Fátima Oliveira aconselha Dilma a sugerir a Temer a leitura de “O Pequeno Príncipe”

Tempo de leitura: 3 min

Do tempo em que ler “O Pequeno Príncipe” era obrigação

por Fátima Oliveira, no Jornal OTEMPO
médica – [email protected]

Quando eu era adolescente, a resposta clássica a qualquer entrevista de uma candidata a miss que se prezasse – o concurso de Miss Brasil arrastava multidões e tinha prestígio – é que “O Pequeno Príncipe” era o seu livro de cabeceira! Nem pensar numa miss que não lera o célebre livro de Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944), piloto da Segunda Guerra Mundial, escritor e ilustrador francês, que aos 44 anos, pilotando um avião militar, foi abatido pelos alemães, num voo de reconhecimento entre Grenoble e Annecy, na França. Era julho de 1944. Em 2004, os destroços de seu avião foram encontrados na costa de Marselha.

As aspirantes a miss banalizaram um livro, literária e filosoficamente, precioso, cuja leitura era obrigatória em meu tempo de ginasiana. É rara a pessoa com menos de 30 anos que o leu. No máximo conhece algumas de suas belas e filosóficas frases que pululam na web. Já faz tanto tempo em que crianças e jovens liam Saint-Exupéry por obrigação e depois se encantavam com ele para sempre. Em geral, quando falo sobre o tema, ouço: “É a nova! Do tempo em que era obrigatória a leitura de O Pequeno Príncipe !”.

Lamento que não seja mais. Por vários motivos. Um deles é que “O Pequeno Príncipe” é uma alegoria em prosa-poema sobre a amizade e a transcendência dela; sobre a sofrença e o encanto do amor e seu entorno filosófico; e nos ensina o valor da ética da responsabilidade e das coisas que não estão à vista, mas no horizonte: “O que torna belo um deserto é que ele esconde um poço em algum lugar”. Outra razão, é que livros como ele são companhias prazerosas e enriquecedoras a qualquer momento. É engano considerá-lo piegas, apesar de que pieguice tem serventia e hora – nem sempre é coisa boba, condenável ou execrável, podendo, inclusive, ser terapêutica.

“O Pequeno Príncipe” expressa uma visão de mundo decente e nele há insumos que se prestam com propriedade para adoção no cenário da política. Alguns cabem como uma luva para a conjuntura política brasileira. Se eu fosse conselheira da presidente Dilma Rousseff diria que ela deveria sugerir ao vice-presidente Michel Temer sessões de biblioterapia – o livro como recurso terapêutico – para o PMDB, usando “O Pequeno Príncipe”, com convites extensivos a alguns parlamentares e ministros do PT e da “base aliada”. No momento, é a única vereda que vislumbro para dar algum lustro ético ao PMDB e dotá-lo de sensibilidade para minorar a petulância partidária e estimular o amor ao povo brasileiro. O que pode ser aprendido com os diálogos da raposa com o Pequeno Príncipe: “Para enxergar claro, basta mudar a direção do olhar”, e que “só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos”.

Sempre que releio “O Pequeno Príncipe” descubro algo arrebatador. Nunca deixo de ler a dedicatória: “Peço perdão às crianças por dedicar este livro a uma pessoa grande/ Tenho uma desculpa séria: essa pessoa grande é o melhor amigo que possuo no mundo./ Tenho uma outra desculpa: essa pessoa grande é capaz de compreender todas as coisas, até mesmo os livros de criança./ Tenho ainda uma terceira: essa pessoa grande mora na França, e ela tem fome e frio. Ela precisa de consolo. Se todas essas desculpas não bastam, eu dedico então esse livro à criança que essa pessoa grande já foi./ Todas as pessoas grandes foram um dia crianças. (Mas poucas se lembram disso)./ Corrijo, portanto, a dedicatória: A Léon Werth, quando ele era pequenino”.

Ninguém lê “O Pequeno Príncipe” e continua a mesma pessoa.

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Comentários

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Elizabeth F. Jardim

O meu entendimento é um pouco diverso de muitos comentários. Fátima Oliveira sugeriu sessões de biblioterapia para o PMDB, tendo o livro O Pequeno Príncipe como o material básico da terapia sugerida. E justificou porque deveria ser aquel livro o mais adequado para o caso. De acordo com as justificativas da autora.
O que ela fez é bem diferente do que arrotam alguns comentários, sugerindo livro esse e livro aquele. Nem todo material literário se presta ou é adequado para biblioterapia. Portanto sugiro ao pitaqueiso que avancem menos sobre uam área que desconhecem.
Em que pese a bi blioterapia ser pouco conehcida, os seus resultados são importantes. Solicito ao editor deste site que, se possível, aborde o assunto (biblioterapia) em alguma matéria, entendendo que "biblioterapia pode ser aplicada tanto num processo de desenvolvimento pessoal, educacional, como num processo clínico-terapêutico."
No momento sugiro aos leitores a leitura de
Biblioterapia – a leitura dirigida como indutor da mudança http://pt.shvoong.com/books/1928576-biblioterapia

Kayk Oliveira

O Pequeno Principe ele vai adorar, afinal, se Dilma manda ele Temer isso!!!
ps: deve ser lido longe do espelho, fica mais suave e evita-se o espanto, a final espelhos multiplicam os homens, e desta especie que medo… opa, Borges.

Princípe

Tem gente que não pode levar o Pequeno Príncipe para casa, pode ser destronado.

Wilma

Que interpretação belíssima do livro, Dra. Fátima!!!!

SILOÉ

Depende muito de cada um, aposto que o livro de cabeceira do Temer é "O retrato de Dorian Gray".

rita

o" Menino do Dedo Verde" é lindo. um garotinho que vive no nosso tempo, a era da poluição, da guerra, dos desentendimentos, dos presos, dos doentes, dos pobres, dos deserdados pelo o capitalismo. e ele tem um talento especial para mudar esses conflitos de todos os dias. o sonho é o de transformar o mundo dos homens em algo melhor de se viver. o" pequeno principe" eu assisti o filme primeiro. achei lindo, mas triste. eu tinha dez anos de idade. muito tempo depois eu li o livro. na verdade, os dois livros são leituras obrigaórias.

tiago tobias

O pessoal do PMDB lê O pequeno Sarney…"você se torna responsável por aquilo que corrompe."

    antonio

    Verdade, Tiago… Outro livro que o pessoal do PMDB lê de autoria do Sarney é "O Dono do Mar(anhão)".

rita

eu já prefiro "o menino do dedo verde".

Luci

Dra. Fátima Oliveira, maravilhosa.
Acredito que Pequeno Princípe seria negociado.

Daniela V. Bacelar

Aproveitando apalavra "danisco", usada pelo Morvan em um dos seus comentários, quero dizer que essa Fátima Oliveira, eita mulher danisca! Setanejona arretada, sem papas na língua, faladeira, parece que bebeu água de badalo… Gosto! A crônica é uma peça política arretada. Espero que Dilma leia. E no duro, ganhe Michjel Temer para mandar esse povod ela fazer biblioterapia, ainda muito desconhecida no Brasil, é uma terapia de uito sucesso. A indicação de Fátima Oliveira é, ao mesmo tempo médica e política

Maria Antônia

Fátima Oliveira arrebentou a boca do balão! Lindo o texto e bela a lembrança de Saint -Exupéry como simbolismode um mundo decente, guiado pela ética da responsabilidade. E muito mais, o resgate do Pequeno Príncie para o embate político

Clarindo

Velho PMDB… Este nunca foi criança!!!

O_Brasileiro

Acho que se poderia sugerir a leitura também àqueles que VOTAM no PMDB!

Fernando

Se não fosse o PMDB o governo Lula teria sido engolido no Congresso pelo demotucanato, e talvez até golpeado.

É a parceria com o PMDB que garante a governabilidade, o PAC e o Bolsa Família.

Não quer aliança vai pro PSOL. O povo votou na chapa Dilma-Temer para o Brasil seguir mudando.

    Marcelo de Matos

    Boa Fernando. Além do Pequeno Principe, muita gente está precisando ler "A doença infantil do esquerdismo no comunismo", de Vladimir Ilitch Ulianov, o popular Lenin.

Gustavo Pamplona

Sei que isto é meio irrelevante mas não somente li o livro, na realidade a escola tinha me obrigado naquelas aulas de literatura (sabem como é) como também cheguei a assistir o desenho animado intitulado "As Aventuras do Pequeno Príncipe" que se não me engano passou no SBT.
http://pt.wikipedia.org/wiki/As_Aventuras_do_Pequ

    Ricardo

    Tá, já falou, mas e aí?

    Gustavo Pamplona

    Não tem "aí"… Achei que tinha dado um "pau" no navegador na hora em que mandei o comentário, esperei umas 3 horas, não apareceu e acabei mandando de novo.

Marcelo de Matos

Pesquisa de 2008 aponta que as mulheres leem mais que os homens. Mas, não fiquem convencidas. O livro mais lido é a Bíblia, seguido pelo Sítio do Pica Pau Amarelo e por obras de Paulo Coelho. Entre nossas musas, Luana Piovani diz já ter lido O evangelho segundo Jesus Cristo. Ivete Sangalo diz que não costuma ler. E as meninas aqui do blog, o que é que já leram?

    Elza

    Marcelo, só uma pequena amosta do q/ já li: A Profecia Celestina, A Décima Profecia, O Pequeno Príncipe, Sociedade Quântica, Qem Somos Nós, O Poder Oculto do Coração, ah este recomendo tbm p/ o PMDB, além do Pequeno Príncipe recomendado pela Drª Fátima Oliveira, Confúcio A milenar arte chinesa da Gestão….

    Marcelo de Matos

    Elza, eu só quis fazer uma provocação. Não leve a sério. Vejo que você gosta mais da linha espiritualista, se podemos dizer assim. Eu gosto de Sartre, Albert Camus, Saramago, Gabriel Garcia Marques, Machado de Assis, Graciliano Ramos, etc. Um abraço.

Roberto Locatelli

Para Temer sugiro "As Veias Abertas da América Latina" do uruguaio Eduardo Galeano. Mas duvido que ele vá se sensibilizar…

Para Dilma e o PT, sugiro "A Revolução Permanente", de Trotsky, para que o PT rompa com esse paradigma de fazer eternas alianças com o famigerado PMDB, tudo por causa da tal "governabilidade".

    Marcelo de Matos

    Para Temer sugiro obra mais espicaçante, para que ele se mantenha alerta com relação ao golpismo. Que tal "Marimbondos de Fogo", de seu correligionário, imortal e indefectível José Sarney?

Luis

O que falta para muitos políticos de todos os partidos não é livrinho bonitinho, é cadeia bem escura e feia.

Luis

Doutora, leia para o seu próprio benefício "Puer Aeternus: Um Estudo Psicológico do Esforço Adulto e o Paraíso da Infância", da também doutora Marie-Louise von Franz.

    Fátima Oliveira

    Prezado Luiz, a analista junguiana Maire-Louise von Franz pesquisou e escreveu sobre o arquétipo da juventude eterna (puer aeternus) e cita como exmplos Peter Pan e O Pequeno Príncipe.
    Ora, Peter Pan era mesmo um menino que não queria crescer (ponto para Marie-Louise von Franz, mas o Pequeno Príncipe era apenas uma criança sem tais complicações que, inclusive na historia não estavam posta para eles. De qualquer modo, obrigada pela atenção, pela leitura e pelos comentários.

    Luis

    Personagens possuem a projeção "esseral" de quem os cria mas não existência física própria. Escrito porque a obviedade não me pareceu tão óbvia quanto visitas ao São Google. Tudo bem, mas para mudar o Temer eu não creio em nenhuma terapia comum.

Depaula

O LIVRO DAS MISSES
O livro “Pequeno Principe” sempre foi piada quando se trata de misses no mundo todo. Em algum momento surgiu este estigma para as candidatas, alguma deve ter falado, ou sido orientada a falar.
Realmente Saint-Exupéry quando escreveu sua obra, o fez para crianças, mas o texto é cheio de revelações, de reflexões sobre a infância. É uma obra adulta, e compreende-la faz do leitor um ser inteligente.
http://eleojamal.blogspot.com/2009/10/o-livro-das

    Fernando

    Gerson, ebulições eleitorais à parte, Lula não fez a reforma agrária e prometeu fazê-la, Lula se serviu do discurso ambiental em várias campanhas e feriu drasticamente o licenciamento ambiental em seu governo. Lula com todos os avanços que conseguiu fazer , náo conseguiu transpôr algo que seria essencial para esquerda, quebrar o mito do desenvolvimento econômico e do progresso. Lula foi um presidente urbano do ABC paulista, logo náo procede ir muito além do título que você sugeriu: O pequeno operário que foi o melhor presidente, mas foi pequeno em pensar que o ABC paulista é o melhor dos mundos.

Gustavo Pamplona

Sei que isto é meio irrelevante mas não somente li o livro, na realidade a escola tinha me obrigado naquelas aulas de literatura (sabem como é) como também cheguei a assistir o desenho animado intitulado "As Aventuras do Pequeno Príncipe" que se não me engano passou no SBT.
http://pt.wikipedia.org/wiki/As_Aventuras_do_Pequ

Mônica

Acho que o PMDB até leria o Pequeno Príncipe e se mostraria mais inspirado politicamente desde que…antes houvesse uma "negociação".
Gersão, tô contigo…também tenho saudade dessa época e não tenho vergonha nenhuma disso. Acredito piamente que isso não me faz uma pessoa menor. Ao contrário, gosto das novidades dos dias de hoje, são bem vindas, mas gosto também de ter minha referências.

Nilva

É muito otimismo achar que o PMDB e a base aliada vai introjetar algum tipo de filosofia que não seja a da Lei de Gérson. A Dilma é que terá que tomar um choque de realidade pra saber lidar com esta espécie de gente. Eles são como a Gabriela, nasceram assim, cresceram assim e serão sempre assim.

fernandoeudonatelo

O que falta para o PMDB não é "O Pequeno Príncipe", mas o "Manual da Cidadania".

Pro PT, sugiro a leitura de "Sem Coragem, não há glória" (No Guts, no Glory).

Pro PSDB sugiro a leitura da Bíblia Sagrada, precisam de Salvação.

Cleuza Araújo

Em Belo Horizonte, o prefeito quer licitar a Feira Hippie, mas defende os taxistas, ou melhor as empresas de táxis e até obras “emergenciais”, sem licitação no Anel Rodoviário. Sobre estas coisas vale dar uma passada de olhos no site http://feirahippie.com.

Marco Túlio

Belíssimo texto da Sra. Fátima Oliveira. Parabéns mesmo.
Contudo, e minhas escusas pelo ceticismo, lembrei-me de um ditado: "não tente ensinar porco a assobiar; você só perde tempo e chateia o porco".

Miss

Que preconceito contra as misses!!!!!

    Depaula

    Não é preconceito querida Miss. Era a realidade da época. Não pegava bem uma miss que não tivesse lido O pequeno Príncipe, que já era uma obra-prima da literatura universal nos anos 1960, até 1980, por aí. No entanto, perguntasse a maioria como era o livro que elas só sbaiam repetir: TU TE TORNAS ETERNAMENTE RESPONSÁVEL POR AQUILO QUE CATIVAS, rsrsrrsrsrsr

Fátima Oliveira

COMENTÁRIO DE MINHA FILHA LÍVIA, em O TEMPO

Muito bom! Detalhe: Eu li O Pequeno Príncipe…rs! Vou guardar essa para a Clarinha, pois na nossa família ler O Pequeno Príncipe continua obrigatório e lendo essa crônica ela entederá perfeitamente porque…rs! Bjos vovó!
08/02/2011 – 09h29
Lívia Oliveira
São Luís-MA

Armando do Prado

As misses conseguiram avacalhar com o bom livro, pelas não leituras literais que faziam. Bom texto.

Geysa Guimarães

Tem razão a dra. Fátima, O Pequeno Príncipe é um manual de vida.
Mas não me lembro de ele ter sibo obrigatório na escola. Era moda, e quem não o tivesse lido, "por fora". Os intelectualóides tentaram desclassificá-lo colando-o às misses, mas é profundo – filosofia tratada de forma poética.

Quanto a ser lido pelos peemedebistas e provocar mudanças, é otimismo demais. No próprio livro, se não me falha a memória, há uma passagem da raposa e das galinhas que ilustra bem essa impossibilidade de remição.

    Polengo

    Saudades da época em que ler um livro bom era moda.

    Geysa Guimarães

    Pois é, Polengo. A moda agora é assistir BBB. Arre!
    Ou ler a Bíblia sem ter um mínimo de alfabetização, e se achar o sabichão divino.

Vera Silva

Fátima,
Este trecho do post define tudo: "“O Pequeno Príncipe” é uma alegoria em prosa-poema sobre a amizade e a transcendência dela; sobre a sofrença e o encanto do amor e seu entorno filosófico; e nos ensina o valor da ética da responsabilidade e das coisas que não estão à vista, mas no horizonte: “O que torna belo um deserto é que ele esconde um poço em algum lugar”. Outra razão, é que livros como ele são companhias prazerosas e enriquecedoras a qualquer momento. É engano considerá-lo piegas, apesar de que pieguice tem serventia e hora – nem sempre é coisa boba, condenável ou execrável, podendo, inclusive, ser terapêutica."
O PMDB e as esquerdas precisam disto urgentemente. Política sem amor não é política.
A lógica sem emoção é a tônica deste século. Vamos acabar nos tornando computadores.

Maria Lucia

Oi, Fátima
Grande texto e grande idéia!
Não sei que idade tens. Porque a idade é importante? Porque houve um momento, lá pelos anos 60, que não era "de esquerda" ler e, muito menos, gostar do Pequeno Príncipe. Era equivalente ao pecado mortal para os católicos.
Não sei se viveste estes tempos…
Proponho uma campanha: " Políticos, leiam o Pequeno Príncipe!". Que tal???? Seria, no mínimo, divertido.
Abraço
p.s. acho que as misses diziam que gostavam porque todas nós gostávamos.

Eudes H. Travassos

Que post adorável!

Marcelo de Matos

Após um mês veraneando (literalmente) acesso o Vi o mundo e constato o que já esperava: há uma conspiração do silêncio contra Dilma. Na praia pouco liguei a televisão e não li jornais. Conversando com o pedreiro (a rádio peão), porém, certifiquei-me do que acontecia. Seu Marcelo, o senhor notou que ninguém fala da Dilma? Será que ela está fazendo alguma coisa? Com o mau humor de uma manhã de segunda-feira, depois de muitas bramas, respondi – Está fazendo sim, mas, a mídia não conta porque não gosta dela. Algumas instituições, como a sua Assembléia de Deus, também não gostam. O assunto morreu aí. Hoje assisti ao Bom Dia Brasil e a dupla de renatos falou de amenidades: queijos, chocolates. A Renata terminou o programa com o tradicional – Uma ótima terça-feira para vocês. A gente se vê amanhã. E o Vi o mundo? Quosque tu, Fátima? O pequeno príncipe? Ó céus. Acho que vou dar uma passada pelo blog do Noblat. Lá ele sempre encarta poesias românticas: “Infância que sorte cega/Que ventania cruel/Que enxurrada te carrega/Meu barquinho de papel”

    abstêmio

    Corta as Brahma Marcelo…

    Ronaldo

    Quer ler sobre a Dilma?

    Está difícil mesmo. Até o Reinaldinho Cabeção, ou seja, o Sr. José R. A. Silva, primo do Lula, não está encontrando o que escrever sobre a Dilma no seu besteirol.

    Isto é bom? Não sei.

Morvan

Bom dia. Fátima, obrigado pelo belo texto.
Á guisa de sugestão de leitura, e não especificamente para o PMDB, sugiro "Quando Eu Voltar a Ser Criança", de Janusz Korczak, uma das mais belas obras à qual me dei o luxo de ler.

Uma bela e densa aventura por dentro do universo mágico de um adulto que amava e lutou à morte pelos direitos das crianças.

Morvan, Usuário Linux #433640

Remindo Sauim

Niguém poderia escrever O Pequeno Operário?

    Gerson Carneiro

    Tá falando do Lulão? Não existe "o pequeno operário". Lulão é o maior.

    Depaula

    E por que não você? Mãos à obra meu filho, deixe de picuinhas à-toa rsrsrsrsrs
    A autora fala de um clássico da literatura universal. Escrito por alguém que poderia ter ficado em seu cantinho da nobreza francesa, mas não! Serviu à humanidade, com destemor, num momento em que ela muito precisava de pessoas corajosas.
    Remindo, será que poderia ser menos sectário e abrir a sua cabeça para o mundo e a humanidade? O artigo de Fátima Oliveira, além de poético é uma peça de inspiração política d eprimeira qualidade em defesa da presidenta Dilma Rousseff, ao cerco desavergonhado e antiético que o PMDB e seus assemelhados estão fazendo á presidenta, em nme da ganância pessoal de alguns, logo, contra o Brasil.

Gerson Carneiro

Fala-se que até Michael Jackson inspirou-se no filme "O Pequeno Príncipe" de onde tirou vários passos de suas danças ao observar os movimentos sinuosos da cobra.

Sobre essa época maravilhosa tudo era melhor. Até os desenhos animados, Os Smurfs, He-Man, Tarzan, Ursinhos Gummy, Faísca e Fumaça… As músicas, cantores e grupos musicais eram melhores. Enfim… época de ouro que se foi.

    Klaus

    Aquela época não era melhor, nós é que éramos mais jovens.

    Gerson Carneiro

    Preservei minha capacidade de avaliação e digo: aquela época era melhor sim.

    Morvan

    Gerson, dizer que aquela época era melhor é tão subjetivo como nossos (quem ainda os tem) avós dizerem: bons tempos, aqueles… Aqueles bons tempos dos nossos avós: geladeira a querosene (para quem era muiiiito rico), fogão a lenha, estradas carroçais, comunicação era apenas um conceito (os mais avançados conheciam um bicho "danisco" chamado rádio, o qual "falava como gente e cantava músicas", ter que ir "ver" água a, pelo menos, meio quilômetro…
    O conceito de época mais feliz ou menos feliz parece atavicamente ligado a uma palavrinha que só existe em português: saudade! Ou, como dizem os caboverdenses, "sodade".
    Tempo feliz era o tempo em que os anos ainda eram verdes e não havia, ainda, o sépia da consciência…

    Morvan, Usuário Linux #433640

    Gerson Carneiro

    "Tempo feliz era o tempo em que os anos ainda eram verdes e não havia, ainda, o sépia da consciência… "

    Alegra-me que Morvan acabou por reiterar a minha defesa. Não sei se utilizando ou não o "sépia da consciência".

    Clarindo

    É, Morvan… Os "bons tempos" são construções do coração. O que nos é longe, quase sempre nos parece bom, ou até melhores do quê o que está perto. Depois que nos curamos da ferida provocada pela queda; quando não dói mais, a gente lembra mesmo só do sentimento de liberdade que nos fez correr e tropeçar… O resto é "sodade".

    Gustavo Pamplona

    É Gargamel (*)… depois dessa eu agora conclui que você não teve infância. Eu tinha te perguntado isto antes por aqui e você tinha negado mas sei como são as coisas… ;-)

    Eu também assisti muitos desenhos animados da década de 80 e adorava a extinta TV Manchete já que era paticamente a única que passava aqueles "tokusatsus" e "sentais" além que ela foi a primeira a passar animes japoneses.

    Mas saudade ou nostalgia com aquilo? Eu? Jamais!!!

    (*) Eu jamais rotulo as pessoas mas o Gerson tinha começado a me chamar de "Smurf Ogênio" então decidi chamá-lo de Gargamel

    Gerson Carneiro

    Smurf Ogênio,

    Adoro que me chamas de "Gargamel"..

    Você está correto: eu não "tive" infância. Eu TENHO infância.
    E tenha certeza Smurf: ninguém irá roubá-la de mim.

    Marcus Godinho

    Não acho que nada disso era melhor do que o que temos hoje. Apenas éramos mais ignorantes. Hoje a informação está disponível para todas as crianças, para o bem ou para o mal. Antes, éramos massificados com os mesmos produtos (vide essa identidade que sempre se encontra sobre hábitos e preferências das pessoas com mais de 30).

    Os jovens hoje são mais desiludidos, descompromissados e despolitizados, é verdade; mas, também, são mais informados e bem mais heterogêneos do que éramos. Nosso dever, enquanto tutores dessa geração, é orientar o potencial desse acesso à informação para coisas construtivas.

    Nós, infelizmente, em geral não tivemos sequer essa opção…

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