Participação popular: Veja recebe 25 respostas mas não publica nenhuma

Tempo de leitura: 6 min

A piração leninista da Veja: o que eles fumaram?

Veja critica participação social, mas ignora esclarecimentos da Secretaria-Geral

10 de junho de 2014

do site da Secretaria-Geral da Presidência da República

A revista Veja publicou na edição desta semana, com data de 11/06/2014, editorial e matéria com muitos adjetivos e referências à história da União Soviética, a pretexto de criticar o decreto no. 8.243/2014, por meio do qual a presidenta Dilma Rousseff institui a Política Nacional de Participação Social. O editorial chega a caracterizar o decreto como “o mais ousado e direto ataque à democracia representativa em dez anos de poder petista no Brasil”.
10.06.2014 – Veja critica participação social, mas ignora esclarecimentos da Secretaria-Geral

A revista enviou, na quinta-feira passada, uma série de 25 perguntas à assessoria de comunicação da Secretaria-Geral da Presidência da República. As respostas, entretanto, não foram consideradas pelos redatores do semanário. Tudo indica que, quando não interessa à sua singular interpretação, a Veja não lê as respostas para suas perguntas. Se isso tivesse ocorrido, a revista teria se poupado de publicar erros grosseiros e evitado desinformar seus leitores. As respostas da Secretaria-Geral deixam claro que o decreto não cria nenhum novo conselho, nem invade as competências do Congresso Nacional, que é o responsável pela criação e pela legislação que disciplina os atuais 35 conselhos nacionais de participação social.

Para subsidiar o debate e corrigir os erros da revista, que além de não dar espaço ao “outro lado” em seus textos, também se recusa a publicar correções, publicamos a seguir as 25 perguntas da Veja e as respostas da Secretaria-Geral da Presidência da República.

A respeito do decreto 8.243 assinado pela presidente Dilma Rousseff:

 1) VEJA: Quantos Conselhos de Políticas Públicas serão criados a partir do decreto 8.243?

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Secretaria-Geral: O Decreto 8.243 não cria nenhum conselho. Ele estabelece diretrizes básicas para orientar a eventual criação de novos conselhos. Os 35 conselhos nacionais que já existem permanecem com suas estruturas atuais e poderão vir a se adequar às diretrizes do Decreto, caso seja constatada essa necessidade.

2) VEJA: Os conselhos são deliberativos ou consultivos?

Secretaria-Geral: Depende da natureza do conselho. Podem ser exclusivamente deliberativos ou consultivos, ou ainda concomitantemente deliberativos ou consultivos. Ou seja, podem deliberar sobre parte da política a que se referem, sendo consultivos em relação ao restante.

3) VEJA: O decreto fala que podem participar dos conselhos “cidadão, coletivos, movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”. Que critérios serão adotados para realizar a seleção dos integrantes do conselho na sociedade civil?

Secretaria-Geral: Os representantes da sociedade civil são selecionados conforme as regras específicas de cada conselho, definidas em seu ato de criação que, na totalidade dos conselhos, é decorrente, direta ou indiretamente, de leis debatidas e aprovadas pelo Congresso Nacional.

4) VEJA: Quem define os movimentos sociais que participarão?

Secretaria-Geral: Cada conselho tem definição própria, que decorre, direta ou indiretamente, de legislação de responsabilidade do Congresso Nacional.

5) VEJA: Independentemente de partido, o que impede que os conselhos previstos no decreto se tornem braços políticos dentro do governo?

Secretaria-Geral: A representação da sociedade civil nos conselhos reflete a diversidade política das organizações e movimentos que atuam em cada setor. Não há ingerência do Executivo na definição dos representantes da sociedade nos conselhos, não havendo registro de nenhuma contestação ou denúncia desse tipo de interferência.

6) VEJA: O que é “movimento social não institucionalizado” para efeitos do decreto?

Secretaria-Geral: São movimentos que, apesar de atuarem coletivamente, não se constituíram como pessoa jurídica nos termos da lei.

7) VEJA: O que são “grupos sociais historicamente excluídos e aos vulneráveis” para efeitos do decreto?

Secretaria-Geral: Aqueles que se encontram em situação de desvantagem em cada um dos casos referidos no art. 3º da Constituição Federal.

8) VEJA: O decreto fala em assegurar a “garantia da diversidade entre os representantes da sociedade civil” nos conselhos. Como isso será feito na prática?

Secretaria-Geral: Procurando, de acordo com as regras de cada conselho, garantir oportunidade de participação do maior número possível de segmentos sociais que atuam no âmbito de cada política pública

9) VEJA: O decreto fala em estabelecer “critérios transparentes de escolha dos membros” dos conselhos. Como isso será feito na prática?

Secretaria-Geral: A transparência é assegurada pela observação dos critérios do ato de criação de cada conselho, pela publicização prévia dos editais de convocação dos processos seletivos e pela fiscalização de critérios democráticos pelos próprios movimentos e organizações que atuam em cada política.

10) VEJA: O decreto fala na “definição, com consulta prévia à sociedade civil, das atribuições, competências e natureza” dos conselhos. Os conselhos não têm atribuições definidas?

Secretaria-Geral: Obviamente, os conselhos que já existem têm atribuições definidas, direta ou indiretamente, pelo Congresso Nacional. A diretriz citada de consulta prévia é uma orientação para a eventual criação de novos conselhos.

11) VEJA: Os conselhos tratados no decreto podem ter quantas e quais atribuições?

Secretaria-Geral: Quantas e quais forem necessárias para exercer seu papel, o que é definido pelas normas específicas de cada política.

12) VEJA: O artigo 5 do decreto determina que “os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta deverão, respeitadas as especificidades de cada caso, considerar as instâncias e os mecanismos de participação social, previstos neste Decreto, para a formulação, a execução, o monitoramento e a avaliação de seus programas e políticas públicas”. Todos os órgãos serão obrigados a incluir os conselhos na elaboração da sua agenda de trabalho?

Secretaria-Geral: Obviamente, a maior parte dos órgãos da Administração Pública Federal não tem necessidade de ter seu conselho próprio. Entretanto, grande parte dos órgãos públicos pode recorrer às instâncias ou mecanismos de participação para orientar ou avaliar suas ações de grande impacto para a sociedade.

13) VEJA: Os conselhos são deliberativos ou consultivos?

Secretaria-Geral: Idem à resposta da pergunta 2.

14) VEJA: Os conselhos têm poder de impor uma agenda ao órgão a que estão vinculados?

Secretaria-Geral: A relação dos conselhos com os órgãos com os quais estão vinculados varia conforme cada política pública e é definida pelo seu ato de criação, determinado, direta ou indiretamente, pelo Congresso Nacional.

15) VEJA: Quanto à ressalva “respeitadas as especificidades de cada caso”, o gestor de cada órgão terá autonomia para decidir quando ouvir e “considerar” as posições do conselho na “formulação, na execução, no monitoramento e na avaliação de programas e políticas públicas”? O que acontece com o órgão que desrespeitar o artigo 5?

Secretaria-Geral: Essa ressalva diz respeito exatamente às definições específicas da abrangência e natureza de atuação de cada conselho, definida, direta ou indiretamente, por legislação de responsabilidade do Congresso Nacional.

16) VEJA: O “controle social” é uma das diretrizes da PNPS. Para efeitos do decreto, o que é controle social?

Secretaria-Geral: É o controle exercido pela sociedade sobre os governantes, com fundamento no art. 1º, parágrafo único, da Constituição Federal. É a garantia para a sociedade do acesso à informação, à transparência e à possibilidade de influir nas ações governamentais.

17) VEJA: O decreto fala em “reorganização dos conselhos já constituídos”. O decreto muda o funcionamento dos conselhos que já existem? Quais são as mudanças?

Secretaria-Geral: Não. O decreto não determina nenhuma mudança no funcionamento dos conselhos. Ele estimula a articulação dos conselhos no Sistema Nacional de Participação Social.

18) VEJA: O decreto da PNPS tem o objetivo de “aprimorar a relação do governo federal com a sociedade civil”. O que isso quer dizer na prática?

Secretaria-Geral: Quer dizer que a ampliação do uso dos mecanismos de participação social permitirá a identificação mais rápida de problemas e um maior grau de acerto na tomada de decisões por parte do governo.

19) VEJA: O decreto fala em “desenvolver mecanismos de participação social nas etapas do ciclo de planejamento e orçamento” do governo. Que tipo de mecanismos? Como se daria essa participação social no planejamento e orçamento do governo?

Secretaria-Geral: Essa participação já acontece e é determinada, inclusive, pelo artigo 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Em 2013 e 2014 foram realizadas consultas e audiências públicas no processo de elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual. Essas ações foram coordenadas pelo Fórum Interconselhos, que existe desde 2011. Essa iniciativa de participação no processo orçamentário foi premiada pela ONU como uma das melhores práticas inovadoras de participação social do mundo.

20) VEJA: Os atuais conselhos não têm participação social no planejamento e orçamento do governo?

Secretaria-Geral: Além da experiência já mencionada do Fórum Interconselhos, cada conselho influi no planejamento e orçamento do governo a partir da contribuição que dá para a política setorial de sua área.

21) VEJA: Quais os critérios de escolha dos integrantes do Sistema Nacional de Participação Social?

Secretaria-Geral: O Sistema Nacional de Participação Social será constituído pela articulação das instâncias e mecanismos de participação já consolidados.

22) VEJA: Quais os critérios de escolha dos integrantes do Comitê Governamental de Participação Social?

Secretaria-Geral: O CGPS será composto, paritariamente, por representantes do governo e da sociedade. O critério fundamental será o da capacidade de contribuir com os objetivos da Política Nacional de Participação Social. A representação da sociedade utilizará critérios que assegurem a autonomia dessa escolha.

23) VEJA: Independentemente de partido, o que impede que as comissões de políticas públicas previstas no decreto se tornem braços políticos dentro do governo?

Secretaria-Geral: Idem à resposta da pergunta 5.

24) VEJA: Quem decide que órgãos da administração pública federal serão obrigados a ter conselhos de participação social?

Secretaria-Geral: Fundamentalmente, o Congresso Nacional, como já acontece, podendo ele delegar essa criação ao Executivo. O decreto não obriga nenhum órgão da Administração Pública Federal a ter conselhos.

25) VEJA: A título de exemplo, com esse decreto, o Dnit terá de criar um Conselhos de Políticas Públicas e ouvir a sociedade civil antes de planejar uma duplicação de estrada?

Secretaria-Geral: Como já dito, o decreto não obriga nenhum órgão a criar conselhos. Isso também se aplica ao Dnit. Entretanto, como já acontece, o Dnit já realiza inúmeras audiências públicas para que a sociedade civil se manifeste sobre impactos sociais ou ambientais de suas obras.

Leia também:

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ANDRE

Participação Social
Movimentos lançam manifesto de apoio a decreto de Dilma
Juristas e entidades engajadas na reforma política e na ampliação da democracia direta recolhem adesões ao documento para entregar ao presidente do Congresso

Juristas defendem que ampliação dos canais de participação social nas decisões do país está na Constituição

São Paulo – Para juristas como Dalmo Dallari e Fabio Konder Comparato, e lideranças de movimentos sociais, como João Pedro Stédile, do MST, a presidenta Dilma Rousseff, ao assinar decreto criando mecanismos de participação social na administração pública, por meio de conselhos populares consultivos, fez sua obrigação de regulamentar o que a Constituição prevê desde 1988.

Para reagir ao que chamam de “histeria geral da direita, nos seus meios de comunicação e no parlamento”, os movimentos lançaram um manifesto de apoio ao decreto e convocam os leitores a enviar mensagem de adesão ao documento até o dia 25, para que a lista de apoios seja entregue ao presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL). Sugerem ainda enviar mensagens diretamente a Calheiros.
Melindre no Congresso

Alguns parlamentares reagiram ao decreto da presidenta Dilma Rousseff. Outros saíram em defesa, afirma argumentando que o Legislativo muitas vezes se omite e não encaminha os projetos importantes para a democracia, como afirma o deputado Domingos Dutra (SDD-MA).

Ouça reportagem da Rádio Brasil Atual.

Resposta do Planalto
A revista Veja publicou na edição desta semana editorial e matéria contra o decreto que institui a Política Nacional de Participação Social. Caracteriza o decreto como “ataque à democracia”. A revista havia enviado 25 perguntas à Secretaria-Geral da Presidência da Repúblic, mas escondeu as respostas de seus leitores. A Secretaria-Geral publicou-as em seu site. Leia aqui.

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Íntegra do manifesto em favor da Política Nacional de Participação Social

Em face da ameaça de derrubada do decreto federal n. 8.243/2014, nós, juristas, professores e pesquisadores, declaramos nosso apoio a esse diploma legal que instituiu a Política Nacional de Participação Social.
Entendemos que o decreto traduz o espírito republicano da Constituição Federal Brasileira ao reconhecer mecanismos e espaços de participação direta da sociedade na gestão pública federal.
Entendemos que o decreto contribui para a ampliação da cidadania de todos os atores sociais, sem restrição ou privilégios de qualquer ordem, reconhecendo, inclusive, novas formas de participação social em rede.

Entendemos que, além do próprio artigo 1º CF, o decreto tem amparo em dispositivos constitucionais essenciais ao exercício da democracia, que prevêem a participação social como diretriz do Sistema Único de Saúde, da Assistência Social, de Seguridade Social e do Sistema Nacional de Cultura; além de conselhos como instâncias de participação social nas políticas de saúde, cultura e na gestão do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (art. 194, parágrafo único, VII; art. 198, III; art. 204, II; art. 216, § 1º, X; art. 79, parágrafo único).
Entendemos que o decreto não viola nem usurpa as atribuições do Poder Legislativo, mas tão somente organiza as instâncias de participação social já existentes no Governo Federal e estabelece diretrizes para o seu funcionamento, nos termos e nos limites das atribuições conferidas ao Poder Executivo pelo Art. 84, VI, “a” da Constituição Federal.
Entendemos que o decreto representa um avanço para a democracia brasileira por estimular os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta a considerarem espaços e mecanismos de participação social, que possam auxiliar o processo de formulação e gestão de suas políticas.

Por fim, entendemos que o decreto não possui inspiração antidemocrática, pois não submete as instâncias de participação, os movimentos sociais ou o cidadão a qualquer forma de controle por parte do Estado Brasileiro; ao contrário, aprofunda as práticas democráticas e amplia as possibilidades de fiscalização do Estado pelo povo.
A participação popular é uma conquista de toda a sociedade brasileira, consagrada na Constituição Federal. Quanto mais participação, mais qualificadas e próximas dos anseios da população serão as políticas públicas. Não há democracia sem povo.

Brasil, junho 2014
Prof. Fabio Konder Comparato
Prof. Celso de Mello
Prof. Dalmo Dallari
Jose Antonio Moroni, Inesc
Joao Pedro Stédile, MST

Messias Franca de Macedo

Sobre o “paraplégico preso à cadeira de rodas”, de Galvão

Aí, meu Deus… Galvão Bueno, hello!! O cara não está “preso na cadeira de rodas”. Nós é que estamos presos ao nosso modo ultrapassado de pensar e se expressar..,

Comentário postado por Por Claudia Marina Werneck Arguelhes, pelo Facebook
qui, 12/06/2014 – 17:54

FONTE: http://jornalggn.com.br/noticia/sobre-o-paraplegico-preso-a-cadeira-de-rodas-de-galvao

Ah, ainda teve o pitaco da Patrícia [Poeta?!]: “agora vemos um índio! Não é uma criança: é um índio de verdade!”

Lá isso é jornalismo, sô?!…

Cláudio

… “Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma” *** * Joseph Pulitzer. … … “Se você não for cuidadoso(a), os jornais [mídias] farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo” *** * Malcolm X. … … … Ley de Medios Já ! ! ! . . . … … … …

FrancoAtirador

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Participação e Democracia sem Povo

Os conservadores mais renitentes,
quando combatem a participação,
não se dão o trabalho de ler
a Constituição e a própria Lei
de Responsabilidade Fiscal.

Por Tarso Genro (*)

A democracia participativa é uma metodologia de governança política e, ao mesmo tempo, um rejuvenescimento da democracia representativa, inclusive para valorizá-la junto a vastos setores da população, principalmente perante os que não têm influência cotidiana sobre o poder político.
Os marcos normativos da participação da cidadania na gestão e na produção de políticas públicas estão inscritos, tanto na Constituição Federal (Art. 1º §único ), como na Lei de Responsabilidade Fiscal (Art. 48 § único).

Os conservadores mais renitentes, quando combatem a participação direta, não se dão nem o trabalho de ler a Constituição do país e a própria Lei de Responsabilidade Fiscal!

No nosso Estado temos, sem traumas e sistematizado num Decreto (Dec. Nº 49.765, 30/10/2012), um Sistema de Participação Popular Cidadã, que envolve um Gabinete Digital, um “Conselhão”, Conselhos Regionais de Desenvolvimento, Consultas por votação de prioridades e Plenárias do Orçamento Participativo.
Estas instâncias produzem políticas públicas e decisões orçamentárias, que são acordadas ou servem de orientação ao Governo, para que ele tome suas decisões.

Com a tutela que as agências de risco e o capital especulativo, em geral exercem sobre os Estados endividados, os mandatários da representação política (originários que são exclusivamente de votações periódicas) vêm perdendo a legitimidade por não responder a demandas sociais, cada vez mais complexas e fragmentadas.
E também vêm perdendo a capacidade de explicar os limites do seu poder e as debilidades de uma máquina pública burocratizada e não raro subordinada à força das corporações.

Enquanto o poder econômico exerce diretamente a sua influência em decisões do Estado, não só através do financiamento das campanhas eleitorais, mas também através da pressão direta de “lobies” sobre os Parlamentos e sobre os Executivos (criando uma sistema de poder “por fora” da representação), os “de baixo” têm poucas oportunidades de exercer sua influência direta sobre as decisões públicas. Nem têm condições de conhecer plenamente os mecanismos de funcionamento do Estado e a escassez dos seus recursos, abalados pelo endividamento público.

A democracia direta exclusiva é impraticável e tende ao ritualismo autoritário.
A democracia representativa “pura” está cada vez mais carente de legitimação, pois não é aceitável que aqueles que querem participar das agendas públicas de qualquer ente federativo só possam fazê-lo através da delegação periódica pelo voto.

A distância entre representados e representantes também é cada vez mais evidente, pelo crescimento da população e pelos mecanismos autoritários de controle de formação da opinião exercido pela grande mídia.

Os canais de democracia direta, tanto virtuais, como conselhistas ou por assembleias públicas, com regras universais de funcionamento, devem ser estimulados por todos os que querem fortalecer a democracia política.

A pressão exclusiva do poder econômico e o jogo dos partidos – que são fundamentais na Democracia, mas não esgotam a expressão da vontade pública – está comprometendo cada vez mais o Estado de Direito e o regime democrático e está estimulando, em boa parte da sociedade, o desejo de que tudo seja resolvido de forma “rápida” e autoritária.

O pacto democrático moderno baseado na representação, que transitou do Estado de Direito para o Estado Social de Direito, foi historicamente influenciado pelos sucessivos movimentos, desde o cartismo inglês.
Ele passou pelas lutas mais atuais dos democratas republicanos, sociais-democratas e comunistas do século passado e agora ele se expande com a presença dos novos movimentos sociais.

Mas o “cansaço histórico” da democracia, hoje, está flagrante, pois o pacto democrático moderno baseado exclusivamente na representação não consegue mais estimular mudanças nem dar efetividade aos Direitos Fundamentais.

O Estado de Direito “cansado” e a democracia política sem povo é o ideal do golpismo conservador, que pretende monopolizar o direito à liberdade como pura liberdade de dominar as instituições e aparelhar o Estado através da força do dinheiro e da manipulação da informação.

Este “cansaço” pode ser superado.
Desde que se abram canais de influência direta para o povo opinar e decidir, não só sobre os rumos do Estado e das suas políticas, mas também para quebrar as barreiras burocráticas que separam o Estado do cidadão comum.

Ao trazer a parte mais ativa e consciente do povo para testemunhar e influir nas decisões públicas, os governos se relegitimam e levam à cidadania, de forma mais intensa, os valores da democracia e da República.

À democracia em crise se responde com mais democracia e não com menos participação.

A interposição de mecanismos de democracia direta num regime de representação aberto, como é o nosso da Constituição de 88, ao invés de desestabilizar o pacto democrático, como pensam os conservadores mais arcaicos, reforça o regime de representação e pode lhe dar mais autenticidade.
E, assim, fortalece aqueles mandatários que querem ouvir a cidadania para tomar decisões sobre as políticas, nas quais o próprio povo é o principal destinatário.

(*) Governador do Estado do Rio Grande do Sul

(http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Participacao-e-democracia-sem-povo/4/31130)
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    Luís Carlos

    Para esses, a Lei de Responsabilidade Fiscal só vale no que ela tem de pior, ou seja, na obrigação de pagamentos de juros da dívida e na imposição de limites ao pagamento de pessoal, que servem aos interesses dos especuladores de todas cores. De resto, eles silenciam.

jõao

Ação movida por Aécio leva Justiça a invadir até casa de jornalista
11/6/2014 19:23
Por Redação, com BBC – do Rio de Janeiro

Rebeca Mafra teve a casa revirada pela polícia por causa de uma ação movida por Aécio Neves
Rebeca Mafra teve a casa revirada pela polícia por causa de uma ação movida por Aécio Neves
O Ministério Público do Rio de Janeiro determinou nesta quarta-feira a execução de mandados de busca e apreensão contra seis pessoas suspeitas de difamar o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a fim de recolher de suas residências computadores, pen-drives, câmeras fotográficas e outros aparelhos eletrônicos. A medida gerou protestos imediatos nas redes sociais, dentro e fora do Brasil.
Uma das pessoas citadas na ação movida por Aécio Neves é a jornalista Rebeca Mafra, que teve a casa invadida nesta tarde. Rebeca estava no trabalho, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, quando recebeu uma ligação do porteiro do prédio onde mora, na Lapa, região central, dizendo que um delegado queria entrar em seu apartamento. Ao telefone, ele ameaçou arrombar a porta se Rebeca não estivesse lá em 15 minutos. Segundo a jornalista, por sorte uma vizinha tinha a chave e conseguiu abrir a porta.
Os mandados de busca e apreensão do MP foram emitidos após pedido de investigação feito pelo próprio senador e teriam sido cumpridos todos já nesta quarta-feira, três dias antes da Convenção Nacional do PSDB, quando a candidatura do senador à Presidência da República deve ser oficialmente lançada. O ato foi repudiado por jornalistas de todo o país.
O caso ganhou, de imediato, repercussão internacional. A equipe do senador, em nota, confirmou à agência inglesa de notícias BBC o “pedido de investigação dos crimes praticados contra o senador Aécio Neves por quadrilhas virtuais”. Aécio nega, no entanto, que tenha solicitado a “invasão” das residências.
“O PSDB, em nenhum momento, requereu a realização de busca e apreensão de quaisquer equipamentos ou documentos, sejam em residências ou em sedes de empresas”, diz sua assessoria.
Rebeca Mafra acrescentou que “um grupo de sete oficiais revirou minha casa toda. Levaram um computador, chip da máquina fotográfica, um pen drive e dois HDs externos, tudo material de trabalho”.
– Eu virei perseguida política de um dia para o outro – espanta-se.
Ela nega que tenha escrito uma linha sequer contra o senador.
– Minha casa está uma ‘zona’. Não entendo o motivo e não tenho nada a ver com o Aécio. Eu nunca posto nada de política em rede social. Tenho amigos muito engajados que não sofreram abuso desse tipo. Eu não faço parte do eleitorado dele, mas nunca difamei ninguém – protestou.
‘Padrão’
Segundo a assessoria do Senador, os pedidos teriam se limitado “aos que são padrão nesse tipo de investigação”. Segundo o PSDB, a relação de pedidos do partido à Justiça seria a seguinte: “oitiva (ato de ouvir) de testemunhas, depoimento dos suspeitos já identificados como participantes da quadrilha, e providências para apuração se essas pessoas são remuneradas por terceiros pela execução dessas ações”.
Procurado pela reportagem, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) se limitou a informar que “o MPRJ recebeu representação do senador Aécio Neves e está realizando diligências, que incluem o cumprimento de mandados de busca e apreensão”. O MP carioca afirma ainda ter decretado sigilo “porque as diligências estão em andamento”.
Processo
A britânica BBC teve acesso a um mandato de busca e apreensão e também ao processo movido pelo Senador. O texto do processo, assinado pelo promotor de justiça Luís Otávio Figueira Lopes, pede investigação de supostos crimes contra a honra do senador “através da colocação de comentários de leitores em sites de notícias”.
Ainda de acordo com o processo, os autores dos supostos comentários teriam a intenção de “alterar os resultados dos mecanismos de buscas na internet (por exemplo, o site Google), fazendo com que tais páginas – ainda que substancialmente irrelevantes – alcancem destaque nos resultados das pesquisas eletrônicas”.
Segundo o diário conservador Folha de S.Paulo, a justiça também determinou a apreensão de computadores de um edifício da Eletrobrás no Rio de Janeiro, sob alegações de uso dos equipamentos na criação de perfis com ofensas ao pré-candidato à Presidência pelo PSDB. O mesmo estaria ocorrendo com computadores da prefeitura de Guarulhos (SP).

Messias Franca de Macedo

LULA AO EDU:
A DIREITA É IMPLACÁVEL !

FONTE: http://www.conversaafiada.com.br/tv-afiada/2014/06/11/lula-ao-edu-a-direita-e-implacavel/

Vídeo de Lula ao Blog da Cidadania ataca o PiG !

http://www.youtube.com/watch?v=XivzlKgbehk#t=107

Desmascarando o golpe geral

Sobre o episódio da advogado e Joaquim, hoje:

Testemunha: fora o hábito nosso de apontar com o dedo e muito usado por todos que querem atenção e podia ser substituido por uso da mão inteira em leve gesto – ato jamais praticado no Japão que já tem uns anos a mais em educação – o advogado nada fez de errado.

Cláudio

A revista(?) Óia é o suprassumo do mau-caratismo, é, como diz o ansioso blogueiro PHA, o ‘detrito sólido de maré baixa”. … “Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma” *** * Joseph Pulitzer. … … “Se você não for cuidadoso(a), os jornais [mídias] farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo” *** * Malcolm X. … … … Ley de Medios Já ! ! ! . . . … … … …

roberto

Quem será que ainda lê esse panfleto de ultra direita baderneira, entregue grátis em algumas Repartições Públicas Estaduais de SP e de alguns outros poucos estados?

Urbano

E que se decidiram de vez, que a revistinha de boston não é apenas veja, mas veja quanto lixo…

Desmascarando o golpe geral

O Congresso vai obstruir a Participação Popular.

Deixa, que trocamos vocês na proxima eleição.

Djijo

Parece que não tem nada de “bolivariano” na iniciativa de Presidenta. Trecho destacado do livro “Convite à Filosofia” de Marilena Chauí:

“Com relação à organização social e política: os gregos não inventaram apenas a ciência ou a filosofia, mas inventaram também a política. Todas as sociedades anteriores a eles conheciam e praticavam a autoridade e o governo. Mas, por que não inventaram a política propriamente dita?
Nas sociedades orientais e não-gregas, o poder e o governo eram exercidos como autoridade absoluta da vontade pessoal e arbitrária de um só homem ou de um pequeno grupo de homens que decidiam sobre tudo, sem consultar a ninguém e sem justificar suas decisões para ninguém.
Os gregos inventaram a política (palavra que vem de polis, que, em grego, significa cidade organizada por leis e instituições) porque instituíram práticas pelas quais as decisões eram tomadas a partir de discussões e debates públicos e eram adotadas ou revogadas por voto em assembléias públicas; porque estabeleceram instituições públicas (tribunais, assembléias, separação entre autoridade do chefe da família e autoridade pública, entre autoridade político-militar e autoridade religiosa) e sobretudo porque criaram a idéia da lei e da
justiça como expressões da vontade coletiva pública e não como imposição da vontade de um só ou de um grupo, em nome de divindades. Os gregos criaram a política porque separaram o poder político e duas outras formas tradicionais de autoridade: a do chefe de família e a do sacerdote ou mago”

clerto Alves

Na verdade essa revista só publica o que lhe é interesse. Explico: Por diversas vezes encaminhei mensagens/comentários no blog hospedado nela (VEJA) pelo jornalista Reinaldo Azevedo. Jamais ou em momento algum, tive um comentário publicado, mesmo que estes, fossem respeitosos e apenas discordassem da “ideia apregoada” pelo dito jornalista. É lamentável, porém, historicamente é desta forma que a elite brasileira se comporta: nunca quer ouvir o contraditório, apenas as políticas ou ideais que lhes são convenientes, “servem ao país”. Este tempo está acabando e vai acabar.

Sidnei

Tudo bem, gente.
O pessoal da Veja já contatou os ministros Bernardo e Cardozo para as páginas amarelas.
Lá, eles vão dizer que não concordam muito com o projeto e que discordam, especialmente, dessa coisa de usar o site da secretaria-geral para publicar as respostas que foram ignoradas pela revista.

FrancoAtirador

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Os Poderes Públicos e a Mídia Empresarial:
Uma Relação Nada Republicana

‘Há algo de podre no Reino do Escândalos’.
É o fato de que boa parte das ‘Denúncias’
provém de Relações Promíscuas
entre Agentes Públicos e a Mídia.

Por Antonio Lassance, na Carta Maior

Informação pública, lucro privado

Há algo de podre no reino do escândalo, além do próprio escândalo.
É o fato de que boa parte das denúncias, sejam elas contra gregos ou troianos, provém de relações promíscuas entre agentes públicos e os veículos de imprensa.

O caso mais gritante é certamente o dos processos que deveriam correr em sigilo.
O segredo de justiça tornou-se uma instituição das mais desmoralizadas.
A mídia não lhe dá a mínima bola, já se sabe disso faz tempo, mas ela é culpada mais por cumplicidade que por autoria.

Quem joga o sigilo das investigações na lata do lixo são agentes das polícias, do Judiciário e do Ministério Público, justo aqueles que deveriam ser seus guardiães.

Com isso, vai para o esgoto um de nossos preceitos constitucionais, o da presunção de inocência. E vão para o paredão pessoas que as investigações e julgamentos podem revelar serem, afinal, inocentes.

Segredo de justiça não é feito para acobertar crimes e criminosos.

Quem faz isso são investigações mal feitas ou não feitas; julgamentos morosos; juízes negligentes com prazos; e aquela imprensa que acaba decidindo selecionar alguns escândalos e manter outros sobre seu obsequioso segredo.
Hoje, é a mídia quem decide o que tem e o que não tem segredo.

Em meio ao turbilhão de acusações, passa desapercebido um detalhe que faz toda a diferença: quem divulga?

Normalmente, o agente público que é conhecedor de uma informação pública ainda não divulgada, seja sigilosa ou não, escolhe um veículo de sua preferência para “dar” a informação.
Quanto maior a audiência, melhor.

Mas todo e qualquer servidor público sabe muito bem que está impedido, pela Lei da Improbidade (Lei 8.429/1992); pela Lei do Regime Jurídico do Servidor Civil (Lei 8.112/1990); e pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público (Decreto 1.171/1994), de se utilizar do cargo para beneficiar familiar, amigo ou “terceiros”. [*]

Passar uma informação pública reservada a um único veículo é proporcionar uma vantagem indevida a uma empresa privada que vive da venda de informações.
O que o jornalismo chama de “off”, “furo” e “informação exclusiva” é lucro no mercado.
Uma empresa recebe, outras não.

Mídia técnica: um negócio de pai para filho

A comunicação governamental é uma teimosa descumpridora do provérbio de que tamanho não é documento.
A preferência por financiar, em montantes absurdos, um pequeno grupo de grandes corporações midiáticas é camuflado por um eufemismo apelidado de “mídia técnica” por quem comanda a publicidade governamental.

A mídia técnica é um círculo vicioso no qual informações exclusivas, conseguidas graças a agentes públicos que as repassam por meios escusos, são divulgadas por um veículo antes de serem publicadas oficialmente.

Com toda naturalidade, essas informações são vendidas nas bancas, no rádio, tevê e internet.
Essas vendas aumentam a audiência dos veículos, que são depois remunerados por essa mesma audiência bombada pelos agentes públicos.

A esquizofrenia que se abate sobre governos de todos os partidos pode ser assim resumida:
os governos dão informação privilegiada a alguns veículos de imprensa e depois a compram de volta, a peso de ouro, na forma de publicidade.
É ou não é um negócio de pai para filho?

Todos os grandes veículos da mídia tradicional não nasceram grandes.
Eles ficaram maiores graças à sua íntima relação com o Estado.
Coabitaram por longas décadas com autoridades, com especial gosto por frequentar sua cozinha.

Não à toa, um dos assessores de imprensa do governo Geisel citou, em um livro de memórias, alguns articulistas muito conhecidos do meio jornalístico como habituais “comensais” do Palácio do Planalto.
Outros presidentes vieram, mas os comensais continuaram se alimentando de sua proximidade com o poder.

A informação é um bem público – e um dos mais preciosos.
Ela pertence a todos, e não a um veículo particular da imprensa.
Ela não pode ser “dada”, barganhada ou vendida no mercado.

Uma matéria que começa com “Governo anuncia…” não pode ser exclusiva para assinantes.
Informação de órgão público não pode ser privatizada.

Mas o que ocorre não é e nunca foi isso.

Autoridades públicas federais, estaduais e municipais fazem anúncios com exclusividade em alguns veículos prediletos.

Ministros de tribunais superiores antecipam decisões a jornalistas amigos, que depois vão dar descontos camaradas na prestação de serviços como mestres de cerimônia nas faculdades desses mesmos ministros – santa coincidência!

Relatores de CPIs passam cópias de seus votos por baixo dos panos, antes de serem lidos.

O finado Antonio Carlos Magalhães ensinava que, dependendo de quem era o jornalista que ligava à sua procura, era capaz de parar uma cerimônia oficial para atendê-lo;
se fosse outro menos importante, mandava o assessor avisar que retornaria a ligação mais tarde.

Assessores de Comunicação (Ascoms) são ensinados a fazer do seu ofício um exercício de coleguismo.
E são recriminados pelos “colegas” quando se negam.
A suspeita imediata é: “se eu não estou recebendo nada, alguém está. Maldito Ascom!”

Informação pública não é amostra grátis

Ocorre que essas informações são dadas por quem é apenas o portador da informação, e não seu dono.
É como um carteiro que resolvesse abrir uma encomenda e dá-la a quem achasse mais interessante.
Informação pública não é para ser distribuída como presente ou como amostra grátis.

Informações públicas ou são divulgadas para todos, como deve ser a regra, ou não podem ser dadas a ninguém, como é a exceção, nos casos de sigilo.

Já passou da hora de o Estado Republicano (governos, legislativos e Judiciário [e MP]) fazer o dever de casa de acabar com a farra da informação privilegiada, em “on” (quando a fonte se identifica) ou em “off” (quando não se identifica).

Informação vazada e divulgada com exclusividade é um escândalo.

Deve ser objeto da desconfiança e repugnância de todos – há sempre algo por trás que nunca está bem explicado.

Mesmo que a mensagem seja verossímil, o viés com o qual é divulgada e as relações muitas vezes promíscuas e nada republicanas que a permeiam deixam no ar esse sentimento de que, de fato, o ‘furo’ tem algo de podre.

(http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/O-Estado-e-a-midia-uma-relacao-nada-republicana/4/31108)
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[*] Leia também:

Liberdade de informação e proteção ao sigilo de fonte:
desafios constitucionais na era da informação digital.

Por Rodrigo Vidal Nitrini

(http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2134/tde-12022014-154536/publico/mestrado_final_rodrigo_nitrini.pdf)

O servidor público e o dever de guarda de sigilo

Por Sandro Lúcio Dezan

(http://jus.com.br/artigos/22921/o-servidor-publico-e-o-dever-de-guarda-de-sigilo)
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    Mário SF Alves

    “Mas todo e qualquer servidor público sabe muito bem que está impedido, pela Lei da Improbidade (Lei 8.429/1992); pela Lei do Regime Jurídico do Servidor Civil (Lei 8.112/1990); e pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público (Decreto 1.171/1994), de se utilizar do cargo para beneficiar familiar, amigo ou “terceiros”. [*]”
    ____________________________
    Tá. E quanto custa ou quanto de lucro financeiro, golpista, neoliberal ou pseudo-político se pode auferir com informações dessa natureza?

    Não seria esse um caso típico do crime que compensa? Quanto recebe em troca um barnabé desses?

    FrancoAtirador

    .
    .
    Mestre Mário.

    No caso de inobservância da salvaguarda dos assuntos do Estado ou mesmo de de quebra do dever funcional de discrição ou de reserva, por agente público, a questão fundamental, apontada no artigo, não é exatamente a mencionada por você, ainda que essa seja também extremamente relevante, já que pode se relacionar, inclusive, a ilícitos penais mais graves como peculato, e corrupção ativa e passiva.

    O problema de maior grandeza, de importância absolutamente significante,
    reside no fato de que existe uma Hierarquia na Administração Pública.
    E se irregularidade há, a(s) responsabilidade(s) deve(m) ser imediatamente apurada(s) pela(s) Autoridade(s) competente(s).

    Acontece que, via de regra, quando a infração do(s) servidor(es) se refere a envolvimento com determinadas Empresas de Mídia, que monopolizam o Mercado da Informação nos Meios de Comunicação de Massa, não se verifica a adoção, pelo(s) superior(es) hierárquico(s), dos procedimentos adequados ao caso concreto, com a instauração da respectiva investigação disciplinar, obedecido obviamente o devido processo legal, para averiguação de eventual ilegalidade praticada pelo(s) subordinado(s) no exercício do cargo e em razão da função exercida.

    É por tal falta de atitude de alguns administradores públicos que é suscitada a acusação de negligência funcional que, por sua vez, estimula e incita ainda mais a ilicitude em alguns servidores menos afeitos com as boas práticas do Serviço Público.

    Há aí cumplicidade por omissão de quem deveria zelar por, pelo menos, três princípios da Administração Pública elencados no cabeçalho do artigo 37 da Constituição Federal, quais sejam: Legalidade, Impessoalidade e Moralidade.

    Por favor, leia o artigo didático do jurista supracitado,
    que por sinal é Coordenador da Escola Superior de Polícia
    do Departamento de Polícia Federal:

    (http://jus.com.br/artigos/22921/o-servidor-publico-e-o-dever-de-guarda-de-sigilo#ixzz34LsARBlQ)
    .
    .

Carlos

A veja é tucana, um ex-editor trabalhou na campanha de serra e depois virou sub-secretário em SP, outro que trabalhou na revista assumiu cargo na campanha de Mr. Snows, goldman recebeu doações da revista para sua campanha em 2002, agora também está na campanha de Mr. Snows… A veja é um prolongamento do psdb, tem que deixar de ser levada a sério pois fará o possível para ajudar e proteger seu tucano dos ovos de ouro, assim como todo o resto da mídia corporativa. “É entrevista para a veja? A gente não vai responder”…

Mário SF Alves

Azenha, Conceição e estimados leitores/construtores do Viomundo, tomo a liberdade de indicar e dedicar o link:

http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/Maria-da-Conceicao-Tavares-Resistir-para-avancar/31125

Fonte: Carta Maior

    Mário SF Alves

    A propósito:

    Creio que Lula seja o avatar do renascer de uma nova utopia em plena aridez de pensamento que culminou na deplorável tese/declaração/propaganda denominada “o fim da história”, e que tem marcado este início de século.

    Após a derrocada da utopia socialista, Lula simboliza a luta pela consolidação da Democracia no Brasil. E seu exemplo pode contagiar todo o Ocidente.

    É a mais perfeita antítese ao danoso pensamento único neoliberal e ao totalitarismo nazista.

Luís Carlos

O principal nicho de autoritarismo nacional está na mídia corporativa, desesperada pela libertação popular do jugo opressor do pensamento único imposto por seus aparelhos.
O relincho da Veja se fará ouvir em todos conselhos de políticas públicas já existentes, denunciando a intolerância da mídia corporativa à participação popular.
Só os pelegos, capachos, apoiarão a ditadura imposta por Veja e seus pares do atraso.

Romanelli

eu APOSTO ..APOSTO que o nosso problema não esta aí ..pelo contrário, quanto mais gente pra se reunir, mais se demora pra decidir

francamente, a esta altura, com baixa popularidade, propor um sistema nebuloso como este ..cientes que somos que “os tais representantes do poLvo”, mesmo os ELEITOS, são tudo, menos representantes autênticos

francamente, muda a página ..isso não cola mais

Aqui é meio que aquele conto que imagina como teria sido se DEUS não tivesse pedido pra que NOÉ construísse uma ARCA, mas sim que um “comitê de experts brasileiros” cuidassem do desafio ..vocês conseguem imaginar aonde iria parar aquilo ? (o custo, prazos, a qdade de técnicos, palpiteiros e operários, os desvios, laudos, licenças, impostos, tarifas, aditivos etc)

gente, um ESTADO pra ser forte, tem que ser ágil, atlético, não OBESO ..e ético, ahhh sim, ético acima de tudo

    Romanelli

    Aliás, me permita exemplificar o nível de tantas BOBAGENS acadêmicas que fomos capazes de aprovar na base do OBA OBA.

    SEM termos metas, objetivos quantitativos e QUALITATIVOS ..sem ao menos termos o hábito de PLANEJAR ..muito menos métodos efetivos de controles e correção de desvios ..o país há pouco comemorou que 75% dos royalties do petróleo, e 50% do fundo social serão destinados pra educação ..e 25% pra saúde

    então, desde pequeno me ensinaram que o futuro a DEUS pertence ..e fixar verbas sem METAS nem alçadas (regionais, estaduais, municipais, individuais etc), corre-se o risco de vermos a grana e ir parar no bolso do funcionalismo.

    enfim, é isso ..ao menos na foto a maioria se pousou de “estadista”

    Mário SF Alves

    Ainda a insuficiência da variável TEMPO na análise do CONJUNTO.

    Só faltava incluir o imponderável. Aí, sim, é que a coisa desanda de vez e não há sistema lógico que se sustente.

    __________________________________________

    O totalitarismo [total ausência de diálogo] imposto à Alemanha de 1939 que o diga!

Osvaldo Ferreira

A resposta do Governo deveria ser cancelar todos os contratos de publicidade nesta publicação. Mas falta coragem.

    angelo

    No mínimo, Osvaldo, no mínimo…mas até pra isso falta coragem.

    Desmascarando o golpe geral

    Eu nem sei se é falta de coragem. Vai que a ditadura já está armada e aguardando apenas um pretexto.

Eduardo

O pessoal da VEJA foi bem idiota, como sempre. Tanto mais que essas respostas do Governo nem estão assim tão ‘dificeis’ de rebater, e são praticamente óbvias.

    Desmascarando o golpe geral

    Talvez por estarem há tanto tempo fechados em escritórios e longe do povo, já não entendem de povo.

    A cria mais admirável da Veja é Azevedo. Esse sujeito no rádio é uma piada.Perdeu o controle de si mesmo.

    Disputa com Macaco Simão.Quer tomar para si o personagem do Zé Simão.

Euler

Outra coisa: o governo federal tem agora nas mãos mais um – mais um, repito – fortíssimo motivo para não gastar um centavo sequer em publicidade com este panfleto partidário (recuso-me a chamar este monte de papel de revista). É um desrespeito à democracia e ao povo brasileiro investir um centavo que seja de dinheiro de estatais e do governo federal com este panfleto.

Euler

Sobre a legenda da foto do post, talvez seja mais adequado perguntar: o que eles cheiraram?

Adalcir Bar

Por isso que a muito tempo não leio essa revista, pois perdeu a credibilidade.

Mário SF Alves

Perguntou, obteve respostas claras e respeitosas e mesmo assim difamou, injuriou, caluniou e fantasiou, então ficada mais uma vez provado que essa direta brasileira é totalmente imbecil. Não valeria de m*%#* nenhuma se não fosse a vergonhosa submissão às artimanhas e expertise golpista dos alienígenas.

Petralhas… sei. Essa revistinha ainda acredita que o PT é feito do mesmo barro podre que seus sopa de letrinhas.

A propósito:

Petralha é a mãe!

Alex Back

Como é que esta bagunça de PNPS pode ter poder deliberativo???

Devo descartar meu exemplar da Constituição Federal???

Aliás… vejamos o que a própria Constituição nos traz a respeito do tão desejado exercício da Soberania Popular, vulgo Participação Social:

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I – plebiscito;

II – referendo;

III – iniciativa popular.

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

XV – autorizar referendo e convocar plebiscito;

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

§ 2º – A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

Ora, se a Constituição de nosso país determina três, e somente três, mecanismos para o exercício da Soberania Popular, como o PNPS poderá deliberar sobre qualquer matéria se não será espaço para referendos e plebiscitos? Ou então, acomodará 1% do eleitorado em cada conselho?

Mas vejamos o que nossa Sagrada Carta Magna ainda nos reserva, no âmbito Estadual e Municipal:

Art. 27. § 4º – A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

XIII – iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;

Enfim… nossa Presidenta não tem um exemplar de nossa Constituição à mão? Caso afirmativo, ficaria muito feliz em enviar o meu próprio à ela.

Por fim, se o que se deseja é a efetiva participação social e exercício da cidadania política, por que simplesmente não se criam mecanismos que visem facilitar o que a Constituição já apregoa?

    Luís Carlos

    Alex
    A sua desesperada defesa pela não aprticipação social salta aos olhos. Lé o que lhe convén na CF traduzindo do decreto apenas o que suporta sua conveniência. Contudo, desprezas o que está escrito no prórpio decreto e nas respostas da SGG. O PNPS não criará novos conselhos mas se formará a aprtir dos que já existem, e são muitos como pareces desconhecer. A legislação federal do SUS, por exemplo, por meio da LF 8.142/90 já preconiza a existência de conselhos de saúde, municipais, estaduais e nacional, com caráter deliberativo e fiscalizador, sem prejuízo do legislativo. Mas não tenho nenhuma esperança que alguém tão avesso a participação popular como você ou os empresários e redatores da Veja aceitem isso. Pelo contrário. De hoje em diante essa “matéria” da Veja deve ser usada por todos conselheiros das mais diversas políticas públicas para denunciar as arbitrariedades de Veja e da mídia corporativa, inimigas da democracia, que tentam calar a população.
    Quem defende a ditadura no Brasil é a Veja. Quem tem sócios do regime do apartheid sulafricano é a Abril.

    Godinho

    É estupidez ou má fé?
    Soberania NUNCA foi nem será jamais o mesmo que PARTICIPAÇÃO.
    Até incapazes civis podem ser partícipes de alguma coisa, por exemplo adolescentes com síndrome de down podem ser partícipes em conselhos que ouçam e deliberem sobre políticas para sua plena integração na sociedade.

    Pensando bem, é má fé mesmo. Quando falta argumento, eles sempre apelam para o imbecilismo…

renato

Isto é coisa muito séria, não é para o bico da VEJA publicar!!!
As pautas dela são outras, por pouco não competem com o Datena e o
Maecelo Resende, e o Faustão, com pitadas de Sherazade..

    Mário SF Alves

    Tem razão, caro Renato.

    E, sim, o regime Casa-Grande-BraSil-Eterna-Senzala se pela de medo da Democracia. “Brasil, Um País de Todos”, então, nem pensar!

Marat

A veja só publica o que quer, sendo que suas especialidades são a mentira, o embuste e o servilismo à Washington!

Rose PE

Só os desenformados e a elite deste País dão credibilidade ao que essa revista publica.

Fabio Passos

A veja é o esgoto publicado. rsrs
Como o governo arrasou a veja com respostas claras e objetivas… os patetas do PiG, sentindo-se humilhados, tiveram de esconder o fato.

Fabio Silva

A resposta do Governo a Veja deveria ser a do Chaves, não o Hugo, o outro: “ai que burro, dá zero pra ele!”

Luciano

por mais que a globo, folha, estadão, veja (que não compro)tentem, cada dia vai aumentando o número de pessoas que não acreditam mais nesses órgãos de imprensa…

    Lukas

    Diminuem também aqueles que acreditam no governo.

    Mário SF Alves

    Lukas, a propósito, eu já lhe disse o quão importante é entre nós ter alguém que represente o papel de advogado do diabo?

    Portanto, se o pretende assumir, por favor, cumpra-o com o devido zelo. Um pouquinho mais de esforço retórico não seria nada mal. Capriche mais.

francisco niterói

Esta resposta do goveno seria o inicio de um “bateu, levou”?.

Espero que sim pois a naçao nao pode mais ficar à mercê desta mafia midiatica

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