Professores
Parcerias levarão teleaulas a 211 mil estudantes em dez estados
Fundação Roberto Marinho firmou acordo com ministério e secretarias. Nesses dez estados, metodologia Telecurso passa a ser política pública.
Mariana Oliveira, do G1, em Brasília, sugerido pelo André Luiz no Facebook
O Ministério da Educação, secretarias estaduais e a Fundação Roberto Marinho oficializaram nesta quarta-feira (14) parceria para levar a metodologia Telecurso para 211 mil estudantes do ensino fundamental e médio e 7,5 mil educadores em dez estados.
A parceria foi apresentada durante o seminário “Direitos de Aprendizagem: o desafio da adequação idade-ano na educação básica”, realizado em Brasília na sede do ministério.
Os estados que firmaram parceria para transformar a teleaula em política pública de ensino são Acre, Amazonas, Rondônia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio de Janeiro, Piauí, Paraíba, Bahia e Pará.
O seminário oi organizado pela fundação e pelo governo federal para discutir a utilização das teleaulas como política pública nacional e as experiências para redução da evasão escolar e da defasagem idade-ano, ou seja, quando alunos estão fora da faixa etária prevista para determinada série.
Desde 1995, a fundação já realiza convênios com estados para implantação das chamadas telessalas, com utilização dos livros do Telecurso, teleaulas e material didático próprio, como alternativa ao ensino regular.
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No ano passado, durante a gestão do ex-ministro Aloizio Mercadante no ministério, começou a ser discutida a parceria entre o governo federal, governos estaduais e Fundação Roberto Marinho para a adoção da metodologia como política pública.
Durante o seminário, o atual ministro da Educação, Henrique Paim, destacou que a parceria vai ajudar a vencer um dos desafios no Brasil, que é “combinar inclusão com qualidade”.
“Esse trabalho conjunto vai permitir que possamos avançar na correção do fluxo. O Brasil já avançou muito, mas a grande questão é quando se chega no sexto ano do ensino fundamental ou no primeiro ano do ensino médio. Estamos falando de ensino interdisciplinar e onde temos a maior barreira para avanço dos estudantes”, destacou o ministro em sua fala.
Não existe outro país que ofereça isso em termos de parceria entre governo e sociedade civil. Isso é um modelo brasileiro de inovação na contribuição da sociedade com a educação.”
Hugo Barreto, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho
O secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, Hugo Barreto, lembrou que a TV Globo começou o projeto Telecurso em 1978. Segundo ele, inicialmente a ideia era auxiliar no ensino à distância para jovens e adultos, mas hoje a metodologia passou a ser um “aliado” do professor dentro da sala de aula. De acordo com a fundação, Segundo a fundação, a metodologia Telecurso já atendeu 7 milhões de estudantes e formou 40 mil professores.
“Não existe outro país que ofereça isso em termos de parceria entre governo e sociedade civil. Isso é um modelo brasileiro de inovação na contribuição da sociedade com a educação”, destacou Barreto. Conforme o secretário, as aulas do Telecurso são discutidas com acadêmicos das principais universidades do país.
‘Brasil é tolerante com desigualdade’ Também palestrante no evento, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), José Francisco Soares, afirmou que, para reduzir a evasão escolar e a desasagem idade-ano é preciso reduzir as desigualdade e trabalhar em conjunto com quatro pilares na educação: acesso, permanência, promoção e conclusão.
“Nós temos causas culturais, sociais, escolares. As causas culturais estamos vencendo, mas não está completamente vencida. Estamos acostumados com a desigualdade. A sociedade está acostumada com a ideia de que a escola de qualidade não é para todo mundo. A nossa sociedade é tolerante com a desigualdade e tolerante com o abandono escolar.”
José Francisco Soares disse ainda que a distorção idade-série é maior nos locais mais pobres. “Para os pobres, damos escola onde o exemplo que ele tem é o da desistência. O ambiente a puxa para baixo. Todos os programas de renda, Bolsa Família entre eles, estão mudando essa situação. Mas o dia em que poderemos ser felizes será quando não associado [o resultado escolar com a faixa de renda dos alunos].”
Soares destacou que no ano passado o Brasil gastou 6,4% do Produto Interno Bruto (PIB) com educação e que os investimentos vêm crescendo. Para o presidente do Inep, porém, é preciso mais do que investir e alertar os responsáveis pela educação de que é preciso acompanhar o aluno, se certificar de que não haverá desistência da escola.
“Temos que ter mais recursos, os programas têm que crescer. Mas, mais do que isso, temos de pensar numa escola que acolha, que inclua. Cada criança, cada jovem, tem um direito e não pode desaparecer da escola sem que com isso nada aconteça”, afirmou.
Experiências nos estados
A secretária de Educação da Paraíba, Márcia de Figueirêdo Lucena, afirmou que o chamado “mergulho” na tecnologia tem ajudado a educação no estado. Para ela, a adoção do telecurso para alunos com defasagem na escola promovem um “reencontro com a inteligência”.
“Uma pessoa com 17 anos numa turma de crianças de 8 anos não tem como se alumbrar, se encantar, se inspirar. Não tem como encontrar isso se você perdeu o bonde e está em uma situação que não lhe estimula. E não pode haver um contexto onde a proposta de aceleração mostre que você está sendo um peso para o Estado. O conceito não deve ser o que você perdeu. Não é recuperar o perdido, isso fragiliza as pessoas. Você perdeu algo, agora construiu algo e vai instrumentalizar seu presente”, disse Márcia.
Representante da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, Rosana Mendes afirmou que não se pode deixar o jovem com defasagem se tornar “invisível”.
“Todos os meninos-problema vão parar na turma de aceleração. Mas por quê? Era um sujeito invisível, não aprendia, ninguém olhava para ele com olhar do acolhimento. O que garante a permanência na escola é o fato de que o aluno se vê como capaz.”
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Comentários
Guanabara
Vergonha alheia… e quem paga o pato é a gente. Povo sem estudo e mais $$ público para a Globo que não mostra o DARF.
Sidnei
Matéria a ser publicada em algum dia de dezembro de 2014:
“O presidente eleito, Aécio Neves, tem demonstrado muita habilidade política. Passado pouco mais de um mês da consagradora vitória no segundo turno, já conseguiu a garantia de apoio da maioria dos partidos da coligação da derrotada Dilma Rousseff. Os únicos que ficaram de fora foram PT e PC do B.
Em visita ao Instituto Lula, saiu do encontro com o ex-presidente petista com a garantia de uma oposição construtiva e civilizada. Aécio minimizou as queixas de Fernando Henrique Cardoso por não ter visitado o instituto que recebe o seu nome: ‘o presidente Fernando Henrique sabe que não preciso visitar o instituto dele, pois estive ou falei diretamente com ele praticamente todos os dias desde o início da campanha’, lembrou.
Fernando Henrique Cardoso não tem escondido a decepção com Aécio, após ter vazado um dos “sonhos secretos” do mineiro. Mantido oculto pelo presidente eleito durante muito tempo, seu maior desejo é atrair algum petista histórico para o seu governo. Emissários tucanos foram instruídos a procurar os ex-ministros Paulo Bernardo e Aloizio Mercadante.
Após encontros, Bernardo foi descartado. Liderança tucana que pediu para não ser identificada chegou a afirmar: ‘Bernardo é uma ótima pessoa, muito amigo nosso, temos muitíssimas coisas em comum, mas é, com todo respeito, incompetente demais – até mesmo para um governo tucano’, disse, levando os interlocutores à gargalhada, inclusive os repórteres a quem se dirigia.
Nada foi falado em relação a Aloizio Mercadante. Mas todos se lembram que, já na noite da vitória de Aécio, por iniciativa própria o ministro procurou jornalistas para congratular-se com o presidente eleito e colocar o governo à disposição para fazer uma transição tranquila. Interpretada como uma medida do governo Dilma, somente uma semana depois ficou-se sabendo que Mercadante o fizera sem o aval da presidente.
Embora mantenha firme o compromisso de diminuir pela metade os ministérios até o final de seu mandato, Aécio Neves não descarta, num primeiro momento, criar uma nova pasta para acomodar o “petista histórico” que pretende atrair para seu governo. A medida se faz necessária porque, além de ter de acomodar aliados de primeira hora, para garantir a governabilidade o presidente eleito fechou acordos com os partidos que conseguiu atrair no pós-eleição, incluindo nas negociações a oferta de ministérios.”
Esta é uma obra de ficção. E desejamos, sinceramente, que continue sendo, apesar dos “mercadores” e “mercadantes” da vida.
FrancoAtirador
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Mais uma vez o provérbio espanhol prenuncia:
“CRÍA CUERVOS Y TE SACARÁN LOS OJOS”.
Mário SF Alves
Nosso problema é que de certa forma os olhos dela são os nossos olhos. E uma vez estabelecido que o que querem não são exatamente os olhos dela, fica claro que o que querem são os olhos, os ouvidos e a boca do Povo Brasileiro. O que querem e o que sempre quiseram é a cabeça do povo numa bandeja. Em 64, Carlos Lacerda foi o corvo e os militares o Herodes.
Só nos resta agir sem perder a cabeça.
Mário SF Alves
A educação que precisamos é a educação política. E essa, não sei se é o caso, quem contrata “articulistas” nos moldes de um Villa, não tem legitimidade alguma para lecionar tal honrosa e imprescidível matéria.
Ah, o povo não pode se EDUCAR politicamente?
Por quê?
Os patrões do Norte não iriam aprovar?
O deus mercado, essência demagógica e pé de cabra do assalto neoliberal, iria espernear?
Tem problema não, rede PiG, a gente sabe que, hoje mais do que nunca, povo educado e Democracia é tudo que essas entidades do mal menos querem. Mas, como só não tem jeito pra morte, o povo deu seu jeitinho e já encontrou seu professor.
Martha Mannes
…Aloizio MERCADante, he he he… e ainda existem TOLOS que acreditam que haja uma ‘rivalidade’ entre PT e Globo… hãhãããããmmmm…
Regina Braga
Tucano com alma petista é triste…reforma política,nada…reforma na comunicação,nada…refoma tributária,nada…Dinheiro para os Marinhos,sempre!
Luis Carlos
No Estado do Maranhão tal modalidade, que foi implantada ainda no ano 2000, não deu certo, inclusive, foi objeto de investigação do MPMA, que não deu em nada, e que não melhorou nem um pouquinho a educação pública maranhense, pelo contrário, até hoje continua entre as piores do Brasil. Segue link falando sobre o que acabei de relatar aqui: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2308200120.htm
Julio Silveira
O que isso implica? Será que se não funcionar para alavancar a educação nesses estados, teremos auto criticas sinceras deste programa? Ou a parceria publico privada, onde o publico, nós cidadãos, teremos que arcar com o ônus e a parte privada, as pessoas físicas por detrás dessa parceria, pelo lado do capital e pelo lado do estado, ficarão com os bonus.
denis montanho de araujo
“Cavernas abissais”.Esse termo ,por mais simples que pareça,muitos desconhecem o que quer dizer.Tambem acho que os marinhos são manipuladores,se aproveitam do status que possuem para ditar situações que lhes são favoráveis e coisa e tal.So gostaria de pedir aos leitores menos favorecidos e que fazem parte dos que não entendam perfeitamente o termo “cavernas abissais”;tentem analisar essa situação da seguinte maneira;eu que me encontro na base da pirâmide social tenho forças para nesse momento,sem o mínimo de compreensão de coisas básicas como o meu próprio idioma,de lutar contra esse sistema criado e utilizado pelos poderosos para se manter no poder total? Se a resposta for não,entao amigo ao invés de ficarmos impressionados com frases aparentemente e intelectualmente desfavoráveis a esse mesmo sistema,que tal aproveitarmos essa “migalha” que e esse tal de telecurso, para sairmos desse analfabetismo funcional? E aquela historia ,aproveitar o máximo do mínimo.
Urbano
Em termos gerais, o que se tem é que emergir das cavernas abissais utilizando a Nação como ponto de apoio, e ainda por cima em total prejuízo desta, não vem a ser inteligência e sim a mais pútrida das espertezas…
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