O brasileiro e sua crença na “imprensa ética, factual e apolítica”
sab, 07/06/2014 – 12:20 – Atualizado em 07/06/2014 – 16:28
Sergio Troncoso
“A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.”
– prof. Andrew Oitke, catedrático de Antropologia em Harvard
O grande problema que vejo nessa questão sobre como a mídia age, é constatar que o brasileiro médio acredita que ela é isenta, “fiscaliza” o governo, quer o bem de toda sociedade, e é imperiosa para a democracia. O paradigma é o jornalismo americano!
(…)
Eu acredito que o papel da imprensa enquanto agente de informação possível, voltado realmente para a cidadania, ciência e entretenimento, só se dará com pulverização, ou seja, fim dos oligopólios, monopólios, fim da propriedade cruzada, e uma lei de direito de resposta clara e rápida (aliás o capitalismo também fica melhorzinho assim).
O jornal PODE E DEVE ter opinião, isto deve sempre ficar claro, mas meu texto é crítico ao leitor médio que PENSA que as notícias que lê são a mais pura expressão da verdade, mas NÃO SÃO. O brasileiro médio acredita na “imprensa isenta, factual e apolítica”, um condicionamento adquirido em virtude do analfabetismo funcional e ausência de senso crítico do populacho mediano. O leitor brasileiro precisa elevar seu grau de senso crítico (e isso é difícil sem a já famosa educação), parar de acreditar em lorotas e meias verdades.
(…)
O ideal é que se vá desde a “grande” imprensa, até a pequena como os vários blogs existentes na internet, que são pouco produtores de conteúdo, visto não disporem de grandes recursos financeiros, mas muitas vezes conseguem “furar” o pensamento único da velha imprensa, com “checagens” e pesquisas facilmente acessíveis após a “abertura da caixa de pandora” efetuada pela reportagem “com viés”. Quer seja, é sempre necessário checar outras fontes e ângulos, ouvir a outra parte DANDO O MESMO ESPAÇO, etc.
Enfim para que se alcance um bom grau de progresso cidadão e civilizatório no Brasil, é necessário que se desenvolvam políticas públicas educacionais que vão além da escola voltada para o mercado, com o devido reforço nas disciplinas da área de humanas tais como filosofia, história, sociologia, antropologia, e a devida “polida” no português, principalmente aprender a interpretação de textos. Sei que os “tecnicistas” torcem o nariz para essas ideias, mas conheço ótimas pessoas com sólida “formação técnica”, talvez acostumados demais com pensamento cartesiano, que não fazem a menor ideia do quanto são enganados por “verdades” de mentira.
Aébrio Nébulus empata tecnicamente com brancos/nulos/nenhum
Mariado&Edurina perdem para Não Sabe
– Dilma Rousseff (PT): 34%
– Aécio Neves (PSDB): 19%
– Eduardo Campos (PSB): 7%
– Pastor Everaldo (PSC): 4%
– Magno Malta (PR): 2%
– Denise Abreu (PEN): 1%
– Eduardo Jorge (PV): 1%
– José Maria (PSTU): 1%
– Randolfe Rodrigues (PSOL): 0%
– Eymael (PSDC): 0%
– Levy Fidelix (PRTB): 0%
– Mauro Iasi (PCB): 0%
– Brancos/nulos/nenhum: 17%
– Não sabe: 13%
A margem de erro é de 2%
a mais para o PSDB
e a menos para o PT.
COMET = Consórcio de Mídia Empresarial Tucana
G.A.F.E.* = Globo, Abril, Folha e Estadão
.
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tiao
Bob Fernandes,brilhante como sempre!!!
Edgar Rocha
Li os comentários abaixo e constatei, estupefato, que em nenhum momento discutiu-se de fato a proposição do Bob Fernandes acerca dos destinos do PT. É inegável que o comentário que ele faz busca a isenção e analisa de forma ampla e imparcial o contexto político em que se inserem as acusações contra Luís Moura. No entanto, até o momento, a posição dos leitores se resume no direito de defesa do acusado e na possibilidade mais do que provável do uso político das acusações durante a campanha. Como assim? Não é este o centro da abordagem do Bob Fernandes. Se há envolvimento de parlamentares petistas com o PCC de fato, isto está de acordo com a crescente crítica que o partido vem recebendo. A de que tem usado dos mesmos procedimentos para sustentar-se no poder que aqueles que se opõem aos princípios que a militância espera que sejam respeitados. A começar por agir como o Geraldo Alckmin, se desviando da acusação e tentando unicamente desvalorizar seus acusadores. Outra forma já bastante corriqueira é diminuir a gravidade dos fatos, como tentou fazer o Adriano Diogo (me poupem, uma coisa é ser preso e perseguido político, outra coisa é ser ligado ao crime organizado! E esta pseudoidentificação de setores do PT com a clandestinidade pura e simples só reforça as desconfianças. Tiro no pé é isto, o resto é conversa. Mas, de ato falho em ato falho, a gente vai “tendo a real”). E, por último, a possibilidade cada vez menos remota e mais clara de que realmente tem gente, cortando de todos os lados no partido. O que já era não só meio que favas contadas (a inércia diante da questão da segurança no Estado é generalizada) agora vai servindo de munição pra que o PSDB anule sua total responsabilidade no surgimento do PCC e na manutenção de esquemas de corrupção policial que dialogam diretamente, tanto com o “movimento” quanto com o Estado. E não parece ser pouca gente dentro do partido. Discutir isto internamente parece ser um tabu. Péssimo sinal. Preferem falar mal de quem denuncia. Eu moro em Itaquera, pego perua da Transcooper, vejo quem trabalha lá e, olha… Eu só não sabia que o Moura era dono dela. Embora muitos petistas de carteirinha tenham dito que não era novidade. Mas, ninguém comentava. A não ser do Senival. Ah, sim. Só não sabia que os dois eram irmãos. Mas, quem é petista sabe. E aí, será que vai ter esta discussão interna? Ou vão esperar o caldo entornar e dizerem que foram traídos, ou que é perseguição? Tem muita gente no PT que se vir o circo pegar fogo vai rezar pra ter um ditadura logo, pra todo mundo esquecer ou pelo menos, pra saírem como vítimas. Ou não… dado os possíveis envolvimentos com os apoiadores financeiros da extrema direita (o PCC é cangaço, fica do lado de quem dá mais), talvez tenhamos, diante desta possibilidade, muito petista compondo quadros num governo ditatorial. Melhor bater na madeira.
FrancoAtirador
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A Desconstrução do Partido dos Trabalhadores,
pela Mídia Empresarial, no Imaginário Popular
Durante a última década, período dos Governos Lula/Dilma,
o Consórcio de Mídia Empresarial Tucana (COMET) G.A.F.E.*
carimbou a corrupção na testa do PT, com o Mentirão,
condenando diuturna e indevidamente por antecipação
os dirigentes do partido, perante a população brasileira,
sob acusação de prática do crime de formação de quadrilha
há pouco negada pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal
no julgamento dos embargos infringentes, na AP 470.
Concomitante e ininterruptamente, o COMET G.A.F.E.*,
nesse tempo todo, atacou a moral do Presidente Lula,
buscando desconstruir a imagem popular do metalúrgico
que restaurou a República do BraSil para os BraSileiros.
Os adjetivos pejorativos foram metodicamente selecionados,
e usados por atribuição, contra Lula para desqualificá-lo,
e estampados diariamente nas manchetes dos meios de comunicação
de propriedade dos empresários de mídia notadamente tucanos,
assim se disseminando na sociedade, por rádio, TV, internet
e, inclusive, através de títulos de panfletos reacionários
que os próceres da Extrema Direita chamam de livros.
Foi a partir daí que surgiram alguns termos sofisticados
como anta, apedeuta, petralha, mensaleiro, quadrilheiro,
vulgarmente decodificados em burro, molusco, ignorante,
bêbado, cachaceiro, afanador, corrupto, ladrão, bandido,
sempre associados, por vinculação político-ideológica,
com comunista, ditador, estalinista, chavista, bolivariano,
misturados com outros preconceitos de conotação religiosa
tais como ateu, satânico, diabólico, anticristo, infernal.
Agora, o COMET G.A.F.E.* está catando no país inteiro
a ficha corrida de qualquer indivíduo que apareça por aí
sendo investigado, denunciado, acusado, formalmente ou não,
para atribuir-lhe relação genérica com os ‘petralhas’…
E o mais triste é ver alguns petistas históricos notáveis,
e até cúpulas de diretórios e executivas do próprio Partido,
vestindo a carapuça para escapar da pecha e do estigma midiático.
.
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Sobre o assunto, leia também:
Figura até então apagada do PT em São Paulo, o deputado estadual Luiz Moura ganhou os holofotes há três semanas, após o Governo [Estadual] de São Paulo* [PSDB] divulgar que ele teria participado de uma reunião na cooperativa de vans Transcooper, na Zona Leste da capital – onde três supostos integrantes do PCC estavam presentes.
A reunião, segundo o deputado, era composta de mais de 50 pessoas. Ele nega que tinha conhecimento prévio de que os participantes pertenciam a qualquer organização criminosa e afirma que estava no encontro apenas para mediar conflitos entre os trabalhadores da cooperativa, que ameaçavam fazer greve.
Pelo sim ou pelo não – como é ano eleitoral – o PT resolveu pressionar o deputado a deixar o partido, mesmo sem um inquérito formal aberto contra ele na Justiça.
Na reunião desta segunda-feira (02), a executiva do partido em São Paulo suspendeu o deputado por 60 dias e ameaça expulsá-lo da legenda, tirando o direito dele de concorrer à reeleição no próximo pleito caso o processo disciplinar interno não convença os petistas da inocência do parlamentar.
Em entrevista exclusiva ao Terra Magazine, Luiz Moura se diz vítima de discriminação da imprensa e dos próprios petistas, por conta de uma condenação por roubo de R$ 2,4 mil a um supermercado de Ilhota, em Santa Catarina, ocorrida em 1991 – quando o parlamentar tinha 19 anos de idade.
Hoje com 42 anos, Moura diz que o crime aconteceu devido a um tumultuado passado com uso de drogas, mas revela que já está cansado de pagar pelos erros da juventude:
“Não existe prisão perpétua no Brasil e as minhas dívidas com a Justiça foram solucionadas (…) O PT se baseia nos erros que cometi no passado para me castigar e punir, exatamente como a imprensa faz”, alega o parlamentar.
Sobre o misterioso patrimônio de R$ 5,1 milhões que ele apresentou na Justiça, mesmo tendo declarado pobreza em 2005 para se livrar de vez da acusação criminal, o deputado do PT diz que se trata de uma empresa falida, da qual alega já não fazer parte desde 2010.
“Eu nunca tive esse patrimônio todo. O que eu tinha era uma empresa falida (a Happy Play Tour), que nós adquirimos sem pagar nada por ela. Era uma empresa falida, que não tinha patrimônio na época que a prefeita Marta reorganizou as empresas de transporte público na cidade de São Paulo. Saí dela em 2010 e até então ela não tinha sequer um carrinho de pipoca no nome da empresa”, justifica o parlamentar paulista.
Após a decisão do PT de afastá-lo e submetê-lo ao conselho de ética do partido, Luiz Moura se diz muito magoado com os integrantes da executiva estadual, especialmente o presidente Emídio de Souza – que é acusado por ele de tomar a decisão de puni-lo unilateralmente.
Confira a entrevista completa:
TM: O que achou da decisão do PT de suspender o senhor por 60 dias?
Foi uma decisão precipitada, discriminatória e autoritária do partido. Fui na reunião da Executiva hoje de manhã e apresentei a minha defesa, mas eles sequer levaram em consideração o que eu disse. Foi uma decisão preconceituosa, tomada já na semana passada por um presidente que parece um trator.
TM: Como assim, decisão tomada na semana passada?
Já na semana passada o presidente do partido (Emídio de Souza) me procurou, pedindo para eu me desfiliar do partido e disse que iria me suspender. Fui na reunião de hoje já sabendo do resultado, porque também sou democrático. Mas a reunião foi só pra respaldar uma decisão que ele sozinho já tinha tomado.
TM: Por que o senhor acha que o Emídio tomou essa decisão sozinho?
Não sei o motivo. Ele é uma pessoa autoritária por natureza, desde os tempos que foi prefeito de Osasco. Não sei com quantos processos ele saiu da Prefeitura de Osasco, mas eu posso te garantir que sou ficha limpa. Garanto a qualquer um.
TM: Como o senhor se sente sendo forçado pelo PT a pedir desfiliação do partido?
Estou me sentido traído. É uma decisão injusta. Não fui a nenhuma reunião de crime organizado, nem sabia que lá tinha membros do PCC. Fiz uma discussão dentro de uma categoria, numa entidade que presta serviço público para a cidade. Não existe essa história de reunião do PCC coisa nenhuma. Era uma reunião de lideranças de motoristas e cobradores de ônibus, que estavam em estado de greve. E como parlamentar próximo ao setor, pediram ajuda para eu intermediar o conflito.
TM: Então, por que o senhor está sendo alvo agora de processo no Conselho de Ética do PT?
Estou sendo vítima do meu passado. Por isso que digo que é uma decisão discriminatória. Não existe nenhum indiciamento meu. Não existe processo na Justiça, não existe investigação contra mim. O PT se baseia nos erros que cometi no passado para me castigar e punir, exatamente como a imprensa faz. Esse não é o partido que conheci, que defendia a dignidade humana, os Direitos Humanos e a reinserção dos indivíduos na sociedade. Acho que o PT está traindo as raízes do partido. Não foi uma sigla construída para a elite. Foi um partido construído para ajudar os menos favorecidos, a dignidade da pessoa humana. Não interessava se era uma pessoa que passou pela prisão. O que interessava antes para o partido era a pessoa se ressocializar, que as pessoas tivessem outra condição de vida depois da prisão. Mas não foi essa a decisão que eles tomaram. Não foi a decisão baseada nesses preceitos. Cabe a mim respeitar, mas com muita indignação.
TM: O que foi discutido nessa reunião que o senhor participou?
Existia um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) do Ministério Público com a categoria dos motoristas e cobradores de ônibus, pra discutir o reajuste e não ter greve na cidade de São Paulo. Estava lá tratando de uma questão para ajudar a população e para prestar um serviço para os paulistanos, no objetivo de não ter greve na Zona Leste. E de fato não teve. Foi a única região que não teve greve nas últimas paralisações. Prestando um serviço, estou agora sendo acusado de um crime que não existe e nunca vai existir. Que terminou com essa punição irresponsável que o partido me deu.
TM: E esses três supostos integrantes do PCC fazem parte da tal cooperativa ?
Não conheço todas as pessoas que estavam lá. O que falaram é de um tal de ‘Carlinhos Alfaiate’, que disseram que ele era assaltante de banco e do PCC. Fui checar agora o histórico dele. E ele só tem uma condenação nos anos noventa. Mas de qualquer forma, não sabia desse histórico até então e agora querem ligar a imagem dele na minha.
TM: Como se deu a abordagem policial nessa reunião, então?
Tinha cerca de 50 pessoas na reunião. A polícia chegou, pediu licença para entrar. Nós autorizamos inclusive a olhar os carros estacionados. Era local público. Não havia o que esconder. Os policiais disseram: “não é nada com o senhor, deputado”. Fui embora depois cuidar da minha vida. Não fui nem em delegacia nenhuma. Quando chegaram no DP, me parece que os diretores da cooperativa relataram ao delegado o motivo da reunião – que inclusive consta no boletim de ocorrências. É o mesmo que te narrei. Quando os diretores estavam na rua, o delegado chamou de volta dizendo que tinha um problema político e que precisava constar o meu nome no boletim de ocorrências. E tiveram que fazer um segundo boletim, de natureza não criminal.
TM: O governo [estadual] de São Paulo [PSDB] declarou que o senhor chegou a ser preso nessa reunião. É isso mesmo?
Gostaria de deixar claro a irresponsabilidade do secretário do governo Alckmin, Márcio Aith – Subsecretário de Comunicação. Ele divulgou o meu nome, dizendo que eu tinha sido conduzido pela força policial até uma delegacia, sendo que nunca fui convocado ou convidado para ir em delegacia alguma. Foi uma divulgação absurda, que gerou tudo isso. Não sei que interesse ele tinha de fato. É uma irresponsabilidade e um crime, que acabou agora culminando com a minha suspensão do partido. É uma leviandade de um chefe de Estado que deveria tomar muito cuidado com o que divulga.
TM: O senhor pretende processar o Márcio Aith?
Com certeza. Já estou constituindo advogados na área criminal e cível para ver essa questão dentro do partido e também cobrar de quem divulgou informações falsas contra mim. Quem não deve não teme. Até hoje não há nada contra minha pessoa. Não tenho nenhum processo, sou ficha limpa. A nossa Constituição Federal nos dá o direito da ressocialização. O crime que cometi foi há muitos anos atrás. Inclusive havia um acórdão no Tribunal de Justiça proibindo a divulgação desse meu passado, mas a lei só vale para o lado mais fraco. Para o lado da imprensa não vale. Divulgaram algo sem medir as conseqüências e responsabilidades. E agora fui discriminado por conta de quem divulgou esse processo.
TM: O que o senhor pretende fazer agora?
Estou pensando ainda e vou consultar os meus advogados para ver se é possível tomar alguma medida judicial cabível. Não vou pedir desfiliação do partido e dar esse gosto para ele [Emídio de Souza], porque é capaz ainda dele pedir na Justiça o meu mandato.
TM: Os jornais dizem que o senhor não tinha nenhum patrimônio, mas que agora tem R$5,1 milhões – R$4 milhões apenas numa empresa, a Happy Play Tour. Como o senhor explica essa evolução?
Eu nunca tive esse patrimônio todo. O que eu tinha era uma empresa falida, que nós adquirimos sem pagar nada por ela. Era uma empresa falida, que não tinha patrimônio na época que a prefeita Marta reorganizou as empresas de transporte público na cidade de São Paulo. Saí dela em 2010 e até então ela não tinha sequer um carrinho de pipoca no nome da empresa.
TM: Mas é o que consta na declaração de bens do senhor na Receita e na Justiça Eleitoral, deputado…
A empresa tinha papéis que resultariam na integralização de capital com papéis, notas promissórias ‘pro-soluto’ – que deveriam ser integralizadas apenas quando essa empresa começasse a gerar lucro. O que nunca ocorreu. Eram papéis fictícios. E papéis que eram da sociedade e não só meus. Era um capital fictício de R$ 4 milhões, que você é obrigado a declarar no Imposto de Renda. Inventaram essa história e colocaram como se fosse um patrimônio meu em espécie ou moeda, mas são papéis sem valor algum. Volto a dizer: é uma empresa que não teve sequer um carrinho de pipoca quando eu estava lá. É um vazamento seletivo para me prejudicar e prejudicar o PT.
TM: O senhor ainda hoje é dono de alguma empresa na área de transporte?
Não, absolutamente nada.
TM: A renda atual do senhor é oriunda apenas da atividade parlamentar?
Não. Tenho um posto de gasolina. Mas o meu patrimônio não chega a 15% do que estão colocando nos jornais.
TM: O que aconteceu de fato na vida, que acabou levando você para a prisão? O senhor subtraiu mesmo um supermercado em Santa Catarina?
Foi um momento difícil na vida, uma época que cometi um crime porque usava drogas e fui parar na prisão. Foi uma fase muito difícil e rápida da juventude, que infelizmente me gerou um indiciamento. Mas não posso pagar o resto da vida. Não existe prisão perpétua no Brasil e as minhas dívidas com a Justiça foram solucionadas. Já estou pagando isso há muito tempo. E estou pagando demais até. É bom a sociedade ver aquilo que já fiz de bom, não o que fiz de ruim num passado distante. Hoje cuido de mais de 5 mil crianças entre jovens e adolescentes, dou palestras e orientação sobre drogas nos nossos projetos sociais. A parte da recuperação de um dependente químico ninguém vê.
TM: O senhor acha que está sendo vítima de um processo no PT semelhante ao do deputado André Vargas?
O André Vargas é diferente. Ele tinha uma relação de culpa que eu não tenho. Não existe nada ilícito, não existe prova, não existe inquérito ou processo. Absolutamente nada contra mim. O André Vargas tinha conversas e mensagens, que não cabe a mim julgar ele ou qualquer outro membro do partido. Cabe a mim apenas me defender daquilo que avalio como injusto, que é o que ocorre agora.
Suspeito de participar de reunião com facção,
deputado petista diz que não vai renunciar ao cargo em SP
Por Julianna Granjeia
SÃO PAULO – Pressionado pelos diretórios nacional e estadual de São Paulo do PT para dar explicações, o deputado estadual Luiz Moura (PT-SP) disse nesta terça-feira que não pretende renunciar ao cargo, mesmo diante das denúncias de que teria participado de uma reunião investigada pela polícia, da qual também estariam presentes integrantes da facção criminosa que age nos presídios paulistas. No encontro, segundo a polícia, a discussão girava em torno dos ataques a ônibus na capital paulista deste ano. Depois de uma reunião com a bancada petista na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Moura disse apenas que fará nesta quarta-feira um pronunciamento na Casa.
Questionado se teria sido pressionado para renunciar, Moura disse que não.
– Jamais. Quem não deve, não teme – afirmou, rapidamente.
Em março, o deputado teria participado de uma reunião na sede da cooperativa de donos de vans Transcooper, em Itaquera (zona leste de São Paulo).
O encontro é investigado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic)*.
O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo*. A polícia suspeita que perueiros sejam laranjas para criminosos lavarem dinheiro. Das 42 pessoas que participaram da reunião, nove são suspeitas de integrarem a facção.
Além disso, Moura foi condenado nos anos 1990 pelas Justiças do Paraná e de Santa Catarina a 12 anos de prisão por assalto a mão armada. Ele passou cerca de um ano e meio na prisão e depois fugiu. Após ser beneficiado pela prescrição da pena, apresentou-se para a reabilitação criminal, se declarando arrependido, e alegou que cometeu os crimes porque era usuário de drogas.
Pressão
Na segunda-feira, o caso foi discutido durante a reunião da executiva nacional do PT. Para evitar que a imagem do pré-candidato ao governo do estado de São Paulo, Alexandre Padilha, seja prejudicada, a direção estadual do partido criou uma comissão para ouvir Moura sobre as denúncias. Também houve um pacto de silêncio. Nenhum deputado fala sobre o caso até Moura se pronunciar na Alesp.
Nesta terça-feira, a bancada dos parlamentares paulistas se reuniu para ouvir Moura, que exerce seu primeiro mandato. Ele disse aos colegas ser inocente, que participou de uma reunião pública da categoria como deputado e que não tinha como saber que suspeitos de integrarem a facção criminosa estavam presentes.
– Vira e mexe o governador também posa com pessoas e isso não quer dizer nada. Se for fazer uma discussão política, cabe tudo. Eu também sou ex-preso, ex-delator, ex-torturado – afirmou o deputado Adriano Diogo (PT-SP).
Ataque tucano
A pressão do PT ocorre depois que a reunião investigada pela polícia foi citada, na semana passada, pelo secretário de Comunicação do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), Marcio Aith, em entrevista ao programa “Brasil Urgente”, da Band.
Aith não citou nominalmente Moura, mas afirmou que o deputado que participou do encontro era ligado ao secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto (PT). Tanto o deputado quanto seu irmão, o vereador Senival Moura (PT), são da mesma corrente petista de Tatto e ligados ao secretário.
A bancada do PSDB na Alesp também vai entrar em ação. Os tucanos articulam, em conjunto com partidos aliados, a instauração de um procedimento na Comissão de Ética da Casa para investigar o caso.
Tive por lá [no endereço sugerido/artigo do Bernardo] e colhi uma recordação:
“Você se refere a quem? Aos sem coluna vertebral? Invertebrados amorais, golpistas, que acreditam ser melhor matar a galinha dos ovos de ouro do que alimentá-la com essa espinhosa e árdua atividade política democrática. Igualmente invertebrados pode ser a maioria dos rentistas iludidos, desconstrutores e falsificadores da História, genocidas e demais especuladores, ou não?
_________________________
Uma sentença do Lula:
“A política é hoje a única atividade capaz de rivalizar com o mercado!”
Por mercado, entenda-se: o neoliberalismo radical, a antipolítica do estado mínimo, e o mercado acima de tudo, menos das crises sistêmicas/estruturais e/ou terminais daquilo que ainda chamamos de capitalismo.
Outra:
“Temos de fazer a globalização (não da economia, mas) da política.” Parêntesis por minha conta.
Portanto, desnecessário dizer também que o PT é o partido de todos trabalhadores e não apenas dos políticos do Partido dos Trabalhadores.”
FrancoAtirador
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Deveria ser.
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Mário SF Alves
“E o mais triste é ver alguns petistas históricos notáveis,
e até cúpulas de diretórios e executivas do próprio Partido,
vestindo a carapuça para escapar da pecha e do estigma midiático.”
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Cara, que doideira, já chegou a tanto?
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Tudo bem que era de se esperar que num embate desta magnitude e por tanto tempo à frente da Administração Federal, que parte dos membros do PT se corrompessem. Era esperado. Ainda mais em se tratando do capitalismo mais corrompido e corruptor do mundo. Mas, que se chegasse a isso, a atitudes que beiram à covardia, ou que ignorassem o tamanho da responsabilidade e o poder da reação da extrema direita, não.
Mário SF Alves
Olha isso [pqp! tão de sacanagem]:
“TM: Por que o senhor acha que o Emídio tomou essa decisão sozinho?
Não sei o motivo. Ele é uma pessoa autoritária por natureza, desde os tempos que foi prefeito de Osasco. Não sei com quantos processos ele saiu da Prefeitura de Osasco, mas eu posso te garantir que sou ficha limpa. Garanto a qualquer um.”
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Um cara que diz isso e/ou um cara que faz isso podem se considerar representantes do interesse dos trabalhadores?
Sei não, prezado FrancoAtirador, considero-me um zé mané em política, mas, dessa água fica difícil beber.
FrancoAtirador
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Há mais coisas entre as cúpulas e as bases
do que possa imaginar nossa vã fisiologia.
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FrancoAtirador
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Tapar o sol com a peneira,
sem sombra de dúvida,
não impede insolações.
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FrancoAtirador
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Varrer a Luta de Classes
Para Debaixo do Tapete
Não faz Limpa a Democracia.
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Mário SF Alves
Apoio o chamado à responsabilidade. Imprescindível.
Entretanto… a essas alturas do campeonato e, a menos que Fênix do PT ressurja, o que menos conta é a questão natureza do partido.
Isso porquê?
Por isso, ó:
Infelizmente o embate entre forças ideológicas no Brasil e no Ocidente chegou a um tal grau de radicalização que, para o “estado da arte” do capitalismo, refiro-me à crise atual [que não é só econômica], a única saída conservadora [ou extremamente conservadora] possível é o neoliberalismo. De preferência, o neoliberalismo mais radical.
E, no caso de uma “deus livre e guarde” vitória da oposição, e a respectiva reedição do neoliberalismo no Brasil, o impacto socioeconômico negativo poderá ser tão pior ou mais grave do que foi sob os dois mandatos do FHC.
Portanto, em se tratando desse imenso, riquíssimo e POTENCIALMENTE poderosíssimo país chamado Brasil um novo ataque neoliberal poderia ser fatal. Até porque, nenhum governante, representante da Casa Grande, teria como dar conta do maldito recado. Porém, uma vez no governo, ficaria muito mais fácil abrir terreno para um novo golpe de Estado de direita. Aliás, dispensar-se-ia inclusive os aportes da CIA. E, ironia do destino, sem as Reformas [Agrícola e Agrária] de Base, desta vez.
Abs.,
Mário.
Comentários
Messias Franca de Macedo
O brasileiro e sua crença na “imprensa ética, factual e apolítica”
sab, 07/06/2014 – 12:20 – Atualizado em 07/06/2014 – 16:28
Sergio Troncoso
“A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.”
– prof. Andrew Oitke, catedrático de Antropologia em Harvard
O grande problema que vejo nessa questão sobre como a mídia age, é constatar que o brasileiro médio acredita que ela é isenta, “fiscaliza” o governo, quer o bem de toda sociedade, e é imperiosa para a democracia. O paradigma é o jornalismo americano!
(…)
Eu acredito que o papel da imprensa enquanto agente de informação possível, voltado realmente para a cidadania, ciência e entretenimento, só se dará com pulverização, ou seja, fim dos oligopólios, monopólios, fim da propriedade cruzada, e uma lei de direito de resposta clara e rápida (aliás o capitalismo também fica melhorzinho assim).
O jornal PODE E DEVE ter opinião, isto deve sempre ficar claro, mas meu texto é crítico ao leitor médio que PENSA que as notícias que lê são a mais pura expressão da verdade, mas NÃO SÃO. O brasileiro médio acredita na “imprensa isenta, factual e apolítica”, um condicionamento adquirido em virtude do analfabetismo funcional e ausência de senso crítico do populacho mediano. O leitor brasileiro precisa elevar seu grau de senso crítico (e isso é difícil sem a já famosa educação), parar de acreditar em lorotas e meias verdades.
(…)
O ideal é que se vá desde a “grande” imprensa, até a pequena como os vários blogs existentes na internet, que são pouco produtores de conteúdo, visto não disporem de grandes recursos financeiros, mas muitas vezes conseguem “furar” o pensamento único da velha imprensa, com “checagens” e pesquisas facilmente acessíveis após a “abertura da caixa de pandora” efetuada pela reportagem “com viés”. Quer seja, é sempre necessário checar outras fontes e ângulos, ouvir a outra parte DANDO O MESMO ESPAÇO, etc.
Enfim para que se alcance um bom grau de progresso cidadão e civilizatório no Brasil, é necessário que se desenvolvam políticas públicas educacionais que vão além da escola voltada para o mercado, com o devido reforço nas disciplinas da área de humanas tais como filosofia, história, sociologia, antropologia, e a devida “polida” no português, principalmente aprender a interpretação de textos. Sei que os “tecnicistas” torcem o nariz para essas ideias, mas conheço ótimas pessoas com sólida “formação técnica”, talvez acostumados demais com pensamento cartesiano, que não fazem a menor ideia do quanto são enganados por “verdades” de mentira.
Por Sérgio Troncoso
FONTE: http://jornalggn.com.br/blog/sergio-t/o-brasileiro-e-sua-crenca-na-imprensa-etica-factual-e-apolitica
ou aqui:
http://jornalggn.com.br/blog/sergio-t/o-brasileiro-e-sua-crenca-na-imprensa-etica-factual-e-apolitica
FrancoAtirador
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Manchetes do Dia no COMET G.A.F.E.*
DataFrias:
Aébrio Nébulus empata tecnicamente com brancos/nulos/nenhum
Mariado&Edurina perdem para Não Sabe
– Dilma Rousseff (PT): 34%
– Aécio Neves (PSDB): 19%
– Eduardo Campos (PSB): 7%
– Pastor Everaldo (PSC): 4%
– Magno Malta (PR): 2%
– Denise Abreu (PEN): 1%
– Eduardo Jorge (PV): 1%
– José Maria (PSTU): 1%
– Randolfe Rodrigues (PSOL): 0%
– Eymael (PSDC): 0%
– Levy Fidelix (PRTB): 0%
– Mauro Iasi (PCB): 0%
– Brancos/nulos/nenhum: 17%
– Não sabe: 13%
A margem de erro é de 2%
a mais para o PSDB
e a menos para o PT.
COMET = Consórcio de Mídia Empresarial Tucana
G.A.F.E.* = Globo, Abril, Folha e Estadão
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tiao
Bob Fernandes,brilhante como sempre!!!
Edgar Rocha
Li os comentários abaixo e constatei, estupefato, que em nenhum momento discutiu-se de fato a proposição do Bob Fernandes acerca dos destinos do PT. É inegável que o comentário que ele faz busca a isenção e analisa de forma ampla e imparcial o contexto político em que se inserem as acusações contra Luís Moura. No entanto, até o momento, a posição dos leitores se resume no direito de defesa do acusado e na possibilidade mais do que provável do uso político das acusações durante a campanha. Como assim? Não é este o centro da abordagem do Bob Fernandes. Se há envolvimento de parlamentares petistas com o PCC de fato, isto está de acordo com a crescente crítica que o partido vem recebendo. A de que tem usado dos mesmos procedimentos para sustentar-se no poder que aqueles que se opõem aos princípios que a militância espera que sejam respeitados. A começar por agir como o Geraldo Alckmin, se desviando da acusação e tentando unicamente desvalorizar seus acusadores. Outra forma já bastante corriqueira é diminuir a gravidade dos fatos, como tentou fazer o Adriano Diogo (me poupem, uma coisa é ser preso e perseguido político, outra coisa é ser ligado ao crime organizado! E esta pseudoidentificação de setores do PT com a clandestinidade pura e simples só reforça as desconfianças. Tiro no pé é isto, o resto é conversa. Mas, de ato falho em ato falho, a gente vai “tendo a real”). E, por último, a possibilidade cada vez menos remota e mais clara de que realmente tem gente, cortando de todos os lados no partido. O que já era não só meio que favas contadas (a inércia diante da questão da segurança no Estado é generalizada) agora vai servindo de munição pra que o PSDB anule sua total responsabilidade no surgimento do PCC e na manutenção de esquemas de corrupção policial que dialogam diretamente, tanto com o “movimento” quanto com o Estado. E não parece ser pouca gente dentro do partido. Discutir isto internamente parece ser um tabu. Péssimo sinal. Preferem falar mal de quem denuncia. Eu moro em Itaquera, pego perua da Transcooper, vejo quem trabalha lá e, olha… Eu só não sabia que o Moura era dono dela. Embora muitos petistas de carteirinha tenham dito que não era novidade. Mas, ninguém comentava. A não ser do Senival. Ah, sim. Só não sabia que os dois eram irmãos. Mas, quem é petista sabe. E aí, será que vai ter esta discussão interna? Ou vão esperar o caldo entornar e dizerem que foram traídos, ou que é perseguição? Tem muita gente no PT que se vir o circo pegar fogo vai rezar pra ter um ditadura logo, pra todo mundo esquecer ou pelo menos, pra saírem como vítimas. Ou não… dado os possíveis envolvimentos com os apoiadores financeiros da extrema direita (o PCC é cangaço, fica do lado de quem dá mais), talvez tenhamos, diante desta possibilidade, muito petista compondo quadros num governo ditatorial. Melhor bater na madeira.
FrancoAtirador
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A Desconstrução do Partido dos Trabalhadores,
pela Mídia Empresarial, no Imaginário Popular
Durante a última década, período dos Governos Lula/Dilma,
o Consórcio de Mídia Empresarial Tucana (COMET) G.A.F.E.*
carimbou a corrupção na testa do PT, com o Mentirão,
condenando diuturna e indevidamente por antecipação
os dirigentes do partido, perante a população brasileira,
sob acusação de prática do crime de formação de quadrilha
há pouco negada pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal
no julgamento dos embargos infringentes, na AP 470.
Concomitante e ininterruptamente, o COMET G.A.F.E.*,
nesse tempo todo, atacou a moral do Presidente Lula,
buscando desconstruir a imagem popular do metalúrgico
que restaurou a República do BraSil para os BraSileiros.
Os adjetivos pejorativos foram metodicamente selecionados,
e usados por atribuição, contra Lula para desqualificá-lo,
e estampados diariamente nas manchetes dos meios de comunicação
de propriedade dos empresários de mídia notadamente tucanos,
assim se disseminando na sociedade, por rádio, TV, internet
e, inclusive, através de títulos de panfletos reacionários
que os próceres da Extrema Direita chamam de livros.
Foi a partir daí que surgiram alguns termos sofisticados
como anta, apedeuta, petralha, mensaleiro, quadrilheiro,
vulgarmente decodificados em burro, molusco, ignorante,
bêbado, cachaceiro, afanador, corrupto, ladrão, bandido,
sempre associados, por vinculação político-ideológica,
com comunista, ditador, estalinista, chavista, bolivariano,
misturados com outros preconceitos de conotação religiosa
tais como ateu, satânico, diabólico, anticristo, infernal.
Agora, o COMET G.A.F.E.* está catando no país inteiro
a ficha corrida de qualquer indivíduo que apareça por aí
sendo investigado, denunciado, acusado, formalmente ou não,
para atribuir-lhe relação genérica com os ‘petralhas’…
E o mais triste é ver alguns petistas históricos notáveis,
e até cúpulas de diretórios e executivas do próprio Partido,
vestindo a carapuça para escapar da pecha e do estigma midiático.
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Sobre o assunto, leia também:
O apartidarismo entre aspas da Folha
(http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-colunista-da-folha-e-os-mensaleiros)
Uma bancada alternativa para entrevistar Lula, inspirada pelo Globo
(http://www.diariodocentrodomundo.com.br/uma-bancada-alternativa-para-entrevistar-lula-inspirada-no-globo)
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02/06/2014
Terra Magazine [TM]
Entrevista: Deputado Estadual Luiz Moura (PT-SP)
Por Rodrigo Rodrigues
Figura até então apagada do PT em São Paulo, o deputado estadual Luiz Moura ganhou os holofotes há três semanas, após o Governo [Estadual] de São Paulo* [PSDB] divulgar que ele teria participado de uma reunião na cooperativa de vans Transcooper, na Zona Leste da capital – onde três supostos integrantes do PCC estavam presentes.
A reunião, segundo o deputado, era composta de mais de 50 pessoas. Ele nega que tinha conhecimento prévio de que os participantes pertenciam a qualquer organização criminosa e afirma que estava no encontro apenas para mediar conflitos entre os trabalhadores da cooperativa, que ameaçavam fazer greve.
Pelo sim ou pelo não – como é ano eleitoral – o PT resolveu pressionar o deputado a deixar o partido, mesmo sem um inquérito formal aberto contra ele na Justiça.
Na reunião desta segunda-feira (02), a executiva do partido em São Paulo suspendeu o deputado por 60 dias e ameaça expulsá-lo da legenda, tirando o direito dele de concorrer à reeleição no próximo pleito caso o processo disciplinar interno não convença os petistas da inocência do parlamentar.
Em entrevista exclusiva ao Terra Magazine, Luiz Moura se diz vítima de discriminação da imprensa e dos próprios petistas, por conta de uma condenação por roubo de R$ 2,4 mil a um supermercado de Ilhota, em Santa Catarina, ocorrida em 1991 – quando o parlamentar tinha 19 anos de idade.
Hoje com 42 anos, Moura diz que o crime aconteceu devido a um tumultuado passado com uso de drogas, mas revela que já está cansado de pagar pelos erros da juventude:
“Não existe prisão perpétua no Brasil e as minhas dívidas com a Justiça foram solucionadas (…) O PT se baseia nos erros que cometi no passado para me castigar e punir, exatamente como a imprensa faz”, alega o parlamentar.
Sobre o misterioso patrimônio de R$ 5,1 milhões que ele apresentou na Justiça, mesmo tendo declarado pobreza em 2005 para se livrar de vez da acusação criminal, o deputado do PT diz que se trata de uma empresa falida, da qual alega já não fazer parte desde 2010.
“Eu nunca tive esse patrimônio todo. O que eu tinha era uma empresa falida (a Happy Play Tour), que nós adquirimos sem pagar nada por ela. Era uma empresa falida, que não tinha patrimônio na época que a prefeita Marta reorganizou as empresas de transporte público na cidade de São Paulo. Saí dela em 2010 e até então ela não tinha sequer um carrinho de pipoca no nome da empresa”, justifica o parlamentar paulista.
Após a decisão do PT de afastá-lo e submetê-lo ao conselho de ética do partido, Luiz Moura se diz muito magoado com os integrantes da executiva estadual, especialmente o presidente Emídio de Souza – que é acusado por ele de tomar a decisão de puni-lo unilateralmente.
Confira a entrevista completa:
TM: O que achou da decisão do PT de suspender o senhor por 60 dias?
Foi uma decisão precipitada, discriminatória e autoritária do partido. Fui na reunião da Executiva hoje de manhã e apresentei a minha defesa, mas eles sequer levaram em consideração o que eu disse. Foi uma decisão preconceituosa, tomada já na semana passada por um presidente que parece um trator.
TM: Como assim, decisão tomada na semana passada?
Já na semana passada o presidente do partido (Emídio de Souza) me procurou, pedindo para eu me desfiliar do partido e disse que iria me suspender. Fui na reunião de hoje já sabendo do resultado, porque também sou democrático. Mas a reunião foi só pra respaldar uma decisão que ele sozinho já tinha tomado.
TM: Por que o senhor acha que o Emídio tomou essa decisão sozinho?
Não sei o motivo. Ele é uma pessoa autoritária por natureza, desde os tempos que foi prefeito de Osasco. Não sei com quantos processos ele saiu da Prefeitura de Osasco, mas eu posso te garantir que sou ficha limpa. Garanto a qualquer um.
TM: Como o senhor se sente sendo forçado pelo PT a pedir desfiliação do partido?
Estou me sentido traído. É uma decisão injusta. Não fui a nenhuma reunião de crime organizado, nem sabia que lá tinha membros do PCC. Fiz uma discussão dentro de uma categoria, numa entidade que presta serviço público para a cidade. Não existe essa história de reunião do PCC coisa nenhuma. Era uma reunião de lideranças de motoristas e cobradores de ônibus, que estavam em estado de greve. E como parlamentar próximo ao setor, pediram ajuda para eu intermediar o conflito.
TM: Então, por que o senhor está sendo alvo agora de processo no Conselho de Ética do PT?
Estou sendo vítima do meu passado. Por isso que digo que é uma decisão discriminatória. Não existe nenhum indiciamento meu. Não existe processo na Justiça, não existe investigação contra mim. O PT se baseia nos erros que cometi no passado para me castigar e punir, exatamente como a imprensa faz. Esse não é o partido que conheci, que defendia a dignidade humana, os Direitos Humanos e a reinserção dos indivíduos na sociedade. Acho que o PT está traindo as raízes do partido. Não foi uma sigla construída para a elite. Foi um partido construído para ajudar os menos favorecidos, a dignidade da pessoa humana. Não interessava se era uma pessoa que passou pela prisão. O que interessava antes para o partido era a pessoa se ressocializar, que as pessoas tivessem outra condição de vida depois da prisão. Mas não foi essa a decisão que eles tomaram. Não foi a decisão baseada nesses preceitos. Cabe a mim respeitar, mas com muita indignação.
TM: O que foi discutido nessa reunião que o senhor participou?
Existia um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) do Ministério Público com a categoria dos motoristas e cobradores de ônibus, pra discutir o reajuste e não ter greve na cidade de São Paulo. Estava lá tratando de uma questão para ajudar a população e para prestar um serviço para os paulistanos, no objetivo de não ter greve na Zona Leste. E de fato não teve. Foi a única região que não teve greve nas últimas paralisações. Prestando um serviço, estou agora sendo acusado de um crime que não existe e nunca vai existir. Que terminou com essa punição irresponsável que o partido me deu.
TM: E esses três supostos integrantes do PCC fazem parte da tal cooperativa ?
Não conheço todas as pessoas que estavam lá. O que falaram é de um tal de ‘Carlinhos Alfaiate’, que disseram que ele era assaltante de banco e do PCC. Fui checar agora o histórico dele. E ele só tem uma condenação nos anos noventa. Mas de qualquer forma, não sabia desse histórico até então e agora querem ligar a imagem dele na minha.
TM: Como se deu a abordagem policial nessa reunião, então?
Tinha cerca de 50 pessoas na reunião. A polícia chegou, pediu licença para entrar. Nós autorizamos inclusive a olhar os carros estacionados. Era local público. Não havia o que esconder. Os policiais disseram: “não é nada com o senhor, deputado”. Fui embora depois cuidar da minha vida. Não fui nem em delegacia nenhuma. Quando chegaram no DP, me parece que os diretores da cooperativa relataram ao delegado o motivo da reunião – que inclusive consta no boletim de ocorrências. É o mesmo que te narrei. Quando os diretores estavam na rua, o delegado chamou de volta dizendo que tinha um problema político e que precisava constar o meu nome no boletim de ocorrências. E tiveram que fazer um segundo boletim, de natureza não criminal.
TM: O governo [estadual] de São Paulo [PSDB] declarou que o senhor chegou a ser preso nessa reunião. É isso mesmo?
Gostaria de deixar claro a irresponsabilidade do secretário do governo Alckmin, Márcio Aith – Subsecretário de Comunicação. Ele divulgou o meu nome, dizendo que eu tinha sido conduzido pela força policial até uma delegacia, sendo que nunca fui convocado ou convidado para ir em delegacia alguma. Foi uma divulgação absurda, que gerou tudo isso. Não sei que interesse ele tinha de fato. É uma irresponsabilidade e um crime, que acabou agora culminando com a minha suspensão do partido. É uma leviandade de um chefe de Estado que deveria tomar muito cuidado com o que divulga.
TM: O senhor pretende processar o Márcio Aith?
Com certeza. Já estou constituindo advogados na área criminal e cível para ver essa questão dentro do partido e também cobrar de quem divulgou informações falsas contra mim. Quem não deve não teme. Até hoje não há nada contra minha pessoa. Não tenho nenhum processo, sou ficha limpa. A nossa Constituição Federal nos dá o direito da ressocialização. O crime que cometi foi há muitos anos atrás. Inclusive havia um acórdão no Tribunal de Justiça proibindo a divulgação desse meu passado, mas a lei só vale para o lado mais fraco. Para o lado da imprensa não vale. Divulgaram algo sem medir as conseqüências e responsabilidades. E agora fui discriminado por conta de quem divulgou esse processo.
TM: O que o senhor pretende fazer agora?
Estou pensando ainda e vou consultar os meus advogados para ver se é possível tomar alguma medida judicial cabível. Não vou pedir desfiliação do partido e dar esse gosto para ele [Emídio de Souza], porque é capaz ainda dele pedir na Justiça o meu mandato.
TM: Os jornais dizem que o senhor não tinha nenhum patrimônio, mas que agora tem R$5,1 milhões – R$4 milhões apenas numa empresa, a Happy Play Tour. Como o senhor explica essa evolução?
Eu nunca tive esse patrimônio todo. O que eu tinha era uma empresa falida, que nós adquirimos sem pagar nada por ela. Era uma empresa falida, que não tinha patrimônio na época que a prefeita Marta reorganizou as empresas de transporte público na cidade de São Paulo. Saí dela em 2010 e até então ela não tinha sequer um carrinho de pipoca no nome da empresa.
TM: Mas é o que consta na declaração de bens do senhor na Receita e na Justiça Eleitoral, deputado…
A empresa tinha papéis que resultariam na integralização de capital com papéis, notas promissórias ‘pro-soluto’ – que deveriam ser integralizadas apenas quando essa empresa começasse a gerar lucro. O que nunca ocorreu. Eram papéis fictícios. E papéis que eram da sociedade e não só meus. Era um capital fictício de R$ 4 milhões, que você é obrigado a declarar no Imposto de Renda. Inventaram essa história e colocaram como se fosse um patrimônio meu em espécie ou moeda, mas são papéis sem valor algum. Volto a dizer: é uma empresa que não teve sequer um carrinho de pipoca quando eu estava lá. É um vazamento seletivo para me prejudicar e prejudicar o PT.
TM: O senhor ainda hoje é dono de alguma empresa na área de transporte?
Não, absolutamente nada.
TM: A renda atual do senhor é oriunda apenas da atividade parlamentar?
Não. Tenho um posto de gasolina. Mas o meu patrimônio não chega a 15% do que estão colocando nos jornais.
TM: O que aconteceu de fato na vida, que acabou levando você para a prisão? O senhor subtraiu mesmo um supermercado em Santa Catarina?
Foi um momento difícil na vida, uma época que cometi um crime porque usava drogas e fui parar na prisão. Foi uma fase muito difícil e rápida da juventude, que infelizmente me gerou um indiciamento. Mas não posso pagar o resto da vida. Não existe prisão perpétua no Brasil e as minhas dívidas com a Justiça foram solucionadas. Já estou pagando isso há muito tempo. E estou pagando demais até. É bom a sociedade ver aquilo que já fiz de bom, não o que fiz de ruim num passado distante. Hoje cuido de mais de 5 mil crianças entre jovens e adolescentes, dou palestras e orientação sobre drogas nos nossos projetos sociais. A parte da recuperação de um dependente químico ninguém vê.
TM: O senhor acha que está sendo vítima de um processo no PT semelhante ao do deputado André Vargas?
O André Vargas é diferente. Ele tinha uma relação de culpa que eu não tenho. Não existe nada ilícito, não existe prova, não existe inquérito ou processo. Absolutamente nada contra mim. O André Vargas tinha conversas e mensagens, que não cabe a mim julgar ele ou qualquer outro membro do partido. Cabe a mim apenas me defender daquilo que avalio como injusto, que é o que ocorre agora.
(http://terramagazine.terra.com.br/blogterramagazine/blog/2014/06/02/luiz-moura-%E2%80%9Cpt-se-baseia-em-erros-do-passado-para-me-punir%E2%80%9D)
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27/05/14 19:40 Atualizado em 27/05/14 20:36
O Globo*, via Extra.Globo*
Suspeito de participar de reunião com facção,
deputado petista diz que não vai renunciar ao cargo em SP
Por Julianna Granjeia
SÃO PAULO – Pressionado pelos diretórios nacional e estadual de São Paulo do PT para dar explicações, o deputado estadual Luiz Moura (PT-SP) disse nesta terça-feira que não pretende renunciar ao cargo, mesmo diante das denúncias de que teria participado de uma reunião investigada pela polícia, da qual também estariam presentes integrantes da facção criminosa que age nos presídios paulistas. No encontro, segundo a polícia, a discussão girava em torno dos ataques a ônibus na capital paulista deste ano. Depois de uma reunião com a bancada petista na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Moura disse apenas que fará nesta quarta-feira um pronunciamento na Casa.
Questionado se teria sido pressionado para renunciar, Moura disse que não.
– Jamais. Quem não deve, não teme – afirmou, rapidamente.
Em março, o deputado teria participado de uma reunião na sede da cooperativa de donos de vans Transcooper, em Itaquera (zona leste de São Paulo).
O encontro é investigado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic)*.
O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo*. A polícia suspeita que perueiros sejam laranjas para criminosos lavarem dinheiro. Das 42 pessoas que participaram da reunião, nove são suspeitas de integrarem a facção.
Além disso, Moura foi condenado nos anos 1990 pelas Justiças do Paraná e de Santa Catarina a 12 anos de prisão por assalto a mão armada. Ele passou cerca de um ano e meio na prisão e depois fugiu. Após ser beneficiado pela prescrição da pena, apresentou-se para a reabilitação criminal, se declarando arrependido, e alegou que cometeu os crimes porque era usuário de drogas.
Pressão
Na segunda-feira, o caso foi discutido durante a reunião da executiva nacional do PT. Para evitar que a imagem do pré-candidato ao governo do estado de São Paulo, Alexandre Padilha, seja prejudicada, a direção estadual do partido criou uma comissão para ouvir Moura sobre as denúncias. Também houve um pacto de silêncio. Nenhum deputado fala sobre o caso até Moura se pronunciar na Alesp.
Nesta terça-feira, a bancada dos parlamentares paulistas se reuniu para ouvir Moura, que exerce seu primeiro mandato. Ele disse aos colegas ser inocente, que participou de uma reunião pública da categoria como deputado e que não tinha como saber que suspeitos de integrarem a facção criminosa estavam presentes.
– Vira e mexe o governador também posa com pessoas e isso não quer dizer nada. Se for fazer uma discussão política, cabe tudo. Eu também sou ex-preso, ex-delator, ex-torturado – afirmou o deputado Adriano Diogo (PT-SP).
Ataque tucano
A pressão do PT ocorre depois que a reunião investigada pela polícia foi citada, na semana passada, pelo secretário de Comunicação do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), Marcio Aith, em entrevista ao programa “Brasil Urgente”, da Band.
Aith não citou nominalmente Moura, mas afirmou que o deputado que participou do encontro era ligado ao secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto (PT). Tanto o deputado quanto seu irmão, o vereador Senival Moura (PT), são da mesma corrente petista de Tatto e ligados ao secretário.
A bancada do PSDB na Alesp também vai entrar em ação. Os tucanos articulam, em conjunto com partidos aliados, a instauração de um procedimento na Comissão de Ética da Casa para investigar o caso.
(http://extra.globo.com/noticias/brasil/suspeito-de-participar-de-reuniao-com-faccao-deputado-petista-diz-que-nao-vai-renunciar-ao-cargo-em-sp-12623561.html)
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FrancoAtirador
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Leitura imprescindível:
O Politicídio contra o PT e o Extermínio da Comunidade Política
O escritor e jornalista Bernardo Kucinski,
autor do premiado ‘K’, enxerga uma mobilização em marcha
para erradicar o PT da sociedade brasileira.
Por Saul Leblon, na Carta Maior, [com respectivos PSs do Viomundo]
(http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/bernardo-kucinski-enxerga-exterminio-de-comunidade-politica-no-brasil-o-do-pt.html)
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Mário SF Alves
Aí, Franco que tal rir um pouco? É possível que você já conheça, mas ainda assim segue o link:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/uma-bancada-alternativa-para-entrevistar-lula-inspirada-no-globo/
Mário SF Alves
Tive por lá [no endereço sugerido/artigo do Bernardo] e colhi uma recordação:
“Você se refere a quem? Aos sem coluna vertebral? Invertebrados amorais, golpistas, que acreditam ser melhor matar a galinha dos ovos de ouro do que alimentá-la com essa espinhosa e árdua atividade política democrática. Igualmente invertebrados pode ser a maioria dos rentistas iludidos, desconstrutores e falsificadores da História, genocidas e demais especuladores, ou não?
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Uma sentença do Lula:
“A política é hoje a única atividade capaz de rivalizar com o mercado!”
Por mercado, entenda-se: o neoliberalismo radical, a antipolítica do estado mínimo, e o mercado acima de tudo, menos das crises sistêmicas/estruturais e/ou terminais daquilo que ainda chamamos de capitalismo.
Outra:
“Temos de fazer a globalização (não da economia, mas) da política.” Parêntesis por minha conta.
Portanto, desnecessário dizer também que o PT é o partido de todos trabalhadores e não apenas dos políticos do Partido dos Trabalhadores.”
FrancoAtirador
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Deveria ser.
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Mário SF Alves
“E o mais triste é ver alguns petistas históricos notáveis,
e até cúpulas de diretórios e executivas do próprio Partido,
vestindo a carapuça para escapar da pecha e do estigma midiático.”
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Cara, que doideira, já chegou a tanto?
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Tudo bem que era de se esperar que num embate desta magnitude e por tanto tempo à frente da Administração Federal, que parte dos membros do PT se corrompessem. Era esperado. Ainda mais em se tratando do capitalismo mais corrompido e corruptor do mundo. Mas, que se chegasse a isso, a atitudes que beiram à covardia, ou que ignorassem o tamanho da responsabilidade e o poder da reação da extrema direita, não.
Mário SF Alves
Olha isso [pqp! tão de sacanagem]:
“TM: Por que o senhor acha que o Emídio tomou essa decisão sozinho?
Não sei o motivo. Ele é uma pessoa autoritária por natureza, desde os tempos que foi prefeito de Osasco. Não sei com quantos processos ele saiu da Prefeitura de Osasco, mas eu posso te garantir que sou ficha limpa. Garanto a qualquer um.”
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Um cara que diz isso e/ou um cara que faz isso podem se considerar representantes do interesse dos trabalhadores?
Sei não, prezado FrancoAtirador, considero-me um zé mané em política, mas, dessa água fica difícil beber.
FrancoAtirador
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Há mais coisas entre as cúpulas e as bases
do que possa imaginar nossa vã fisiologia.
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FrancoAtirador
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Tapar o sol com a peneira,
sem sombra de dúvida,
não impede insolações.
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FrancoAtirador
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Varrer a Luta de Classes
Para Debaixo do Tapete
Não faz Limpa a Democracia.
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Mário SF Alves
Apoio o chamado à responsabilidade. Imprescindível.
Entretanto… a essas alturas do campeonato e, a menos que Fênix do PT ressurja, o que menos conta é a questão natureza do partido.
Isso porquê?
Por isso, ó:
Infelizmente o embate entre forças ideológicas no Brasil e no Ocidente chegou a um tal grau de radicalização que, para o “estado da arte” do capitalismo, refiro-me à crise atual [que não é só econômica], a única saída conservadora [ou extremamente conservadora] possível é o neoliberalismo. De preferência, o neoliberalismo mais radical.
E, no caso de uma “deus livre e guarde” vitória da oposição, e a respectiva reedição do neoliberalismo no Brasil, o impacto socioeconômico negativo poderá ser tão pior ou mais grave do que foi sob os dois mandatos do FHC.
Portanto, em se tratando desse imenso, riquíssimo e POTENCIALMENTE poderosíssimo país chamado Brasil um novo ataque neoliberal poderia ser fatal. Até porque, nenhum governante, representante da Casa Grande, teria como dar conta do maldito recado. Porém, uma vez no governo, ficaria muito mais fácil abrir terreno para um novo golpe de Estado de direita. Aliás, dispensar-se-ia inclusive os aportes da CIA. E, ironia do destino, sem as Reformas [Agrícola e Agrária] de Base, desta vez.
Abs.,
Mário.
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