fuga de empresas do Brasil!!
Julio Silveira
O problema com o estadão deve ser a antiguidade de seu infiltrado repórter. Ao invés de usarem desses aparelhos modernos para surdez, que faciltem a audição, o sujeito mostra que ainda esta na era da trombeta auditiva, e quando se houve mal é certo que se escreverá mal. Kkkkkk, e querem ser sérios.
lulipe
Busquem no google por “O maior mentiroso do mundo”, vejam quem aparece no primeiro link….
Julio Silveira
Ele estará anonimo, por que quase todo mentiroso prefere inventar historias de preferencia sem aparecer. Outros preferem viver na própria ilusão, distorcendo e contrariando fatos mesmo que seus olhos e ouvidos lhe mostrem, esses são chamados mitomaniacos. A proposito, já procurou um psicologo?
lulipe
Você fez a busca, Julio???
Julio Silveira
Claro, meu caro, com os resultados evidentes que você quer mostrar. Mas isso só reforça o que eu escrevi, e mais, que a internet ainda é um instrumento livre, até para torpeza de qualquer tipo.
FrancoAtirador
.
.
Depois de criar factóide repercutido pela Mídia Empresarial
com previsões catastróficas para a Economia do Brasil,
Banco Espanhol Santander desmente Nota que a própria Corporação Financeira enviou aos clientes.
“O Santander Brasil vem a público esclarecer que o texto enviado a um segmento de clientes, que representa apenas 0,18% de nossa base,
em seu extrato mensal, e repercutido por alguns meios da imprensa hoje, não reflete, de forma alguma, o posicionamento da instituição.
O referido texto feriu a diretriz interna que estabelece que toda e qualquer análise econômica enviada aos clientes restrinja-se à discussão de variáveis que possam afetar a vida financeira dos correntistas, sem qualquer viés político ou partidário.
Sendo assim, o Banco pede desculpas aos clientes que possam ter interpretado a mensagem de forma diversa dessa orientação, e reitera sua convicção de que a economia brasileira seguirá sua bem-sucedida trajetória de desenvolvimento.”
(http://imgur.com/52YPPn9)
(http://www.santander.com.br/portal/wps/script/templates/GCMRequest.do?page=6140)
.
.
sexta-feira, 25 de julho de 2014
O Apedeuta
Desde Amato, em 1989, elite demoniza nome à esquerda
Rejeitar um candidato de esquerda acima de todas as coisas é um dogma para a elite financeira e empresarial brasileira;
em 1989, na primeira eleição direta após o regime militar, então presidente da Fiesp Mario Amato produziu a pérola de que se Lula fosse eleito, 800 mil empresários sairiam do País com destino a Miami;
o que hoje é folclore, ali se levou a sério; mais tarde, em 2002, primeira vitória do petista teve campanha cercada por previsões catastrofistas jamais realizadas;
pelo banco Goldman Sachs, economista Daniel Tenengauzer chegou a criar um ‘lulômetro’ para equiparar disparada do dólar ao crescimento do PT nas pesquisas;
agora, banco Santander assusta clientes ricos sobre perdas com a reeleição de Dilma Rousseff;
desculpas não escondem repetição do mantra de cada quatro anos: o fim do mundo vem aí
(http://opedeuta.blogspot.com.br/2014/07/desde-amato-em-1989-elite-demoniza-nome.html)
.
.
FrancoAtirador
.
.
O Santander e a Lobotomia de uma Nação
Os Bancos são os Grandes Provedores de Conteúdo da ‘Rede Brasil aos Cacos’.
Eles dão a Corda, o Jornalismo Econômico dá o Nó, o País entra com o Pescoço…
Por Saul Leblon, na Carta Maior, via Revista Fórum
O banco Santander, informa a ‘Folha’, anexou aos extratos enviados a sua clientela de elite, o segmento ‘Select’, uma avaliação de natureza político eleitoral.
Caso Dilma se consolide na dianteira das intenções de voto, adverte o maior banco estrangeiro em operação no país, ações devem cair, os juros vão subir , o chão se esfarelar…
Em linguagem cifrada, ‘não deixe que isso aconteça: vote Aécio’.
Transformar extratos bancários em palanque da guerra das expectativas deve ser inclusive ilegal. O Ministério Público Eleitoral poderá dizê-lo.
O descabido, porém, não constitui anomalia no cenário brasileiro.
Os bancos são os grandes provedores de conteúdo da rede ’Brasil aos cacos’.
Eles dão a corda, o jornalismo econômico dá o nó, o país entra com o pescoço.
Gente treinada e bem remunerada, quadros de elite –não raro egressos do Banco Central no governo do PSDB, encontram-se disponíveis para somar forças com o bravo jornalismo de economia na missão de esgoelar o Brasil.
Um bunker tucano, como o Itaú, hoje uma espécie de Banco Central paralelo, figura como um dos grandes provedores de conteúdo do noticiário econômico.
O recado é sempre o mesmo: não há futuro para o Brasil se a urna sancionar um segundo ciclo do ‘intervencionismo’.
Quando as estatísticas teimam –como agora que a inflação desaba, o apagão se esvai, os juros futuros recuam e o pleno emprego resiste— recorre-se ao talento do jornalismo adversativo.
O varejo, por exemplo, quando cai é uma ‘tendência preocupante’; se sobe, ‘recuperou, mas é pontual’ .
Resultado bom ‘surpreende o mercado’. O inverso ‘veio em linha com as expectativas de deterioração do quadro econômico’.
É infernal.
A experiência brasileira sugere que não há ingrediente mais precioso na luta pelo desenvolvimento do que abrir espaço ao discernimento crítico da sociedade contra o monólogo da desinformação.
Sem isso, prevalecem interesses que se beneficiam do incentivo à amnésia histórica.
[…]
O Santander foi, na Espanha, um dos titãs da ciranda que legou ao país o maior encalhe de imóveis do mundo e um desemprego só inferior ao grego.
Em 2011, atolado em hipotecas micadas, jogou a toalha: anunciou uma moratória de três anos sobre o principal, em troca de receber pelo menos o juro dos mutuários espanhóis empobrecidos.
Em 2012, quando a corda apertava seu pescoço na Europa, o presidente do banco, Emilio Botín, aterrissou no Brasil.
Disse que o país era a sua ‘maior prioridade no mundo’: daqui saíam 30% do lucro global do grupo.
Em setembro de 2013, estava de volta.
Depois de reunir-se com a Presidenta Dilma Rousseff, anunciou:
‘Queremos participar ativamente do milionário Plano de Aceleração do Crescimento e financiar uns US$ 10 bilhões em projetos de infraestrutura . O Brasil tem se consolidado como uma grande potencia regional e global, com instituições sólidas e um sistema financeiro muito consolidado’
(EL País; 13/09/2013).
Dez meses depois resolveu lançar extratos bancários consorciados a panfletos eleitorais contra o ‘risco Dilma’.
A memória curta do Santander em relação ao país está em linha com a memória curta da mídia conservadora em relação à origem ‘da crise de confiança’ cujo fato gerador não apenas persiste , como ensaia um novo pico explosivo.
Fatos.
Dos mais de US$ 25 trilhões despejados no sistema financeiro dos EUA desde 2009, para mitigar o caixa rentista, apenas 1% ou 2%, no máximo, chegaram aos lares assalariados, na forma de crédito e financiamento.
O que avulta, ao contrário, é uma explosão irracional dos preços da papelaria financeira sem lastro na riqueza real –a mesma doença pré-2008:
Na zona do euro, onde o Santander é a maior instituição bancária, a desproporção entre a valorização dos ativos (títulos, ações etc) e a curva do emprego e do consumo, replica a dança na boca do vulcão.
Estima-se que nos EUA grandes corporações tenham uns US$ 7 trilhões queimando em caixa. Liquidez ociosa à procura de fatias da riqueza real para uma transfusão de lastro.
Com a economia internacional flertando com a estagnação há seis anos, novas bolhas especulativas engordam no caldeirão.
A Facebook, por exemplo, acaba de pagar US$ 19 bilhões (8% de seu próprio valor) por uma startup, a WhatsApp.
Para que o negócio justifique o preço terá que duplicar sua base de usuários para 1 bilhão.
Com o dinheiro barato irrigado pelo Fed, grandes corporações norte-americanas tomam recursos a juro negativo para recomprar as próprias ações.
O artifício permite bombar balanços sem incrementar a produção.
Estima-se que mais de US$ 750 bilhões de dólares foram utilizados nessas operações em 2013.
Outra evidência da fuga para frente do capital fictício é a súbita procura por bônus de economias reconhecidamente cambaleantes.
Casos da Grécia, Espanha e Portugal, por exemplo.
Os lanterninhas do euro lançaram emissões no mercado financeiro este ano e conseguiram captar bilhões a juros baixíssimos.
Rincões cada vez mais improváveis faíscam aos olhos da sofreguidão especulativa.
A última ‘descoberta’, a África, vê pousar fundos primos dos abutres que acossam a Argentina. Tão aventureiros quanto, compram emissões de Estados acuados por guerras e conflitos étnicos.
A ideia é receber pelo menos uma parte da remuneração indexada a juros cinco a seis vezes acima do custo de captação nos EUA; depois cair fora.
É nesse ambiente camarada que o Santander resolveu reforçar a lobotomia em curso no imaginário brasileiro.
Fomentar a crise de confiança é a pedra basilar de um mutirão eleitoral para escancarar as comportas que permitam ao capital ocioso avançar por aqui, como se o país fosse um banco de sangue complacente à transfusão requerida pela especulação global.
Estamos falando de um alvo de cobiça com população equivalente a dos EUA nos anos 70. E uma renda pouco superior a 1/3 daquela dos norte-americanos nos anos 30.
Com uma distinção não negligenciável: a distribuição no caso brasileiro é melhor que a dos EUA então, atropelado por uma taxa de desemprego que chegou a 27% em 1937.
O Brasil vive perto do pleno emprego; tem população predominante em idade produtiva; um potencial de demanda ainda não atendida e recursos estratégicos abundantes, a exemplo do pré-sal.
Nada sugere que estamos diante dos ingredientes de um fracasso, como aquele vaticinado dia e noite pela ‘Rede Brasil aos Cacos’.
A curetagem conservadora, porém, pode anular a alma de uma nação,
se conseguir convencê-la a rastejar por debaixo de suas possibilidades históricas.
(http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/07/o-santander-e-lobotomia-de-uma-nacao)
(http://migre.me/kEuWO)
.
.
Fabio Passos
Este jornal decadente aposta que todos os brasileiros são imbecis como os leitores do PiG… mentem e são quase imediatamente desmascarados.
Felizmente temos temos a rede para divulgar a verdade.
O desespero diante de uma nova e fulminante derrota eleitoral está levando o PiG-psdb ao suicídio.
Edna Lula
Precisamos abrir espaço para bancos do continente africano operarem no Brasil. Quem precisa de Santander e suas mentiras, quando seria possível operar com:
African Bank Limited
Bidvest Bank Limited
Capitec Bank Limited
FirstRand Bank – A subsidiary of First Rand Limited
Grindrod Limited
Imperial Bank South Africa
Investec Bank Limited
Nedbank Limited
Sasfin Bank Limited
Teba Bank Limited
Standard Bank of South Africa
Precisamos pensar numa política de cotas para os bancos que operam no Brasil.
Marcio Ramos
PARA SABER MAIS DA MIDIA BANDIDA.
Nascidos para perder – História do jornal da família que tentou tomar o poder pelo poder das palavras – e das armas Autor: Mylton Severiano
ISBN: 978-85-7474-589-3
Páginas: 280
Peso: 400 g
Ano: 2012
Este livro, mais que a história do Estadão, expõe sua vocação para a conspiração, e a derrota. Como você vai comprovar, o Estadão não é mais o tal. Tanto que os colegas da nova geração, quando querem desnudar a empáfia dos jornalões, não se lembram dele. A última brincadeira foi com a Falha de S. Paulo.
Palmério Dória
O livro conta a história d’O Estado de S. Paulo, fundado em 1875 para defender interesses de fazendeiros, capitalistas e republicanos paulistas. Graças aos encantos da atriz Luísa Satanella, um sócio deu um desfalque e com ela se foi para a Itália em 1902, pondo o jornal todo no colo da família Mesquita, de Júlio I. Sob a fachada de liberal, gente do Estadão no entanto chegou a conspirar e até a aderir à luta armada, como em 1932, quando sentiu suas aspirações ao poder ameaçadas. Perdeu todas as eleições na República Velha, perdeu em 1930, 1932, mesmo em 1964 – sob censura após o golpe vitorioso que apoiaram, e cedem lugar aos Frias em 1984 ao negar apoio às Diretas Já. Perdem em 2002 e 2006 para Lula, em 2010 para Dilma.
Estando para nós como The New York Times para os americanos, chega ao auge no governo Geisel, em plena ditadura, contra a qual assestam golpe que nenhum outro jornal ousaria, a série conhecida como “escândalo das mordomias”. Ao mesmo tempo, montam a maior rede de sucursais, com correspondentes até no exterior. Com a quarta geração, sobrevindo uma série de erros, o jornal cai nas mãos de banqueiros, “engenheiros”, perde a importância de outrora. A saga, apurada com ajuda de alguns dos maiores repórteres brasileiros, inclusive da antiga equipe do Estadão, e escrita por Mylton Severiano, expõe a História do Brasil no último século e meio tendo como pano de fundo a história de uma família que teve um grande jornal.
Todo empreendimento humano segue a lógica do ciclo vital: nasceu, já começa a morrer. Não estamos a contar novidade. Morrem fábricas, bancos, casas comerciais, escolas, nações, impérios – e jornais. Aos 74 anos, morreu em 1975 o Correio da Manhã; o Correio Paulistano aos 109 anos, em 1963; e mais recente finou-se a versão em papel do Jornal do Brasil, aos 119 anos.
Tal como acontece com os seres, alguns jornais vivem mais, outros menos, de acordo com o que determina seu DNA, sua fonte de alimentação, seu comportamento.
Diz o povo que se morre ou de morte morrida ou de morte matada. O que impressiona na trajetória do Estadão é a persistência da família Mesquita em erros administrativos, escolhas políticas desastrosas, bem como a assiduidade com que perdem praticamente todos os “bondes da história”.
Dos bondes perdidos, o mais clamoroso foi talvez deixar a Folha empunhar sozinha a bandeira das “Diretas Já” em 1984. Dos erros administrativos, campeão foi mudar do centro da capital paulista para a várzea do Tietê, o que fez o jornal pela primeira vez não chegar às bancas por causa das enchentes de janeiro de 2010.
Apostam em Getúlio, perdem; apostam contra Getúlio, perdem. Jogam todas as fichas no movimento constitucionalista de 1932, e perdem feio; apostam no golpe de 1964, e perdem.
Para resumir, quando este livro é concluído, acabam de apostar contra Dilma Rousseff, eleita primeira mulher presidente do Brasil.
Os Mesquitas parecem o avesso de Deus: de hora em hora, a família piora. Chegando ao sesquicentenário, o jornalão tropeça nas pernas. Nascidos para Perder conta como o Estado chegou a esse estado.
O Autor:
Mylton Severiano, paulista de Marília, onde concluiu o ensino médio e um curso de música de seis anos, passou por inúmeras redações de jornais, revistas e telejornais, antes de se tornar free-lancer e dedicar-se a criar peças para campanhas eleitorais e a escrever livros. Publicou, entre outros, Se Liga! – O livro das drogas (Record) e a biografia Paixão de João Antônio (Casa Amarela). Ao concluir este livro em 2011 estava gravando um cd com músicas suas e em parceria com Katia Reinisch e Palmério Dória.
Edna Lula
Precisamos apoiar a MIDIA AMIGA e tirar os anúncios das estatais da MIDIA BANDIDA. Dessa forma, esgotaremos suas forças e o controle social da mídia estará feito. Simples.
Rosa L.
É por isso que se chama “Fel-lha”. Como diz PHA: Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões.
Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou.
E que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.”
Urbano
O artigo primeiro da cartilha do fascismo é: mentir acima de qualquer outra coisa. Logo, o pig se encontra devidamente inserido no contexto. Em decorrência disso, o estrago maior ocorre no segmento dos cretinos, cujo princípio é orelha parabólica e cérebro só para dor de cabeça.
Elias
Se tudo que sai nos jornais brasileiros, em termos de política e economia, fosse verdade, seríamos a última nação do mundo. Pelo contrário, estamos entre as seis mais importantes economias e somos uma das maiores democracias do planeta. Esse jornal, à beira da falência, já declarou que tem lado e seu lado mais contundente é o da mentira, tal e qual o outro que começa com F. (#AFolhaMente, #OEstadãoMente, #OGloboMente) Os papagaios que os repetem nas redes, nas rádios e nas TVs refestelam-se nessa lama que certamente não respinga nas cabeças pensantes de leitores, ouvintes e espectadores.
Elias
Um desses papagaios é Gentili Chantilly, o mais doce proletário que a direita adora.
assalariado.
Em curtas palavras. Deixemos de ser rebeldes sem causa.
Saudações Socialistas.
Rotor
Qual a novidade?
Lula disse que dava para ir aos estádios a pé , de ônibus , de trem e complementou” que babaquice é esta que é só de metrô”?
Manchete na primeira página da Folha: Lula diz que Metrô é babaquice
ricardo silveira
O Estadão é uma porcaria de jornalismo igual à Folha, apenas se diferenciava por não saber interpretar o que os outros diziam, agora já não se diferencia, é a mesma m…
Deixe seu comentário