05/01/2011
As duas referências mais importantes para a compreensão do mundo contemporâneo são o capitalismo e o imperialismo.
A natureza das sociedades contemporâneas é capitalista. Estão assentadas na separação entre o capital e a força de trabalho, com aquela explorando a esta, para a acumulação de capital. Isto é, os trabalhadores dispõem apenas de sua capacidade de trabalho, produzir riqueza, sem os meios para poder materializá-la. Tem assim que se submeter a vender sua força de trabalho aos que possuem esses meios – os capitalistas -, que podem viver explorando o trabalho alheio e enriquecendo-se com essa exploração.
Para que fosse possível, o capitalismo precisou que os meios de produção –na sua origem, basicamente a terra – e a força de trabalho, pudessem ser compradas e vendidas. Daí a luta inicial pela transformação da terra em mercadoria, livrando-a do tipo de propriedade feudal. E o fim da escravidão, para que a força de trabalho pudesse ser comprada. Foram essas condições iniciais – junto com a exploração das colônias – que constituíram o chamado processo de acumulação originária do capitalismo, que gerou as condições que tornaram possível sua existência e sua multiplicação a partir do processo de acumulação de capital.
O capitalismo busca a produção e a comercialização de riquezas orientada pelo lucro e não pela necessidade das pessoas. Isto é, o capitalista dirige seus investimentos não conforme o que as pessoas precisam, o que falta na sociedade, mas pela busca do que dá mais lucro.
O capitalista remunera o trabalhador pelo que ele precisa para sobreviver – o mínimo indispensável à sobrevivência -, mas retira da sua força de trabalho o que ele consegue, isto é, conforme sua produtividade, que não está relacionada com o salário pago, que atende àquele critério da reprodução simples da força de trabalho, para que o trabalhador continue em condições de produzir riqueza para o capitalista. Vai se acumulando assim um montante de riquezas não remuneradas pelo capitalista ao trabalhador – que Marx chama de mais valia ou mais valor – e que vai permitindo ao capitalista acumular riquezas – sob a forma de dinheiro ou de terras ou de fábricas ou sob outra forma que lhe permite acumular cada vez mais capital -, enquanto o trabalhador – que produz todas as riquezas que existem – apenas sobrevive.
O capitalista acumula riqueza pelo que o trabalhador produz e não é remunerado. Ela vem portanto do gasto no pagamento de salários, que traz embutida a mais valia. Mas o capitalista, para produzir riquezas, tem que investir também em outros itens, como fábricas, máquinas, tecnologia entre outros. Este gasto tende a aumentar cada vez mais proporcionalmente ao que ele gasta em salários, pelo peso que as máquinas e tecnologias vão adquirindo cada vez mais, até para poder produzir em escala cada vez mais ampla e diminuir relativamente o custo de cada produto. Assim, o capitalista ganha na massa de produtos, porque em cada mercadoria produzida há sempre proporcionalmente menos peso da força de trabalho e, portanto, da mais valia – que é o que lhe permite acumular capital.
Por isso o capitalista está sempre buscando ampliar sua produção, para ganhar na competição, pela escala de produção e porque ganha na massa de mercadorias produzidas. Daí vem o caráter sempre expansivo do capitalismo, seu dinamismo, mobilizado pela busca incessante de lucros.
Mas essa tendência expansiva do capitalismo não é linear, porque o que é produzido precisa ser consumido para que o capitalista receba mais dinheiro e possa reinvestir uma parte, consumir outra, e dar sequência ao processo de acumulação de capital. Porém, como remunera os trabalhadores pelo mínimo indispensável à sobrevivência, a produção tende a expandir-se mais do que a capacidade de consumo da sociedade – concentrada nas camadas mais ricas, insuficiente para dar conta do ritmo de expansão da produção.
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Por isso o capitalismo tem nas crises – de superprodução ou de subconsumo, como se queira chamá-las – um mecanismo essencial. O desequilíbrio entre a oferta e a procura é a expressão, na superfície, das contradições profundas do capitalismo, da sua incapacidade de gerar demanda correspondente à expansão da oferta.
As crises revelam a essência da irracionalidade do capitalismo: porque há excesso de produção ou falta de consumo se destróem mercadorias e empregos, se fecham empresas, agudizando os problemas. Até que o mercado “se depura”, derrotando os que competiam em piores condições – tanto empresas, como trabalhadores – e se retoma o ciclo expansivo, mesmo se de um patamar mais baixo, até que se reproduzam as contradições e se chegue a uma nova crise.
Esses mecanismos ajudam a entender o outro fenômeno central de referência no mundo contemporâneo – o imperialismo – que abordaremos em um próximo texto.
Emir Sader, sociólogo e cientista, mestre em filosofia política e doutor em ciência política pela USP – Universidade de São Paulo.
Comentários
Alan
O texto do Emir Sader e bem didático,claro e realista. E interessante notar como as idéias socialistas continuam tão válidas atualmente quanto no século que Karl Marx escreveu suas obras de crítica ao "capetalismo".
dukrai
véi, já peguei o Capital pra ler no mestrado em história nos idos dos anos 80 e não tenho estatura intelectual pra tanto, a não ser nas raras partes em que Marx usa a lógica formal, a descrição histórica e o método, como quando analisa a consciência humana e a separação do homem da natureza, acho que no final do último livro. no restante agradeço as mediações de alguns professores que tive e de Emir Sader.
Caracol
Pois é…
Quando o Brizola dizia que era preciso mudar o modelo econômico (lucro x necessidades humanas), o chamavam de pré-histórico ultrapassado.
Também riram dele quando ele quis botar teleférico em favela.
Hoje eu tenho o prazer de rir por ele também, KKKKKK!
Magda Dias
oão não produz mercadoria, João produz trabalho apenas para sua sustentação. Ele não produz valor de troca, logo não produz mercadoria, não produz lucro. Para produzir mercadoria joão deveria explorar outras pessoas, esta é a lógica.
ZePovinho
OU A GENTE ACABA COM AS SAÚVAS DO SISTEMA FINANCEIRO OU AS SAÚVAS ACABAM COM O BRASIL!
http://www.divida-auditoriacidada.org.br/config/a…
A Folha Online revela que os cortes no orçamento poderão chegar a R$ 40 bilhões, e diferentemente dos anos anos anteriores, serão definitivos, ou seja, não poderão ser desbloqueados durante o ano. Segundo a Folha, “O freio nas despesas públicas é a aposta do governo para convencer o mercado financeiro da disposição de controlar as contas públicas”.
Enquanto os gastos sociais são cortados, os gastos com o setor financeiro não possuem limite algum. O jornal Monitor Mercantil mostra que nos 8 anos do governo Lula, os investidores internacionais trouxeram US$ 202 bilhões de dólares ao país, em grande parte atraídos pelos juros altos pagos pela dívida “interna”. O Banco Central compra estes dólares – pagando em títulos públicos – para acumular reservas, e depositá-las principalmente em títulos do Tesouro dos EUA. O economista José Luiz Oreiro caracteriza bem este processo: "o Governo Lula "se endividou no cheque especial para fazer depósito à vista ou com rentabilidade mínima". Segundo o banco Bradesco, isto custou aos cofres públicos R$ 45 bilhões em 2010, ou seja, um valor superior a todos os prováveis cortes orçamentários em 2011.
Em suma: corta-se gastos sociais para que se continue gastando sem limite com o setor financeiro.
Enquanto o governo insiste na infindável tentativa de obter a credibilidade do mercado – que é insaciável – o povo sofre as consequências da falta de gastos sociais. Os jornais de hoje noticiam as mortes causadas pelas chuvas, em deslizamentos de encostas.
Sobre este tema, cabe ressaltar que o déficit habitacional brasileiro é de cerca de 8 milhões de casas, sem contar os 11 milhões de domicílios inadequados. Porém, o Programa “Minha Casa Minha Vida” entregou, até o fim de 2010, um número de casas equivalente a apenas 3% do déficit de 8 milhões. Isto desconsiderando que apenas uma pequena fatia destes 3% beneficiaram famílias de 0 a 3 salários mínimos, onde se concentra o déficit habitacional.
Enquanto as pessoas morrem nas áreas de risco, não há limite algum para os gastos com a dívida pública, que paga os maiores juros do mundo. Tais taxas são estabelecidas pelo Banco Central sob a justificativa de reduzir a atividade econômica, para combater a inflação. Mas que inflação?
Notícia do Portal G1 mostra que o preço dos alimentos é o “vilão” da inflação. Outra notícia da Folha Online mostra que as tarifas de ônibus em São Paulo subiram 11%, o dobro da inflação observada na cidade em 2010, e responderão por nada menos que 30% de toda a inflação no município em janeiro.
Ou seja: os preços dos alimentos e das tarifas administradas pelo próprio governo têm sido grandes responsáveis pela inflação que o Banco Central diz atacar com altíssimas taxas de juros, que não possuem nenhuma influência sobre tais preços, que dependem de decisões de governo, ou de fatores climáticos até mesmo no exterior.
Um país como o Brasil não deveria permitir que variações internacionais de preços de alimentos afetassem o mercado interno, uma vez que podemos produzir toda a nossa comida. Políticas como a reforma agrária – que aumentaria significativamente a agricultura familiar, principal responsável pelo abastecimento interno – e a constituição de estoques reguladores poderiam combater à inflação de alimentos, que o Banco Central insiste em enfrentar aumentando juros, que fazem a farra dos rentistas.
Emilio GF
O texto é fiel a Marx, não? Não.
Ser fiel a Marx não é reproduzir sua análise do capitalismo da metade do século XIX, no século XXI. Ser fiel a Marx e ao seu espírito (geist) é utilizar a análise dialética para deslindar a superestrutura como se apresenta HOJE e apontar suas mazelas para que possamos encontrar meios de luta conforme.
Vejamos a afirmação de que os trabalhadores devem se "submeter a vender sua força de trabalho aos que possuem esses meios – os capitalistas".
João possui um carrinho de cachorro quente. Ele compra os ingredientes e sua esposa prepara os molhos pela madrugada. Cedinho, João sai a vender. Mal consegue retirar R$ 1.500 por mês.
Lucas, com MBA nos EUA, é diretor de uma multinacional, Contando com as ajudas e privilégios, chega a R$ 40 mil ao mês.
Quem detém os meios de produção? João. Quem representa o "establishment"? Lucas.
Quem representa a força revolucionária? Nenhum dos dois. João, aliás, vota fielmente em Maluf há quase trinta anos.
"O capitalista remunera o trabalhador pelo que ele precisa para sobreviver – o mínimo indispensável à sobrevivência". Televisores, celulares, aparelhos de som e tênis de grife são indispensáveis à sobrevivência? Não. Trabalhadores estão de posse desses produtos? Sim – daí serem produzidos em massa.
A oferta tende a superar o consumo ainda hoje? Decerto. Mas a própria crise tem novos componentes, como acabamos de ver nos EUA e Europa. Com a expansão do crédito às pessoas da classe média e mesmo aos pobres, a superprodução foi absorvida com empréstimos. Com remuneração insuficiente para seu pagamento, a crise se manifestou como crise de insolvência. As consequências são igualmente funestas, claro.
Ademais, se quisesse ler tais idéias, releria "A Acumulação Primitiva" e "O Capital", que estão bem atrás, aqui na minha estante. Não necessitaria de um doutor da USP.
El Cid
"Não necessitaria de um doutor da USP"…
…acho não precisava terminar seu post de uma forma tão arrogante! ainda mais se tratando do Emir Sader.
Klaus
Emilio, este texto foi escrito há 200 anos. O mundo pouco mudou desde então, como sabemos.
El Cid
… se você não foi cínico no que falou, enfim, endosso no que disse !! a essência do capitalismo não mudou mesmo !!
Klaus
Fui irônico.
El Cid
tá falando de teimosia, né ?? kkkkk !!
dukrai
é do contra rs
ana
O seu desdobramento seria interessante diante daquilo que se chama 'desenvolvimentismo social' no qual o Brail se insere. Porém seu texto peca pelo excesso de arrogância e desprezo por um autor que tanto fez pela democratização do Brasil.
Que pena!
Rafael J
O exemplo do cachorro quente é risível. Emílio, quem produz a farinha do pão e a salsicha senão os donos dos meios de produção? É evidente que um pequeno comerciante não pode ser considerado capitalista, ele sequer explora a força de trabalho de terceiros. Quanto ao diretor de multinacional (Lucas), ele não é detentor dos meios de produção, mas faz parte do staff que serve ao capitalista na tarefa de explorar a classe trabalhadora, sem conexão com ela. Depois, você fala no mínimo indispensável à sobrevivência e confunde remuneração com produtos supérfluos. Ou seja, fez uma grande salada de frutas com um texto do Emir Sader que, a meu ver, é bastante claro e didático, dando em poucas pinceladas um panorama geral do capitalismo. Evidentemente que quem quiser se aprofundar sobre o assunto deve beber direto da fonte, ou seja, lendo os clássicos. O prof. Sader apenas quer servir de ponte ao pensamento marxista, o que faz de forma brilhante. Por fim, algo que parece claro é que as premissas do século XIX ainda estão bastante vivas e as conclusões de Marx continuam essencialmente válidas.
Fernando SP
Concordo com o comentário do Emilio, exceto pelo último parágrafo que entendo deselegante. Apesar de todos os méritos do Emir Sader, notadamente sua luta permanente pela democracia, o texto por ele produzido é atemporal. Além das facilidades de financiamento citadas pelo Emilio, para mim a grande mudança que ocorreu no capitalismo foi no mercado financeiro. Esse mercado produziu e produz uma série de inovações financeiras que proporcionam lucros em curto prazo com pequeno risco. Isso fez com que os investimentos em atividades produtivas declinasse. A voracidade com que os investidores aderiram a essas novas formas de aplicação financeira incentivou a criação de mais e mais mecanismos, dos quais os derivativos são exemplo, sem as devidas regulamentações o que acabou por deflagar a crise de 2008. A grande questão a ser debatida é a forma como as instituições financeiras, com exceção do Lehman Brothers, foram salvas. No mundo todo governos socorreram bancos com dinheiro público aumentando o endividamento de diversas nações. Os banqueiros nunca estiveram ameaçados por quebra pessoal. Passados 2 anos e pouco o que vemos são bancos apresentando lucros exorbitantes e estados falidos. Em outras palavras foi usado capital da sociedade para sanear negócios privados de forma a evitar sua falência, transferida à sociedade. Alguem quer um negócio melhor que esse?
Luis Felipe
Esse exemplo do carrinho de cachorro quente foi feio mesmo. Isso não faz de João um dono de meio de produção mais do que ser dona de um balde d'água faz o mesmo para uma lavadeira.
E quanto ao mínimo essencial para se viver, pois bem, a classe prolet´ria brasileira sempre foi diminuta, pois nossos capitalistas só industrializaram o país de modo mais recente, quando já existia uma rede de proteção social um pouco mais decente, possibilitando aos trabalhadores certos luxos como os tais celulares. Mas nas tais sweatshops asiáticas, por exemplo, residem os verdadeiros proletários, vivendo em condições tão dantescas quanto os ingleses dos tempos de Marx.
Ismar Curi
Ou, entre outros fenômenos, como do capitalismo brasileiro na Era Lula: a massa de trabalhadores, como classe, acumula proporcionalmente até mais do que os detentores do capital, e acaba performando um ciclo virtuoso capitalístico, no qual o consumo dessa massa de trabalhadores vai turbinar os meios de produção, que por sua vez necessitam, ainda que possuam as máquinas automáticas, de mais trabalhdores para suportar as demandas, e por consequinte, tais trabalhadores ampliam, ainda que em pequenas proporções, seus ganhos salariais.
Acho que é isso pode ser a volta de Keines…
Gerson Carneiro
Dizem que o capitalismo é pernicioso mas não inventaram nada melhor.
E se todos trabalhassem apenas um mês por ano, dedicando os outros 11 meses ao óscio produtivo, havendo rodízio mensal de grupos de trabalhadores durante todo o ano, de forma que mantivesse a produção.
Parte boa: cada trabalhador trabalharia apenas um mes por ano; aumentaria em 12 vezes a quantidade de pessoas empregadas.
Parte ruim: o salário nos 11 meses seguintes seria reduzido para atender à distribuição de renda.
Sei que isso é uma utopia bem surreal, mas tenho pensado nessa fantasia.
Marcio H Silva
Seria legal. Mas também poderia fazer esta divisão por mes. trabalhava 15 dias e descansava 15. Só dobraria a oferta de emprego. E aumentaria o consumo. Nos 15 dias de descanso o cara estaria gastando, bombando a economia.
Emilio Matos
Uma variante que penso de vez em quando é fazer a sexta-feira fazer parte do final de semana.
Renato
Mais um blabla bla socialista. Viva em Cuba com paenas 13 dolares poer mês.
Gerson Carneiro
Vá desentortar banana (como diz cumpadi El Cid). Néscio.
Sagarana
Isso se você ainda estiver empregado. Ontem foram para o olho da rua quinhentos mil.
assalariado.
(Uma pequena contribuição)… Na sociedade capitalista,existem muitas desigualdades.Uma minoria de pessoas concentra grande quantidade de bens materiais em seu poder propriedades,mansões,dinheiro, muita fartura e luxo.Por outro lado,a maioria das pessoas tem apenas o minimo,as vezes,menos que o minimo para sobreviver.Vivemos apertados em matéria de alimentação,escola,saude,lazer,… Vivemos também tantas consequencias trágicas desta sociedade:subnutrição,mortalidade infantil,idosos e menores abandonados,desemprego,favelas,criminalidade,… É verdade que entre os dois grupos(capital x trabalho), existem camadas médias que,costumamos chamar de "classe média".Mas esta "classe média" não é uma classe fundamental,quer dizer,não é ela que determina a natureza da sociedade capitalista.As classes fundamentais são:burguesia e proletáriado.A burguesia é a classe dos donos das fabricas,bancos, minas, grande comercio,etc… Enfim são os donos particulares dos meios de produção,isto é,são donos do capital. Por isso se chamam capitalistas.Estes meios de produção constituem um capital,porque são utilizados dentro de uma relação de exploração…
Fabio_Passos
Gostei muito.
Acessível, não é?
@breveshistorias
Como já disse o poeta:
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
Márcio Gaspar
Sempre soube que eu era explorado. Quando leio textos sobre o tema eu fico @$%#$!!! O capitalismo é a produção e reprodução de riqueza, e também é a produção e reprodução de pobreza, mas a pobreza é produzida numa escala muito maior do que a riqueza, pois a riqueza fica concentrada a uma minoria, que explora a maioria. Fora as grandes contradições. Países ricos com uma imensa população de miseráveis.
Marcio H Silva
Caro xara, voce não é explorado, apenas vende seu tempo de lazer produzindo algo para alguem.
Márcio Gaspar
Ah!!! Sou sim, principalmente se você pensa na legislação trabalhista. Trabalhar mais de quarenta horas semanais é demais!!!., ainda mais sabendo que o lucro que voce produz não será repartido. Patrões acham que a legislaçao trabalhista é rígida e impede novas contrataçoes. Os sindicatos(nem todos) acham que a carga horária deve diminuir, mas os patroes, nao. Será que isso é luta de classes?.
Rafael
Por isso não entendo como iirá funcionar o capitalismo com a crescente modernização que causa fechamento de postos de trabalho.
ZePovinho
Digite o texto aqui![youtube BDeNeavdpBg http://www.youtube.com/watch?v=BDeNeavdpBg youtube]
ZePovinho
Digite o texto aqui![youtube mZ4q8Zeg-3c http://www.youtube.com/watch?v=mZ4q8Zeg-3c youtube]
Florival
Lindo!!!
Relembrei, com muita emocao o ano de 1977 quando tive algumas aulas na sociologia da usp e Marx veio como uma luz.
Barbara_Luz
Comentar o quê?! adorei a aula, sempre é bom ouvir (ler neste caso) o velho e bom Marx nas palavras de pessoas como o Prof. Emir Sader.
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