Datafolha registra descrença dos eleitores; desencanto de junho?

Tempo de leitura: 3 min

Datafolha confirma estragos da mídia

Por Altamiro Borges, em seu blog

A pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (6) aponta o crescente ceticismo da sociedade com a política e confirma os danos causados pela cobertura terrorista da mídia privada. Ela mostra que todos os presidenciáveis sofreram queda; já o número de indecisos e dos que afirmam que votarão nulo nas eleições de outubro teve forte alta.

Em relação ao Datafolha de maio, data da pesquisa anterior, a presidenta Dilma Rousseff variou de 37 para 34% das intenções de voto; Aécio Neves, o cambaleante tucano, caiu de 20 para 19%; já o “dissidente” Eduardo Campos recuou de 11 pra 7%, ficando tecnicamente empatado com o Pastor Everaldo Pereira (PSC), que abocanhou 4% de intenções de voto.

Como realça a Folha, o jornal que não esconde sua “posição oposicionista” – segundo recomendações da executiva empresa e ex-presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) –, “a nova rodada do Datafolha mostra que o que cresceu de forma notável entre maio e agora foi o total de eleitores que não sabem em quem votar, de 8% para 13%.Além disso, outros 17% afirmam que pretendem votar nulo, em branco ou em nenhum dos candidatos apresentados. Combinados, esses números podem ser um sinal de forte desalento em relação à disputa. Na comparação com os mesmos períodos de eleições anteriores, a atual taxa de eleitores sem candidato (30%) é recorde desde 1989”.

Este ceticismo recordista tem variadas motivações – como a crise de representação das instituições democráticas ou os temores com os rumos da economia, num mundo capitalista que afunda em prolongada recessão. Mas a razão principal é a própria cobertura manipulada dos veículos de comunicação, sob o domínio de apenas sete famílias.

Por razões políticas e econômicas, a mídia monopolizada espalha um clima de pessimismo na sociedade brasileira. Notícias positivas, como a redução do desemprego e o aumento da renda dos assalariados, viram notinhas. Já as negativas, inclusive com enfoques distorcidos, são manchetes nos jornalões e motivo de escarcéu dos histéricos comentaristas da rádio e tevê.

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Tanto que o Datafolha – também batizado de “Datafalha” – fez questão de ouvir os entrevistados sobre os rumos do país e a Folha bateu na tecla: “Pessimismo com a economia bate recorde”. Segundo a pesquisa, as expectativas com a inflação e o desemprego se deterioraram e 36% dos consultados afirmaram que a situação econômica do Brasil vai piorar.

“É a primeira vez que o grupo dos pessimistas supera o dos que acham que tudo fica como está”, festeja o jornalão oposicionista. Num país em que os índices de desemprego são os mais baixos da sua história e que a inflação está sob controle – num patamar bem melhor do que no triste reinado de FHC –, o ceticismo midiático contagia parcelas da sociedade.

E ainda há gente no governo federal que é contra qualquer regulação democrática dos meios de comunicação, que enfrente o poder manipulador da mídia monopolizada!

PS do Viomundo: Em nossa opinião, há bem mais aqui que a influência do discurso da mídia. O mal estar do eleitorado expressa danos evidentes — expostos claramente nas jornadas de junho — ao reformismo fraco da coalizão que governa o Brasil. É um erro grave não entender isso. Muitos eleitores tinham expectativas crescentes em relação ao futuro que não foram atendidas. Agora expressam seu desencanto com o sistema político como um todo.

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Desmascarando o golpe geral

O Estadão também é ocultador da notícia.

Entrevistou coxinas da área Oeste de S.P., votantes em Serra. Se tivessem espremido um pouquinho os descerebrados sairia merda.

Mas, claro, o jornal não fez nehuma pergunta jornalistica. Só impressões.

ANDRE

Datafolha e o beijo da morte de FHC

Mesmo concedendo o benefício da dúvida à pesquisa Datafolha – ou seja, que a boa e velha “margem de erro” não foi usada para corroborar as preferências do jornal que a divulgou –, pode-se dizer que a Folha de São Paulo, que controla o instituto, manipulou ao menos as manchetes sobre os números da disputa pela Presidência da República.

Diz a manchetona de primeira página: “Dilma mantém tendência de queda; rivais não sobem”. Ora, basta ler a reportagem sobre a pesquisa que se descobre que a manchete é inexata. O correto seria dizer que Dilma, Aécio e Campos caem e indecisos sobem.

Segundo o Datafolha, Dilma Rousseff caiu de 37% para 34%, Aécio Neves caiu de 20% para 19% e Eduardo Campos caiu de 11% para 7%, enquanto que o pastor Everaldo subiu para 4%.

A manipulação ao relatar os dados captados pela pesquisa não para por aí e a manchete distorcida nem é a maior das manipulações. Antes de abordar esse ponto, porém, vale comentar o que escreveu em sua coluna na mesma Folha Eliane Cantanhêde, casada com um marqueteiro do PSDB e que parece acreditar no que diz.

Ultimamente, a colunista vem reclamando de que Dilma tem muito espaço concedido pelo cargo e que por conta disso a pesquisa é pior para “quem disputa a reeleição”. Diz ela que “Mesmo com todos os seus instrumentos à mão, mesmo com todas as entrevistas, mesmo com a maior coligação partidária do planeta, Dilma continua perdendo pontos”.

A colunista parece achar pouco que todos os grandes impérios de mídia do país batam no governo e em sua titular todo santo dia, enquanto poupam seus adversários. Mas, enfim, o autoengano é quase um direito humano…

Mas o maior escândalo na forma como a Folha noticiou o que seu instituto de pesquisas apurou não é a manchetona mentirosa que diz que Dilma caiu e que os adversários “não sobem”, mas um dado altamente relevante da pesquisa e que ficou muito bem escondidinho em uma das três matérias do jornal que tratam do assunto.

Uma dessas três matérias foi publicada sob o título “Joaquim Barbosa é o segundo voto mais influente da eleição” – o primeiro voto mais influente é de ninguém mais, ninguém menos do que dele, Lula, é claro.

O que a matéria diz de altamente relevante não está aí, mas na influência que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem sobre o eleitorado. Lá no finzinho da matéria, bem escondidinha, consta a informação espantosa de que a personalidade com menos influência positiva e mais influência negativa na decisão de voto do eleitor é ele mesmo, FHC.

É um terremoto, essa notícia. Simplesmente porque 57% dizem que não votam de jeito nenhum em um candidato apoiado por FHC. Ou seja, os planos largamente anunciados por Aécio de incluir o ex-presidente em sua campanha, resgatando seu “legado”, foram para o ralo. E, pela quarta vez desde 2002, FHC terá que ser escondido do eleitorado.

Afinal, 57% é a maioria do eleitorado e, se não votam em quem é apoiado por FHC e se este apoia Aécio, em teoria a candidatura tucana está inviabilizada.

E mesmo para esconder FHC haverá que combinar com os russos. Não basta Aécio escondê-lo se os seus adversários o trouxerem à luz, lembrando ainda mais aos brasileiros daquele período que faz com que o eleitor nem queira ouvir falar do ex-presidente tucano, de triste memória.

E, como se sabe, mais uma vez o PT irá pendurar FHC no pescoço de um candidato do PSDB.

Há, ainda, a questão da rejeição de Dilma, que subiu para 35% enquanto que as de Aécio e Campos caíram para 29%. É óbvio que isso teria que acontecer porque eles pouco aparecem na mídia, enquanto que Dilma só aparece apanhando. Vamos ver o que acontecerá quando o eleitor for informado de que Aécio é o candidato de FHC…

Aliás, vale lembrar que a rejeição de Lula é de míseros 17%, ou seja, enquanto que o ex-presidente terá influência positiva na campanha de Dilma, o patrono de Aécio terá influência sobre seu desempenho que pode ser considerada fatal.

Fora isso tudo ainda há muito a comentar sobre a pesquisa Datafolha recém-divulgada, mas serão outras histórias a ser contadas ao longo dos próximos dias, inclusive à luz de outras pesquisas, como uma privada do Vox Populi que mostra números substancialmente diferentes e que ainda virá à luz.

Sr. Indignado

E os índices para amostragem representativa… é um pouquinho para lá, um pouquinho para cá… e pronto os números ficam “melhores”..

Ehh. xunxo

“Reformismo fraco” que tirou milhões da miséria, reduziu o desemprego ao seu menor índice histórico, levou luz e energia aos confins do Brasil, dobrou o número de estudantes nas universidades, criou o maior programa de habitação popular do mundo, manteve a inflação dentro da meta (5,4% em comparação com os 12% do período FHC!), recapitalizou a Petrobrás e aumentou a participação do Estado, investiu como bunca em ci^Çencia e tecnologia, criou programas de formação técnica (PRONATEC, Institutos Federais…), etc, etc, etc…
Azenha, por favor, não me venha criticar a política de coalizão como se fosse prática exclusiva deste governo. Qualquer outro partido que venha a ganhar as eleições (seja PSOL, PSTU, PCO, PCB, etc)necessitará de apoio no Congresso para fazer mudanças. Isto implica em fazer concessões. A não ser que proponham fechar o Congresso e governar sozinhos, o que não acho que seja uma opção desejável, não é mesmo?

Vlad

P.S. de lucidez ímpar.
Não há o que tirar nem por.

FrancoAtirador

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DESENCANTO SELETIVO

O Consórcio de Mídia Empresarial Tucana (COMET) G.A.F.E.*

desconstruiu de tal forma a imagem da Presidente da República

que conseguiu jogar toda a incompetência dos Governadores Tucanos

e dos Prefeitos Apaniguados sobre os ombros de Dilma Rousseff.

Tudo se encaminhou do ‘Contra TuduÍssuQuistáí’ para o ‘Fora Dilma’.
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Datafolha: Alckmin seria reeleito no primeiro turno com 44%

sab, 07/06/2014 – 09:53 – Atualizado em 07/06/2014 – 09:54
Jornal GGN

da Folha de S. Paulo

Geraldo Alckmin mantém o favoritismo em São Paulo

Se a eleição para governador de São Paulo fosse hoje, o tucano Geraldo Alckmin seria reeleito no primeiro turno com 44% dos votos, mostra pesquisa Datafolha finalizada quinta-feira (5).

Num cenário com o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) na disputa –ele é cotado para ser vice na chapa do tucano–, os adversários de Alckmin somam 31%.

A corrida pelo Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo, parece paralisada.

Considerando a margem de erro de dois pontos, os resultados do novo levantamento podem ser considerados iguais aos da pesquisa feita seis meses atrás. Que, por sua vez, já eram iguais aos do levantamento de junho de 2013, há um ano.

O principal rival de Alckmin é o líder empresarial Paulo Skaf (PMDB), presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), com 21% agora. Kassab soma 5%. E o ex ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) está com 3%.

Esta rodada considerou ainda dois pré-candidatos de partidos pequenos: Gilberto Maringoni (Psol) e Gilberto Natalini (PV) têm 1% cada.

O total de eleitores sem candidato a governador é de 26% em São Paulo. São os que declaram voto nulo, em branco ou afirmam não saber em quem votar em outubro.

Sem Kassab na disputa, Alckmin alcança 47%, Skaf mantém os 21% e Alexandre Padilha marca 4%.

Assim como as intenções de voto, a avaliação do governo Alckmin praticamente não sofreu alteração em um ano.

Depois dos protestos de junho de 2013, a aprovação da gestão caiu de 52% para 38%, movimento parecido com o das intenções de voto no tucano. Na pesquisa mais recente, o total de eleitores que classifica a gestão de Alckmin como ótima ou boa está apenas três pontos acima, 41%.

Apesar da manutenção de seu patamar de liderança na pesquisa estimulada (quando o entrevistado recebe um cartão com os nomes dos candidatos para escolher), Alckmin tem caído na pesquisa espontânea (sem cartão).

Antes do auge dos protestos de 2013, ele era lembrado espontaneamente por 19%. Logo depois, caiu para 15%. Agora é citado por 10%.

Senado

O Datafolha também investigou as intenções de voto para a eleição de senador. Neste ano, estarão em disputa 27 das 81 cadeiras do Senado, uma em cada Estado.

O ex-governador José Serra (PSDB) lidera com 41% das intenções de voto.
O senador Eduardo Suplicy (PT), que concorrerá à reeleição, tem 32%.
Márcio França (PSB) alcança 4%.

(http://jornalggn.com.br/noticia/datafolha-alckmin-seria-reeleito-no-primeiro-turno-com-44)
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    Julio Silveira

    É exatamente isso Franco, a “crise” que vivemos, pelo menos a que querem transferir para o nível federal é completamente artificial. É se pode perceber isso claramente quando se apreciam os problemas locais, dependendo do grupo que governa a mídia omite, quando não raro, transfere as competências, para enganar a cidadania sobre as responsabilidades. Fazem o inverso quando é o lado federal que proporciona os avanços nos estados, vemos serem como que plagiados e utilizados como falsa propaganda de qualidade de gestão, com apoio e cumplicidades da mídia que pega seu naco desse ganho.
    No Brasil muitos ainda não aprenderam a valorizar os merecedores menos por maus interesses e mais por que são tapeados desde o inicio por falácias trampolineiras de uma turma que pensa nos próprios benefícios.

    Luís Carlos

    Concordo com ambos.

mineiro

o povo nao esta satisfeito nao? entao vota nos demonios tucanos para voces o que é bom para tosse. vota neles , votando neles todos vao votar no entreguismo , no viralatismo , no privatismo , na corrupçao e tudo mais. se nao lembra da epoca do fhc, fantoche,hediondo , capacho, é so puxar na memoria um pouquinho se quer e vai ver o que o brasil passava com o desemprego e a miseria , so a elite lucrava. a nao esta satisfeito com a politica? quer que a ditadura volte? quer que o fmi manda e desmanda no brasil? quer que privatize o brasil de novo? se quer que essas coisas volte e ninguem esta satisfeito com politica , é so votar nos demonios tucanos que vai ser uma maravilha, para a elite golpista é claro. é so votar neles. nao esta satisfeito com esse governo vota neles. no outro dia ta todo mundo na rua procurando emprego. se pobre tiver vergonha na cara e eu acredito que a maioria tem , nunca pode se quer pensar em votar nessa corja. eu tambem sei que esse governo nao foi uma maravilha, mas perto da epoca do fhc é 100% uma maravilha.

Alessandro Dantas

Por tudo o que a FSP vem fazendo, não sei como todos, inclusive o Azenha, podem levar tão a sério pesquisa feita por este instituto. OK, o estrago e feito pela mídia criminosa tirou alguns pontos de Dilma, porém, a FSP não possui credibilidade para nos fazer crer neste cenário.

FrancoAtirador

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O artigo do jornalista Altamiro Borges, ora em comento, que atribuiu essencialmente à ‘mídia monopolizada’a responsabilidade pelo ‘clima de pessimismo na sociedade brasileira’, ‘por razões políticas e econômicas’ não confessadas, que é espalhado por intermédio de uma ‘cobertura manipulada dos veículos de comunicação, sob o domínio de apenas sete famílias’, que omitem as notícias positivas a respeito do Governo Federal e exacerbam as ‘negativas, inclusive com enfoques distorcidos’, sendo objetos de ‘manchetes nos jornalões e motivo de escarcéu dos histéricos comentaristas da rádio e tevê’.

Em complemento, o PS opinativo do Viomundo relativizou a influência dos Meios de Comunicação de Massa sobre a sensação generalizada de ‘mal estar do eleitorado’, justificando que ‘muitos eleitores tinham expectativas crescentes em relação ao futuro que não foram atendidas’ e ‘agora expressam seu desencanto com o sistema político como um todo’,
provocando, por isso, ‘danos evidentes… ao reformismo fraco da coalizão conservadora que governa o Brasil’,
conforme aparentemente demonstrado nos resultados dessa última enquete do Instituto DataFolha e de acordo com constatações colhidas pelo método empírico, através das viagens e reportagens do experiente jornalista Luiz Carlos Azenha, um atento e, na maioria das vezes, silencioso observador político, mas que sabe muito bem formular e verbalizar questionamentos em momentos oportunos , talvez pela própria natureza da profissão (vide respostas aos comentários de Catarina, postadas sex, 06/06/2014 – 19:07 e 19:23).

Este Post, no conjunto, incluindo comentários, fez minha memória se reportar a uma carta-resposta escrita em 1931 pelo incomparável poeta português, mas também brilhante prosador, Fernando Pessoa (1888-1935) e enviada ao editor e escritor João Gaspar Simões (1903-1987),
em que o remetente, ao fazer uma crítica do livro ‘Mistério da Poesia’ (obra de autoria do destinatário, também crítico literário), passa a analisar, a certa altura do texto, Freud e o ‘Freudismo’, inclusive:

FERNANDO PESSOA
[Carta a João Gaspar Simões – 11 Dez. 1931]

Apartado 147,
Lisboa, 11 de Dezembro de 1931.

Meu querido Gaspar Simões:

Muito obrigado pela sua carta, que acabo de receber, e pela página do jornal de Málaga.
Não faz mal não ter vindo na «Presença» 33 o trecho do guarda-livros ou o soneto do Álvaro de Campos; ainda bem que veio a tradução do Hino a Pan.
Essa, sim, é que me comprometeria se estivesse ausente.
E porquê zangar-se comigo por ter dado ao «Descobrimento» colaboração extensa?
Estou pronto a dá-la de igual extensão à «Presença».
Em um e outro caso considero, porém, a índole da publicação.
Não julgo justo enviar-lhe colaboração que vá absorver-lhe três páginas, sobretudo devendo a «Presença» entregar o melhor e maior do seu espaço aos poetas e prosadores mais jovens, intercalando apenas os da minha idade por amizade para connosco, aplauso nosso para convosco e enchimento de intervalos.

Feitas estas considerações antepreliminares, e que são a resposta à sua carta, vou ver se consigo fazer a crítica ao seu livro «Mistério da Poesia»; incluirá a crítica ao seu estudo a meu respeito, visto que é inserto no livro, apesar de eu lha ter prometido há já muito tempo.

Deve v. Compreender, antes de mais nada, que vou fazer a crítica assim mesmo, escrevendo corrente e directamente à máquina a que estou sentado, sem procurar fazer literatura, ou frases, ou quanto não surja espontaneamente no decurso mecânico de escrever.

Como não trouxe comigo o seu livro, terei que indicar em vez de citar, onde haja (se directamente houver) razão para isso.
Aviso isto para que v. não veja um vago propositado onde há somente não ter trazido o livro.

De há muito que tenho uma alta opinião do seu talento em geral e das suas qualidades de crítico em particular.
Quero que, antes de mais e acima de tudo, reconheça isto, e que isto é a minha opinião fundamental.
O que porventura se manifeste de discordância no seguimento desta carta atinge tão-somente os acidentes e os pormenores.
Prova-lhe, aliás, este meu conceito da sua inteligência o facto — que talvez não tenha elementos para notar — de que uso para consigo das palavras « admiração» e «admirador», que não costumo distribuir ao acaso; «apreço» é o até onde vou onde não posso, a bem comigo, ir mais longe.

A meu ver, «O Mistério da Poesia» marca, na evolução do seu espírito e da expressão dele, um estádio intermédio entre «Temas» e um livro seu futuro.

«O Mistério da Poesia» é essencialmente — a meu ver, sempre — um livro de estádio intermédio: é mais profundo e mais confuso que «Temas».

O Gaspar Simões cresceu mentalmente — cresce-se mentalmente até aos 45 anos — e está atravessando uma fase de uma doença do crescimento.

Sente a necessidade de explicar mais, e mais profundamente, do que fez em «Temas», mas em parte, não atingiu ainda o comando dos meios de aprofundamento, e, em parte, busca aprofundar pontos da alma humana que não haverá nunca meios para aprofundar.

De aí — sempre, a meu ver — o que de febril, de precipitado, de ofegante estorva a lucidez substancial de certas observações, e priva outras, centralmente, de lucidez.

À parte o que vejo nisto de uma simples manifestação de evolução íntima, creio que se entrega um pouco mais do que deveria às influências e sugestões do meio intelectual europeu, com todas as suas teorias proclamando-se ciência, com todos os seus talentosos e hábeis proclamando-se e proclamados génios.

Não o acuso de não ver isto; na sua idade nunca isto se vê.
Pasmo hoje — pasmo com horror — do que admirei —
sincera e inteligentemente — até aos 30 anos, no passado e no (então) presente da literatura internacional.

Comigo isto deu-se tanto com a literatura como com a política.

Pasmo hoje, com vergonha inútil (e por isso injusta) de quanto admirei a democracia e nela cri, de quanto julguei que valia a pena fazer um esforço para bem da entidade inexistente chamada o «povo», de quão sinceramente, e sem estupidez, supus que à palavra «humanidade» correspondia uma significação sociológica, e não a simples acepção biológica de «espécie humana».

Entre os guias que o induziram no relativo labirinto para que entrou, parece-me que posso destacar o Freud, entendendo por Freud ele e os seus seguidores.
Acho isto absolutamente compreensível, não só pelas razões gerais acima expostas, mas pela, particular, de que o Freud é em verdade um homem de génio, criador de um critério psicológico original e atraente, e com o poder emissor derivado de esse critério se ter tornado nele uma franca paranóia de tipo interpretativo.

O êxito europeu e ultra-europeu do Freud procede, a meu ver, em parte da originalidade do critério; em parte do que este tem da força e estreiteza da loucura (assim se formam as religiões e as seitas religiosas, compreendo nestas, porque o são, as de miticismo político, como o fascismo, o comunismo, e outras assim);
mas principalmente de o critério assentar (salvo desvios em alguns sequazes) numa interpretação sexual.

Isto dá azo a que se possam escrever, a título de obras de ciência (que por vezes, de facto, são), livros absolutamente obscenos, e que se possam «interpretar» (em geral sem razão nenhuma crítica) artistas e escritores passados e presentes num sentido degradante e Brasileira do Chiado assim ministrando masturbações psíquicas à vasta rede de onanismos de que parece formar-se a mentalidade civilizacional contemporânea.

Compreenda-me v. bem: não quero com isto sequer supor que seja este último pormenor do Freudismo o que fez, a v., passes hipnóticos.
Mas foi este pormenor que criou o vasto interesse no Freudismo em todo o mundo, e que, portanto, fez a publicidade do sistema.

Foi por um processo idêntico que, tendo o Junqueiro derivado a sua celebridade do fenómeno extraliterário de atacar a Igreja Católica (em que intimamente cria) e os «burgueses» (de cuja classe era excessivo ornamento), nós, no meu tempo, o passámos a admirar literariamente, e ainda que não concordássemos com qualquer daqueles dois elementos que haviam criado a celebridade pela qual o líamos e admirávamos.

Ora, a meu ver (é sempre «a meu ver»), o Freudismo é um sistema imperfeito, estreito e utilíssimo.

É imperfeito se julgamos que nos vai dar a chave, que nenhum sistema nos pode dar, da complexidade indefinida da alma humana.

É estreito se julgamos, por ele, que tudo se reduz à sexualidade, pois nada se reduz a uma coisa só, nem sequer na vida intra-atómica.

É utilíssimo porque chamou a atenção dos psicólogos para três elementos importantíssimos na vida da alma, e portanto na interpretação dela:

1°- o subconsciente e a nossa consequente qualidade de animais irracionais;

2° — a sexualidade, cuja importância havia sido, por diversos motivos, diminuída ou desconhecida anteriormente;

3° — o que poderei chamar, em linguagem minha, a translação (http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ide/v34n52/v34n52a25.pdf) , ou seja a conversão de certos elementos psíquicos (não só sexuais) em outros, por estorvo ou desvio dos originais, e a possibilidade de se determinar a existência de certas qualidades ou defeitos por meio de efeitos aparentemente irrelacionados com elas ou eles.

Já antes de ter lido qualquer coisa de ou sobre Freud, já antes de ouvir falar nele, eu tinha pessoalmente chegado à conclusão marcada (1) e a alguns resultados dos que incluí sob a indicação (3).
No capítulo (2) tinha feito menos observações, dado o pouco que sempre me interessou a sexualidade, própria ou alheia — a primeira pela pouca importância que sempre dei a mim mesmo, como ente físico e social, a segunda por um melindre (adentro da minha própria cabeça) de me intrometer, ainda que interpretativamente, na vida dos outros.
Não tenho lido muito do Freud, nem sobre o sistema freudiano e seus derivados; mas o que tenho lido tem servido extraordinariamente — confesso — para afiar a faca psicológica e limpar ou substituir as lentes do microscópio crítico.

Não precisei do Freud (nem ele, que eu saiba, me esclareceria esse pormenor) para saber distinguir a vaidade do orgulho, nos casos em que podem confundir-se, por meio de manifestações em que essas qualidades surgem indirectamente.
Não precisei também do Freud para, no próprio campo da indicação (2), conhecer, pelo simples estilo literário, o pederasta e o onanista, e, adentro do onanismo, o onanista praticante e o onanista psíquico.
Os três elementos constitutivos do estilo do pederasta, os três elementos constitutivos do estilo do onanista (e a divergência, em um deles, entre o praticante e o psíquico) — para nada disto precisei de Freud ou dos freudianos.
Mas muitas outras coisas, neste capítulo e nos outros dois, de facto Freud e os seus me esclareceram: nunca me havia ocorrido, por exemplo, que o tabaco (acrescentarei «e o álcool») fosse uma translação do onanismo.
Depois do que li neste sentido, num breve estudo de um psicanalista, verifiquei imediatamente que, dos cinco perfeitos exemplares do onanista que tenho conhecido, quatro não fumavam nem bebiam; e o que fumava abominava o vinho.

O assunto obrigou-me a cair no sexual, mas foi para exemplificar, como v. compreende, e para lhe dizer quanto, criticando embora e divergindo, reconheço o poder hipnótico do freudismo sobre toda a criatura inteligente, sobretudo se a sua inteligência tem a feição crítica.
O que desejo agora acentuar é que me parece que esse sistema e os sistemas análogos ou derivados devem por nós ser empregados como estímulo da argúcia crítica, e não como dogmas científicos ou leis da natureza.
Ora o que me parece é que v. se serviu deles um pouco neste último sentido, sendo portanto correspondentemente arrastado, por o que há de pseudocientífico em muitas partes desses sistemas, o que conduz à falseação;
por o que há de audaz em outras partes, o que conduz à precipitação;
e por o que há de abusivamente sexual em outras, o que conduz a um rebaixamento automático, sobretudo perante o público, do autor criticado, de sorte que a explicação, sinceramente buscada e inocentemente exposta, redunda numa agressão.
Porque o público é estúpido?
Sem dúvida, mas o que faz o público público, que é o ser colectivo, por isso mesmo o priva da inteligência, que é só individual.
A Robert Browning, não só grande poeta, mas poeta intelectual e subtil, referiam uma vez o que havia de indiscutível quanto à pederastia de Shakespeare, tão clara e constantemente afirmada nos Sonetos.
Sabe o que Browning respondeu?
«Então ele é menos Shakespeare!»
(If so the less Shakespeare he!).
Assim é o público, meu querido Gaspar Simões, ainda quando o público se chame Browning, que nem sequer era colectivo.

Nestas considerações, feitas em tom mental de conversa solitária, e assim transmitidas à rapidez da máquina, vai a maior parte da crítica que tenho que fazer, adversamente, ao «Mistério da Poesia».

Elas versam, para falar pomposamente, um dos aspectos metodológicos do seu livro.
Mas há nele também elementos de pressa escusada e de precipitação crítica a que qualquer questão de método é alheia.
Se v. confessadamente não tem os elementos biográficos precisos para ajuizar do que poderia ser a alma do Sá-Carneiro, por que se baseia na falta de elementos para formar um juízo?
Tem v. a certeza, só porque eu o digo e repito, que tenho saudades da infância e que a música constitui para mim — como direi? — o meio natural estorvado da minha íntima expressão?
E repare que cito o estudo sobre Sá-Carneiro, que, dada a sua falta de elementos, é admirável de espírito crítico, e o estudo a meu respeito que peca só por se basear, como verdadeiros, em dados que são falsos por eu, artisticamente, não saber senão mentir.

Concretizo.
A obra de Sá-Carneiro é toda ela atravessada por uma íntima desumanidade, ou, melhor, inumanidade; não tem calor humano, nem ternura humana, excepto a introvertida.
Sabe porquê?
Porque ele perdeu a mãe quando tinha dois anos e não conheceu nunca o carinho materno.
Verifiquei sempre que os amadrastados da vida são falhos de ternura, sejam artistas, sejam simples homens; seja porque a mãe, lhes falhasse por morte, seja porque lhes falhasse por frieza ou afastamento.
Há uma diferença: os a quem a mãe faltou por morte (a não ser que sejam secos de índole, como o não era o Sá-Carneiro) viram sobre si-mesmos a ternura própria, numa substituição de si-mesmos à mãe incógnita; os a quem a mãe faltou por frieza perdem a ternura que tivessem e (salvo se são génios de ternura) resultam cínicos implacáveis, filhos monstruosos do amor natal que se lhes negou.

Concretizo mais, agora comigo.
Nunca senti saudades da infância;
nunca senti, em verdade, saudades de nada.
Sou, por índole, e no sentido directo da palavra, futurista.
Não sei ter pessimismo, nem olhar para trás.
Que eu saiba ou repare só a falta de dinheiro (no próprio momento) ou um tempo de trovoada (enquanto dura) são capazes de me deprimir.
Tenho, do passado, somente saudades de pessoas idas, a quem amei;
mas não é saudade do tempo em que as amei, mas a saudade delas queria-as vivas hoje, e com a idade que hoje tivessem, se até hoje tivessem vivido.

O mais são atitudes literárias, sentidas intensamente por instinto dramático, quer as assine Álvaro de Campos, quer as assine Fernando Pessoa.

São suficientemente representadas, no tom e na verdade, por aquele meu breve poema que começa, O sino da minha aldeia…

O sino da minha aldeia, Gaspar Simões, é o da Igreja dos Mártires, ali no Chiado.
A aldeia em que nasci foi o Largo de S. Carlos, hoje do Directório,
e a casa em que nasci foi aquela onde mais tarde (no segundo andar;
nasci no quarto) haveria de instalar-se o Directório Republicano.
(Nota: a casa estava condenada a ser notável, mas oxalá o 4° andar dê melhor resultado que o 2°).

Depois destas concretizações, ou coisa parecida, desejo regressar (se ainda tiver cabeça, pois já estou cansado) a um ponto metodológico.

A meu ver (cá estão as três palavras outra vez), a função do crítico deve concentrar-se em três pontos:
(1) estudar o artista exclusivamente como artista, e não fazendo entrar no estudo mais do homem que o que seja rigorosamente preciso para explicar o artista;
(2) buscar o que poderemos chamar a explicação central do artista (tipo lírico, tipo dramático, tipo lírico elegíaco, tipo dramático poético, etc.);
(3) compreendendo a essencial inexplicabilidade da alma humana, cercar estes estudos e estas buscas de uma leve aura poética de desentendimento.

Este terceiro ponto tem talvez qualquer coisa de diplomático, mas até com a verdade, meu querido Gaspar Simões, há que haver diplomacia.

Nada disto, creio, precisa ser esclarecido, salvo, talvez, o que indiquei como (2).

Prefiro — até para abreviar — explicar por um exemplo.

Escolho-me a mim mesmo, porque é quem está aqui mais perto.

O ponto central da minha personalidade como artista é que sou um poeta dramático;
tenho continuamente, em tudo quanto escrevo, a exaltação íntima do poeta e a despersonalização do dramaturgo.

Voo outro — eis tudo.

Do ponto de vista humano — em que ao crítico não compete tocar, pois de nada lhe serve que toque — sou um histero-neurasténico com a predominância do elemento histérico na emoção e do elemento neurasténico na inteligência e na vontade (minuciosidade de uma, tibieza de outra).

Desde que o crítico fixe, porém, que sou essencialmente poeta dramático, tem a chave da minha personalidade, no que pode interessá-lo a ele, ou a qualquer pessoa que não seja um psiquiatra, que por hipótese, o crítico não tem que ser.

Munido desta chave, ele pode abrir lentamente todas as fechaduras da minha expressão.

Sabe que, como poeta, sinto;
que, como poeta dramático, sinto despegando-me de mim;
que, como dramático (sem poeta), transmudo automaticamente o que sinto para uma expressão alheia ao que senti,
construindo na emoção uma pessoa inexistente que a sentisse verdadeiramente,
e por isso sentisse, em derivação, outras emoções que eu, puramente eu, me esqueci de sentir.

Agora vou parar.

Vou reler esta carta, fazer quaisquer emendas que forem precisas, e enviar-lha.

Além disso, sou instantemente solicitado a acabar de escrever à máquina por um amigo meu, ainda mais bêbado do que eu, que acaba de chegar e não estima embebedar-se sozinho.

O «vou reler esta carta» quer, pois, dizer que a vou reler logo, ou amanhã.

Não deverei fazer emendas, salvo as do que saiu errado entre mim e a máquina.

Se v. achar qualquer ponto mal esclarecido, diga, que eu direi.

E v. não esqueceu, é claro, que o que aí vai é feito sem preparação nenhuma — atirado pelas páginas fora com a rapidez com que a máquina pode ceder ao pensamento decorrente.

Não, não esqueci que não referi o que haverá possivelmente de errado no seu conceito do meu entendimento emotivo da música.
Saltei esse pormenor porque me estorvava a rapidez da exposição e porque não sei nada a respeito dele.
Mas essa vontade de música é outra das graças do meu espírito dramático.
É conforme as horas, os locais, e a parte de mim que esteja virada a fingir para os locais e as horas.

Nem esqueci, é claro, que, lá para trás nesta carta, escrevi qualquer coisa sobre «afiar a faca psicológica» e «limpar ou substituir as lentes do microscópio crítico».

Registo, com orgulho, que pratiquei, falando do Freud, uma imagem fálica e uma imagem iónica; assim sem dúvida ele o entenderia.
O que concluiria não sei. Em qualquer caso, raios o partam!

E agora estou, definitivamente, cansado e sedento.

Desculpe o que as expressões tenham falhado às ideias e o que as ideias tenham roubado à mentira ou à indecisão.

Um grande abraço do seu muito amigo e admirador

FERNANDO PESSOA

P. S. — Houve um ponto da sua carta a que não respondi ou me referi. É o que trata da nota do «Descobrimento» sobre Camilo Pessanha.
Quero referir-me simplesmente à influência que o Pessanha pudesse ter tido sobre o Sá-Carneiro. Não teve nenhuma.
Sobre mim teve, porque tudo tem influência sobre mim;
mas é conveniente não ver influência do Pessanha em tudo quanto, de versos meus, relembre o Pessanha.
Tenho elementos próprios naturalmente semelhantes a certos elementos próprios do Pessanha;
e certas influências poéticas inglesas, que sofri muito antes de saber sequer da existência do Pessanha, actuam no mesmo sentido que ele.
Mas quanto ao Sá-Carneiro…
Eu conhecia, de cor, quase todos os poemas do Pessanha, por mos ter várias vezes dito o Carlos Amaro.
Comuniquei-os ao Sá-Carneiro, que, como é de supor, ficou encantado com eles.
Não vejo, porém, que tenham influenciado o Sá-Carneiro em qualquer coisa.
Uma grande admiração não implica uma grande influência, ou, até, qualquer influência.
Tenho uma grande admiração por Camões (o épico, não o lírico), mas não sei de elemento algum camoniano que tenha tido influência em mim, influenciável como sou.
E isto por uma razão precisamente igual como à que explica a não-influência de Pessanha sobre Sá-Carneiro.
É que o que Camões me poderia «ensinar» já me fora «ensinado» por outros.

A exaltação e a sublimação do instinto de pátria são fenómenos inensináveis em sua substância:
ou temos naturalmente o sentimento patriótico, ou o não temos;
ou temos a capacidade de exaltar e sublimar os nossos sentimentos ou a não temos.
(E, à parte isto, o sentimento patriótico é uma das coisas mais correntes em todas as literaturas, sendo, aliás, a sublimação construtiva do ódio, que é tão necessário à existência como o amor — a outra coisa igualmente corrente em todas as literaturas).

E a construção e amplitude do poema épico, tem-as Milton (que li antes de ler os «Lusíadas») em maior grau que Camões.

Ora Sá-Carneiro tinha em si mesmo, ou de outras influências, tudo quanto o Pessanha lhe poderia dar, quando primeiro ouviu, como ele diz, «dos seus versos».
Isto explica, ao mesmo tempo, a não-influência e a grande admiração.

Muito seu,

F. P.”

1ª Publicação:
Revista “Presença”, Coimbra, Julho, 1936, nº 48, ano décimo, volume segundo, pág 22.
(http://migre.me/jGfsB)

11-12-1931
Cartas de Fernando Pessoa a João Gaspar Simões.
(Introdução, apêndice e notas do destinatário.)
Lisboa: Europa-América, 1957
(2.ª ed. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1982). – 71.
(http://arquivopessoa.net/textos/1072)

1931
Textos de Crítica e de Intervenção . Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1980. – 175.
1ª publ. in “Presença”, nº 48. Coimbra: Julho. 1936.
(http://arquivopessoa.net/textos/2987)

Obras em prosa; Volume 11, Biblioteca Luso-Brasileira. Série portuguêsa, Fernando Pessoa, editor Cleonice Berardinelli, Companhia José Aguilar Editôra, 1ª Edição 1974, 722 páginas
(http://www.estantevirtual.com.br/q/Fernando-Pessoa-Obras-em-Prosa)

Obra em Prosa. Fernando Pessoa. (Organização, introdução e notas de Cleonice Berardinelli.) Rio de Janeiro: Ed. José Aguilar, 1974.
(http://arquivopessoa.net/info/bibliografia)

Fernando Pessoa. Obras em prosa. Introdução e notas de Cleonice Berardinelli. Rio de Janeiro: Aguilar, 1975. Nova Aguilar, 10ª ed., 2004.
(http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=9949&sid=668)

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Gaspar_Sim%C3%B5es)
(http://pt.wikiquote.org/wiki/Fernando_Pessoa)
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa)

Leia também a Obra Poética de Fernando Pessoa:

O EU PROFUNDO E OS OUTROS EUS

(http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=24206)
(http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=80419)


http://migre.me/jGh8p

http://migre.me/jGhhm
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    FrancoAtirador

    .
    .
    Fernando Pessoa, por certo, não foi especialista

    em nenhuma área do conhecimento, senão Letras,

    ainda que houvesse se aventurado em todos os temas

    de importância filosófica e antropológica,

    e tenha até se arriscado, desde cedo, a escrever

    sobre História, Economia, Política e Sociologia,

    como no conto intitulado O Banqueiro Anarquista*,

    simplesmente uma metáfora satírica extraordinária

    para o que hoje poderia se definir um neoliberal.

    Foi, porém, um dos poucos humanos na Literatura

    que compreenderam tão bem a natureza da alma,

    estudando-se sozinho ele mesmo a si próprio.

    E atingiu um tal grau de individualismo radical,

    que, abdicando da sua própria individualidade,

    tornou-se um pensador de múltipla personalidade,

    em favor da essência espiritual do ser humano,

    como o poeta ‘fingidor que finge tão completamente

    que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente’.
    .
    .
    *O Conto trata ironicamente de um banqueiro hipócrita

    que retoricamente se arroga o legítimo anarquista,

    único a possuir a absoluta ‘liberdade individual’,

    ao dialogar sobre pressupostas ‘ficções sociais’

    que, segundo ele, seriam a verdadeira causa da tirania,

    justificando a conquista do monopólio de ser rico e livre:

    “…pelo processo que descobri
    que era o único processo anarquista,
    cada um tem de libertar-se a si-próprio.
    Eu libertei-me a mim;
    fiz o meu dever simultaneamente para comigo
    e para com a liberdade.
    Por que é que os outros, os meus camaradas,
    não fizeram o mesmo? Eu não os impedi.
    Esse é que teria sido o crime,
    se eu os tivesse impedido.
    Mas eu nem sequer os impedi, ocultando-lhes
    o verdadeiro processo anarquista;
    logo que descobri o processo,
    disse-o claramente a todos.
    O próprio processo me impedia de fazer mais.
    Que mais podia fazer?
    Compeli-los a seguir o caminho?
    Mesmo que o pudesse fazer, não o faria,
    porque seria tirar-lhes a liberdade,
    e isso era contra os meus princípios anarquistas.
    Auxiliá-los? Também não podia ser, pela mesma razão.
    Eu nunca ajudei, nem ajudo, ninguém,
    porque isso, sendo diminuir a liberdade alheia,
    é também contra os meus princípios.
    V. o que me está censurando
    é eu não ser mais gente que uma pessoa só.
    Por que me censura o cumprimento do meu dever
    de libertar, até onde eu o podia cumprir?
    Por que não os censura antes a eles
    por não terem cumprido o deles?”

    (http://arquivopessoa.net/textos/2131)
    (http://estudoslusofonos.blogspot.com.br/2011/04/o-banqueiro-anarquista-de-fernando.html)
    .
    .

Bonifa

É apenas negócio. A Bolsa de Valores subiu três pontos percentuais. Centenas de milhões de dólares mudaram de mãos.

DARCY BRASIL RODRIGUES DA SILVA

Primeiro, salta aos olhos a grande diferença entre os números das pesquisas do Datafolha e a mais recente pesquisa do Ibope. Tal diferença permite afirmar que um desses dois institutos falhou na apuração das intenções de votos, seja por debilidade técnica, seja por má fé ( O PT precisa firmar uma pesquisa continuada que seja de absoluta confiança para poder detectar e denunciar qualquer um desses dois desvios possíveis, protegendo-se da margem de manipulação que tais discrepâncias permitem).

Segundo, a insistência em trazer Lula para a disputa é completamente ociosa, quando não nociva para o processo, além de revelar uma lamentável fulanização da política em gente que se diz de esquerda.

Terceiro, constatar a existência de insatisfação fora do campo dos eleitores tradicionais do conservadorismo não autoriza acreditar que as chances de derrota da candidata do governo aumentou. Fora do campo conservador as reivindicações são por mais estado, por serviços públicos de qualidade, por mobilidade urbana, por mais gasto público, em última análise, não podendo o candidato conservador, defensor do Estado Mínimo, de políticas de contenção de gastos,do neoliberalismo, portanto, capitalizar essa insatisfação. Menos ainda sendo o candidato da oposição reconhecidamente mais fraco entre todos os que foram apresentados desde 2002.

Conclusão: chegou a hora da radicalização do discurso e das propostas, a hora de Dilma e do PT abandonarem a linha economicista e assinarem uma nova carta de compromisso com os brasileiros, uma carta não mais voltada para tranquilizar os banqueiros, mas para empolgar os setores populares, defendendo e debatendo durante a campanha um amplo e consistente programa de reformas – aquelas mesmas reformas eternamente proteladas desde da década de 1960 – com ênfase na reforma política, na reforma dos meios de comunicação de massas, na reforma agrária e na reforma urbana. De resto, trata-se de mobilizar a militância , inspirando-a com o mesmo espírito de luta e abnegação que esta conheceu na década de 1980, chamando-a a ser novamente vanguarda na luta por essas reformas, tratando-a com respeito que merecem os que são camaradas e companheiros, deixando de tratá-la como simples cabos eleitorais de partidos liberais burgueses.

    FrancoAtirador

    .
    .
    Prezado e sapiente Darcy BraSil.

    Ratifico seu comentário notavelmente lúcido, como sempre.

    Apenas uma ressalva, quanto à afirmação de que a nomeação
    de LULA, como um dos candidatos, é ‘completamente ociosa’.

    Pois se pode, mesmo assim, extrair dos atuais resultados
    um ponto positivo, ao menos, consoante os seguintes fatos:

    Se, por um lado, ‘a inclusão do nome de LULA na disputa’
    certamente ‘revela uma lamentável fulanização da Política’,

    tornando-se, mesmo, ‘nociva para o Processo’ Democrático,
    além de tentar criar um conflito artificial interno no PT –

    (e essa é a intenção da Mídia Empresarial Tucana G.A.F.E.*
    que, nesse campo, atua através dos Prostitutos de Pesquisas)

    Por outro lado, (e aqui pode haver capitalização para DILMA),
    os 44% das intenções de voto em LULA, captados pelo DataFrias,

    demonstram claramente que a questão se restringe, só, a um nome
    e não ao Partido dos Trabalhadores ou ao próprio Governo do PT.

    Ademais, a confiança no ex-Presidente LULA continua
    inabalável para a maioria absoluta (61%) do eleitorado:

    “Uma parcela de 36% dos brasileiros votariam com certeza
    e 24% talvez votassem em um candidato apoiado por LULA”.

    E ainda:

    Depois de quase 4 anos do término do mandato do Presidente

    (que ocorreu no final de dezembro de 2010, e não de 2006
    como equivocadamente ou de má-fé apontou o DataFolha)

    71% dos eleitores consideram, hoje, que o Governo LULA,

    portanto do PT, com DILMA no Ministério de Minas e Energia
    e depois no Comando da Casa Civil, onde coordenou o PAC,

    foi ÓTIMO/BOM, e mais outros 20% afirmam que foi regular.
    E apenas 9% que foi ruim/péssimo (em 13/12/2010 eram 4%)

    [vide quadro LULA (PT) x FHC (PSDB), em comentário abaixo,
    postado sex, 06/06/2014 – 18:37: (http://imgur.com/O4nUog7)]

    Some-se a esses indicativos positivos para o Governo do PT
    outros fatores avaliativos também de importância significativa,

    (obviamente ocultados pelo Consórcio de Mídia Tucana G.A.F.E.*
    que, há mais de uma década, só estampa manchetes desfavoráveis
    a LULA, a DILMA, aos Prefeitos do PT, aos Governadores do PT,
    aos Parlamentares Petistas e dos Partidos da Base de Apoio,
    e a tod@ e qualquer militante, simpatizante ou eleitor(a) do PT).

    Por exemplo:

    Desde a simulação de segundo turno realizada em agosto de 2013

    (pelo mesmo DataFrias, que, como diz o Mino, até o mundo mineral
    sabe que favorece ao PSDB no curso das campanhas eleitorais)

    portanto, em confronto direto com DILMA (PT), nos últimos 10 meses,
    Aébrio Nébulus (PSDB) e Mariardo&Edurina (PSB) cresceram 9% cada.

    O tucano saiu de míseros 29% para os atuais 39% (margem de erro inclusa)
    E o insustentável candidato da Rede Socialista de Mercado de 23% para 32%.

    De lá para cá, quando em disputa direta com o candidato de FHC (PSDB),
    a candidata de LULA (PT), caiu apenas 7%, variando de 53% para 46%, agora.

    Contra @ candidat@ do PSB, a candidata do PT variou de 55% para 47% (-8%).

    Pois muito bem.

    Veja-se, então, o que significam esses percentuais proporcionalmente
    ao número total de Votos Válidos, que são os que contam para o TSE:

    DataFrias
    Simulação de 2º Turno

    7 a 9/8/2013
    DILMA ROUSSEFF (PT) = 53%
    Aébrio Nébulus (PSDB) = 29%

    VOTOS VÁLIDOS
    TOTAL => 53 + 29 = 82 => 82 : 100 = 0,82

    DILMA ROUSSEFF (PT) => 53% : 0,82 = 64,63%
    Aébrio Nébulus (PSDB) => 29% : 0,82 = 35,37%
    .
    .
    3 a 5/6/14
    DILMA ROUSSEFF (PT) = 46%
    Aébrio Nébulus (PSDB) = 38%

    VOTOS VÁLIDOS

    TOTAL => 46 + 38 = 84 => 84 : 100 = 0,84

    DILMA ROUSSEFF (PT) => 46% : 0,84 = 54,76%
    Aébrio Nébulus (PSDB) => 38% : 0,84 = 45,24%
    .
    .
    Levando-se em consideração que,
    em toda Pesquisa do DataFrias,
    a Margem de Erro é de, no mínimo, 2%
    a mais para o PSDB e a menos para o PT,
    até que os números são favoráveis.
    .
    .
    Um abraço Camarada e Libertário

    Hasta La Victoria!
    Siempre!
    .
    .

Luís Carlos

Azenha
Moro e Trabalho em Novo Hamburgo, município com cerca de 240 mil habitantes, na região metropolitana de Porto Alegre. Meu trabalho me permite ir à periferia permanentemente. Em nenhuma dessas oportunidades ouvi sequer uma única citação do nome de Aécio Neves. Por outro lado, tenho ouvido, com muita frequência o nome de Dilma, entre dúvidas e reclamações, muitas outras manifestações de apoio
Longe de fazer de nosso município um laboratório absolutamente fiel à realidade brasileira, porém, serve minimamente como parâmetro no estado do RS.
Exemplifico com uma política de saúde lançada pelo governo federal. O Mais Médicos. Sei que é apenas UMA, porém, nos dá amostra interessante, mesmo porque está inserida no SUS, política pública regida pelo princípio da universalidade, ou seja, para todas as pessoas. E a população de periferia é “SUS dependente”, ou seja, é usuária do SUS, quotidianamente.
Fizemos através da ouvidoria do SUS municipal, pesquisa de satisfação relativa ao Mais Médicos.
Nossa pesquisa ouviu 574 pessoas no mês de maio último. Todas que usaram serviços do Mais Médicos. Dessas 574 pesquisadas, 98,6% avaliaram o programa Mais Médicos com notas 8, 9 e 10, sendo que 73,3% dos 574 pesquisados deram nota 10 ao Mais Médicos. Portanto, apenas 8 pessoas avvaliaram o programa com notas diferentes dessas, sendo que desses 8, 6 pessoas deram nota 7 (nota que não é ruim, pelo contrário, tratando-se de avaliação de serviço público) restando apenas duas que deram notas inferiores a 7.
Do total dos entrevistados, 85% sabem que o Mais Médicos é programa do Governo Federal, ou seja, associam ao Governo Federal da Presidenta Dilma.
Esta pesquisa já fora feita em janeiro desse ano, e repetimos agora em Novo Hamburgo para podermos monitorar evolução do programa em nosso município. Os dados praticamente se mantém quanto ao grau de satisfação elevadíssimo, mesmo com ampliação da amostra nessa última pesquisa, pois em janeiro foram entrevistados apenas 105 pessoas, visto que naquele momento contávamos com menos médicos do programa doo que em maio.
Repito: trata-se de apenas uma política, e de um único município de um único estado da federação. Contudo, nesse caso específico, Dilma é largamente associada a programa extremamente bem avaliado pelo população local.
Não se trata de pesquisa de intenções de voto, mas sim de pesquisa de satisfação sobre programa de saúde pública.
Por conversar permanentemente com representantes de outros municípios gaúchos, e mesmo brasileiros, sei que isso tem se repetido muito em outras cidades.
A gestão por evidências nos permite auferir elevadíssimo grau de satisfação popular com programa Mais Médicos, associado ao governo federal da presidenta Dilma. Por isso, ainda entendo que essa pesquisa Datafolha destoa do que pode ser quotidianamente verificado nas ruas. Ao menos de Novo Hamburgo/RS.

Luís Carlos

Enquanto isso, após pesquisa do “isento” Datafolha, as ações disparam na Bolsa de Valores…
Ou muito me engano, ou tem gente tentando salvar a “lavoura”, se não der para salvar na política, os parceiros ficam satisfeitos com ganhos especulativos. E dá-lhe pesquisa para subirem ações…
Aliás, porque será que o Datafolha não divulga pesquisa em SP?

Sagarana

A rejeição a Aécio foi a que mais caiu! E a diferença no segundo turno caiu de 11 para 8%.

Carlos N Mendes

O que nossa mídia destroi a confiança popular na politica para criar um eterno clima para um golpe de estado. Quando você acaba com a fé em soluções poloticas, só resta a solução mágica – derrubar o governo. E descrença na politica garante apoio popular.

renato

Alguem esta com problema ao enviar comentários ao PHA…

clemente

Quando o general se desespera, a batalha está perdida. Muito me estranha que num site progressista, mesmo com parte sendo de esquerdalhas de quinta coluna, tanto desespero, quem tem que estar assim é a direita pois estão disputando com a reserva do PT, e o titular está no banco. Afinal o governo enfrenta toda a direita externa ao governo e ainda o núcleo de esquerda enfrenta a direita nacionalista interna do governo, com a reforma políca. A campanha será ainda do neoliberalismo contra o nacional desenvolvimentismo. Moleza, não tem como comparar. a resistência se dá não pelo ritmo lento das mudanças mas contra as mudanças. É luta de classes, que se dá de maneira raivosa e irracional pois eles não podem assumir seu discurso desumano contra a ajuda prioritária aos mais necessitados

Catarina

É mesmo “PS do Viomundo”?

90% dos coxinhas protestantes não sabem nem o que estão fazendo nas ruas. São um bando de manipulados, maria vai com as outras.

“Muitos eleitores tinham expectativas do futuro e não foram atendidos.” rsss.

Quer dizer que o PRONATEC, PROUNE, BOLSA DE ESTUDOS PRO EXTERIOR não atendem aos coxinhas? Acredito. Minha colega manda a filha pra Paris estudar por 6 meses pelos programas do governo e ainda fala mal do PT. Tem gente que é assim, come na sua casa até encher o pandú e depois fala pra vinha que a comida estava horrível.

Quer dizer que milhões Minha Casa Minha vida, MAIS MÉDICOS não atende aos coxinhas?

O que atende aos vândalos que quebram propriedade pública e privada?

O Brasil se esforça pra fazer uma Copa do Mundo para o povo que mais ama futebol e eles querem melar a COPA.

Afinal, quais são estas expectativas que não estão atendendo aos coxinhas? Porque não protestam contra os planos de saúde que cobram os olhos da cara e não cumprem o que prometem?
Nunca vi nenhum coxinha protestar contra as verbas publicitárias da Globo, nem contra a sonegação de bilhões das empresas que devem ser dos pais deles.

    Luiz Carlos Azenha

    Vá à periferia, como faço todos os dias. E em várias partes do Brasil. Apesar dos programas de governo, nem tudo é esta maravilha que vc pinta.

    Luiz Carlos Azenha

    Não acho bacana atacar todos os que não concordam com o governo como “coxinhas”. É tradição do PT ouvir a população e o clamor do povo. Ou não?

    Catarina

    Quem disse que o Brasil está uma maravilha?

    Poderia estar sim, uma MARAVILHA se este governo não tivesse esta oposição imunda da Imprensa tucana que bate no governo noite e dia, inventa, calunia e distorce tudo descaradamente.

    Poderia estar uma MARAVILHA se não tivesse tanta gente torcendo contra, se não tivesse um judiciário empata-obras. Se não tivesse tanta gente atrapalhando o governo.

    Ah, tá ruim com o PT. Então votem na oposição. O Aécio já está tramando pra fechar os blogues progressistas (os legítimos, é claro) que o denunciam como ele faz em Minas. Já tem jornalista preso por antecedência em BH. E só vai piorar… a CENSURA dos Neves quer abranger todo o território nacional. Sem falar na entrega das Estatais, nas medidas IMPOPULARES, no arrocho do salário e no desemprego que eles querem. E deixar o Brasil quebrado novamente como ele fez em Minas (100 bilhões de dívida).

    Ah, eu não vou à periferia, eu vivo na periferia, sou classe C agora. Antes do PT eu era classe D.

    Luiz Carlos Azenha

    Folgo em saber que o Aécio não vai fechar este blog. Rsrsrs. Se o PT tiver uma surpresa em outubro, será por conta da turma de avestruzes, que acha que absolutamente tudo é culpa da conspiração da direita e não enxerga os limites da coalizão conservadora que nos governa. abs

    FrancoAtirador

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    Será que já atingiu o mesmo desgaste
    que ‘La Concertación’ no Chile em 2010,
    e o Brasil vai ter de levar na cola
    4 anos de Direita Aécio Piñera,
    para depois se arrepender e voltar
    com Dilma Bachelet mais à esquerda?
    A Extrema-Esquerda aposta nisso, não?.
    .
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    RONI

    mas tb o lula e a dilma tiveram 12 anos pra dissipar o mal do brasil REDE GLOBO e nao fizeram agora aguente

    lulipe

    Catarina, infelizmente seus poucos neurônios já foram cooptados pela propaganda petista, não há mais salvação.

    Catarina

    E os seus foram capturados pelo “PESOL”, aquela esquerdinha que a direita adora, aquela que ajuda a levar a eleição pro segundo turno. Vide Osmarina, H.Helena, etc…

Fabio Passos

O datafrias tenta de toda forma manter aécio never no jogo… para que os financiadores de campanha do tucano não joguem a toalha.
O PiG-psdb não acerta uma há muito tempo.

FrancoAtirador

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LULA tem 44% dos votos no 1º Turno.

No cenário em que Lula é apresentado
como nome do PT para a disputa presidencial,
ele obtém 44% das intenções de voto.

Em seguida aparecem Aécio (18%),
Campos (6%), Pastor Everaldo (3%),
Magno Malta (2%), e José Maria (1%).

Os demais não pontuaram neste cenário,
14% votariam em branco ou nulo,
e 11% não opinaram.

O apoio do ex-presidente Lula
é o que mais renderia voto
a um dos candidatos a presidente

Uma parcela de 36% dos brasileiros
votariam com certeza em um candidato
apoiado por ele,
índice similar ao registrado
em abril deste ano (37%).

A taxa dos que talvez votassem em alguém
apoiado pelo petista é de 24%.

Íntegra da Pesquisa DataFrias em:
http://media.folha.uol.com.br/datafolha/2014/06/06/intencao-de-voto-presidente-2014.pdf

(http://datafolha.folha.uol.com.br/eleicoes/2014/06/1466084-intencao-de-voto-em-dilma-cai-mas-adversarios-nao-avancam.shtml)
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    FrancoAtirador

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    A INFLUÊNCIA DA MÍDIA EMPRESARIAL NAS EXPECTATIVAS DA POPULAÇÃO

    E A MUDANÇA DA ‘OPINIÃO PÚBLICA’ INCLUSIVE EM RETROSPECTIVA


    http://imgur.com/O4nUog7


    http://imgur.com/OJ2N145

    FrancoAtirador

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    As eleições e as cartomantes

    Há quem morra acreditando que o fim do mundo está próximo.
    E há quem viva crente de que será o beneficiário
    de riquezas inesperadas, conquistas inauditas.

    Por Wanderley Guilherme dos Santos, na Carta Maior

    Cartomantes, videntes, intérpretes de pesquisas eleitorais e, muito especialmente, editorialistas e colunistas muito mais especialmente ainda, não são interpelados sobre a inexatidão dos prognósticos e profecias com que assustam ou embriagam seus clientes. Certo, vez por outra recebem leves críticas pelo fiasco das previsões, sem serem acionados por charlatanice ou falsidade ideológica. E a maioria dos viciados volta a procurar todos, e todas, sempre que temem o futuro.

    Convenhamos, é coisa de enorme fragilidade emocional acreditar que o que lhe está desde já reservado, caso existisse de fato, se revela na manipulação matreira de valetes de copas, azes de espada e as cobiçadas damas de alcova, quero dizer, damas de outros, ou melhor, damas de ouros. Há modos de entender o fenômeno sem a necessidade de convocar entidades sub metafísicas ou supra psicanalíticas.

    Há pouco, boatos de nobre origem alimentaram a expectativa de que os computadores iriam desarranjar-se sem conserto com a passagem do século. De 1999 para 2000 ou deste para 2001, contudo, nada aconteceu. E nessa dúvida cronológica já se encontra metade dos subterfúgios com que fracassados profetas justificam o escandaloso vexame, a saber: a volubilidade do tempo e a pobreza dos calendários. Esse negócio de contar o tempo não é fácil, como se comprova por consulta ao Google ou à Wikipédia. Papas e imperadores sempre desejaram aprisionar em métricas comedidas aquelas anomalias da natureza disfarçadas de micro milionésimos de segundos ou minutos e que, quando menos se espera, viraram algumas horas, dia até, ocasionando “bolos” históricos e rupturas matrimoniais. Calendários ditos Julianos, Gregorianos, lunares, sub-lunares, solares, maias e astecas, é vasta a oferta do modo de contar o tempo. Steven J. Gould, em Questioning the Millenium, faz erudita e bem humorada recensão de todas as tentativas.

    Pois é ao caráter fugidio do tempo que os profetas apelam para justificar a decepção de suas apostas. Tratar-se-ia de erro de contagem nas mensagens cifradas das cartas, nuvens, borras de café, vísceras de aves e teclados de computador. Quem sabe o 1 era 2 e o 2, 3, e o dia do Juízo Final dos computadores se dará na passagem do ano de 2 999 para 3 000? Isso, claro, se o mundo não for destruído, antes, por herético conciliábulo entre reis, rainhas, damas e valetes de heterogêneo e pecaminoso conjunto de naipes.

    Ao explicar o normal andar dos dias oposto aos reboliços prometidos por mais cuidadosa leitura do tempo, preservam a suposta dádiva da antevisão e a reputação do visionário, culpando os cosmólogos por não traduzirem corretamente os indícios emitidos pelo movimento e duração dos astros (Ponho aqui “indício” de caso pensado, termo tornado célebre por juízes e repórteres ao tomá-lo, tal como as cartomantes, por equivalente a “evidência”. Nos tempos que correm, conforme o calendário Juliano ou Gregoriano, não importa, indício quer dizer evidência, ou não, só quando convém, é evidente). No caso, defendem-se os catastrofistas com a desculpa de que os indícios não apontavam para evidências e, portanto, a data anunciada ficou comprometida. Pena só se ter tomado ciência disso depois de queda nas bolsas, suicídios antecipados e uísques tomados por conta. No próximo fim de mundo, ou de governo, asseguram, não falharão.

    A outra muleta de profetas do não acontecer chama-se, petulantemente, dissonância cognitiva. Trocada em miúdos, a dissonância do mal arrumado profeta refere-se ao óbvio descompasso entre o que ele vê e o mundo real dos paralelepípedos e procissões religiosas. Se cismar de perceber nestas últimas a obscenidade de ritos pagãos não há santo que os persuada do contrário.

    Cantochões tomados por convites à devassidão, paramentos anunciando a variedade de strip-tease que será apresentada, e por aí vai. Em suma, reinterpreta-se o mundo para fazê-lo conferir com a pretensa cognição. Nas seitas milenaristas, que anunciam o fim dos tempos, quando a desculpa não é o calendário que teria sido mal composto, é a dissonância cognitiva, isto é, os sinais ainda não teriam atingido sua forma derradeira e estaríamos ainda às vésperas dos grandes acontecimentos.

    Há quem morra acreditando que o fim do mundo está próximo.
    E há quem viva crente de que será o beneficiário de riquezas inesperadas, conquistas inauditas e glórias, e poder, prestígio e pesquisas.

    Andaço muito comum em períodos eleitorais, levando os fiéis a permanente romaria entre a dissonância e o calendário.
    Nada a fazer além de deixar o tempo passar e só tocar no assunto no ano seguinte.
    A ressaca é longa…

    (http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/As-eleicoes-e-as-cartomantes/4/31084)
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Rodrigo Leme

Quando o PT ganha, a mídia perdeu a capacidade de “mandar no povo”.

Quando o PT bambeia, é a mídia influenciando o povo.

Essa síndrome de Regina Duarte bateu forte no petismo, não?

Pedro Almeida

Não é só o discurso da mídia o fator destes resultados. Seria um grave erro pensar isso! É necessária e urgente uma reflexão do PT e, enfim, de toda a base governista a respeito de vários erros que têm sido cometidos. A mídia com Lula Presidente também tinha um discurso contra o Governo e nem por isso Lula deixou de ter índices elevadíssimos de aceitação. A falta de autocrítica e de reflexão urgente podem dar a vitória a Aécio Neves, não tanto por mérito dele, mas por demérito da base governista e da própria Presidente.

Julio Silveira

Eu também estou descrente e desencantado com a Folha.

Alexandre Tambelli

Pesquisa eleitoral do Datafolha e do Ibope antes do término do prazo para as alianças eleitorais se confirmarem (30 de junho) visam mostrar o de sempre:

A viabilidade de se apoiar politicamente e financeiramente o candidato que, tanto a mídia tradicional como estes dois institutos de pesquisa apoiam: Aécio Neves.

A partir daí começa a ser um pouco mais fidedigno os resultados das pesquisas.

É preciso pontuar onde o Petismo tem errado.

Do lado do petista mais aguerrido o grande erro tem sido considerar toda manifestação de Junho de 2013 como manifestação feita por “coxinhas”, o que é um redundante erro.

Esquecem do MPL, dos estudantes universitários de classe média, geralmente, alunos dos cursos de humanidades em geral das faculdades de Filosofia, Letras, Geografia, História, Ciências Sociais, etc. + toda a parcela do precariado, além dos Black Blocks, estes não podem ser vistos como reacionários, nem podem ser considerados incapazes de se associarem e saírem para as ruas para defender causas que consideram justas, certo?

Estes jovens não saíram as ruas impulsionados pela velha mídia, quando esta, resolveu se apoderar das passeatas, como uma forma de fragilizar o Governo DILMA. Foram para as ruas muito antes da velha mídia, e não tinham respaldo dela até um certo momento das jornadas de junho: é só lembrar do Jabor de antes e de depois do apoio da Rede Globo às passeatas e do vídeo dos “teens” globais aproveitando da situação para tentar enfraquecer DILMA e Governo Federal.

Regina Braga

O pacto pela governabilidade acabou…a proposta de Dilma pela Constituinte já é um sinal claro…acredito que o PT vai ser capaz de fazer as reformas que todos queremos e merecemos…senão,vamos ter problemas.Não há um candidato,que possa encarnar as mudanças,o mais próximo é o PT!

Urbano

Se a informação da falha de São Paulo não presta, os dados então…

José Augusto Zague

A RESSURREIÇÃO DE MAGNO MALTA.
Poucos leitores tiveram a curiosidade de verificar os nomes dos candidatos apresentados no disco que é oferecido aos entrevistados pelo Datafolha. Entre eles, está o Senador Magno Malta (PR). O senador, é pré candidato a presidência pelo PR desde fevereiro, mas só foi incluído entre os presidenciáveis pelo Datafolha na pesquisa de junho. Como a imprensa tem noticiado, o PR não deve ter candidato a presidência. Apesar das dissidências, há uma inclinação do partido em apoiar a presidente Dilma Rousseff. Ocorre que na pesquisa divulgada hoje, Malta teve 2% das intenções de voto, parece pouco, mas tem influência sobre a dinâmica da eleição, acordos eleitorais e principalmente sobre a realização ou não do segundo turno no âmbito da pesquisa. O “diabo” está nos detalhes.

    Sidnei

    Dilma tem 34%.
    Somados, nossos amigos Aécio, Campos e Everaldo tem 30%.
    Dilma não vence no primeiro turno porque os “nanicos” somam 5%.
    É isso mesmo?
    Se for, gostaria que alguém que se debruça mais sobre números e que conheça melhor o histórico de eleições me dissesse quando um conjunto de nanicos conseguiu reunir 5% dos votos.
    Atenção: falo nanico mesmo, aqueles que não chegam a angariar mais de 2% dos votos.
    O pastor Everaldo, por exemplo, já não dá pra chamar de nanico; o Magno Malta ainda daria.
    Enéas, se não me engano, superou a barreira em alguma eleição também.
    Seria o verdadeiro assunto da sucessão presidencial de 2014. Manchete de imprensa internacional: “nanicos levam eleição brasileira ao segundo turno”.

Francisco

O PT tinha muito mais a dar ao Brasil antes de virar um “PMDB”.

Não pôde fazer porque está amarrado aos PMDBs da vida pelas necessidades de horário eleitoral e maioria parlamentar.

Fica claro para quaquer pessoa inteligente que fazer revolução no Brasil, hoje, é fazer reforma politica (diminuindo o poder do capital) e promover a multiplicação das fontes de informação, entretenimento e noticia (tanto viabilizando as novas midias quantopulverizando as velhas mídias).

Qualquer pessoa, repito, inteligente v~e que isso é a diferença entre república e coronelismo. O PT, a custo, começa a ver, Dilma finge que vê (pois quer meu voto de novo), mas na verdade não enxerga isso.

Sobre a inteligencia dela é tudo que posso dizer…

Mardones

PS perfeito. Tentar creditar todo pessimismo do eleitor pesquisado pela Falha ao PIG é demais.

laura

Eu não acredito nessa porcaria. Isso É FEITO PARA ISSO MESMO. PARA FICAREM COMENTANDO ESSA PORCARIA durante a copa inteira.

ZePovinho

Os tucanos devem ganhar em São Paulo,na minha humilde opinião.O trabalho de destruição que eles estão fazendo é um serviço ao Brasil.

Edna Lula

Temos garantidos com o Bolsa Família 42 milhões de votos. É só revelar ao eleitor que Aécio Never irá acabar com o maior Programa de redistribuição de renda que este país já teve em toda sua história republicana e a vitória está garantida!
PT, para sempre!

    oamelA

    Isso mostra o nível de desinformação do eleitor brasileiro. Não é à toa que vc vai votar neles.

    Lukas

    12 anos de PT e 42 milhões ainda dependem do bolsa família.

    Bolsa Família, para sempre?

    Ulisses

    12 anos não dá tempo nem de fazer um jovem. E quer mudar o Brasil depois de 502 anos de mazelas? Vinte milhões de empregos e aumento do salários real é pouco para coxinha?

    walter

    Aumento de salario onde?
    No meu, por enquanto, a dentada acumulada do periodo Dilma eh de uns 26 por cento.

    Sabe nada ? inocente………….

    Carlos N Mendes

    Bolsa-Familia não é salario. É suborno para manter as crianças na escola. É único, sensacional, revolucionário. Apenas más intenções colocam um cidadão contra sua metodologia e resultados, inclusive tucanos, que o CRIARAM. Quanto asalario, sem comentários. Comparar o que eu ganhava sob FHC com o que ganho hoje é comparar uma pegadinha do Silvio Santos com um romance de Proust.

    Sagarana

    Aécio vai institucionalizar o bolsa família. Já venceu o governo na Comissão de Assuntos Sociais e vai vencer no pleno do Senado. E o PT vai ter que dar explicações aos eleitores.

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