CBJP: Decisões de Barbosa insuflam espírito de vingança

Tempo de leitura: 2 min

O vingador da direita

Nota da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP) da CNBB sobre a execução da Ação Penal 470

Misericórdia e fidelidade se encontram, justiça e paz se abraçam. ( Sl 85,11)

As decisões proferidas pela Presidência do Supremo Tribunal Federal sobre a execução da Ação Penal 470 (mensalão) que têm suscitado críticas e preocupações na sociedade civil em geral e na comunidade jurídica em particular, exigem o inadiável debate a cerca das situações precárias, desumanas e profundamente injustas do sistema prisional brasileiro.

A Pastoral Carcerária, em recente nota, referiu-se à Justiça Criminal como um “moinho de gastar gente” por causa de decisões judiciais que levam a “condenações sem provas” e “negam a letra da lei” com “interpretações jurídicas absurdas”. Inseriu, neste contexto, a situação dos presos da Ação Penal 470 ao denunciar o conjunto do sistema penitenciário, violento e perverso, que priva os apenados “dos cuidados de saúde e de higiene mais básicos” e carece de políticas públicas para sua inserção no mercado de trabalho.

A Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo vinculado à CNBB, soma-se à Pastoral Carcerária e “repudia” o conteúdo destas decisões, bem como a política de encarceramento em massa, que penaliza especialmente negros e pobres, com inúmeras práticas cruéis, estendidas aos familiares e amigos dos presos, como a “revista vexatória”, atentado direto à dignidade humana.

A independência do Poder Judiciário somente realiza a necessária segurança jurídica em sua plenitude, quando viabiliza sem obstáculos o amplo direito de defesa e a completa isenção na análise objetiva das provas. Ela é imprescindível na relação do Judiciário com os meios de comunicação, não se podendo confundir transparência nos julgamentos com exposição e execração pública dos réus.

CBJP tem a firme convicção de que as instituições não podem ser dependentes de virtudes ou temperamentos individuais. Não é lícito que atos políticos, administrativos e jurídicos levem a insuflar na sociedade o espírito de vingança e de “justiçamento”. Os fatos aqui examinados revelam a urgência de um diálogo transparente sobre a necessária reforma do Judiciário e o saneamento de todo o sistema prisional brasileiro.

Brasília, 22 de maio de 2014

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Pedro Gontijo

Secretário Executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz da CNBB

Leia também:

Stedile: Juristas estão acovardados diante das decisões de Barbosa

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Comentários

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Messias Franca de Macedo

Mais um exemplo de como ‘os(as) jornalistas amigos(as) dos patrões barões’ da grande MÉRDIA nativa fazem o jogo sujo da oPÓsição e instilam o ódio nos aloprados da DIREITONA [eterna] oPÓsição ao Brasil!

No site ‘Brasil 247′, temos o seguinte título relacionado a um artigo do jornalista “da Folha” Fernando Rodrigues:

‘PT VAI AO STF PARA GARANTIR TRABALHO DE DIRCEU’

Agora, o título original:
‘PT vai ao STF contra Joaquim para ajudar mensaleiros’

Bom, estupefato, resolvi fazer um contraponto, e comentei:
Senhor articulista, que mensaleiro? Onde está a prova de que houve pagamento mensal a deputados? Até o robert(o) jefferson abomina o termo mensaleiro! O lídimo Recurso é contra o Joaquim ou a favor da legalidade? E o senhor repetindo a tecla golpista, grafando ‘mensaleiro… mensaleiro… mensaleiro [do PT!]…’ A propósito, os senhores “ilibados” eduardo AZARedo e Robson Marinho continuam trabalhando (sic)? Ao que parece, este último no TCE de São Paulo!… Viva o ‘brazil’ dos homens honestos! Viva!…

RESCALDO: insistir por três vezes, e nada de publicação dos meus comentários! No sentido de ilustrar “a imparcialidade” do jornalista Fernando Rodrigues “da Folha do PIG”, selecionei um primor de declaração, proferida por uma senhora [foto ao lado do comentário]:

“Já que esses PTralhas querem trabalhar porque não colocá-los na roça para trabalhar de sol a sol?”

RESCALDO: “e olha que” coisas muito piores foram publicadas!

EM TEMPO FASCIGOLPITA: analise o caráter fascista de uma das conjecturas do tal articulista, neste mesmo texto:

“O tema mensalão vai assim sendo mantido no noticiário durante o ano eleitoral!”

Lá isso é jornalismo, sô?!…

Messias Franca de Macedo

DA SÉRIE “ESCUTA [MAIS] ESTA”!

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Em carta escrita no dia 19 de maio na prisão e divulgada neste domingo pela Folha de S.Paulo, o ex-deputado do PTB Roberto Jefferson, conhecido como o delator do esquema do mensalão, afirma que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, “está exagerando” ao negar recursos de outros condenados no processo. Jefferson, que cumpre pena no Instituto Penal Coronel PM Francisco Spargoli Rocha, em Niterói (RJ), cita o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, preso acusado de comandar o mensalão.

“Sobre o Dirceu, penso que o JB está exagerando e vitimizando a turma do PT”, escreve ele. “Você sabe que eu não gosto do José Dirceu, mas a coisa está demais”, afirmou.

O ministro é responsável pelas execuções das penas dos condenados. Entre suas decisões, está a suspensão do trabalho externo de oito condenados, por entender que eles devem cumprir um sexto da pena de regime semiberto para ter direito ao benefício. Ele também negou autorização de trabalho para Dirceu, que nem chegou a deixar o presídio para trabalhar.

“Ele (Barbosa) monocraticamente revogou uma jurisprudência consagrada em todas as comarcas e tribunais do Brasil. Até no STJ (Superior Tribunal de Justiça) os condenados no semiaberto trabalham desde o primeiro dia da execução da sentença. Nitidamente o JB tem diferenças pessoais com a Turma do PT”, diz Jefferson.

O ex-deputado, que completou três meses de prisão neste sábado, afirma que está sendo bem tratado na prisão. “A diretora é uma mulher muito sensível e atenciosa. Tenho mantido minha dieta, estou em cela individual por recomendação médica, dada a minha condição mais delicada de saúde”, escreve ele.

FONTE: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/o-jb-esta-exagerando-a-coisa-esta-demais-diz-jefferson-em-carta-escrita-na-prisao/

ou aqui:

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/05/1459640-em-carta-roberto-jefferson-elogia-tratamento-na-prisao-e-critica-joaquim-barbosa.shtml

    Mário SF Alves

    Aí, prezado e valoroso Messias, admiro sua resiliência. É como dizem: na hora do aperto, quem [tem fome de Justiça] e não tem cão caça até jeffersons.

    Haja estômago. Parabéns.

augusto2

a CJP e a CNBB ja foram entidades de respeito.
A primeira se encolheu a vista do arbitrio e se liliputizou no tempo e a segunda ja não cheira nem fede. E se valesse alguma coisa, se manifestaria com isençao e dignidade no FORUM que ela tem a disposiçao, por exemplo, na Rede Vida de TV.
Mas o que se ve nos noticiarios dessa redinha, é expressão dos desejos da Casa Grande, com os padres dali que nao tem a) estatura b) coragem …
de comentar ou difundir informaçoes.

JURIDICO

O final de aproxima e um ato de desespero pode ser cometido para entrar para a historia de justiceiro a carcereiro. Nao importa mas eu quero a midia de volta para meu contexto!!!

José X.

E aí, esqueceram do ap de 10 dólares em Miami ?
https://fbcdn-sphotos-e-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash3/t1.0-9/1797385_1383243681964000_6333414839990448474_n.jpg

Regina Braga

Gente vamos de Valesca…beijinho no ombro.A melhor filosofia ,pra quem quer colocar em cercadinhos, a justiça,a maioridade,o arrocho,as mentiras,as difamações…demotucano é tão repetitivo que cansa!Volta,Zé!!!

lulipe

O Ministro tá morrendo de preocupação com os comentários destes baluartes do Direito…Enquanto isso os mensaleiros cumprem rigorosamente, o que é raro no país da impunidade, as penas nas quais foram condenados, e isso é o que importa!!!O direito de espernear é livre.

    Urbano

    Enquanto uns esperneiam, outros chafurdam na cretinice mais crassa…

FrancoAtirador

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Joaquim Barbosa, o Justiceiro de Toga

Por Cynara Menezes, na CartaCapital, via Blog do Miro

(http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/05/joaquim-barbosa-o-justiceiro-de-toga.html)
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Fabio Passos

Libertem os presos políticos!
Toda solidariedade as vítimas da farsa do mentirão.

É um fato evidente.
joaquim barbosa faz perseguição política contra aqueles que defendem os trabalhadores.
O psicopata que preside o stf condenou cidadãos inocentes… baseado em reporcagens do PiG!

Carlos Ribeiro

Internem o Barbosa, ele é louco.

Azien Dias

Usem ao menos de honestidade no título. A CBJP não representa o pensamento da CNBB, não sendo um órgão ao menos subordinado, mas apenas e tão somente vinculado. Uma nota do CADE, ou mesmo da FUNAI (que é um órgão subordinado), não é uma nota do Ministério da Justiça. Menos, gente, menos!

    Luiz Carlos Azenha

    Vc está certo. Mudamos. abs

    FrancoAtirador

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    Sugiro então ao Viomundo que link o post acima

    à matéria publicada no sítio da própria CNBB:

    http://www.cnbb.org.br/imprensa-1/14282-nota-da-comissao-justica-e-paz-sobre-a-execucao-da-acao-penal-470

    Conceição Lemes

    Ótima ideia, Franco. Acrescentei, logo em cima, que a CBPJ é da CNBB. abs

    FrancoAtirador

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    Valeu Conceição.

    Mas que Trabalho Fenomenal,

    o do Prof. Nicolelis, hein!?!

    Realmente Inusitado! Uma Maravilha!

    Um privilégio para você testemunhá-lo

    e uma alegria para todos nós do Viomundo

    compartilharmos o feito com exclusividade.

    Parafraseando Neil Alden Armstrong:

    “É um Grande Passo para um Ser Humano

    e um Salto Gigantesco para a Humanidade.

    Parabéns a vocês, mais uma vez!

    Um Abraço Camarada e Libertário a Tod@s.
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    FrancoAtirador

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    A NOTA ABAIXO TRANSCRITA É DA CNBB:

    QUINTA, 16 MAIO 2013 18:20
    SÍTIO CNBB.ORG

    Nota da CNBB sobre a redução da maioridade penal

    A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil [CNBB] divulgou uma nota sobre a redução da maioridade penal, na quinta-feira, 16 de maio, durante coletiva de imprensa, que apresentou o balanço da reunião do Conselho Episcopal Pastoral (CONESP).

    A CNBB “reafirma que a redução da maioridade não é a solução para o fim da violência”.

    Assim, a “Igreja no Brasil continua acreditando na capacidade de regeneração do adolescente quando favorecido em seus direitos básicos e pelas oportunidades de formação integral nos valores que dignificam o ser humano”.
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    “Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9)

    NOTA DA CNBB SOBRE A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

    O debate sobre a redução da maioridade penal, colocado em evidência mais uma vez pela comoção provocada por crimes bárbaros cometidos por adolescentes, conclama-nos a uma profunda reflexão sobre nossa responsabilidade no combate à violência, na promoção da cultura da vida e da paz e no cuidado e proteção das novas gerações de nosso país.

    A delinquência juvenil é, antes de tudo, um aviso de que o Estado, a Sociedade e a Família não têm cumprido adequadamente seu dever de assegurar, com absoluta prioridade, os direitos da criança e do adolescente, conforme estabelece o artigo 227 da Constituição Federal.

    Criminalizar o adolescente com penalidades no âmbito carcerário seria maquiar a verdadeira causa do problema, desviando a atenção com respostas simplórias, inconsequentes e desastrosas para a sociedade.

    A campanha sistemática de vários meios de comunicação a favor da redução da maioridade penal violenta a imagem dos adolescentes esquecendo-se de que eles são também vítimas da realidade injusta em que vivem.

    Eles não são os principais responsáveis pelo aumento da violência que nos assusta a todos, especialmente pelos crimes de homicídio. De acordo com a ONG Conectas Direitos Humanos, a maioria dos adolescentes internados na Fundação Casa, em São Paulo, foi detida por roubo (44,1%) e tráfico de drogas (41,8%). Já o crime de latrocínio atinge 0,9% e o de homicídio, 0,6%.

    É, portanto, imoral querer induzir a sociedade a olhar para o adolescente como se fosse o principal responsável pela onda de violência no país.

    O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ao contrário do que se propaga injustamente, é exigente com o adolescente em conflito com a lei e não compactua com a impunidade.

    Ele reconhece a responsabilização do adolescente autor de ato infracional, mas acredita na sua recuperação, por isso propõe a aplicação das medidas socioeducativas que valorizam a pessoa e lhe favoreçam condições de autossuperação para retornar a sua vida normal na sociedade.

    À sociedade cabe exigir do Estado não só a efetiva implementação das medidas socioeducativas, mas também o investimento para uma educação de qualidade, além de políticas públicas que eliminem as desigualdades sociais.

    Junta-se a isto a necessidade de se combater corajosamente a praga das drogas e da complexa estrutura que a sustenta, causadora de inúmeras situações que levam os adolescentes à violência.

    Adotada em 42 países de 54 pesquisados pela UNICEF, a maioridade penal aos 18 anos “decorre das recomendações internacionais que sugerem a existência de um sistema de justiça especializado para julgar, processar e responsabilizar autores de delitos abaixo dos 18 anos” (UNICEF).

    Reduzi-la seria “ignorar o contexto da cláusula pétrea constitucional – Constituição Federal, art. 228 –, além de confrontar a Convenção dos Direitos da Criança e do Adolescente, as regras Mínimas de Beijing, as Diretrizes para Prevenção da Delinquência Juvenil, as Regras Mínimas para Proteção dos Menores Privados de Liberdade (Regras de Riad), o Pacto de San José da Costa Rica e o Estatuto da Criança e do Adolescente” (cf. Declaração da CNBB contra a redução da maioridade penal – 24.04.2009).

    O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunido em Brasília, nos dias 14 a 16 de maio, reafirma que a redução da maioridade não é a solução para o fim da violência.

    Ela é a negação da Doutrina da Proteção Integral que fundamenta o tratamento jurídico dispensado às crianças e adolescentes pelo Direito Brasileiro.

    A Igreja no Brasil continua acreditando na capacidade de regeneração do adolescente quando favorecido em seus direitos básicos e pelas oportunidades de formação integral nos valores que dignificam o ser humano.

    Não nos cansemos de combater a violência que é contrária ao Reino de Deus; ela “nunca está a serviço da humanidade, mas a desumaniza”, como nos recordava o papa Bento XVI (Angelus, 11 de março de 2012).

    Deus nos conceda a todos um coração materno que pulse com misericórdia e responsabilidade pela pessoa violentada em sua adolescência.

    Nossa Senhora Aparecida proteja nossos adolescentes e nos auxilie na defesa da família.

    Brasília, 16 de maio de 2013

    Dom José Belisário da Silva
    Arcebispo de São Luís do Maranhão
    Presidente da CNBB em exercício

    Dom Sergio Arthur Braschi
    Bispo de Ponta Grossa
    Vice-Presidente da CNBB em exercício

    Dom Leonardo Ulrich Steiner
    Bispo Auxiliar de Brasília
    Secretário Geral da CNBB

    (http://www.cnbb.org.br/imprensa/noticias/11999-nota-da-cnbb-sobre-a-reducao-da-maioridade-penal)
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    FrancoAtirador

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    O TRECHO QUE É CITADO A SEGUIR
    TAMBÉM É DE NOTA OFICIAL DA CNBB:

    “O Conselho Episcopal Pastoral da CNBB, reunido em Brasília, nos dias 4 a 6 de fevereiro, vem manifestar repúdio aos graves fatos ocorridos neste início de ano no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão, com repercussão mundial.
    Foram 60 mortes em 2013 e três no último mês de janeiro, algumas com decapitações e esquartejamentos, provocadas pelos próprios presos.
    (…)
    Não podemos assistir passivamente à violação da dignidade humana como ocorre nos presídios brasileiros e em inúmeras situações de violência que grassa no país. É lamentável que o Estado e a Sociedade só tenham olhos para a situação carcerária quando os presídios são palco de cenas estarrecedoras como as do Maranhão.

    Nesses casos, soluções emergenciais não enfrentam os problemas nas suas raízes nem levam a reformas estruturais que requer o atual sistema penitenciário.

    A falência do nosso sistema prisional é sustentada pela política de encarceramento em massa e comprovada pelas desumanas condições dos presídios, por denúncias de práticas de torturas, por despreparo de agentes penitenciários. Soma-se a isso o fato de que dos mais de 500 mil detentos, cerca de 40% aguardam julgamento da justiça, além dos milhares com penas já vencidas. Como compreender uma situação dessas?

    É urgente uma reforma do sistema carcerário que estabeleça metas claras para a solução dos problemas enfrentados pelos presídios, além da criação de um grupo ou programa de monitoramento de implementação destas metas.

    Levem-se a sério a justiça restaurativa, proposta pela ONU, e a Escola de Perdão e Reconciliação defendida pela Pastoral Carcerária, como alternativas à política de encarceramento em vigor no país.

    Para esse fim devem se unir Executivo, Legislativo e Judiciário, contando sempre com a indispensável participação da sociedade civil…”

    (http://www.gentedeopiniao.com.br/lerConteudo.php?news=121874)
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    FrancoAtirador

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    E A NOTA DA CBJP, QUE FOI AQUI POSTADA PELO VIOMUNDO,
    TAMBÉM FOI PUBLICADA NO PRÓPRIO SÍTIO DA CNBB

    QUINTA, 22 MAIO 2014 20:05
    SÍTIO DA CNBB.ORG

    Nota da Comissão Justiça e Paz sobre a execução da Ação Penal 470

    Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), organismo vinculado à CNBB, emitiu nota ontem, 22, sobre a execução da Ação Penal 470. No texto, a Comissão comenta as decisões da presidência do Supremo Tribunal Federal sobre esta Ação Penal e repudia a “política de encarceramento em massa, que penaliza especialmente negros e pobres”.

    De acordo com a nota, a Comissão entende ser necessário o imediato debate acerca das situações do sistema prisional brasileiro, “atentado direto à dignidade humana”.

    “A CBJP tem a firme convicção de que as instituições não podem ser dependentes de virtudes ou temperamentos individuais”.

    Leia a íntegra do texto:
    [Segue a íntegra da Nota da CBPJ
    exatamente como publicada no Viomundo]:

    http://www.cnbb.org.br/imprensa-1/14282-nota-da-comissao-justica-e-paz-sobre-a-execucao-da-acao-penal-470


Urbano

O que se quer saber realmente é se, afinal de contas, um país majestoso como é o Brasil não venha a possuir um único dispositivo para destituir todo aquele, seja lá quem venha a ser, que trabalhe tão somente pela abjeção da justiça e da paz da nossa Nação. Até numa fubica, quando uma peça se deteriora demais, o descarte e substituição são imediatos, até para garantir a segurança do todo. As autoridades realmente competentes , honestas e de brio que se manifestem, por favor… Afinal de contas, a Justiça é uma entidade da maior importância e não pode ser injuriada por meia dúzia de figurinhas a fazer trabalhos que nem detergindo prestam. Vamos acordar gente. Que tipo de seres humanos somos nós, que nos calamos de forma pusilânime quando nos defrontamos com vermes? Respeitar sempre e sempre as autoridades, tanto civis quanto militares; agora, a insuaves espertalhões, nunca!

MAAR

É legítima e necessária a mobilização política para exercer uma crescente pressão institucional organizada, a fim de reivindicar o imperativo resgate do respeito à lei e aos princípios jurídicos, com vistas ao urgente saneamento das arbitrariedades ditatoriais kafkianas cometidas no âmbito do denominado mensalão.
As gritantes ilegalidades praticadas no julgamento da AP470, assim como na implementação cruel e ilegal das injustas penas dele decorrentes, estão a atingir o paroxismo extremo e precisam encontrarar seu ponto de inflexão.
E o justíssimo clamor, que haverá de se elevar cada vez mais, demanda a devida observação dos aspectos humanitários, relativos à preservação da saúde e da vida de Genuíno, e pleiteia que sejam punidos os abusos praticados contra os presos e garantidos os direitos de todos os condenados no regime semi-aberto.
Além disso, é indispensável que seja franqueado o acesso a todas as provas dos inquéritos relacionados com a AP470, especialmente aquele de número 2474, e que sejam realizados novos julgamentos, através das vias processuais cabíveis, dessa vez com o cogente respeito à lei.
Todavia, é necessário que a mobilização da sociedade para reivindicar o resgate da verdadeira justiça seja feita de modo adequado, através dos meios legítimos de pressão política e institucional.
Neste sentido, urge adotar extrema cautela no planejamento do ato de protesto convocado para o próximo dia 29, em Brasília, pois não é recomendável realizar manifestações de massa em frente ao STF.
Não se pode cometer o erro de dar espaço para interpretações distorcidas da legítima iniciativa de protesto.
Isso porque seria muito fácil surgirem alegações de que o movimento popular estaria a coagir o tribunal, e de que a manifestação teria o objetivo de obrigar os ministros a decidir de acordo com a vontade dos manifestantes.
Também não se pode descartar a possibilidade de haver uma eventual infiltração de provocadores, que venha a resultar em violências de resultados imprevisíveis. Especialmente em face de certos factóides observados em 2013.
Portanto, é recomendável que as manifestações de protesto contra o Judiciário sejam realizadas em outros locais, como, por exemplo, em frente às sedes da OAB, do Ministério Público Federal e da ABI.
Assim, cabe sugerir que o ato público do dia 29, a ser iniciado na Catedral de Brasília, tenha sua continuidade redirecionada, por razões de prudência e de estratégia, pois todas as instituições acima referidas têm o dever de auxiliar, de modo concreto, a defesa da verdade e a garantia da efetiva vigência do Estado Democrático de Direito.

    GERALDO ELDERSON DE ARAÚJO ABREU

    Penso como você MAAR, Deve-se ter cautela na manifestação, mas penso que necessitamos mesmo é de uma reforma judiciária radical em que o julgador não conheça as partes do processo e que o julgamento que contrarie a lei expressa, principalmente a Constituição, seja considerado traição à pátrica e o julogador sujeito pelo respectivo crime. NINGUÉM ESTÁ ACIMA DA LEI.

MAAR

Aparentemente há um mal funcionamento do sistema de envio de comentários deste blog. Ao contrário do que tem sido o funcionamento padrão, os comentários que enviei hoje neste post não tiveram a resposta de praxe, que informa quando o comentário é recebido e aguarda avaliação. Ou está ocorrendo um mal funcionamento, ou meu comentário foi bloqueado.

Valmont

O que é que falta para um processo de impeachment desse psicopata?
A palavra certa é pesada. Faltam brios no Senado da República.

    Alfredo Ramos

    E verdade, falta brios, e nao so brios, faltam moral, etica e honestidade a um senado formado por gente como Jose Sarney, Fernando Collor, Romero Juca, Renan Calheiros, para um processo de impeachement contra JB.

Julio Silveira

Parece que no fim a maldade do Barbosa pode trazer algum beneficio para o todo da justiça Brasileira, tão propicia a reinados de Luiz XV.
Pode ser um despertar, graças a essas “vitimas” ilustres. O Brasil ainda precisa acordar para muitas coisas, mas parece que os responsáveis, os que decidem no país, já começam a despertar.

Murdok

Até que enfim que a igreja se pronunciou. Demorou!

José X.

Muito pouco ainda.

Messias Franca de Macedo

José Genoino só pode receber ‘livros religiosos’ na cadeia: o relato de uma visita da família

O texto abaixo foi escrito por Miruna Genoino.

FONTE: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-desenho-que-o-neto-de-genoino-fez-para-o-avo-preso/

Messias Franca de Macedo

[Somos cúmplices?!]

… [Quando eu vejo um facínora] Eu lembro do Arthur Schopenhauer: “Eu não odeio os homens maus: apenas, os desprezo!” No caso em questão, o meu ódio é arrefecido porquanto transferido [quase que] imediatamente para os fascigolpistas ‘barões da grande MÉRDIA nativa e os seus sabujos apenados’, o tal do PIGolpista! Este ‘totem de ocasião da direitona raivosa’ não resistiria a um editorial da ‘Folha de São Paulo’ acompanhado de uma notinha de 03 minutos no ‘Jornal Nacional’ [Nacional?!]…

O golpe jurídico-midiático já foi dado! E grassa um silêncio fúnebre numa nação reduzida a um vilarejo pré Medieval!

EM TEMPO: dia 29/05/14, o MST e outras entidades baterão à porta do [DESMORALIZADO] *”supremoTF”: CUMPRA-SE A LEI, o mote!
*”supremoTF”: aspas monstruosas e letras submicroscópicas! Como podemos inferir, no ‘braZil’, “o supremo” é absolutamente ÍNFIMO!

UM AVISO À ABIN do ‘[tíbio] PT da Governança’: até os minerais sabem que as manifestações contra a Copa do Mundo irão cessar porque os [porcos] capitalistas entendem que já passou da hora: foi bom até agora! ‘Capiche’? Portanto, a ABIN deve(ria) assumir as suas prerrogativas institucionais republicanas e acompanhar preventivamente certos movimentos: “a toga tem linha direta com a CIA &$ o Pentágono”; “vai que” os [porcos] capitalistas resolvem “dar um ‘lustradazinha’ no golpe” justamente no “Templo da Patifaria”!…

Saudações democráticas, progressistas, civilizatórias, nacionalistas, antigolpistas e antifascistas,

Messias Franca de Macedo
Feira de Santana, Bahia
República de ‘Nois’ Bananas

Messias Franca de Macedo

Curto circuito no golpe! Ayres Britto detona Barbosa!

Às vezes é tão bom ser blogueiro de política! Sobretudo quando a gente vê dois manés se pegando.
Ayres Britto, aquele que chancelou o tempo inteiro as loucuras de Barbosa durante o julgamento do mensalão, aquele que proferiu todo o tipo de delírios psicodélicos no mesmo julgamento, aquele que simula ser grande conhecedor do hábito alimentar dos passarinhos (mas que não sabe nada), aquele que assinou um prefácio babão para o amontoado de besteiras assinadas por Merval Pereira, agora que ganhou uma sinecura no Innovare, da Globo, resolve se afastar de Barbosa.
Talvez seja porque Ayres Britto pode ser golpista e vendido à Globo, mas não quer se associar à sociopatia carcereira de Joaquim Barbosa. Golpista sim, desumano não.
Estupra, mas não mata!
Vamos ao belíssimo *artigo de Cynara Menezes

Por jornalista Miguel do Rosário

http://www.ocafezinho.com/2014/05/22/curto-circuito-no-golpe-ayres-britto-detona-barbosa/

*http://www.cartacapital.com.br/revista/800/o-justiceiro-de-toga-697.html

Messias Franca de Macedo

… Os vigaristas do PIGolpista & do restante da fascigolpista e raivosa direitona *VAMPIRA sob a égide intelectual da CIA &$ do Pentágono “tiveram de encher demais a bola deste insano”! Agora, salve-se o que (sic) puder!… Contado parece mentira!…

*A oposição só acredita em desemprego
Aécio Neves não se fez de rogado: a saúde da economia depende de medidas impopulares, entre elas, claro, o aumento do desemprego.

Por Wanderley Guilherme dos Santos

(…)

FONTE: http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/A-oposicao-so-acredita-em-desemprego/4/30990

Messias Franca de Macedo

DECIFRANDO ALGUNS ENIGMAS!

(…)
A revista Carta Maior publicou também uma boa informação para todos aqueles que, como eu, se perguntam por que razões extraordinárias Joaquim se dedica tão assiduamente a fiscalizar a vida de Dirceu na cadeia e não também a de milhares de detentos em todo o país, seja por mal comportamento, seja pela garantia de condições mínimas de direitos humanos dificultadas pelas péssimas condições de nossas prisões. Segundo a revista, quando postulava a vaga ao STF, o então juiz Joaquim Barbosa procurou José Dirceu, ministro-chefe da Casa Civil do primeiro governo de Lula (2003-2007). Apresentou um pedido de rotina: apoio para que seu nome fosse levado ao presidente, a quem cabe indicar os membros da corte suprema. Dirceu teria recebido o pedido, e comentado com o postulante: “Bom mesmo será o dia em que os que pretendem chegar ao Supremo obtenham sua indicação por seus próprios méritos, e não por indicações políticas como a que está me pedindo”. Certamente, a resposta criou feridas numa alma já amargurada. E agora, para sustentar a decisão contra Dirceu, o ministro envergonha os juízes que decidiram dar autorização de trabalho a outros condenados pela Ação Penal 470 com sentenças de regimes semiabertos, conforme garante a lei, a exemplo de Delúbio Soares. O que Joaquim Barbosa fez com a decisão de negar a Dirceu o direito líquido e certo de trabalhar, o que ocorre com outros 10 mil detentos na mesma situação no país, foi desqualificar a autoridade e chamar de estúpidos os juízes de execução.

(…)
A história pode ser reconstruída com outros olhares, como inúmeras vezes a humanidade testemunhou. Um dia, quando ao julgamento da Ação Penal 470 for dada a interpretação devida, o STF poderá, mais uma vez, ser condenado por cortes internacionais, como já ocorreu há três anos, no caso da Guerrilha do Araguaia. Neste processo o STF preferiu, em nome da lei, negar a mães e pais o direito de investigação da verdade sobre o desaparecimento forçado de seus filhos, todos eles jovens brasileiros lutando contra a ditadura militar então instalada no país.

Por deputado federal Chico Vigilante

FONTE: http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/2014/05/por-que-joaquim-barbosa-persegue-jose.html

Giordano

Joaquim Barbosa está fazendo justiça com as próprias mãos, no momento em que persegue e nega direitos básicos aos “condenados” da AP 470. Não é atoa que explodem Brasil afora casos lamentáveis de linchamentos. O exemplo de justiçamento popular não poderia derivar de exemplo melhor do que o vem sendo dado pelo presidente do STF. Daí o desejo nefasto de vingança do populacho!

Gilson

Quem nasceu pra ser Idi Amim,nunca será Mandela.

edson

já estava mais do que na hora da CNBB se pronunciar a respeito do que esta acontecendo no judiciário, é inaceitável que uma só pessoa tenha o poder de tomar decisões a seu belo prazer sem que seja questionada por toda a sociedade representada pelas entidades representativas e a CNBB é umas das entidades mais importante no ponto de vista social, creio estar na hora destas entidades cobrarem explicações do judiciário até mesmo propor uma CPI do Judiciário já que esta na moda mesmo

Cissa

Um pouco tardia, mas antes tarde do que nunca. É mais uma voz que se junta as nossas. Valeu!

ramoom

Olá, amigos guerreiros!!! Vamos, juntos, continuar combatendo as mentiras e manipulações do PIG? Curtam e compartilhem: https://www.facebook.com/Brasilantipig

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