Paulo Nogueira: Nem um “a” de vazamento sobre Aécio antes da eleição
Tempo de leitura: 2 minMoro entre o editor chefe de O Globo e um dos filhos de Roberto Marinho
Moro dividiu ainda mais um país já suficientemente dividido
Se Moro fosse um produto lançado recentemente, e não um juiz, caberia para ele a seguinte palavra: flopou.
Moro flopou.
Flopar, como sabemos todos, vem de flop, fracasso em inglês.
Pois é. Moro fracassou. Fracassou miseravelmente.
A maior de todas as razões é que ele acabou trazendo ainda mais divisão a um país que já estava suficientemente dividido antes que ele saísse da obscuridade paranaense em que vivia e trabalhava.
Como Joaquim Barbosa antes dele, Moro é hoje idolatrado pelos conservadores e detestado pelos progressistas.
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A culpa é dele ou das circunstâncias, você poderia perguntar.
Claro que as circunstâncias favorecem. Você tem hoje um Brasil parecido, sob certos aspectos, com a Venezuela – visceralmente dividido.
Mas Moro com certeza deu sua contribuição pessoal. Ele jamais deu à Lava Jato uma coloração apartidária, assim como Joaquim Barbosa e o STF, um pouco atrás, para o Mensalão.
Mais uma vez, fica a sensação que o principal alvo não é exatamente a corrupção, mas o PT e o governo Dilma.
E disso resulta a percepção, entre tantos brasileiros, de uma justiça injusta, simbolizada há algum tempo em JB e agora em Moro.
Os desvios de conduta da Lava Jato se manifestaram, ao longo da campanha eleitoral, em vazamentos descaradamente construídos para minar Dilma.
Só agora, muito depois das eleições, é que se soube, por exemplo, que o doleiro Youssef citou Aécio e sua irmã no jamais investigado Caso Furnas.
Imagine o impacto que isso teria nas urnas.
Aécio foi poupado dos vazamentos, como em tantas outras coisas, ao passo que Dilma foi massacrada.
Que Aécio ainda assim tenha sido derrotado mostra a sua fragilidade como candidato, e a deterioração de seu partido.
Moro jamais se pronunciou contra os vazamentos, ou tomou alguma atitude que demonstrasse seu desagrado.
Especulo aqui que seu comportamento seria provavelmente outro se vazassem coisas sobre Aécio.
Passadas as eleições, Moro cometeu uma monumental tolice ao aceitar um prêmio da Globo e subir ao palco, num contentamento provinciano, com João Roberto Marinho.
Justiça e imprensa não podem se misturar. Não em circunstâncias normais, e menos ainda no quadro vivido pelo país.
Você jamais vê na Inglaterra, para pegar apenas um exemplo, um juiz confraternizando com Murdoch. É ruim para a imagem de ambos, e a sociedade simplesmente não tolera esse tipo de associação.
Agora, a discutível prisão do tesoureiro do PT — no mesmo dia em que a esquerda marcara protestos contra a terceirização – lança ainda mais sombras sobre a isenção de Moro.
No twitter, uma hashtag que viralizou nesta quinta retrata o que muita gente pensa, e não estou falando apenas de petistas.
Ei-la: #ExplicaMoroPorqueSoPT.
O fato é que Sérgio Moro não tem nenhuma explicação razoável para isso.
O país necessita, com urgência, vencer uma divisão que o vai tornando parecido com a Venezuela.
Moro veio para dividir ainda mais.
Por isso flopou. Por isso fracassou.
Por isso, também, ele é uma figura que faz mal ao país.
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Comentários
MARIA GORETTI AMF13BH
A VIDA É DE MÃO DUPLA E A ESTRADA É ESTREITA.VAI ACABAR CHOCANDO E DE FRENTE COM UM “BITREN” ,CHAMADO “A VERDADE”.
MORO É MAIS UM QUE FAZ MAL AO PAÍS.
E SÓ PERCEBERÁ,QUANDO FOR TARDE DEMAIS PRA ELE. E SEUS BAJULADORE$? E$TE$,DARÃO SEU$ PREÇO$.O CAPETA DÁ ,PRÁ DEPOIS TOMAR.E COBRAR MUITO CARO.
ADEUS MORO.
ATÉ LOGO INJUSTIÇA,POIS A JUSTIÇA ESTÁ PRÓXIMA.SEMPRE.
Sidnei
É lógico que dá para entender o ponto de vista do autor e o que ele está caracterizando como fracasso. Mas a grande verdade é que esse tal juiz, por enquanto, não fracassou coisa nenhuma. Afinal, seus intentos eram realmente contribuir para essa divisão do País, receber prêmios da Globo e ser aplaudido em restaurantes frequentados por sonegadores. Vem conseguindo as três coisas.
É claro, também, que a glória dos injustos tende a ser passageira. Será que na França, por exemplo, alguém guarda em boa memória os instrutores e julgadores do “caso Dreyfus”? Em compensação, Zola botou sua reputação e até seu pescoço em risco contra aquela injustiça e hoje ninguém ousa lembrar-se dele somente pela sua ótima literatura, mas também pela apaixonada e desinteressada defesa que fez daquele judeu perseguido pelas autoridades francesas.
Portanto, no longo prazo, o fracasso de gente tipo Moro, tipo Barbosa, Ayres Brito e outros menos cotados, é irremediável.
Mas vamos lá, da mesma forma que quem gosta de miséria é intelectual, esse papo de “longo prazo”, fora do comércio, é coisa de historiador, cientista político, sociólogo. Figuras pequenas estão de olho mesmo é no prêmio Innovare e em dar autógrafos em aeroportos. Para tanto, oferecem espetáculos para a mídia.
Lembremo-nos do procurador da República que não se vexou de rogar à mídia que jogue bastante lenha na fogueira da Lava Jato, como forma de pressionar o Judiciário – decerto com medo de reviravolta nas instâncias superiores, as quais têm que estar devidamente intimidadas, com a faca no pescoço, para não sair do script.
A via é de mão dupla. A imprensa, para manter acesa a chama, precisa de um espetáculo por dia. Ninguém pode negar que Moro faz a parte dele (faz a diferença, diriam os bilionários irmãos Marinho).
Agora é só esperar quem vai ser o tucano bagrinho que deve sofrer algum constrangimento ilegal nos próximos dias, para fazer o previsível teatrinho da imparcialidade. Só espero que ele, seja quem for, faça parte da montagem e aceite a ignomínia com a altivez cívica e patriótica que os homens bons do País dele esperam.
Fernando Resende
Se livrar a gente do Lula em 2018 está ótimo.
gilmar
este juiz moro é um pau mandado da Globo e do PSDB, seus objetivos são: 1º acabar com a Petrobras e entregar ao pré sal as empresas americanas, 2º incriminar a Dilma para depois cassar seu mandato, 3º incriminar o Lula para acabar com sua candidatura para 2018, 4º salvar a Globo que a cada mês perde mais audiência e deve milhões em impostos a união.
jose carlos
por definição; se a globo premiou, é porque faz mal ao país.
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