08/12/2010
por Washington Araújo, no Observatório da Imprensa
Os Estados Unidos parece ter embarcado no século XXI sob a égide dos vazamentos. Em fins de abril de 2010 uma maré negra de petróleo atingiu a costa do estado americano de Louisiana e se alastrou por outros quatro estados da costa do Golfo do México, vazando de um poço que despejou no mar de forma contínua durante exatos 87 dias nada menos que 4 milhões de petróleo. Essa catástrofe começou com uma explosão que matou 11 trabalhadores, em 20 de abril. Além da tragédia ambiental, o prejuízo financeiro fez a British Petroleum perder US$ 70 bilhões em seu valor de mercado. No coração do capitalismo mundial esta cifra dá conta dos contornos da desgraça.
Há menos de uma semana alguns dos principais jornais do mundo vêm publicando o mais impressionante acervo de documentos diplomáticos vazados de embaixadas norte-americanas ao redor do mundo. O impressionante estoque de “mal-estar escrito” foi conseguido e vem sendo divulgado pela organização WikiLeaks. São exatos 251.287 itens. Todos com a marca oficial do governo americano. É no mínimo instigante constatar que os jornais que divulgaram os arquivos confidenciais foram simplesmente os maiores do mundo, seja em circulação, seja em tradição, como é o caso do The New York Times, dos Estados Unidos, El País, da Espanha, Le Monde, da França, Der Spiegel, da Alemanha, e The Guardian, da Inglaterra.
No Brasil, o jornal que publica o material é a Folha de S.Paulo. Deste montante, 1.947 foram emitidos pela Embaixada dos EUA em Brasília, 777 de São Paulo, 119 do Rio de Janeiro e 12 do Recife. As relações diplomáticas Brasil/EUA são desnudadas em exatos 2.855 documentos.
Do que já foi divulgado ficamos sabendo que o então embaixador dos EUA no país, Clifford Sobel, informou a Casa Branca, em 2008, que o Brasil disfarça a prisão de terroristas. E que o Itamaraty era referido pelo embaixador americano como uma entidade de inclinação antinorte-americana, como um nicho adversário no Governo brasileiro. O embaixador cuidou de colocar no papel que nosso ministro da Defesa Nelson Jobim deveria ser visto como “um aliado dos Estados Unidos”. Noutro dia o jornal paulista revelou documentos em que a Embaixada dos EUA em Brasília faziam duras críticas à Estratégia Nacional de Defesa, lançada em 2008.
A imprensa tem se limitado a publicar os documentos, se atendo quase que exclusivamente ao seu conteúdo que, por si só, já é suficiente para causar embaraço aos governos e autoridades neles mencionados. Chama atenção o fato que nosso jornalismo tão marcadamente opinativo parece haver decretado férias coletivas. O fato é que os juízos de valor, sempre com tendência para o exagero e a contundência, são de todo escassos.
O leitor já parou para pensar se o protagonista do evento não fosse Washington e em seu lugar estivesse no olho do furacão… Brasília? Com certeza teríamos capas dos grandes jornais mostrando indignação, acusando o governo de total incompetência e amadorismo na condução de sua diplomacia. Não faltariam editoriais lança-chamas pedindo a cabeça do chanceler Amorim e analistas estariam fazendo as mais sombrias reflexões sobre o embuste que é o nosso Itamaraty, dado de barato como tendo sido aparelhado politicamente à enésima potência e por aí vai. Capas das revistas semanais tratariam de colocar uma penca de polvos habitando a piscina da Casa de Rio Branco e as matérias internas trariam entrevistas robustas com o ex-ministro Celso Lafer, textos contundentes e um tanto desfocados do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No Congresso Nacional a confusão estaria armada com a circulação de listas de assinaturas pedindo assinaturas além dos costumeiros pronunciamentos inflamados contra o ministro Amorim, sendo que o parlamentar oposicionista mais pautado pela calma que nesses momentos se exige, estaria exigindo sua imediata demissão.
Acontece que foi nos Estados Unidos. Onde tudo parece superlativo. País com apenas 5% da população mundial e que é responsável por 32% do consumo global. Trocando em miúdos, se o mundo inteiro consumisse como os americanos, o planeta só suportaria 1,4 bilhões de pessoas. É o país em que o consumo de energia elétrica de um norte-americano equivale ao de quinhentos indianos. E que detêm em suas fronteiras megaempresas que estão na vanguarda da revolução tecnológica como a Apple e a Microsoft. Quando ficamos sabendo do conteúdo dos wikileaks e da forma como são coletadas informações sobre países como o Brasil, a maneira jocosa com que tratam nosso governo e nossas instituições, a importância desmesurada que se concede às pequenas vaidades dos governantes, podemos entender melhor que provavelmente o maior objetivo dos Estados Unidos é conscientizar o consumo dos países pobres para que o consumismo em seu território continue desenfreado e julgam que este processo ocorre, pois necessitam mais das matrizes energéticas e das fontes naturais.
Como um país tão rico, tão senhor de si e tão convencido de que é o umbigo do mundo, não consegue guardar consigo o que ele mesmo classifica como reservado, confidencial e secreto? Um país que não consegue separar a cozinha da sala e esta do quarto apenas demonstra sua fragilidade interior. Porque continua, como sempre fez, a confundir um anão com uma criança de tenra idade. Vive no mundo das aparências e sua métrica é apenas a das aparências. Com embaixadas tão guarnecidas, tão pesadamente prontas para receber os mais letais ataques, ainda assim não consegue conservar consigo o que nesses ambientes se produz por excelência – informação.
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Desconhecemos que foi ao longo dos tempos que o ser humano conseguiu conquistar seu espaço privativo e o direito de resguardar sua intimidade? Com as instituições, os governos deve ser diferente? No Brasil, o assunto é encampado em nossa Constituição Federal, com os chamados direitos da personalidade. No art. 5.º, inciso X da Constituição Federal encontramos abrigo ao direito à reserva da intimidade, assim como ao da vida privada. E a intimidade, segundo teóricos do Direito, consiste na faculdade que tem cada indivíduo de obstar a intromissão de estranhos na sua vida privada e familiar, assim como de impedir-lhes o acesso a informações sobre a privacidade de cada um, e também impedir que sejam divulgadas informações sobre esta área da manifestação existencial do ser humano.
As transformações pelas quais perpassa a humanidade nos últimos vinte anos, porém, criaram desafios à eficácia dos direitos da personalidade, notadamente ao direito à privacidade. Além de o indivíduo passar a ser visto não mais isolado de seu contexto, a explosão das comunicações veio trazer à tona novos debates, que chegam tarde dada a velocidade astronômica com que as novidades tecnológicas se incorporaram ao dia-a-dia das pessoas. É fato – e os wikileaks constituem robusta prova – que a Internet permitiu o surgimento de uma nova forma de correspondência, o chamado correio eletrônico. Fácil e eficiente, tornou-se ferramenta essencial. Tanto que parte considerável dos 251.287 documentos diplomáticos conseguidos pela Wikileaks é constituída por mensagens eletrônicas.
Feitas estas observações, considero igualmente importante debater o papel da imprensa em relação aos wikileaks. Será legítimo, constituirá um serviço à sociedade, servir como braço mecânico e prolongado de quem surrupiou informações confidenciais de governos e de suas autoridades para colocá-las ao alcance de todos? Onde é que começa o ato criminoso… e onde termina? O braço mecânico – o ente que divulga – tem vida própria ou segue a lógica inicial de quem acessa documentos privados?
Como estamos conhecendo o conteúdo de apenas duas dezenas desses documentos diplomáticos ainda é cedo para afirmar que muitos desses poderão agravar a instabilidade política no mundo, na medida em que tornam públicos sentimentos que antes existiam apenas em esfera privada. Qual a diferença entre ter minha residência invadida ou meu computador pessoal invadido e assim sem mais nem menos tomar conhecimento de que estranhos acessam facilmente minhas 5.334 mensagens eletrônicas existentes em meu provedor de internet? E se parte dessas mensagens forem parar na Folha de S.Paulo… que prejuízo isso me traria? Quem seria responsabilizado por isso? Apenas o criminoso invasor ou também quem, sabendo se tratar de documentos de natureza particular, portanto confidencial, os difunde? E, se por motivo que desconheço, viesse a ser ‘chantageado’ ou mesmo lesado financeiramente pelo fato de que em um dos 5.334 documentos fossem encontrados dados bancários sensíveis como agência, bancária, senha, três letras etc. etc.?
Átila, rei do Hunos, tinha razão quando em meio às suas conturbadas campanhas militares dizia que as palavras são uma fonte de mal-entendidos. Se a diplomacia estadunidense e, por extensão, toda e qualquer diplomacia como a conhecemos nos dias que correm, tivesse dado ouvidos ao huno não estaria em situação além de embaraçosa, vergonhosa, vexaminosa e, que cômputo geral do estado das coisas, não estaria refém de de seus próprios pensamentos, ações e documentos. E deve estar se preparando para saber que esse vazamento ultrapassará em muitos dias e meses aqueles ora minguados 87 dias de vazamento de petróleo e, os wikileaks terão potencial de despejar sobre a sociedade planetária nada menos que 40.205.920(*) palavras.
O leitor desavisado – ou aquele dado a ler sempre na diagonal – pode pensar que tomei partido por um dos lados: (1) os que recriminam a imprensa pela divulgação; (2) os que aplaudem a imprensa pela divulgação. Em casos de dois lados, como sempre, pode haver um terceiro: é um jornalismo saudável este que acredita que os fins (divulgar ao público documentos confidenciais e não autorizados) justificam os meios (quebrar protocolos de segurança, infringir a privacidade alheia, roubar dados e informações, bisbilhotar o que não lhe é de direito)?
(*)Fui conservador e estimei com base no movimento das nuvens de hoje que cada documento conseguido por Julian Assange contém em média 160 palavras.
Comentários
Felicio
Seu texto começou brilhante.
Mas não se trata de informações pessois, mas de um governo, e o governo é público.
Se você não quer que seu cunhado saiba que você não gosta dele, não guarde no seu computador aquele bate papo com a irmã dele. (ou não abra a boca para falar mal dele).
André H Abranches
Simplesmente o mais importante, precioso e contundente texto já escrito sobre o imbroglio WikiLeaks. Washington Araújo está de parabéns por ser tão assertivo, claro, didático em questão tão cheia de lados a desenvolver e a nos desencaminhar o pensamento. Li e reli três vezes este artigo e nele encontro tudo na medida de um livre pensador: crítica acerba aos EUA, crítica feroz aos jornalões brasileiros, chamamento às questões de natureza ética que o assunto levanta, ironia refinada na alusão ao outro vazamento – o dos 4.000.000 de litros de petróleo também na nação americana. Foi bem oportuna sua chamada àqueles jornalistas, marcados pelo opinionismo sobre tudo e todos e que agora parecem se abster solenemente do "gosto, não gosto" para repercutir, isso quando o fazem, apenas o que já está no lead de cada vazamento WikiLeak. Mais que um artigo, uma boa aula de bom jornalismo esse feito pelo W. Araujo. Parabéns Azenha por trazer gente dessa envergadura moral para azeitar mais nossos debates na blogosfera.
Mário SF Alves
Azenha e Washington,
Obrigado pelo texto. É lamentável que análises como essa, e textos com tal verve jornalística, fujam totalmente às normas da mídia PIG corporativa local. A mesma que, como bem percebido, anda fora de órbita na questão do “mal-estar escrito” mostrado aos quatro cantos do mundo pelo Wikeleaks – ainda que com a ressalva quanto à ética do procedimento, que, visto de outro modo, porém, e ante um sistema que se referencia por ética nenhuma, não sei se ainda assim caberia a dúvida. Um bom exemplo disso é a forma arredia, penumbrosa, de elaboração do ACTA – Anti-Counterfeiting Trade Agreement. “O que os leva ao segredo é a vontade de driblar as opiniões públicas”, avalia Jéremie Zimmerman (o original está no link: http://www.outraspalavras.net/2010/03/26/como-o-a…
Quanto à observação "É no mínimo instigante constatar que os jornais… os maiores do mundo, seja em circulação, seja em tradição, …" posso dizer que entendo a ênfase dada, porém, para o enfrentamento proposto, não bastaria apenas conhecimento e recursos. Além de conhecer a fundo as possibilidades de contra-ataque do adversário, é preciso montar toda a estratégia de guerra. Nesse caso, uma cyber estratégia, literalmente. Talvez seja realmente esse o motivo do Wikileaks.
A propósito dessa estratégia, segue o link para quem puder colaborar: http://alt1040.com/2010/12/como-crear-un-espejo-d… (estratégia “mirror” de blindagem das informações contidas no banco de dados do website).
Dadas as circunstâncias, e diante de tamanha deturpação da democracia, é provável que tenhamos chegado à situação limite. A partir de agora tudo pode fazer compreender o quão perigosamente se dissolveu o contrato entre Sociedade e Estado. Esgarçamento do tecido? Em situação tão crítica como essa, a saída talvez seja mesmo a retomada do valor original da democracia: “todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido”! Basta isso! Sem segredos, e ainda que esse povo seja uma população equivalente a seis bilhões de habitantes; mas, isto é problema de natureza diversa, quase que pura matemática.
Bonifa
O problema não é saber se é certo ou errado vazar isso ou aquilo. A raiz deste problema é mais universal e profunda e se refere a uma encruzilhada em que homens outros tantas vezes têm se encontrado através da história. A encruzilhada de simplesmente obedecer às ordens do sistema ou se antepor a elas, procurando defender algo mais importante, ou seja, a própria Humanidade. É claro que quem vazou sabia que estava cometendo um crime, é claro que não foi nada ético, mas isso relativamente às normas e à ética do sistema vigente. Não obstante, resolveu cometer deliberadamente este crime, mesmo que sua ação lhe custasse a própria vida porque, segundo anunciou, é preciso que todos conheçam a podridão do sistema, senão ele não mudará e certamente exterminará a raça humana. Este jovem louco que fez isso se encontra preso. E apenas o decorrer do tempo poderá dizer se ele é louco ou se o sistema é que é louco.
Cético de plantão
"Em 2006, Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lul, recebeu diplomatas americanos. Pediu compreensão para o caso de a "retórica" na eleição "ter parecido ocasionalmente crítica aos EUA" e disse que, no novo mandato, as relações com o país seriam "centrais". (vazamento da wikileaks)
É isso que vocês chamavam, como é mesmo, "altivez" e "independência" do governo Lula, que não seria "subserviente aos americanos" como o governo FHC?
Não consigo parar de rir.
ebrantino
Amigo cético, desculpe o meu ceticismo, mas eu gostaria de saber o que o ex-seminarista Gilberto Carvalho deveria ter feito – quem sabe tratar os diplomatas americanos a ponta-pes, e chamá-los de son of a bitch? Não é assim que funciona cético. Tudo tem a sua etiqueta, sua retórica, assista um julgamento você vai ouvir excelências para todo o lado, ditas pelos que querem comer-se mutuamente o fígado.
Pedro
E você queria que o Gilberto Carvalho fizesse o quê? Puxasse um fuzil do bolso e explodisse as cabeças dos diplomatas americanos?? Uma coisa totalmente diferente de subserviência é cordialidade, não é porque o Brasil não aceita tudo o que os EUA diz (como no passado) que não pode ter uma relação diplomática e de respeito mútuo?
É isso o que Lula pleiteou e está conseguindo, não ser inimigo dos EUA, mas sim conseguir o respeito à nação brasileira.
bARRETO
Orra meu, parece que vc não entende nada de diplomacia, a mesma que é usada no dia a dia, no trabalho na escola, no ônibus…..veja, a melhor política sempre foi e será a de bater e assoprar, ou seja, crticar abertamente e, de forma discreta, logo após, minimizar o teor das palavras ditas.
RBM
Engraçado. Ou você é ingênuo ou se faz de desentendido ou é mal intencionado. Você queria o quê? Que o chefe de gabinete dissesse que as relações com os EUA seriam relegadas a terceiro plano? E por acaso o Brasil se comportou como subserviente por causa dessa declaração? E o resto dos telegramas dos diplomatas americanos confirma uma percepção dessas? Por que pgar uma informação isolada para provar seu próprio preconceito (ou seria esperança)?
edv
Shit (oops, Sheet) of SP?
O Wikileaks escolheu muito mal a Folha.
Logo quem! Vão filtrar tudo que NÃO interessa a eles e comparsas da manpulação da informação.
Por isso é que só sai fofoquinha.
E ainda vão depreciar o Wikileaks.
Luis Fernando
Esse tal de Washinton araujo falou besteira sem tamanho. Estes documentos nem por um pouco se configuram como documentos pessoais, eles demonstram como são podres as ações destas personalidades norte-americanas
Bonifa
A apresentadora do Bom Dia Brasil estava indignada e perguntou ao "especialista": "Como é que os Estados Unidos não conseguiram evitar isso?"
edv
Sobre "segredo", minha avaliação genérica é que ele sempres existe para enganar alguém (sing/plural).
Mas o que mais importa é a "razão" dele.
Pode ser saudável, como esconder o presente do filho até a hora de abrí-los no natal.
Ou não, como para esconder crimes, traições, ardis e manipulações recheadas de segundas e terceiras intenções.
É a forma mais comum…
Wagner
Até onde vai a intimidade? No caso, o que está sendo exposto, na realidade não é apenas a intimidade de uma pessoa, somente. É de uma instituição, de um país, e neste caso, conforme McLuhan, o mundo é uma aldeia global. Casos de segredos de estado serem compartilhados, mostra que a casa deve ter as portas abertas e mostrar todos os móveis, por mais feios que sejam. É um direito da aldeia saber o que dizem dela, mesmo que por meios não-ortodoxos. O Wikileaks tem que abrir toda a caixa de Pandora, sim.
Jairo_Beraldo
Creio que Assange não fique preso verdadeiramente. Em breve começarão a pipocar ativistas em todo o planeta mostrando o tamanho da farsa em que ele se meteu. E o que os EUA menos quer é um mártir.Não hoje, na era virtual, onde as notícias se espalham como fogo em palha.Talvez apenas mostrem para ele onde é seu lugar. E talvez ele se convença que é melhor ficar por alí.Melhor assim,pois se fosse na época da Guerra Fria, os "democráticos" estadunidenses já o teria raptado, torturado e envenenado. Como fez com muita gente.A essa altura do campeonato, Assenge tem mais é que dar graças a Deus por estarmos em 2010.
Bonifa
Todos só falam do Assenge e se esquecem do jovem soldado que não pôde suportar o fardo de trabalhar com as informações sem dizer nada, como se fosse um robô. Ele, que passou as informações ao Assange e que vai passar o resto da vida na prisão, ele é que deve ser a figura central de todo esse affair.
Gerson Carneiro
Se no olho do furacão estivesse Brasília em vez de Washington, haveria nesse instante uma incitação e um clamor por Impeachment, com certeza.
Mas como não é, o PIG se cala. Assim como se calou em relação aos recentes escândalos da máfia do lixo na "glamorosa" Itália e nos protestos de imigrantes na "glamorosa" Paris. Ah, se tivesse sido aqui.
Mas a Europa, "a Europa é outra mundo". Não é assim que comumente se referem empolgados aqueles que voltam das viagens de pacote de uma semana?
Abilio
Parabéns !! Invejo a sua percepção e facilidade no seu texto!!
Maria José Rêgo
Quando a Folha de São Paulo vai divulgar telegramas do período de 1994 a 2002?
VanderResende
O link para o DNS do Wikileaks não existe mais. Para quem quiser acessar o wikileaks, é possivel através do site http://wikileaks.ch/
e mesmo se (talvez o mais adequado seja dizer "quando") esse domínio cair, o site talvez ainda poderá ser acessado diretamente através de seu número dns
http://213.251.145.96/ (Divulgue esse número)
That is it
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