Independent: Documentos secretos revelam relações carnais com Gaddafi

Tempo de leitura: 6 min

As cartas secretas de Moussa Koussa mostram conexão líbia com o Reino Unido

Mensagens encontradas em seu escritório mostram como o MI6 [serviço secreto de inteligência] deu detalhes sobre dissidentes no exílio a Gaddafi — e como a CIA usou o regime para ‘rendição extraordinária’

por Portia Walker e Kim Sengupta em Trípoli

Saturday, 3 September 2011, no jornal britânico Independent

Arquivos secretos descobertos pelo Independent em Trípoli revelam que ligações espantosamente próximas existiam entre os governos britânico, norte-americano e o de Muammar Gaddafi.

Os documentos mostram como prisioneiros foram oferecidos para interrogatórios brutais pelo regime de Trípoli sob o altamente controverso programa de ‘rendição extraordinária’ e também como informações sobre opositores do ditador líbio exilados no Reino Unido foram repassadas ao regime pelo MI6.

Os papéis mostram que autoridades britânicas ajudaram a escrever o rascunho de um discurso do coronel Gaddafi quando ele tentava reabilitar seu regime do status de pária, no qual mergulhou depois do apoio dado a movimentos terroristas. Outros documentos revelam que os Estados Unidos e o Reino Unido agiram em nome da Líbia para conduzir negociações com a Agência Internacional de Energia Atômica.

Nas tentativas que tinham implementado de cultivar seus contatos com o regime, os britânicos algumas vezes não estavam dispostos a dividir sua “conexão líbia” com os aliados mais próximos, os Estados Unidos. Numa carta a um colega do serviço de inteligência líbio, um oficial do MI6 descreveu como tinha se negado a informar a identidade de um agente a Washington.

Os documentos, muitos dos quais tem implicações incendiárias, foram encontrados no escritório particular de Moussa Koussa, o braço direito do coronel Gaddafi e chefe do serviço de segurança, que se exilou no Reino Unido nos dias seguintes ao início da revolução de fevereiro na Líbia.

Os papéis revelam detalhes sobre a visita de Tony Blair ao ditador líbio em Trípoli — foi o escritório do primeiro-ministro britânico que requisitou que o encontro acontecesse em uma tenda. Uma carta de um oficial do MI6 ao sr. Koussa diz que “o número 10 [em referência ao endereço do primeiro-ministro britânico, 10 Downing Street, em Londres] quer que o primeiro-ministro encontre o Líder em uma tenda. Eu não sei porque os ingleses são fascinados por tendas. O fato é que os jornalistas adorariam”.

Os documentos levantam questões sobre o relacionamento entre Moussa Koussa e o governo britânico e sobre os eventos que se seguiram ao exílio dele. A chegada surpreendente do sr. Koussa ao Reino Unido provocou pedidos para que ele fosse interrogado pela polícia sobre seu envolvimento em assassinatos no Exterior praticados pelo regime líbio, inclusive a de uma policial, Yvonne Fletcher, e de oponentes de Gaddafi.

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Koussa também estaria envolvido no envio de armas para o IRA [Irish Republican Army, grupo armado que enfrentou os britânicos na Irlanda]. Na época do exílio, o governo de David Cameron garantiu ao público que o sr. Koussa poderia ser processado. Em vez disso, ele recebeu autorização para deixar o Reino Unido e agora se acredita que esteja em um dos países do Golfo [Pérsico].

As revelações do Independent vão despertar perguntas sobre se o sr. Koussa, que há muito era acusado de abusos dos Direitos Humanos, foi autorizado a escapar porque tinha provas constrangedoras [‘smoking gun’]. O sr. Koussa copiou e levou com ele dezenas de arquivos, quando deixou a Líbia.

Os papéis ilustram as relações íntimas do sr. Koussa e de alguns colegas dele com a inteligência britânica. Cartas e faxes eram enviados a ele com ‘Saudações do MI6’ e ‘Saudações do SIS’, felicitações natalinas, numa ocasião, ‘De seu amigo’, seguido pelo nome de um oficial de inteligência britânico, além de lamentações sobre encontros que não deram certo. Houve também uma regular troca de presentes: em uma ocasião um agente líbio chegou a Londres carregado de figos e laranjas.

Os documentos repetidamente tratam de um florescente relacionamento entre as agencias de inteligência ocidentais e a Líbia. Mas havia um custo humano. O regime de Trípoli era um parceiro altamente útil no processo de ‘rendição extraordinária’ sob o qual prisioneiros eram mandados pelos Estados Unidos para ‘interrogatórios reforçados’, um eufemismo, dizem os grupos de defesa dos Direitos Humanos, para tortura.

Um documento do governo dos Estados Unidos, marcado ‘secreto’, diz “nosso serviço está em condições de entregar Shaykh Musa para sua custódia física de forma similar ao que fizemos com outros líderes-sênior do LIFG (Grupo Líbio de Luta Islâmica) no passado. Nós respeitosamente pedimos a expressão de seu interesse em assumir a custódia do sr. Musa”.

Os britânicos também estavam tratando com os líbios sobre ativistas de oposição a Gaddafi, passando informações ao regime líbio. Isso acontecia apesar do fato de que agentes do coronel Gaddafi tinham assassinado oponentes na campanha para eliminar os assim chamados ‘viralatas’ no Exterior, inclusive nas ruas de Londres. Os assassinatos tinham, na época, levado a protestos e condenações por parte do governo do Reino Unido.

Uma carta datada de 16 de abril de 2005 do serviço de inteligência britânico para uma autoridade do Departamento de Relações Internacionais da segurança líbia diz: “Desejamos informá-lo que Ismail KAMOKA @ SUHAIB (possivelmente se referindo a um apelido) foi solto em 18 de março de 2004. Um painel de juizes britânicos decidiu que KAMOKA não era uma ameaça à segurança nacional no Reino Unido e subsequentemente decidiu soltá-lo. Estamos solicitando que você informe (um oficial da inteligência líbia) sobre a soltura de KAMOMA”.

Ironicamente, os rebeldes líbios que chegaram ao poder depois de derrubar o coronel Gaddafi com a ajuda do Reino Unido e da OTAN acabaram de nomear Abdullah Hakim Belhaj, um ex-membro do LIFG, como seu comandante em Trípoli.

Outro papel sublinha a natureza de duas mãos da troca de informações. Um documento sob o título “Para atenção do Serviço de Inteligência Líbio. Saudações do MI6, que pede informação sobre um suspeito com as iniciais ABS (por razões de segurança, não publicamos o nome completo), que viaja com um passaporte líbio de número 164432. Isso é uma operação sensível e não queremos que nada seja feito para atrair a atenção de S sobre nosso interesse nele. Seríamos gratos por qualquer informação que vocês tenham sobre S“.

Uma das descobertas mais marcantes no conjunto de documentos é uma declaração do coronel Gaddafi durante sua reaproximação com o Ocidente, na qual ele abandonou o programa nuclear e prometeu destruir seu estoque de armas químicas e biológicas.

O líder líbio disse “vamos dar estes passos de uma maneira transparente e verificável. A Líbia afirma que vai cumprir seus compromissos… quando o mundo está celebrando o nascimento de Jesus, como uma pequena contribuição para um mundo cheio de paz, segurança, estabilidade e compaixão, a grande Jamahiriya [outro nome usado por Gaddafi para a Líbia, em árabe, ‘estado das massas’] renova seu pedido honesto por uma zona livre de armas de destruição em massa no Oriente Médio e na África”.

A declaração, na verdade, foi escrita com a ajuda de autoridades britânicas. Uma carta, endereçada a Khalid Najjar, do Departamento de Relações Internacionais e Segurança em Trípoli, diz que “para efeito de clareza, segue anexa uma versão corrigida da linguagem sobre a qual concordamos na terça-feira. Queríamos assegurar que você tem o mesmo script”.

Quando o alto comando da Líbia expressou preocupações com o abandono do arsenal de armas de destruição em massa, que poderia deixar o país vulnerável, o Reino Unido propôs reforçar as defesas convencionais do país usando o marechal de campo Lord Inge, ex-comandante dos militares britânicos, como consultor. Em uma carta datada em 24 de dezembro de 2003, uma autoridade britânica escreveu: “Eu proponho que o marechal de campo Lord Inge, do qual você vai se lembrar bem de setembro, visite dois ou três oficiais-sênior para dar início às conversações”.

Uma quantidade considerável da correspondência diz respeito à visita em que Tony Blair encontrou Muammar Gaddafi em março de 2004, numa época em que o Reino Unido desempenhava papel-chave para tirar a Líbia do ‘gelo’ [isolamento internacional].

Os documentos mostram quanto o MI6 estava envolvido na organização da viagem e o papel jogado por Moussa Koussa. Quando se trata do governo Blair, não é surpresa que o cenário do encontro fosse visto como de grande importância.

Um oficial do MI6 escreveu ao sr. Koussa dizendo: “O número 10 [em referência ao endereço do primeiro-ministro britânico, 10 Downing Street, em Londres] quer que o primeiro-ministro encontre o Líder em uma tenda. Eu não sei porque os ingleses são fascinados por tendas. O fato é que os jornalistas adorariam. Minha opinião é que isso causaria boa impressão sobre a preferência do Líder por simplicidade, o que eu sei é importante para ele. Você deve ter visto entrevistas coletivas muito diferentes em Riade [provavelmente aqui o agente britânico está mexendo com o orgulho dos líbios, que apreciavam sua distinção em relação ao luxo do governo da Arábia Saudita, capital Riade]. De qualquer forma, se isso for possível, o número 10 ficaria muito agradecido”.

O coronel Gaddafi aparentemente queria encontrar o primeiro-ministro britânico em Sirte, sua cidade natal. Atualmente a cidade está sob cerco de guerreiros da oposição. Na carta, o oficial do MI6 escreve: “O número 10 espera que a visita aconteça em Trípoli, não em Sirte. Aparentemente é importante que os jornalistas tenham acesso a hotéis onde eles encontrem facilidades para escrever suas reportagens”.

Seja como for, os espiões estavam lá para assegurar que seus interesses — e os interesses nacionais — fossem protegidos. Na carta, o oficial continuou, “o número 10 pediu que eu acompanhasse o primeiro-ministro e assim espero vê-lo na próxima quinta-feira. O número 10 me perguntou se eu conseguiria enviar um oficial a Trípoli alguns dias antes da visita… penso que isso daria conforto a eles e tudo sairia bem”.

O coronel Gaddafi tinham conseguido se reaproximar do Ocidente em parte por causa de sua luta contra o terrorismo islâmico, a sombra do qual, depois dos atentados de Madri, se projetava sobre a visita de Blair. A carta, datada de 18 de março de 2004, dizia, “o número 10 pediu que eu transmitisse a você o pedido de que não haja publicidade sobre a visita agora ou nos próximos dias — desde Madri todos estamos muito conscientes quanto à segurança”.

[] Notas entre colchetes são da tradução, para facilitar o entendimento

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Comentários

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Paulo

como é que se acredita nesta estória que o 11 de setembro foi uma conspiração dos EUA? Realmente as pessoas acreditam nas coisas mais absurdas, até na existência de Deus!

Marat

Trípoli, Londres e Washington? Terroristas se entendem numa boa!

Elza

O meu comentário, vai sublinharmente. Fico aqui assistindo o fantástico e a maior parte do tempo do programa é dedicado ao Ataque "terrorista" de 11 de setembro. Aí fico a refletir pq um programa brasileiro num horário nobre fica tanto tempo falando de um acontecimento de outro país?
Aí me vem alguns devaneios: 1º Eleição dos USA, mts brasileiros naquele país assistem td programação da Rede grobo e votam.

2º a ênfase nas palavras de bravura do ex presidente Bush filho. Aí eu me pergunto, Bush quer voltar? Nesse mundo louco onde tds vivem em pavor com o "terrorismo", tudo é possível.

3º O PIG trabalhando tbm p/ as eleições dos EEUU?

4º Na hora em que alguns blogs começam a analizar a invasão da Líbia liderada pela OTAN, que por trás da mesma existe uma questão do petróleo. E a bomba dos documentos descobertos, os quais mostram a relação "carnal", como diz o título do artigo aqui postado e o próprio PIG teve q noticiar ontem (03/11) e no dia seguinte (04/09/11) apresenta esse documentário, pq nao apresentá-lo no próx dom, q é o dia 11 de setembro, se a intenção é prestar uma homenagem ao país que eles tanto amam. Claro, a reportagem foca a questão do terrorismo. O q quer justificar?

5º A cobertura do show do cantor Roberto Carlos em Israel, com chamadas durante a programação, me decepcionou um pouco o Roberto Carlos. Eu sempre fico c/ a pulga atrás da orelha c/ a grande mídia. Um contexto religioso do cristianismo forte.

6º Nos cincos ítens do meu devaneio encontro conexões entre os mesmos, mas devaneios são devaneios….. apenas exercitando meus neurônios…. rrss!!

Regina Braga

Olha que intessante…Tiramos o sapato para os Americanos em Washigton e eles revistam ministro brasileiros e atacam a Líbia…Damos aos lordes nosso álcool e eles nos dão a grande oportunidade de pagarmos os serviços de segurança da copa…Brasileiro é tão bonzinho! Nos esquivamos de uma guerra imbecil e somos ameaçados como se fossemos um covil de terroristas.O New York Times e o Washington Post,colocaram um artigo detalhando o Planodo Pentágono para rastrear os ativistas da conspiração em redes sociais…Mas ser ativista da Conspiração é só mostrar que os Terroristas do Mundo são eles…Americanos,Ingleses,Franceses…que usam pessoas e países e depois humanitariamente os MATAM.

m.a.p

Prezado jornalista
Nada mais atual do que o antigo slogan "pérfida Albion"

ZePovinho

Nesse vídeo vc pode ver uma viga do WTC,pesando 100 toneladas, encravada em um edifício a centenas de metros das torres!!!Que prédio em queda tem energia suficiente para fazer isso???Uma energia muito grande emanou de dentro das torres,naquele dia.Tanto que elas viraram pó.
O vídeo é de Kurt Sonnenfeld,dissidente americano exilado na Argentina porque tem dezenas de vídeos que desmoronam essa farsa:
[youtube aA1KTfwPqSY http://www.youtube.com/watch?v=aA1KTfwPqSY youtube]

ZePovinho

Kurt Sonnenfeld,exilado e dissidente americano na Argentina,teve de fugir dos EUA porque o governo estav perseguindo o cara.Motivo:ele era cinegrafista da FEMA e,naquele dia de 11/09/2001,filmou todo o Ground Zero durante horas e horas.
Os vídeos que estão com ele demontam por completo a versão oficial do governo dos EUA para esse assassinato em massa cometido por objetivos políticos,econômicos e geopolíticos:

[youtube E4EjuSUPWsk http://www.youtube.com/watch?v=E4EjuSUPWsk youtube]

vera oliveria

quem poderia ser oponente de um homem que deu o maior IDH ao seu país??? que interesses os oponentes tinham???os eua e ingleses fizeram isto pra depois justificar a tirania de kadafi,senão como poderiam dizer ao mundo que ele era um sanguinario???

    JotaCe

    Concordo contigo, Vera. Mesmo alguns que se opõem ao massacre do povo da Líbia pelas potências piratas que visam a apropriação do petróleo e da importante condição geopolítica do país, atribuem a Gadafi o qualificativo de ‘ditador sanguinário’ que o lobby incutiu mundo afora. Os grandes e verdadeiros terroristas, alguns deles contemplados com o Prêmio Nobel da Paz, são simplesmente esquecidos. Como também o é a lista infindável de benefícios que o Presidente líbio levou não só ao seu povo mas aos de outros países africanos. A prova disso é que, apesar de muito pressionada pelos países que massacram o povo líbio, a Organização dos Países Africanos sempre tem se posto a favor de Gadafi. Abraços, JotaCe

vladimir Lacerda

Isto apenas mostra o quanto vivemos em um mundo hipócrita e o que nós sabemos pelos meios de comunicação é apenas a parte que nos é permitido.Veja que coisa engraçada e não novidade.Os países civilizados do ocidente cooperando escondido com o que eles chamam de brutal ditadura.Por isto querem Kadaf morto.Já pensou se o homem abre a boca.?Todos os mortos mostrados na televisão são contabilizados na conta do regime.Quer dizer dentão que os rebeldes e a Otan estão bombardeando,conquistando territorio sem um único morto.São todos de Kadaf. Esta é a outra mentira da guerra.Tudo de bom ao vencedor.Aos derrotados a forca ou o Tribunal Internacional.

Marcio H Silva

E tem gente que não acredita em filme de ficção.

    JotaCe

    Principalmente os de piratas…

CC.Brega.mim

pode-se ver
que bela amiga é a inglaterra
não se trata de usar e jogar fora.
eles conseguiam as informações sobre os rebeldes
com um alto funcionário do governo líbio
(para ajudá-los, claro)
aliás, parece que era um agente britânico
o tal Musa ou Mussa.
não estamos falando de amizade entre países
mas de espionagem e conspiração
o resultado aí está.

ZePovinho

A maior conspiração que já vi,é a mesma que Paul Craig Roberts já viu também:
http://resistir.info/11set/roberts_24ago11_p.html

O 11 de Setembro dez anos depois
por Paul Craig Roberts

……Seria legítimo pensar que, se um grupo de árabes tivesse conseguido enganar não apenas a CIA e o FBI, mas todas as 16 agências de informação americanas e todas as agências de informação dos nossos aliados, incluindo a Mossad, o Conselho Nacional de Segurança, o Departamento de Estado, a NORAD, a segurança do aeroporto quatro vezes numa manhã, o controlo aéreo, etc, o Presidente, o Congresso e os media gostariam de saber como foi possível que um evento tão improvável se produzisse. Pelo contrário, a Casa Branca mostrou grande resistência a que tal fosse descoberto e tanto o Congresso como os media mostraram um interesse diminuto.

………Não há dúvida de que o 11 de Setembro é um acontecimento determinante. Levou a uma década de guerras em constante expansão, ao espezinhar da Constituição e a um estado policial. No passado dia 22 de Agosto, Justin Raimondo fez saber que ele e o seu sítio web Antiwar.com estavam sob vigilância da Unidade de Análise de Comunicações Electrónicas do FBI no sentido de determinar se o Antiwar.com é "uma ameaça à segurança nacional" a trabalhar "no interesse de uma potência estrangeira".

…..A versão governamental dos acontecimentos de 11 de Setembro é o fundamento de guerras sem fim à vista, que estão a exaurir os recursos dos EUA e a destruir a sua reputação, e é, internamente, o fundamento de um estado policial que irá acabar por calar toda e qualquer oposição à guerra. Os americanos encontram-se reduzidos à versão do 11 de Setembro como ataque terrorista muçulmano porque é ela que justifica o massacre das populações civis em vários países muçulmanos, bem como, internamente, um estado policial apresentado como o único meio de nos proteger dos terroristas, que já se transformaram em "extremistas internos", tais como ambientalistas, grupos de defesa dos direitos dos animais e activistas anti-guerra.

Se hoje os Americanos não estão seguros, não é por causa dos terroristas ou dos extremistas internos, mas sim porque perderam as suas liberdades civis e não têm qualquer protecção contra um inexplicável poder governamental. Seria legítimo pensar que a forma como tudo isto começou seria digna de um debate público e de audiências no Congresso. ……………..

    Marcio H Silva

    Depois de aposentado e com tempo para ler descobri que o Povo americano é o mais oprimido e enganado do mundo. Eles tem uma falsa liberdade e uma falsa democracia, cujo líder é escolhido pela minoria.
    Quanto ao 11S vi muitos filmes no youtube querendo mostrar que o fato foi uma conspiração interna.

    ZePovinho

    Você já ssistiu esse documentário,Marcio???Ele mostra exatamente o que você descobriu e que é negado ao povo saber:
    [youtube hE8gpNdimF0 http://www.youtube.com/watch?v=hE8gpNdimF0 youtube]

    yacov

    Sim, sim, sim!!! O Estado americano foi cooptado por intereses capitalistas que determinaram a total liberdade ao "mercado" e uma camisa de força ao Estado e suas atribuições sociais. E o VÌRUS daespeculação,da exxxxxxperrteza, se espalhou pelo mundo com a globalização dos mercados que a "Internet" nos trouxe. Só que a própria intenet traz o antídoto para essa esbórnia dos "mercados", que é a democratização da informação. A pergunta é: O que vamos fazer sobre isso??? Nada é tão simples assim, ãh?!?

    "O BRASIL PARA TODOS não passa na gloBo – O que passa na glOBo é um braZil para TOLOS"

Francisco

Tédio…

Polengo

Eles eram amiguinhos?
Agora não são mais?

Ai, esse petróleo semeando a discórdia entre os povos…

Fran

A hipocrisia em sua mais pura expressão. Usufruíram do poder do cara,cooperaram com seu governo aniquilando seus opositores e agora,na maior cara de pau estão pousando de benfeitores e de olho no petróleo .Demais isso,dá pra acreditar na salvação da humanidade?!

Operante Livre

As relações internacionais sempre foram muito parecidas com as conjugais.
O melhor é encontrar a distância adequada e ter sempre a certeza de que a investida deles virá em algum tempo.
Podemos conversar e trocar promessas, mas sempre certos de que não são confiáveis, de que mudam de amores rapidamente e de que o divórcio acaba em muito sangue. Pior, a pensão é sempre deles que nos engordam feito porcos para nos matar um dia. Só não podemos deixar que eles saibam que nós sabemos como eles são. Precisamos fingir que somos bons amigos. É a selva de sempre. Não era imaginável que os vitimados pelo holocausto construiriam campo de concentração. Prefiro crer que esta na é a natureza humana e sim a má-formação de alguns animais que se esparramam por todo o mundo, independente de cor, etnia, religião. A maldade não precisa de motivos, apenas de ser o que é.

Paulo

Isto serve para mostrar as viuvinhas brasileiras do Kadafi que ele não vale nada mesmo e que se as potências ocidentais resolveram apoiar os rebeldes não foi devido a uma insatisfação com o ditador mas sim por terem visto que o fim dele era inevitável e era melhor apoiar os rebeldes do que deixar eles somente sobre influencia do islamismo fundamentalista.

    Silvio I

    Paulo:
    O Islamismo fundamentalista, e um pretexto, porque os EUA hoje em dia, também são fundamentalistas. Sempre se coloca a Deus de por meio, se está defendendo um Deus. Agora pergunto quantos Deuses existem. O problema se chama petróleo, e do bom, fácil de refinar.Você está enganado em vosso ponto de vista, o melhor de apreciação. Kadafi nunca seria derrotado pelos rebeldes. E si isto tem ocorrido e por a intervenção da OTAN, com a mentira deslavada do guarda chuva aberto, pela ONU para justificar, o ataque feito, pelos EUA, Francia, Inglaterra e Itália. Kadafi sempre foi um ditador sanguinário, mais estes países estavam de mãos dadas com ele. Como começou um problema, em todo o norte da África estas potenciam se quer apoderar, não sô do petróleo, si não da posição estratégica que tem a Líbia, no Mediterrâneo. Observe que de esta posição, agora podem pressionar a Tunísia, e a Egito, em caso de algum problema, com Israel. Israel e o braço armado, dos EUA no Meio Oriente.

    yacov

    Pensei que essa discussão estava encerrada. O Metafísico é sempre"ad hoc", construído para justificar uma ação violenta, uma hegemonia sócio-conômida. "Ao vencedor as batatas"…

    "O BRASIL PARA TODOS não passa na gloBo – O que passa na glOBo é um braZil para TOLOS"

FrancoAtirador

.
.
E eu continuo a me perguntar:

ATÉ QUANDO OS POVOS DO MUNDO INTEIRO

SERÃO SUBJUGADOS POR ESTES GENOCIDAS

DA ORGANIZAÇÃO TERRORISTA ANGLO-SAXÃ ?
.
.

    rodrigo.aft

    fala Franco, bão?

    e eu continuo a me perguntar…. seria anglo-saxônica?

    td d bom!

    (como vc costuma dizer, "um abraço libertário!")

    FrancoAtirador

    .
    .
    ESTUDO DIZ QUE ANGLO-SAXÕES PROMOVERAM APARTHEID

    Os anglo-saxões que conquistaram a Inglaterra no século V criaram um sistema de apartheid que lhes possibilitou controlar e dominar a maioria britânica, sustenta um estudo genético que será publicado nesta quarta feira.
    Segundo cientistas, em menos de 15 gerações, mais da metade da população da Inglaterra tinha genes dos invasores. "Os bretões nativos foram geneticamente e culturalmente absorvidos pelos anglo-saxões durante um período de algumas centenas de anos", afirma Mark Thomas, um biólogo da Universidade College de Londres.

    "Uma inicialmente pequena elite anglo-saxã poderia ter rapidamente se estabelecido ao ter mais filhos que sobreviveram à idade adulta, graças a seu poderio militar e vantagem econômica", explica. "Nós acreditamos que eles também evitaram os genes dos britânicos nativos de entrar na população anglo-saxã ao restringir os casamentos inter-raciais em um sistema de apartheid que deixou o país culturalmente e geneticamente germanizado", acrescenta.

    "Isto é o que vemos hoje: uma população de ampla origem genética germânica, falando uma língua essencialmente germânica", continua. Thomas acredita que o estudo, publicado no jornal especializado britânico Proceedings of the Royal Society B, responde questões-chave sobre um dos pontos decisivos da história européia.

    Os anglo-saxões – tribos germânicas que viveram nos atuais Alemanha, norte da Holanda e Dinamarca – invadiram a Grã-Bretanha em 450 d.C., depois da queda do Império Romano. Eles conquistaram a Inglaterra, mas não conseguiram penetrar as franjas celtas onde hoje se situam Gales e Escócia. Coincidentemente, incitaram um êxodo de bretões para onde hoje é a Bretanha, na França.

    A população da Inglaterra na época era de provavelmente dois milhões de habitantes, enquanto o número de anglo-saxões era minúsculo: a menor estimativa estabelece o número de imigrantes em menos de 10 mil cerca de 200 anos após a invasão, embora outros o calculem em mais de 100 mil.

    Como tal minoria pode ter dominado um país de forma tão enfática? Como pode ter marginalizado a assimilação da maioria britânica e impor sua língua, leis, economia e cultura, cuja marca é visível atualmente? A resposta, sugerem Thomas e seus colegas, é uma "estrutura social de apartheid", que preservou os anglo-saxões como os mestres e os nativos britânicos (chamados "Welshmen", galeses em inglês, originada da palavra germânica para escravo) como os servos.< p> A evidência disto aparece em textos antigos, inclusive nas leis de Ine, o soberano de Wessex no fim do século VII, um reino anglo-saxão no oeste da Inglaterra. Ine estabeleceu os pagamentos de "wergild", indenização paga pela família do assassino à da vítima a fim de evitar uma vingança de sangue.

    Se um anglo-saxão fosse morto, o "wergild" era de duas a cinco vezes superior à multa paga pela vida de um galês de status semelhante. Os locais de sepultamento também fornecem um indício sobre a disparidade sócio-econômica entre bretões e anglo-saxões.

    Restos de esqueletos de homens supostamente anglo-saxões são freqüentemente encontrados junto de uma arma e outros artefatos preciosos, enquanto os dos nativos bretões são freqüentemente encontrados sem armas e com apenas um ou dois objetos.

    Em um trabalho prévio, a equipe de Thomas comparou o "gene pool" (reservatório de genes) entre ingleses nativos brancos na região central da Inglaterra atual e similares nas terras ancestrais dos anglo-saxões.

    Eles descobriram que os dois grupos partilharam entre 50% e 100% de variações indicativas no cromossomo sexual masculino Y. No estudo mais recente, ele usou simulações de computador para tentar explicar como a segregação pode ter possibilitado aos anglo-saxões florescer, enquanto os bretões encolhiam.

    O modelo de computador usa vários cenários relativos ao tamanho da afluência de imigração, diferentes taxas de casamentos inter-raciais e a vantagem reprodutiva dos anglo-saxões, com mais riquezas e recursos.

    Hoje, o apartheid é mais conhecido pela notória segregação racial que prevaleceu na África do Sul de minoria branca. Mas os autores afirmam que há muitos outros exemplos na história em que os conquistadores ou colonizadores usaram este tipo de controle para evitar a assimilação, alimentar sua identidade e manter sua supremacia política, militar ou econômica sobre a maioria étnica.

    Na época do rei Alfred, o Grande, no século IX, as diferenças no status legal entre os anglo-saxões e os bretões feneceu inteiramente. Dois séculos depois, os normandos invadiram a Inglaterra e impuseram seu próprio apartheid, atribuindo a si próprios um status legal maior que o dos bretões e permitindo aos normandos se casar com mulheres nativas, mas evitando que os nativos se casassem com mulheres normandas.

    18 de julho de 2006
    AFP via Porta Terra

    Silvio I

    FrancoAtirador:
    E muito fácil de contestar a vossa pergunta.Ate que um rato, tenha o coragem de colocar o sininho no gato.

    FrancoAtirador

    .
    .
    Camarada Silvio I.

    Usted quisiera decir:

    COJONES.

    Es lo que falta a los políticos del mundo.
    .
    .
    Raras excepciónes son los Comandantes Chavez y Fidel.

    Por eso los bendigo:

    Arriba el Comandante Chavez!

    Viva el Comandante Fidel!
    .
    .

Marcelo de Matos

Está explicado o motivo de Obama dizer que ia acabar com as torturas em Guatanamo. Eles têm a Líbia, a Albânia, a Espanha e outros países amigos para isso.

Julio Silveira

São todos muito zelosos do direito internacional e dos direitos humanos.

Heber Santiago Ayala

Nao e novedade que as grandes potencias dem apoio a cualquer ditador até o momento em que nao precisem mais dele, o até que ja nao se importem por negocio algum no pais dele. E por todos conhecido que O General Noriega fazía o que quería no Panamá, até traficar drogas, pelo simple fato de atuar como agente da CIA, ate ser considerado ja um inutil para a causa. Y levaram ele preso. Aqui desde Paraguay me pergunto, cual e o plano americano para o Brasil com relaçao á sua grande reserva de petróleo do presal? Será que tambem um día poderán "descobrir" que o Brasil era um "albergue de terroristas", ou que posui "armas químicas" para se lánçar á se apropriar do seu petróleo? E bom o país se preparar para isso.

    Silvio I

    Heber Santiago Ayala:
    Totalmente de acordo. Se tem muitas riqueza para se defender.

Carlos Cruz

A reportagem mostra que os interesses são quem comandam a politica dos EUA e Europa. Gaddafi foi simplesmente regurgitado quando não mais importante para os interesses dos "donos do mundo". Assim deve ser compreendida a política estaduniense e europeia para o resto do mundo. Interesses e nada mais. Só o respeitavam quando possuia armas de destruição em massa, e devemos estar atentos a isso. O Brasil precisa de uma Armada poderosa e ser detentor de armas nucleares.

    EUNAOSABIA

    Interessante.

    Armada poderosa? sei.

    Daniel

    A Espanha é menor do que o Brasil e já teve uma Armada (perdeu em Trafalgar, mas são outros quinhentos), o que há de impossível nisto?

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