Miro Borges: Para blindar Alckmin, mídia encobre greve nas universidades

Tempo de leitura: 2 min

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Alckmin não aceita negociar com as entidades sindicais e a greve já dura 40 dias

por Altamiro Borges, em seu blog

Os professores e servidores das universidades públicas de São Paulo estão em greve há 40 dias. Eles reivindicam aumento de salário e maiores investimentos no setor.

O governador Geraldo Alckmin, porém, não aceita negociar com as entidades sindicais da categoria e ainda sinaliza que deseja privatizar as instituições de ensino.

Já o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), reunido na semana passada, argumentou que a “folha de pagamento das três instituições passou do patamar prudencial adequado”. Na mídia paulista, totalmente vinculada aos tucanos, a greve não existe, não é notícia. Quando se refere à longa paralisação, os jornalões babam seu ódio contra os grevistas.

Em artigo editorializado publicado na sexta-feira (11), o Estadão acusou os sindicatos do setor de intransigentes por se recusarem a participar de uma falsa rodada de negociação.

“A Cruesp propôs uma reunião com as entidades sindicais dos docentes e funcionários administrativos na próxima semana, mas com a condição de que a questão salarial não seja incluída na pauta. Já os líderes dos grevistas continuam afirmando que os ganhos da USP, da Unicamp e da Unesp com as aplicações de suas reservas técnicas no sistema financeiro permitem a concessão do reajuste pleiteado. Também reivindicam aumento de 9,57% para 11,6% na cota do ICMS a que as três universidades têm direito”.

Para o jornalão, que sempre bajulou as universidades paulistas pessimamente administradas nos governos tucanos, a reivindicação salarial é absurda. “Atualmente, a Unesp e a Unicamp consomem, respectivamente, 95,42% e 97,33% de seus orçamentos com salários. Na USP, esse gasto é de 105,3%, o que tem obrigado a instituição a recorrer às reservas técnicas. É por isso que o Cruesp decidiu não conceder qualquer reajuste salarial em 2014. Já o governo estadual resiste ao aumento do porcentual do ICMS destinado às três universidades públicas paulistas, alegando que os problemas financeiros por elas enfrentados decorrem não de falta de verbas, mas de má gestão”.

O Estadão ainda critica as táticas usadas pelos grevistas. “Diante do impasse, as corporações sindicais apelaram para os mais variados artifícios, propondo aos estudantes, docentes e servidores que debatam ‘as concepções da Reitoria sobre a universidade pública’, busquem apoio político de ‘entidades científicas, movimentos sociais, personalidades e mídia alternativa’ e peçam audiência ao governador Geraldo Alckmin.

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Apoiados pela bancada do PT na Assembleia Legislativa, os grevistas alegam que o partido de Alckmin (PSDB) quer privatizar as universidades públicas, por ser ‘neoliberal’”.

O jornalão, a exemplo do restante da mídia, gostaria que a categoria morresse à míngua – de preferência em silêncio!

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Comentários

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Luís Carlos

Para blindar Alckmim mídia encobre o racionamento de água em SP. Volume moto virou lama. SP virou lama.

Luís Carlos

E o governo estadual diz que não faltam verbas mas os problemas decorrem de má gestão… … Mas as universidades são estaduais, então é má gestão do próprio governo estadual. Quanta sinceridade! Quanta incompetência!

    Fernando Garcia

    Olá Luis,

    desculpa mas você está enganado. A gestão das universidades paulistas é totalmente independente da gestão do governo estadual. As universidades paulistas apenas precisam seguir as regras do TCE e demais regras típicas da gestão pública. Contratação de professores, funcionários, planejamento intitucional, etc… tudo isso é decidido dentro das universidades.

Fernando Garcia

O artigo expressa um fato: sim, a mídia encobre a greve nas paulistas. Mas a ligação pretendida pela autor entre o governo e a situação das paulistas não é razoável. Não me levem a mal. Alckmin faz um governo ridículo cujas mazelas já foram expostas aqui várias vezes.

No entanto, independente da cobertura da mídia, Alckmin tem muito pouca relação com a lambaça das finanças nas universidades paulistas. Na verdade, a única grande ingerência ocorreu por parte de Serra, quando este escolheu o segundo colocado, Rodas, para ser o Reitor da USP.

Ainda sim, tudo o que Rodas fez foi atender aos pedidos dos sindicatos: contratou mil e tantos funcionários, vários docentes, aumentou os salários de funcionários e distribui prêmios financeiros.

Sobre a discussão em torno das paulistas, minha opinião é que a USP é sim pessimamente administrada. É uma instituição reacionária cuja recusa em buscar reformas selou seu destino.

No mais, não há um único funcionário/docente à mingua na USP como sugere o Miro no artigo. É mero exercício retórico. Em geral, espero ler coisa melhor aqui pelo Viomundo.

    Ricardo

    respondendo ao tal de fernando gracinha: como se pode oferecer mais com o mesmo recurso? A Usp desde a gestao Rodas(pessima) incorporou a faculdade de engenharia de Lorena e o campus leste e segundo noticiado, vai incorporar mais uma faculdade no interior. A Unicamp criou o campus da faculdade de tecnologia de Limeira neste mesmo periodo. Mas o repasse do icms para as unviversidades continuou o mesmo de antes destas incorporaçoes. Perguntao ao çabio de plantao: como faz pra manter uma casa se as despesas aumentam e a verba nao? Ou vc acha que para os grevistas nao existe inflaçao? As universidades tem suas reservas que nao deveriam ser mexidas exceto em caso de emergencia. Mas de que vale estas reservas se os servidores docentes e tecnico-administrativos estao sem reajuste com uma inflaçao que no ano passado chegou a 7.05% segundo o indice oficial? Se vc topar cortar 10% do seu salario sem reclamar, ahi a gente pode conversar….

Julio Silveira

Mas a mídia corporativa, na pessoa de seus principais representantes, se reúnem no Instituto Millennium, então esperar o que?
Eles são ideologicamente identificados, não são isentos.
Só os tolos para engolirem seu papel de independência.

Urbano

Os fascistas estão, a cada dia que se passa, ainda mais indóceis…

    Urbano

    Esse meu comentário é basicamente em referência ao que foi comentado pelo Notívago, sobre a pesquisa ghost feita por um instituto com uma aca de fascismo desgraçada. O pig descambou de vez para a notícia tipo não sei quem, não sei quando, me disse não sei o quê…

Notívago

Chamem a mãe Dináh. É muito mais confiável e barato

NOVA PESQUISA NA PRAÇA

Veja este primor de confusão intencional encontrada no JB online de hoje sobre uma suposta pesquisa, feita por um instituto misterioso, a ser lançada na praça nos próximos dias. Estou colando e comentando apenas os três primeiros parágrafos, mas a matéria completa pode ser encontrada em

http://www.jb.com.br/opiniao/noticias/2014/07/15/eleicoes-nova-pesquisa-pode-alterar-o-humor-do-palacio-do-planalto/ .

Vamos aos três primeiros parágrafos:

Jornal do Brasil

“Pesquisa de um importante instituto, que ouviu cerca de 5 mil pessoas no país, pode alterar o humor do Palácio do Planalto, para o bem ou para o mal. Os analistas acreditam que essa pesquisa, se realmente for divulgada, foi feita com o propósito de atingir seu objetivo. A queda da candidata à reeleição Dilma Rousseff.

Os analistas observam que a derrota do Brasil na Copa do Mundo deu ao eleitor um sentimento de revolta que induz o entrevistado a ser negativo com tudo o que significa poder. Afinal, o brasileiro sabe muito mais – e tem uma frustração muito maior – sobre Copa do Mundo do que sobre Pasadena.

Se procede tais informações, não surpreende os analistas se a candidata Dilma Rousseff, que teve nas últimas pesquisas crescimento de 34% para 39%, possa vir a ter – ou não – uma acentuada queda e chegue a níveis pouco acima de 30%”.

Comentários sobre a tal misteriosa pesquisa:

No primeiro parágrafo a gente lê: Pesquisa de um importante instituto, que ouviu 5 mil pessoas no país…

Ora, por que o articulista não deu o nome desse “importante instituto?” Como um repórter pode saber que o instituto ouviu 5 mil pessoa e não saber o nome do dito cujo?

Depois vem “pode alterar o humor do Palácio do, para o bem ou para o mal”. O articulista esqueceu de dizer que pode não haver alteração nenhuma nos números da corrida eleitoral, com relação a última pesquisa feita pelo misterioso instituto, não é verdade?

Em comparação ao articulista, eu sou mais a mãe Dinhá, que respondendo sobre a previsão do tempo para o dia seguinte, mostrou um conhecimento extraordinário de probabilidade: pode chover ou fazer sol; pode chover numa parte do dia e fazer sol na outra; ou poderá ainda ocorrer alternância de sol, chuva e nublagem.

Mas a melhor parte do texto é quando o articulista escreve: “os analistas (leia-se banqueiros e rentistas) acreditam que essa pesquisa, se realmente for divulgada, foi feita com o propósito de atingir seu objetivo. A queda da candidata à reeleição Dilma Rousseff”.

Uai sô!, Quer dizer que essa pesquisa poderá não ser divulgada? E só será publicada se atingir o seu objetivo que é o de mostrar a queda da candidata a reeleição Dilma Rousseff? Por que então não simular uma pesquisa como números falsos e negativos para Dilma?

Uma outra alternativa: quanto o MISTERIOSO instituto de pesquisa ira gastar (ou já gastou?) com esta MISTERIOSA pesquisa? Não teria saído também mais barato e mais seguro se tivessem chamado a mãe Dináh para dar um palpite que lascasse de vez a Dilma?

Sem dúvida, a mãe Dináh é muito mais inteligente e confiável do que o articulista que escreveu esta matéria.

Fernando

É verdade, a mídia , para blindar Alckmim , esconde a grave nas universidades estaduais. Eu só gostaria que o zeloso, probo e ardoroso defensor da equidade na grande mídia, o Sr. Altamiro Borges explicasse-nos a quem a mídia queria blindar quando escondeu a greve nas universidades federais, pouquíssimo divulgada pela grande mídia!

    Conceição Lemes

    Fernando, diferentemente do que vc diz, a mídia escancarou as greves das federais. sds

    Gersier

    ACORDA.Além de alienado é sonso.

Gersier

E hoje o senhor boris casoy,aquele do CCC e que detesta garis,no tal jornal da bandeirantes,como não tem mais como esconder que o racionamento de água ocorre por imcompetência dos tucanos que ha décadas desgoverna São Paulo,jogou cinicamente o Governo Federal na roda dizendo que as represas que geram energia elétrica,também dependem das chuvas.Quem disse a esse pulha que corremos o risco de ter “racionamento” de energia elétrica no Brasil?Agem como canalhas esses tucanóides imcompetentes.

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