O jornalismo futriqueiro (e mentiroso) foi à posse de Dilma

Tempo de leitura: 3 min

Posse Dilma

ACABOU O JORNALISMO

por CLS, no Facebook

1 e 2 de janeiro ficarão marcados em nosso calendário como os Dias Nacionais de Velório e Enterro do Jornalismo Político na TV e no Papel.

A cobertura da posse de Dilma na Globo News, em tese a CNN brasileira (sorry, mas deveria ser, né), chegou a me provocar náuseas literais.

As palavras “levy”, “ajuste”, “petrobras” e “lavajato”, como bem observou a Mariana Amaral Queiroz, devem ter rendido algum bônus por citação aos jornalistas da emissora.

Durante os cumprimentos das autoridades internacionais, o quarteto de ineptos que participava da cobertura preferiu ficar rosnando imbecilidades sobre a “robustez da oposição”.

Eu só soube que o tiozinho grisalho que ficou 10 minutos falando com a Dilma era da Rússia porque mudei pra NBR.

A ganhadora do prêmio do posto de gasolina (pela atuação como taquígrafa no depoimento de um certo alcaguete), o panaca com voz de choro e nome de área VIP, a gordinha simpática e um ser oposicionista não-identificado — todos deram um show de má vontade, ausência de fontes (Álvaro Dias não vale, hein) e preguiça mental.

Na Folha de hoje, aquele jornal que deveria ser o nosso The New York Times (oh gaaaawd, mas é isso, neh), não se fala em reforma política (de longe o tema mais forte do dia, com o sintomático apoio de Renan Calheiros em discurso logo após o de Dilma), não se tenta entender o que é o “Brasil, pátria educadora” (“ah, ela não explicou” — mas porra, a obrigação do jornal é apurar, neh) e não se nota que a presidente politizou o caso Petrobrás à esquerda.

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Nem mesmo a inflexão guerrilheira-trabalhista da retórica, com um “nenhum direito a menos, nenhum passo atrás, só mais direitos etc.” foi notada pelos gênios da raça folhentos.

Artigos de opinião não passam do senso comum antiestatista, antidilmista, antitrabalhista. Bate-paus que escrevem o que o patrão quer ler publicaram seus tradicionais mimimis — que, a rigor, poderiam ter sido escritos um mês atrás. É sempre a mesma coisa que eles dizem, chega a beirar o autoplágio.

Enquanto isso, vários dos chamados “blogueiros sujos” foram convidados pra recepção no Itamaraty, na noite de ontem, e devem publicar coisas muito mais interessantes — porque próximas do poder — de hoje em diante.

“Ah, mas eles são militantes pró-governo”.

Claro que são — e por isso mesmo têm acesso às fontes que interessam hoje em dia!

Já a turma da GN e da Folha, para ficar nos exemplos citados aqui, por fazer o jogo da “oposição robusta” (moralmente cada vez mais truculento), certamente não tem a confiança de ninguém do lado de cá.

Chafurdam exclusivamente nos interesses antigoverno, e por isso só têm fontes do lado de lá.

E isso não basta para entender o que realmente está acontecendo. Nem pra fazer JORNALISMO.

PS do Viomundo: Agradecemos ao Palácio do Planalto pelo convite mas compromissos assumidos anteriormente nos impediram de comparecer à posse de Dilma. No entanto, acompanhando à distância o noticiário, estranhamos o viés negativo de certos comentaristas, acompanhado da obsessão pelo vestido de Dilma. É o jornalismo da futrica, que veio acompanhado de mentiras como a da Folha de S. Paulo. Segundo o diário conservador, tentou-se regulação de conteúdo da mídia no governo Lula. Mentira deslavada, na maior cara de pau. Em nome da militância, a turma da Barão de Limeira já nem se preocupa mais com a verdade factual. O jornalismo vagabundo omite, obviamente, que há regulação de conteúdo em concessões públicas de rádio e TV em várias democracias do mundo. No Reino Unido, por exemplo. Nunca como censura prévia, mas com exigências como conteúdo local, punição para transgressões, etc. A ênfase de Franklin Martins sempre foi: cumprir a Constituição de 1988. Mas a Folha, que em tese deveria informar, confunde “controle de conteúdo” com “censura prévia”. Tudo em nome de defender que apenas uma dúzia de famílias controlem o setor no Brasil (trecho de texto da Folha.com, abaixo).

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Comentários

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Luna

Eu quero é que o PIG se exploda!!!

Gerson Carneiro

Tal como o VIOMUNDo acompanhei à distância a posse da Dilma.

Estava em Havana tragando ron e degustando COHIBA.

Beleza pura a transmissão na íntegra pela TV cubana com chamadas diretas do Palácio do Planalto e análises dos desafios do segundo mandato frente a geopolítica. Fiquei sabendo sobre o vestido da Dilma apenas quando retornei e aqui já estava.

Fabio Passos

O PiG é uma completa porcaria.

PiG não faz jornalismo. Faz jornalixo.
PiG não faz reportagens. Faz reporcagens.
É um erro esperar algo diferente.

O PiG perdeu 4 eleições seguidas… e sabe que em 2018 volta o Lula.
Estão inconsoláveis.

    Compartilho plenamente dessa opinião.

    Jornalismo não é isso. A Globo envergonha a profissão.

Caracol

O PIG chafurda.
Oink! Oink!

Elias

Bem antes de Lula ser eleito, ainda na ditadura militar, lia jornal e revista, ouvia noticiário no rádio e assistia jornal televisivo com um pé atrás. Hoje, nas raras vezes em que deparo diante desses veículos, não encontro nada que me anime. Raros colunistas ainda me dão um lampejo de esperança. Mas quando leio matérias como essa nos blogs em que frequento, tudo o que sinto é ojeriza. Argh!

    Elias

    Essas cacas chamadas grande imprensa, Folha, Veja, Band, SBT, Rede Globo (ou Globo News) já perderam quatro eleições. Só não perdem a arrogância, a cara de pau e a prática diutiorna da mentira. Algo precisa ser feito urgentemente.

Soraia

Pois minha família escolheu assistir a transmissão toda pela NBR justamente para não sofrermos indigestão do almoço do primeiro dia do ano.

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