Padre João: Se o Aécio não fosse do PSDB, já estaria preso há muito tempo

Tempo de leitura: 2 min

Se Aécio não fosse do PSDB já estaria preso, diz Padre João

PT na Câmara

O deputado Padre João (PT-MG) — que de maneira recorrente subiu à tribuna da Câmara nos últimos anos para protestar contra a impunidade que sempre beneficiou tucanos e mais especificamente o senador Aécio Neves (PSDB-MG) — discursou no plenário nesta quarta-feira (27) para saudar a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ontem (26), por 5 votos a 0, os ministros da turma negaram o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para prender Aécio, mas, por 3 votos a 2, determinaram o afastamento dele do seu mandato e seu recolhimento noturno em casa.

“Até que enfim”, afirmou Padre João.

“Não se trata de algo que eu tenha contra o Aécio, mas é o Aécio que está em conflito com a lei, e não é de hoje”, reforçou.

Aécio foi denunciado pelos crimes de corrupção passiva e obstrução à Justiça.

Por ocasião da delação de Joesley Batista, um dos donos da JBS, Aécio apareceu em gravações pedindo R$ 2 milhões, sob a justificativa de que precisava pagar um advogado para defendê-lo na Lava Jato.

Em 18 de maio o senador foi afastado do mandato. Em seguida, o inquérito foi fatiado e, por sorteio, a parte relativa ao tucano caiu com Marco Aurélio. Em 30 de junho, o ministro devolveu o mandato de Aécio.

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A PGR recorreu.

Padre João disse que, diante das evidências contra o senador, a decisão do STF já poderia ter ocorrido há mais tempo.

“Olha que essa denúncia ainda não é nada diante do que ocorreu na Cidade Administrativa e da lista de Furnas. Se ele não fosse do PSDB, já estaria preso há muito tempo, há muito tempo. Ele espertamente é do PSDB, mantém-se no PSDB com suas relações com o setor da Polícia Federal, com o setor do Ministério Público, com o setor do próprio Judiciário, onde ele encontra proteção, porque a ligação dele com o tráfico de cocaína é óbvia, como também a da família Perrella, e ninguém é preso nesses episódios”, lamentou.

Ele também criticou qualquer tentativa que venha a ocorrer por parte do Legislativo para tentar salvar o senador.

“É lamentável essa postura também corporativa destas duas Casas: da Câmara e do Senado. E, aqui, quando as Casas se omitem, é verdade, o Judiciário tem que agir. Então, não há inconstitucionalidade nesse afastamento do mandato do senador Aécio Neves como também não o seria o pedido de mandado de prisão de Aécio Neves”, avaliou.

Veja também:

Requião: STF errou ao afastar Aécio Neves

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Comentários

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Pedro Bó

por isso, eu sempre achei uma idiotice haver outros partidos. Tinha que todo mundo ser do PSDB que a festa estava garantida

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