Sobre a Flotilha da Paz*
5/6/2010, Uri Avnery, Gush Shalom [Bloco da Paz], Israel (O título original é “Kill a turk and rest”)
“O bloqueio não isola o Hamás. O bloqueio isola Israel.”
Publicado por Gush Shalom [Bloco da Paz], Israel, em Haaret’z, Telavive, 3/6/2010
Tradução de Caia Fittipaldi
“O ataque aos barcos não é vitória de Israel. É derrota.” Gush Shalom
Em mar alto, em águas internacionais, a marinha israelense atacou o barco. Os comandos mascarados atacaram com fúria. Centenas de agredidos resistiram. Os soldados atiraram. Houve mortos, muitos feridos. O barco foi levado a outro porto, os passageiros desembarcaram. O mundo os viu andando pelo cais, homens e mulheres, velhos e jovens, todos esgotados, rasgados, um depois do outro, escoltados por soldados…
O navio era o “Exodus 1947”. Havia deixado a França na esperança de romper o bloqueio britânico, imposto para impedir que navios abarrotados de sobreviventes do Holocausto aportassem nas costas da Palestina. Se não conseguissem aportar, imigrantes ilegais, seriam levados pelos britânicos aos campos de concentração em Chipre, como já acontecera antes. Ninguém se preocuparia com eles por mais de um, dois dias.
Em Israel, no governo, estava Ernest Bevin, do Partido Labour, ministro britânico, arrogante e brutal, apaixonado pelo poder. Jamais deixaria que um bando de judeus mandasse em seu governo. E decidiu ensinar uma lição aos judeus, o mundo por testemunha. “É provocação!” gritou ele e, claro, estava certo. O objetivo era mesmo gerar um ato de provocação, para atrair os olhos do mundo para o bloqueio britânico da Palestina.
O que aconteceu todos sabem: o ataque degenerou, uma estupidez levou à outra, o mundo solidarizou-se com os passageiros dos barcos. Os britânicos, senhores da Palestina não cederam e pagaram o preço. Pesado preço.
Apoie o VIOMUNDO
Muitos creem que o caso do “Exodus” marcou o ponto de virada da luta para a criação do Estado de Israel. O Mandato britânico entrou em colapso sob o peso da condenação internacional e os britânicos tiveram de deixar a Palestina. Houve, é claro, muitas outras razões de peso para aquela decisão, mas o episódio do “Exodus” provou ser a palha que quebrou a espinha dorsal do camelo.
Essa semana, em Israel, não fui o único que lembrou esse episódio. De fato, foi quase impossível não lembrar, sobretudo os israelenses que já vivíamos na Palestina naquele tempo e vimos tudo.
Há diferenças importantes, é claro. Aqueles eram sobreviventes do Holocausto; hoje, são pacifistas de todo o mundo. Mas então, como hoje, o mundo viu soldados pesadamente armados atacar brutalmente passageiros desarmados – que resistiram com o que encontraram à mão, paus e porretes e com os punhos. Daquela vez, como hoje, aconteceu em mar alto – daquela vez, a 40 km da costa; agora, a 65 km.
Analisado em retrospectiva, o comportamento do governo britânico em todo o caso parece inacreditavelmente estúpido. Mas Bevin não era bobo; os oficiais britânicos que comandaram a ação não eram idiotas. Afinal, acabavam de guerrear guerra mundial, do lado vencedor.
Se agiram como perfeitos idiotas do começo ao fim, foi por arrogância, insensibilidade e absoluto desprezo pela opinião pública mundial.
Ehud Barak é o Bevin israelense. Burro, não é; nem os generais israelenses são burros. Mas são hoje responsáveis por uma cadeia de decisões e atos alucinados, cujas implicações são difíceis de avaliar. O ex-ministro e atual comentarista Yossi Sarid descreveu o comitê dos sete ministros – “grupo dos sete” –, que decide sobre questões de segurança, como “os sete idiotas” – e devo protestar. Foi insulto aos idiotas.
Os preparativos para a flotilha exigiram mais de um ano. Centenas de mensagens de e-mail andaram pelo mundo. Eu mesmo recebi dúzias. Não era segredo. Tudo foi feito às claras.
Houve tempo de sobra para que instituições políticas e militares em Israel se preparassem para a chegada dos barcos. Os políticos poderiam ter sido consultados. Os soldados, treinados. Os diplomatas, informados. O pessoal da espionagem trabalhou.
De nada adiantou. Todas as decisões foram erradas, do primeiro ao último momento. E ainda não terminou.
A ideia de romper o bloqueio com uma flotilha de pacifistas beira a genialidade. Põe Israel num dilema – tendo de escolher entre várias alternativas, todas ruins. É a situação em que qualquer general sonha ver o general adversário.
As alternativas:
(a) Permitir que a Flotilha chegue a Gaza, sem obstáculos. O secretário do Gabinete apoiava essa ideia. Mas levaria ao fim do bloqueio, porque depois dessa flotilha viriam outras, cada vez maiores.
(b) Deter os navios em águas territoriais, vistoriar a carga, assegurar-se de que não havia nem armas nem “terroristas” e deixá-los prosseguir até o porto. Levantaria alguns protestos em todo o mundo, mas preservar-se-ia o bloqueio, pelo menos em princípio.
(c) Capturar os barcos em alto mar e levar todos até Ashdod. O risco, nesse caso, seria a batalha contra os ativistas a bordo, até Ashdod.
Como os governantes em Israel sempre fazem, quando têm de escolher entre várias alternativas ruins, o governo Netanyahu escolheu a pior.
Todos os que acompanharam os preparativos como noticiados pelos jornais previam que havia risco de resultar em mortos e feridos. Ninguém aborda barco turco à espera de ser recebido por garotinhas louras que ofereçam rosas. Todos sabem que os turcos não se rendem facilmente.
As ordens que os soldados receberam – e a imprensa divulgou – incluíam as palavras fatais: “a qualquer custo”. Qualquer soldado sabe o que significam essas palavras terríveis. Não bastasse, na lista dos objetivos da missão, a atenção aos passageiros civis aparecia em terceiro lugar, depois da salvaguarda da segurança dos soldados e da necessidade de cumprir a missão.
Se Binyamin Netanyahu, Ehud Barak, o comandante geral do exército e o comandante da marinha não sabiam que a operação poderia levar a matar e ferir civis desarmados, então é necessário concluir – até os que ainda relutem – que são todos insuperavelmente incompetentes. Merecem ouvir as palavras imortais de Oliver Cromwell ao Parlamento: “Estão aí há tempo demais, considerado o serviço que têm prestado… Vão-se! Nos livrem de vocês. Em nome de Deus, fora!”
Esse acontecimento aponta outra vez para um dos mais sérios aspectos da situação: Israel vive numa bolha, numa espécie de gueto mental, que nos isola do mundo e nos impede de ver outra realidade: a que o resto do mundo vê. Um psiquiatra veria aí sintoma de grave doença mental.
A propaganda do governo e do exército israelenses, para o público interno, conta história simples: os heroicos soldados de Israel, valentes e sensíveis, elite da elite, abordaram o navio com intenções de “parlamentar” e foram atacados por uma turba selvagem e violenta. Os porta-vozes oficiais nunca esqueceram de repetir a palavra “linchamento”.
No primeiro dia, praticamente toda a mídia israelense acreditou. Afinal, claro que os judeus sempre são as vítimas. Sempre. Aplica-se a soldados judeus, claro. Claro. Soldados judeus abordam barco estrangeiro em águas internacionais e, imediatamente, se metamorfoseiam em vítimas encurraladas, sem escolha, obrigados a defender-se de ataque violento incitado por antissemitas.
Impossível não lembrar da clássica piada de humor judeu, sobre a mãe judia na Rússia, que se despede do filho convocado para o exército do czar, em guerra contra a Turquia. “Não se desgaste”, aconselha a mãe. “Mate um turco, e descanse. Mate outro turco e descanse outra vez…”
“Mas, mamãe”, o filho interrompe, “E se o turco me matar?”
“Matar você”?, exclama a mãe. “E por que o mataria? O que você fez a ele?”
Soa como loucura, para qualquer pessoa normal. Soldados pesadamente armados de um comando de elite abordam um navio no mar, no meio da noite, por mar e por ar – e são as vítimas?
Mas há aí uma gota de verdade: são vítimas, sim, de comandantes arrogantes e incompetentes, de políticos irresponsáveis e da imprensa que os mesmos arrogantes, incompetentes e irresponsáveis alimentam. De fato, são vítimas também da população de Israel, dado que esses eleitores, não outros, elegeram aquele governo, inclusive a oposição, que não é diferente da situação.
O caso do “Exodus” repetiu-se, com troca de papéis. Agora, os israelenses são os britânicos.
Em algum lugar, algum novo Leon Uris prepara-se para escrever o próximo livro, “Exodus 2010”. Um novo Otto Preminger planeja filmar novo blockbuster. Estrelando, um novo Paul Newman. Sorte, que não faltam hoje talentosos atores turcos.
Há mais de 200 anos, Thomas Jefferson declarou que todas as nações deveriam agir “com respeito decente pelas opiniões da humanidade”. Em Israel, os líderes jamais aceitaram a sabedoria dessa lição. Preferem a lição de David Ben-Gurion: “Não importa o que pensem os não-judeus. Só importa o que os judeus fazem.” Vai-se ver, tinha certeza de que não há judeus que agem como imbecis.
Fazer da Turquia, inimiga, é pior que simples tolice. Há décadas, a Turquia tem sido a mais próxima aliada de Israel na Região, muito mais próxima do que a opinião pública supõe. A Turquia poderia, no futuro, fazer o papel de importante mediadora entre Israel e o mundo árabe-muçulmano, entre Israel e Síria e, sim, também entre Israel e o Iran. É possível que Israel, agora, tenha conseguido unir o povo turco contra Israel – e já há quem diga que esse seria o único tema em torno do qual os turcos afinal se uniram.
Estamos vivendo o segundo capítulo da operação “Chumbo Derretido”. Daquela vez, Israel reuniu a opinião pública contra Israel e os israelenses, chocamos os raros amigos de Israel e facilitamos a luta para os inimigos de Israel. Agora, Israel repete o feito, com talvez ainda mais sucesso. Israel conseguirá virar, contra Israel, a opinião pública mundial.
Esse processo é lento. É como água, acumulando por trás da barragem. A água sobe devagar, em silêncio, mal se vê. E quando alcança nível crítico, a barragem cede e será o desastre, para Israel. Israel aproxima-se perigosamente desse ponto.
“Mate um turco e descanse…” recomenda a mãe, na piada. O governo de Israel nem descansa! Parece decidido a não parar, até ter convertido em inimigo, o último amigo que reste a Israel.
Nota da Tradutora
*Interessante comparar esse artigo, de Uri Avnery, com “Israel’s vivid act of piracy may yet turn the tide of global opinion” [port. “Israel: claro ato de pirataria pode fazer virar a maré da opinião pública global”], Linda Grant, em The Guardian, 4/6/2010. Esse artigo, com o título alterado para “O primeiro navio”, foi traduzido e publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, 4/6/2010.
O artigo do Guardian visa a defender a preservação de “um Estado sionista”, na Palestina. Uri Avnery visa a defender “Dois Estados para Dois Povos” – campanha do Bloco da Paz, israelense, na Palestina. O jornal O Estado de S.Paulo finge que defende algum “equilíbrio”, mas obra para tirar das manchetes qualquer denúncia contra o governo de Netaniahu e, também, a denúncia de “claro ato de pirataria de Israel”, que está presente no original britânico, é denunciado também por Avnery, mas foi apagado da tradução publicada no Estadão. O Estadão é o pior jornal e mais mentiroso do mundo
Comentários
Alexandre Marques
Uma visão jurídica do ataque de israel http://oblogonews.blogspot
Zeza Estrela
Sionista fazem mais uma vítima civil
Correspondente mais antiga da Casa Branca se aposenta após polêmica
A correspondente americana mais antiga a cobrir a Casa Branca, a jornalista Helen Thomas, 89, anunciou nesta segunda-feira (7) que está se aposentando, segundo relatos da rede CNN.
Helen, que cobre a Casa Branca há mais de 40 anos, ganhou o apelido de "primeira-dama da imprensa".
A decisão foi tomada dias após seu controverso comentário de que os judeus deviam "dar o fora da palestina" e que deveriam voltar para Alemanha, Polônia e EUA.
"Eu me arrependo profundamente do comentário que fiz na semana passada sobre os israelenses e palestinos", disse Helen, em uma declaração divulgada pela empresa de mídia Hearst Corporation, onde a jornalista trabalhava.
"Ele não reflete minha crença de que a paz virá para o Oriente Médio quando ambas as partes reconhecerem a necessidade de mútuo respeito e tolerância. Que este dia seja em breve", completou.
Anteriormente ao anúncio da jornalista, a diretoria da Associação de Correspondentes da Casa Branca, divulgou um comunicado classificando os comentários como "indefensáveis".
Também nesta segunda-feira, o secretário de imprensa da Casa Branca, Robert Gibbs criticou Helen dizendo "que os comentários foram ofensivos e repreensíveis. Eu acho que ela deveria e já se desculpou, pois esses comentários não refletem a opinião da maioria das pessoas que trabalham aqui e da atual administração".
. http://www1.folha.uol.com.br/mundo/746687-corresp…
.
Onde fica a liberdade de opinião?
Milton Hayek
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=9…
7 de Junho de 2010 – 11h55
Judeus alemães levarão mantimentos a Gaza em nova frota
Israel e o sionismo estão conseguindo o impensável. Colocar os judeus contra eles. O assassinato cruel pelas tropas de Israel de 9, 19 ou mais de 50 libertários, quando navegavam em direção a Gaza carregados de ajuda humanitária, continua causando comoção e indignação da humanidade.
Por Georges Bourdoukan
Agora quem vai protestar são os membros da Organização Voz Judaica da Alemanha para a Paz no Médio Oriente
Já estão preparando uma Flotilha da Liberdade para seguir em direção à Palestina Ocupada.
Katie Laitrer, membro da organização, diz que os judeus alemães ficaram “assustados” não com o Hamas, mas pela virulência da soldadesca israelense.
“Pretendemos sair em julho”.
Explicou que inicialmente pretendiam seguir em apenas um barco, mas devido ao interesse de judeus de diversas partes do mundo em aderir, provavelmente haverá outros barcos.
Ela acusou Israel de agir “criminosamente” contra os membros da Flotilha da Liberdade. E que Israel “não deve agir como piratas”.
"Katie afirmou que já esteve em Gaza e foi muito bem tratada.
"Nós também conversamos com os gazenses recentemente e eles estão muito ansiosos por nossa vinda. Estamos assustados com o que aconteceu no Marmara, mas se você está empenhado em fazer coisas boas, você tem que agir. Pessoas também foram mortas na luta contra o fascismo”
Edith Lutz, outra membro da Organização judaica alemã informou que "dois anos atrás, participou da Flotilha Gaza Livre e quando chegou a Gaza, crianças perceberam que ela usava uma estrela de Davi.
“Fui cercada de crianças que diziam – olha, ela é judia. Quando nos encontramos com Ismail Hanieh (líder do Hamas) e o informaram que eu era judia, ele virou para mim e disse que o Hamas não tem nada contra os judeus ou israel, apenas contra a ocupação”.
Essas informações foram extraídas do jornal israelense Yediot Aharanot e pode ser lida em http://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-3899915…
Carlos
Notícias do boicote a produtos israelenses iniciado na Inglaterra?
Jairo_Beraldo
"Soldados israelenses abriram fogo contra um barco palestino, matando quatro pessoas na costa de Gaza, nesta segunda-feira (7), segundo as agências internacionais de notícias.O barco onde estavam os palestinos mortos foi atacado por lanchas e helicópteros israelenses. Os corpos foram resgatados e levados a um hospital de Gaza. Equipes de busca procuram mais duas pessoas desaparecidas.As Forças Armadas de Israel disseram que o barco levava militantes armados, em roupas de mergulho, preparando-se para atacar Israel."
Quando vão dar um basta nas ações terroristas destes loucos israelenses??
Supertramp68
Esses comentaristas parecem carpideiras que choram sem sequer conhecer o falecido. Gritam ideologicamente contra tudo que cheira ao Imperio. São os Zumbis Vermelhos do foro de São Paulo. Apatridas sem alma que servem a causa maior do Partido. Por que se calam sobre o Rachel Corrie? Ficaram roucos de tanto gritar?
Vejam um video sobre a Flotilha da Paz. Eis o link: http://www.youtube.com/watch?v=ZvJ-8d9X9JA&fe…
God bless Zion
Jairo_Beraldo
Mas quem se calou Tramp…
Marcos C. Campos
Gostei dos atores !!! Pena não ter Oscar para melhor cara de pau.
Patricio
Supertramp
Você não sabe colocar o artigo no lugar certo.
Não é: "Por que se calam sobre o Rachel Corrie?", percebe?
Vou desenhar para você.
É: "Por que se calam sobre A Rachel Corrie?"
É "A ", Supertramp. Entende? A, artigo definido feminino.
Largue um pouco esse manual da Haganá e leia sobre ela na Wikipédia, em português, não em hebraico:
"Rachel Aliene Corrie … foi uma estudante e voluntária americana, membro do International Solidarity Movement … ela decidira interromper seus estudos para passar um ano na Faixa de Gaza. Rachel morreu durante a Intifada de Al-Aqsa, em Rafah, perto da fronteira de Gaza com o Egito, depois de ser esmagada por uma escavadeira das Forças Armadas de Israel…."
Pronto, Supertrash. Agora pode voltar para sua leitura ordinária.
Melinho
OS TRÊS MAPAS QUE DIZEM TUDO
No último grande massacre dos judeus sionistas contra os palestinos, você publicou 3 mapas mostrando a evolução da ocupação das terras do povo palestino pelos assentamentos judáicos. Os três mapas falam por si e seria extremamente oportuno que você os publicasse novamente.
Naturalmente que isto é uma sugestão, mas pense no assunto.
“Mate um turco e descanse” « Substantivo Plural
[…] aqui […]
Mate um turco e descanse
[…] um turco e descanse Publicado por: Joildo Santos Do Viomundo 5/6/2010, Uri Avnery, Gush Shalom [Bloco da Paz], Israel (O título original é “Kill a turk […]
Melinho
ATIRAR PARA MATAR, ESTA FOI A ORDEM
Vamos rever uma das opções do governo israelense, segundo a matéria acima: "(a) Permitir que a Flotilha chegue a Gaza, sem obstáculos. O secretário do Gabinete apoiava essa ideia. Mas levaria ao fim do bloqueio, porque depois dessa flotilha viriam outras, cada vez maiores".
Exatamente isto. Na minha opinião, o governo israelense mandou os soldados atirarem para matar (sem especificar quem e quantos) para desencorajar que outras tentativas semelhantes de ajuda aos palestinos da Faixa de Gaza fossem feitas. Quem, depois da morte de 10 pacifistas, terá a coragem de preparar outra missão humanitária como a que fracassou?
Os dirigentes nazi-esraelenses devem estar morrendo de rir com as explicações que eles deram ao mundo, no que diz respeito à reação dos pacifistas ao ataque.
Minha gente, temos que entender que Israel é um país fora da lei, apoiado por outro país também fora da lei, os Estados Unidos, que justifica, com seus vetos às resoluções da ONU, todos os crimes cometidos pelos Estado Judeu Sionista.
Quem quizer entender o que está acontecendo na Palestina deve ler o discurso do primeiro ministro do Estado Judeu, David Ben Gurion, quando da fundação de Israel. Ou ler a matéria “desaparecendo com um país, no site http://www.socialismo.org.br/portal/internacional…. Deve ler também muitos livros de história.
Claro que nem todos os judeus que vivem em Israel e no mundo são criminosos como os atuais dirigentes de Israel, eu sei disso.
Também não aceito a acusação de anti-semitismo, pois eu sempre tive uma grande simpatia pelo povo judeu não sionista, e muita compaixão por aquelas pessoas que foram massacradas nos campos de concentração nazistas. Tais campos, eu sei, eram muito menores do que a Faixa de Gaza, mas a "Solução Final" não foi discutida somente pelos nazistas. Esta expressão faz parte do vocabulário sionista e foi usada por Ariel Sharon, primeiro ministro do Estado Judeu entre março de 2001 e abril de 2006.
E a "Solução Final" para o povo palestinos era ( e ainda é) simplesmente a extinção desse povo, da mesma forma que para os nazista a "Solução Final" era a completa extinção do povo judeu.
Patricio
Esses paralelos da Bíblia com o estado belicista são perigosos. Não dizem muito, pois afinal o Velho Testamento não passa de um épico escrito por mãos humanas, em defesa de uma idéia (!) O deus de Israel é uma ogiva nuclear em formato daquele utensílio de cozinha que se usa para abrir massa.
Irani
Todas estas táticas de Israel agir são conhecidas, mas ele precisa lembrar e saber que não tem origem nele. Mas no próprio povo que o oprimiu. Seria melhor ele procurar uma saída negociada, Israel sabe, prova disto que muitos judeus já se levantam contra estas atitudes sionistas, que não há ajuda americana e não há ogivas que lhes garantam sucessos, quando o mundo se opõe a ele e nações se juntam para lutar contra eles. Esses caras, estão colocando não apenas a vida deles em perigo, mas de muitos judeus, infelizmente.
Irani
Pois é, o sionismo/nacionalismo de Israel está longe de ter um fim. O Irã anunciou, através do líder supremo, Ali Khamenei, que oferecerá alguns da Guarda Revolucionária Iraniana para proteger o comboio que irá com ajuda humanitária dentro de alguns meses. Todos sabem que a príncipal característica de Israel, como foi ratificado por testemunho de muitos ativistas, é o ataque surpresa, chegam de repente sem que ninguém perceba e a eficiência de seu serviço secreto. Por incrível que pareça, se procurarmos na Bíblia, este tipo de estratégia está lá.
Moisés, o grande governador israelense, que foi treinado para ser um faraó egípcio, introduziu a tática do Império Egípcio em Israel, transformou um povo escravo em nação livre, regida por leis, mas as táticas egípcias foram inseridas por este grande general militar, o serviço secreto, os doze espias que foram enviados para verificar o povo de Canaã, a derrubada de Jericó, os trezentos de Gideon e outros.
Jairo_Beraldo
"O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (6) que rejeitou a proposta apresentada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, de formação de um painel para estudar o ataque a um navio com o qual ativistas pretendiam chegar à Faixa de Gaza….Netanyahu relatou aos ministros de seu gabinete o resultado da conversa mantida durante a noite com o secretário-geral. "Eu disse a ele que a investigação dos fatos tem de ser conduzida de forma responsável e objetiva"…
Resumindo…não pode ficar a cargo de Israel, fazer a investigação…não tem moral para isso!
rita
qwuem deve fazer isso é a turquia…
Patricio
Nao se iludam. A piada que o Uri reproduz aqui, diz muito sobre a cultura judaica. Infelizmente os judeus do mundo continuarão calados. Não há carta, manifesto, flotilha ou raios que impeçam a brutalidade israelense. A explicação está no comovido e velado apoio da comunidade judaica ao Terror de Sion. É a mais cristalina das verdades. Uma infelicidade que os judeus não merecem. Vozes como de Uri e de grupos como o Naturei Karta são uma minoria. Ilustre minoria.
A maioria dos judeus não se digna a apoiar a paz. É uma cultura. Se fosse o contrário, a Besta não estaria solta no Oriente Médio.
Sim, esta afirmação é uma generalização. Como são as regras diante das exceções.
Bonifa
Os judeus do mundo estão gritando, botando a boca no trombone e até queimando bandeiras de Israel. Mas não sai sobre eles e suas manifetações uma só linha na grande imprensa ocidental.
Patricio
Salve, salve! Viva os judeus que gritam contra a tirania sionista! São uma esperança promissora para a paz. Mas infelizmente é uma parte dos judeus, uma minoria, Bonifa. Tem noção do que é a população de origem judaica no mundo? A maioria está quietinha, sim senhor!
Julio Silveira
Israel é criança mimada, parido pelo mundo ocidental, e criado por um EUA superprotetor.
Como na vida o mundo ensinará como se portar na comunidade. Infelizmente perder habitos ruins e enraizados é mais dificil e doloroso do que aprender os bons.
erosa
se não aprender pelo amor vai aprender pela dor, que negócio é esse se fosse outro País já estaria sendo punido, mas israel não é porque???
ele fez parte do mundo, e o mundo cobra e se Deus quiser israel acaba como começou num papel!!!
Paulo
Destaque para a Nota da Tradutora sobre o Estadao:Lixo como jornal e esgoto etico e moral enquanto proprietarios, dirigentes e a todos que o servem.
Carlos Marques
O lúcido texto de Uri Avnery lembra o pensamento de outro judeu pacifista, esclarecido, e não menos lúcido, o escritor e jornalista israelense Amós Oz, do qual estou acabando de ler o excelente "Cenas da Vida na Aldeia", onde fala – em sentido literário, metafórico, não real, é claro – que nem os judeus têm motivos para gostar dos judeus. O co-fundador do Movimento Paz Agora, depois de criticar a arrogância e uso excessivo da força por Israel, assevera que "…o Hamas não é apenas uma organização terrorista. O Hamas é uma idéia. Uma idéia desesperada e fanática nascida de desolação e frustração de muitos palestinos. E idéia alguma jamais foi derrotada pela força, nem por cercos, nem por bombardeios, nem soterrada sob esteiras dos tanques de guerra ou atacada por forças especiais da Marinha. Para derrotar uma idéia é preciso oferecer uma idéia melhor, mais atraente e mais aceitável." Fora da paz, o Estado Hebreu não é viável, inviabilidade cada vez mais reforçada por sua política e ações insensatas, que acaba provocando antipatia, desprezo e isolamento, a que se soma a decadência a olhos vistos de quem o sustenta política, econômica e militarmente.
Leonardo Câmara
(continuação…)
Porque eles têm o ouvido dos líderes israelenses, acreditamos que a sua denúncia de medidas anti-democráticas pode fazer a diferença onde israelenses e palestinos estão sofrendo mais.
Ainda na semana passada, Peter Beinart sugeriu em sua obra significativa na New York Review of Books que o maior perigo para a comunidade judaica de hoje não é de fora, mas de dentro.
Beinart estava se referindo à crescente desconexão entre os líderes judeus e o povo judeu, especialmente os jovens, quando se trata de Israel e da Palestina. Seu apoio incondicional do curso das ações de Israel, mesmo quando eles violam os princípios básicos do judaísmo e dos valores democráticos, tornou-se insustentável.
Violações de Israel, dos direitos humanos e da dignidade estão aumentando a cada dia com:
Ataques a ativistas na calada da noite, incluindo palestinos, cidadãos israelenses e estrangeiros
ordens de amordaçamento da mídia, que evitam que a imprensa israelense seja capaz de escrever sobre estas detenções
Esmagamento de protestos não-violentos pelo exército israelita, utilizando balas de borracha, gás lacrimogêneo e mesmo munições vivas para acabar com protestos
Silenciando relatório de ONG sobre estas atrocidades que, utilizando uma legislação restritiva no parlamento (Knesset) israelense.
Banimento de estrangeiros que não apoiem a contento as ações de de Israel.
E, apesar de tudo isso, os líderes judeus permanecem em silêncio.
Basta.
Há décadas desde que os primeiros refugiados palestinos foram impedidos de regressar às suas casas. Havia um tempo em que os líderes de nossa comunidade refletiam nossos valores, e combatiam a opressão tanto quando praticada pelos judeus como quando praticada contra nós.
Por favor assine a nossa carta exortando os líderes dos três principais organizações de direitos humanos – Abe Foxman, da Liga Anti-Difamação, David Harris, do Comitê Judaico Americano, e rabino Marvin Hier do Simon Wiesenthal Center – para falar contra esses crimes.
Cecilie Surasky
Voz judaica para a Paz
Leonardo Câmara
(continuação …)
Por exemplo, enquanto eu escrevo, faz 22 dias desde que o cidadão israelense e activista dos direitos humanos Ameer Makhoul foi brutalmente arrancado de sua casa no meio da noite, detido sem acusações, teve negado o direito a um advogado por 12 dias e, certamente, torturado . Tudo ao abrigo de uma ordem de mordaça na mídia israelense. Independentemente das acusações contra ele, que só foram anunciadas hoje, é difícil imaginar que esses grupos se calaem diante da repressão escandalosa como em uma democracia moderna. Especialmente contra um cidadão israelense.
No entanto, eles não dizem nada.
O esquema não é novo.
É doloroso para mim, dizer que as organizações de hoje – organizações estas com uma história tão valorosa de luta pelos direitos civis e humanos – têm vindo a representar exatamente o oposto para muito de nós. Infelizmente, eu agora me encontro na oposição ao Comitê Judaico Americano, a Liga Anti-Difamação, e o Simon Wiesenthal Center que pretendem taxar as críticas a Israel, como anti-semita, por colocar os interesses da política externa de Israel acima do reconhecimento do genocídio armênio, para difamar os muçulmanos e árabes, e para a construção de um "Museu da Tolerância" em cima de um cemitério muçulmano em Jerusalém.
Para muitas pessoas, essas organizações não têm sido relevantes por um longo tempo. Você pode ser um deles. Mas também sabemos que elas continuam a ser uma voz importante para muitos judeus. E sempre necessitaremos que os judeus estejam a salvo. É por isso que devemos pedir-lhes para mudar como tantos judeus nos Estado Unidos mudaram.
Meu pai é uma daquelas pessoas que apoiaram a Liga Anti-Difamação. Mas quando eu lhe disse que o papel que desempenharam em silenciar críticas quando se trata de Israel, ele literalmente rasgarou ao meio uma cheque de uma doação que ele tinha planejado enviar.
Eu não estou pedindo para você ir tão longe. Mas quer você os ame, ou odeie, temos de exortá-los a mudar.
Nós não esperamos que caiam em sintonia com tudo o que você e eu apoiamos, mas esperamos que pelo menos que tenham uma postura quando se trata de direitos humanos básicos e a dignidade. Por favor, junte-se a mim para pedir aos líderes do Comitê Judaico Americano, a Liga Anti-Difamação, eo Simon Wiesenthal Center para denunciar o aumento da violência patrocinada pelo governo em Israel e na Palestina. Como os judeus e os aliados não-judeus que acreditam em direitos humanos universais, que todos nós temos o direito de exigir que eles falem.
Leonardo Câmara
Faz um certo tempo que tenho visto algumas manifestações mais duras contra os judeus em geral, no que considero deveria ser específico a certos israelenses. Isto pode ser a manifestação, consciente ou não, daquilo que já se consagrou chamar de antissemitismo.
Isso é muito perigoso, pois não há de se vencer a intolerância com mais intolerância.
Um pouco mais do Jewish Voice for Peace, talvez ajude a mostrar que os judeus não são todos a favor do que faz israel.
Abraço fraternal.
Cecilie Surasky
Jewish Voice for Peace
Leonardo,
Cinco dias antes do ataque mortal de Israel à Flotilha da Liberdade, lhe pedimos para dizer aos principais líderes judeus para protestar contra o aumento de ataques de Israel sobre os direitos humanos e a dignidade. Continuamos a espera de suas falas. De fato, como os ataques pioraram, eles se mantiveram em silêncio ou têm defendido tais ações. Não podemos deixar que os líderes judeus que afirmam trabalhar para os direitos humanos para todos nós permaneçam irresponsáveis. Temos de exigir que eles falem. Aqui está a carta que lhe enviamos abaixo.
CS
_________________________________________
Caro Leonardo,
Lembro-me de ouvir histórias tocantes da minha tia-avó Tante Babe, histórias de ver seus jovens primos morreram durante um ataque a milhares de judeus, um pogrom, em sua cidade de Bialystok. Esse foi um infame pogrom em 1906, mesmo ano em que o Comitê Judaico Americano foi fundado para se opor a tais ataques.
Sentindo-se sozinha e desprotegida, a nossa família precisava do Comitê Judaico Americano. Anos mais tarde, eu me lembro dos meus pais apoiando a Liga Anti-Difamação por causa de seu apoio a refuseniks judeus na URSS.
E depois há o meu avô, que suportou o extermínio da maior parte da sua família nas mãos dos nazistas. É por ele que eu saudei com entusiasmo o surgimento de um grupo de direitos humanos na década de 1970 com o nome de Simon Wiesenthal, o famoso caçador de nazistas.
Estas organizações judaicas passaram a existir no momento em que minha família – e tantos outros – precisava deles desesperadamente, e suas contribuições e conquistas em nome dos judeus e não judeus me fez orgulhosa.
Mas os tempos mudaram, e as missões destes grupos foram alterados. Com demasiada frequência, a defesa dos direitos humanos universais têm sido postas em segundo plano diante de sua convicção de que devem apoiar incondicionalmente o governo israelense.
(continua…)
Marcos C. Campos
Azenha, este é um artigo interessante:
http://www.palestineremembered.com/Articles/Gener…
Jair de Souza
Uri Avnery serve como exemplo de que é possível ser judeu, ser israelense, e até mesmo sionista, e manter a dignidade de ser humano. Por isso, tenho tratado de realçar a posição de que não devemos equiparar o estado assassino de Israel com o conjunto das comunidades judaicas, assim como tampouco é correto considerar equivalentes o sionismo (e sua versão predominante na atualidade, o nazi-sionismo) e o judaísmo. Fazer essas equivalências, como vejo alguns comentaristas fazerem, é cair no jogo do nazi-sionismo. O nazi-sionismo precisa que as comunidades judaicas espalhadas pelo mundo se sintam totalmente identificadas com o estado assassino de Israel, caso contrário, seu projeto não conseguirá se manter. Sendo assim, em lugar de facilitar o trabalho dos bandidos nazi-sionistas, o que todo ser humano amante da paz deveria fazer é dar força aos inúmeros judeus e judias que bravamente levantam sua voz em protesto contra os crimes que há mais de 6 décadas os nazi-sionistas que comandam o estado assassino de Israel vêm cometendo contra o povo palestino e contra a paz e a harmonia mundial. Não permitamos que os bandidos nazi-sionistas consigam sair-se vitoriosos em seus objetivos perversos.
Leonardo Câmara
Aproveitando a deixa…, divulguemos a mensagem do Avaaz (pra quem não sabe foi um dos organizadores do ficha limpa):
Incrível — nós alcançamos a nossa meta de 200.000 assinaturas em menos de 24 horas! A primeira entrega da petição já foi feita e a pressão está funcionando — vamos chegar a meio milhão! Aqui está o alerta, encaminhe para todo mundo:
Caros amigos,
O mundo está abalado com o ataque de Israel a uma flotilha que tentava chegar a Gaza com ajuda. Chegou a hora da investigação e responsabilidade começar e de acabar com o bloqueio Gaza. Assine a petição mundial, depois repasse essa mensagem: :
Assine agora!
O ataque mortal de Israel à frota de barcos humanitários que iam em direção a Gaza chocou o mundo.
Israel, como qualquer outro Estado, tem o direito de se defender, mas isso foi um uso abusivo de força letal para defender o bloqueio vergonhoso de Israel a Gaza, onde dois terços das famílias não sabem onde encontrarão sua próxima refeição.
As Nações Unidas, a União Européia e quase todos os outros governos e organizações multilaterais têm pedido a Israel para acabar com o bloqueio, e agora a ONU convocou uma investigação sobre o ataque à frota. Mas sem pressão maciça dos seus cidadãos, os líderes mundiais vão limitar sua resposta a meras palavras – como eles já fizeram tantas vezes.
Vamos gerar um clamor global tão alto, que não possa ser ignorado. Assine a petição para exigir uma investigação independente sobre o ataque, a responsabilização dos culpados e o fim imediato do bloqueio à Gaza – clique para assinar a petição, e depois repasse essa mensagem a todos os que você conhece:
http://www.avaaz.org/po/gaza_flotilla_8/?vl
Tweets that mention Uri Avnery, sobre a flotilha: “Mate um turco e descanse” | Viomundo – O que você não vê na mídia — Topsy.com
[…] This post was mentioned on Twitter by Mauricio Alves, Luiz Alberto Andrade. Luiz Alberto Andrade said: Uri Avnery, sobre a flotilha: "Mate um turco e descanse" – http://tinyurl.com/29owy2u (via @viomundo) […]
Mate um turco e descanse | ESTADO ANARQUISTA
[…] Tradução de Caia Fittipaldi pelo Viomundo […]
Leider_Lincoln
Olha, não há o que dizer. O Avnery me fez relembrar o quanto há judeus memoráveis e que pode haver israelenses fantásticos. E que Israel, de fato, cruzou o Rubicão. Mas com Pirro no comando.
mariazinha
O sangue derramado dos inocentes cobrirá esse povo de infelicidade, eternamente e a todos que com eles confabular.
Não conseguirão ter paz jamais e DEUS se esquecerá deles, para sempre.
Então haverá choro e ranger de dentes, entre eles.
Deus seja louvado!
wallace
E verdade,o estadão é pior que a folha.E o máximo em hipocresia é censura.Censura textos e publica este jornal ´e cen-
surado .O certo é decir : este jornal censura desde sua fundação.
wallace
voxetopinio
"Israel vive numa bolha". Na abobada "bolhal" de israel brilham as estrelas da impunidade, da arrogância, do destempero, da violência, do sangue dos outros. Todas essas estrelas formam a constelação do "Destino Manifesto à Israelense". Tudo isso claro, na visão de uma cúpula megalomaniaca.
Deixe seu comentário