Twitter de Zeze Perrella dizendo grosserias à ministra Iriny é falso

Tempo de leitura: 3 min

por Conceição Lemes

Zeze Perrella, presidente do Cruzeiro, é uma pessoa polêmica, dentro e fora do futebol. Nascido José Perrela de Oliveira Costa, de criador e vendedor de porcos, ele se tornou um dos homens mais ricos de Minas Gerais. Com o falecimento de Itamar Franco, assumiu a sua vaga no Senado no início de julho. Atualmente é senador pelo PDT-MG

Ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) da Presidência da República. Nas duas últimas semanas, esteve sob bombardeio da mídia, que, machistamente, ridicularizou-a. Seu posicionamento contra a campanha de lingerie, estrelada por Gisele Bündchen, foi o estopim.

Pois essa combinação resultou em grosserias no twitter de @zezeperella (veja imagens no texto abaixo). Prontamente vários blogueiros e blogueiras se indignaram (veja também no texto abaixo).

Confirmadas as procedências, nós republicamos o post. Logo dois leitores, Marcelo Duarte e Paulo, levantaram a suspeita de que o perfil fosse fake. Ou seja, embora usasse o nome do senador, o autor não era o próprio.

Diante desse alerta, imediatamente tirei o post do ar, deixando-o num espaço privado, até que conseguisse apurar a história direito.

No dia seguinte, soube, por intermédio de um amigo de Minas Gerais, que Gustavo, filho de Zeze Perrella, havia dito informalmente que era impossível que o pai houvesse falado mal da ministra.

Como eu havia mandado um e-mail para o senador e não houve retorno, contatei o seu gabinete, até que finalmente consegui falar o jornalista José Fonseca, seu assessor de imprensa. Fonseca não sabia de nada. Quase caiu de costas quando lhe informei sobre o conteúdo das mensagens. Não teve dúvidas de que se tratava um perfil fake.

“Que coisa mais calhorda”, reagiu. “Ele é um homem educado, jamais cometeria tanta grosseria, é coisa de quem não tem o que fazer”.

O perfil é fake também pelo nome no twitter.  O senador nasceu PeRReLa, assina hoje PeRReLLa e não peRella, como está no twitter falso.

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Fonseca me informou então  os dois twitters verdadeiros de Zeze Perrella, ambos pouco usados.

O de senador, onde divulga só informações referentes ao mandato, é este: @senzezeperrella

O outro, do Cruzeiro, é este: @zperrella

Nenhuma providência foi tomada, o perfil fake continua bastante ativo até hoje, inclusive com as mensagens contra a ministra Iriny Lopes.

Meu amigo mineiro tem um palpite: “Só pode ser coisa de cruzeirense que odeia o Perrella”.

De qualquer forma, aos leitores e ao senador Zeze Perrella, nossas sinceras desculpas pelo erro. Nós que, antes de publicar, normalmente checamos tudo o que recebemos, ficaremos mais atentos ainda. Esquecer ou colocar uma letrinha a mais no twitter faz muita diferença. É um detalhe que vocês devem estar prestar bastante  atenção também.

PS do Viomundo: Título, procedência, texto e  comentários do texto original foram mantidos, estão abaixo.

*****************

Zezé Perella: “@Mas q ministra jumenta esta Iriny…”

Do Amigos do Presidente Lula, via Maria da Penha Neles,  sugestão Conceição Oliveira (Maria-Fro)

Bem que a gente avisou que o anúncio de lingerie da Gisele Bündchen, além de impróprio, de mau-gosto, estava dirigido ao público consumidor errado.

Em vez de agradar as mulheres, empolgou um senador babão.

O Senador Zezé Perrella (ex-PFL/MG e atual PDT), amigo de Aécio Neves (PSDB/MG), chegou a perder o decoro em seu twitter:

Perdeu o decoro ao referir-se com xingamento a uma mulher, a ministra Iriny Lopes.

Fez apologia da vulgaridade e submissão para as mulheres em geral.

Foi desrespeitoso com mulheres vulneráveis (chamando de pobres… coitadas…) e, no mínimo, infeliz ao atribuir as críticas como se fosse “coisa” de gay.

Somando o “conjunto da obra”, o resultado final da baixaria é o senador passar pelo ridículo de se auto-caracterizar como “babão”, com um linguajar espanta-mulher que só… deixa pra lá.

Perrella chegou ao senado como suplente, assumindo a cadeira de Itamar Franco (PPS/MG), já em meio a escândalos. Tudo “graças” as articulações de Aécio Neves (PSDB/MG) nas coligações de 2010.

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