Luís Nassif: Quem é quem na ditadura do Judiciário que matou o reitor
Tempo de leitura: 3 minA delegada e os artistas: estrela do filme sobre a Lava Jato
As mãos e as vozes que empurraram o reitor da UFSC para a morte
Luís Roberto Barroso tem fixação por sua imagem pública. Algumas denúncias estampadas em blogs de Curitiba, encampadas pelos blogueiros de Veja, foram suficientes para deixa-lo de joelhos.
As denúncias falavam da compra de um apartamento em Miami pela senhora Barroso, através de uma offshore.
Mesmo casados em comunhão de bens, compartilhando um escritório bem-sucedido, o nome de Barroso não entrou na história, até o eixo Curitiba-Veja entrar no tema.
E o Ministro Barroso decidiu defender sua imagem com as armas que conhecia: abandonou suas teses legalistas, seu passado garantista e decidiu aderir aos agressores.
Sua estreia se deu na votação da autorização para a prisão do réu após condenação em Segunda Instância.
Dali em diante, surgiu um novo Barroso, defensor dos métodos policiais, punitivista convicto, defensor da tese de que ou o Brasil acabava com a corrupção ou a corrupção com o Brasil.
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Não a corrupção corporativa de seus clientes, ele que se vangloria de preparar anteprojetos de lei para que os clientes possam oferecer a seus deputados de estimação; não a do Poder Judiciário, ou mesmo a impunidade sua ex-cliente, a Globo.
Mas a corrupção do inimigo, a defesa do direito penal do inimigo que chegou ao auge com sua defesa explícita do Estado de Exceção.
Desde então, Barroso se tornou o guru da Lava Jato e dos punitivistas do Ministério Público Federal, o profeta do Estado de Exceção, o principal estimulador das bestas que habitam os porões, onde nenhum direito é respeitado.
Suas frases se tornaram os bordões prediletos dos procuradores nas redes sociais, o alimento legal que engordava os monstros gerados da barriga da Lava Jato.
E das entranhas da Lava Jato a delegada da Polícia Federal Erika Marena saiu de Curitiba e transportou os métodos da Lava Jato para Santa Catarina.
Estrela de cinema, tinha que manter a fama de implacável.
Lá, encontrou como chefe o delegado Marcelo Mosele que, ao assumir a superintendência da PF em Santa Catarina, discursou afirmando que a corrupção é a maior ameaça à humanidade.
Era esse o clima dominante na PF quando chegaram denúncias envolvendo a Universidade Federal de Santa Catarina.
Mencionavam desvios que teriam ocorrido desde 2006 nos cursos de educação à distância. O reitor assumirá apenas em 2016.
No início, denúncias anônimas. Depois, denúncias personalizadas, uma da professora Tais Dias, outra do corregedor da UFSC, Roberto Henkel do Prado.
Escolhido em uma lista tríplice, o corregedor responde ao reitor e também à CGU (Controladoria Geral da União).
Quando o reitor Luiz Carlos Cancellier pediu acesso ao inquérito, imediatamente foi denunciado por Henkel, como tentativa de obstrução da Justiça.
Nesses tempos bicudos, as longas mãos da CGU criaram núcleos de poder em cada universidade, e Henkel pretendeu exercê-lo com a autoridade dos moralistas e com a plenitude dos superpoderosos.
Imediatamente obteve a adesão de Orlando Vieira de Castro Jr, superintendente da CGU em Florianópolis.
E o caso foi parar com o procurador da República André Stefani Bertuol.
A Polícia Federal foi acionada e a sede de sangue atingiu a juíza federal Janaína Cassol Machado, que, consultado o procurador Bertuol, autorizou a prisão preventiva dos professores.
Em Brasília, o eminente Ministro Barroso despejava frases feitas:
— Para ser preso, no Brasil, precisa ser muito pobre ou muito mal defendido.
Ou então:
— Pense o que você poder fazer diariamente pelo bem.
Lá embaixo, nos porões da nova ditadura, a delegada Marena, o delegado Mosele, comandavam policiais treinados nas artes da humilhação.
Os professores foram despidos, ficaram nus, foram jogados em celas
Enquanto isto, Barroso, que se tornou um Ministro choroso quando a imprensa meramente flagrou-o em uma afirmação relativamente racista em relação a Joaquim Barbosa, que se desmanchou em lágrimas tal como uma donzela com a reputação colocava em dúvida, continuava lançando seus dardos no Olimpo e alimentando com princípios pútridos a carne que era servida às hienas.
No dia seguinte, uma juíza substituta, Marjorie Feriberg, ordenou a libertação do grupo.
Foi publicamente admoestada por Janaína, que se atirou sobre ela como uma harpia da mitologia.
Restou a Cancellier a única saída que encontrou para a desonra que se abateu sobre ele: o suicídio.
Depois da tragédia, apareceram notícias dizendo que a única acusação formal contra ele era a de ter impedido a investigação.
Que seu sangue caia sobre todos seus algozes.
Mas, especialmente, sobre os que destruíram os alicerces dos direitos individuais pensando exclusivamente em seus próprios interesses.
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Comentários
Bernardo
Assim, quem acredita no atual Judiciário Federal? E nas instituições responsáveis pela segurança? O brasileiro está órfão de garantias constitucionais e cheio de tanta pirotecnia em assuntos tão importantes como as liberdades individuais e também de tanta hipocrisia de quem deveria dar o bom exemplo. A propósito, o tal filme dos salvadores da moralidade parece ter sido um retumbante fracasso; não conheço ninguém que o tenha assistido. E os atores que representaram a farsa? Como vão ficar daqui a pouco tempo? Lembram-se da namoradinha do Brasil?
Messias Franca de Macedo
… O casal ‘-20’ da edição de hoje do jornal ‘NAZIonal’ estava visivelmente constrangido [com a usina Global de mentiras!]
Sem contar com a omissão criminosa da notícia acerca da morte do Magnífico Reitor Luiz Carlos Cancellier!
Senha dada:
se ‘nois’ partimos para cima da Globo a casa do golpe cai!
RICARDO F SILVEIRA
Alguém sabe me informar o que ocorreu com o blog do NASSIF? Desde às 15:00 hs de hoje (03/10) ele está fora do ar.
Messias Franca de Macedo
… Por que o jornal ‘NAZIonal’ omitiu criminosamente o assassinato do Magnífico Reitor Luiz Carlos Cancellier perpetrado pela PORCA-tarefa do juizeco ‘mor(T)o’?
***
As mãos e as vozes que empurraram o reitor da UFSC para a morte, por Luís Nassif
02/10/2017
Por ínclito e impávido jornalista e escritor Luis Nassif
Messias Franca de Macedo
LUIS NASSIF: QUE O SANGUE DE CANCELLIER CAIA SOBRE SEUS ALGOZES
“Restou a Cancellier a única saída que encontrou para a desonra que se abateu sobre ele: o suicídio. Depois da tragédia, apareceram notícias dizendo que a única acusação formal contra ele era a de ter impedido a investigação. Que seu sangue caia sobre todos seus algozes. Mas, especialmente, sobre os que destruíram os alicerces dos direitos individuais pensando exclusivamente em seus próprios interesses”, escreve o jornalista, sobre o reitor da UFSC
3 DE OUTUBRO DE 2017
(…)
FONTE [LÍMPIDA!]: http://jornalggn.com.br/noticia/as-maos-e-as-vozes-que-empurraram-o-reitor-da-ufsc-para-a-morte-por-luis-nassif
Messias Franca de Macedo
Para não falar que não lembrei de espinhos! II
*PiMG corrupto &$ nazigolpista
*PiMG (Partido da imprensa Mafiosa &$ Golpista)
E uma justi$$$azinha de merda!
***
Instituto Lula é alvo de Operação da Polícia Federal, Operação Lava a jato
No mesmo dia da infame e CRIMINOSA condução coercitiva do eterno e honrado presidente Lula
PORCA-tarefa da ‘Farsa a Jato’ lesa-pátria do ‘miniSTÉRIO’ PRIVADA infestado de arrivistas aloprados!
” ‘Doidos(as)” por promoções remuneratórias e protagonismo dos holofotes da Globo Organizações MafioCriminosas
https://www.youtube.com/watch?v=jOLGiiIWKA0
Nelson
Se você pensou, imediatamente, que trata-se de um professor que é inimigo ferrenho de Barroso, leia o que Cássio Casagrande diz do ministro do TST:
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“Tenho grande respeito intelectual pelo trabalho acadêmico do Professor e Ministro Luis Roberto Barroso, e meus alunos podem atestar que lhes indico seus livros na bibliografia de meu curso de Teoria da Constituição, na UFF. Já li tudo que ele publicou e sempre ouço com grande reverência as suas opiniões (ainda que não concorde com várias delas). Eu diria que Luis Roberto Barroso é possivelmente o homem público mais culto do país e uma rara inteligência. ”
–
O artigo do professor Cássio Casagrande está disponível em:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/brasil-campeao-de-acoes-trabalhistas-como-se-constroi-uma-falacia-por-cassio-casagrande/.
Nelson
O Sr Luís Barroso é o mesmo que se dispôs a sair daqui e ir até Londres, para participar de um seminário sobre o Brasil, e lá, afirmar essa ignomínia:
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“A gente na vida tem que trabalhar com fatos e não com escolhas ideológicas prévias. O Brasil, sozinho, tem 98% das ações trabalhistas do mundo.”
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Sobre essa declaração, o professor Cássio Casagrande afirmou: “segundo minha calculadora, os “fatos” apresentados pelo Ministro Barroso indicariam o seguinte: se as quatro milhões de ações trabalhistas nacionais representam 98% do total mundial, e se todos os demais países do mundo reunidos têm somente 2% delas, restam apenas … 81 mil ações trabalhistas anuais! Em todo o planeta!
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E o professor completou: “Não existe nenhum estudo nacional ou internacional que respalde tamanha bizarria. Com o devido respeito que merece o Ministro e Professor Barroso, a afirmação é surreal.”
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Se o Sr Barroso teve a coragem e a capacidade de afirmar tamanho absurdo diante dos ingleses, e do mundo, é de imaginarmos quanta m….. anda se passando em sua cabeça.
Nelson
“E o Ministro Barroso decidiu defender sua imagem com as armas que conhecia: abandonou suas teses legalistas, seu passado garantista e decidiu aderir aos agressores.
Sua estreia se deu na votação da autorização para a prisão do réu após condenação em Segunda Instância.
Dali em diante, surgiu um novo Barroso, defensor dos métodos policiais, punitivista convicto, defensor da tese de que ou o Brasil acabava com a corrupção ou a corrupção com o Brasil.”
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Aqui vemos uma prática contumaz do sistema dominante, seja qual for ele. O sistema utiliza-se das fraquezas humanas, de pequenas “derrapadas” ou mesmo das de maior vulto de “pisadas na bola”, que estão envoltas em segredo, para coagir ou chantagear as pessoas a trabalharem para seus propósitos.
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O objetivo não é depurar, fazer uma necessária limpeza, mas garantir que o sistema se perpetue.
Nelson
“As denúncias falavam da compra de um apartamento em Miami pela senhora Barroso, através de uma offshore.”
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E o Sr Barroso vem arrotar uma pretensa firmeza no combate à corrupção.
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E trata-se de cidadãos dotados de “notório saber”. O que seria de nós se não tivessem tanto saber assim.
RONALD
Que ela sinta o peso do sangue do inocente que humilhou !!!!!!!!!!
RONALD
A “macheza” dela é bem direcionada !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
RONALD
Gostaria de ver os cujones desta delegada, prendendo o aécio marginal neves !!!!
Este peito ela não tem, ah não tem não !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
MAAR
ESTADO DE EXCEÇÃO
Resta evidenciado que o Reitor Camellier foi vítima do Estado de Exceção que tem se expandido desde há muito.
Estamos todos sob ataque, pois a derrogação das garantias civis ameaça a cidadania e agride a dignidade humana.
Em protesto contra a metástase fascistóide, reitero a seguir comentários que encaminhei ontem no site do GGN, e que ainda não constam das respectivas páginas.
CRIMINOSAS FARSAS MIDIÁTICAS
O suicídio do Reitor Cancellier é motivo de grande tristeza para os defensores dos direitos civis e da dignidade humana. Unamos esforços para que esta tragédia pessoal marque um ponto de inflexão na trajetória política deste nosso país, massacrado pelo imperialismo predatório e pelo punitivismo fascistóide. É tempo de construir as bases para o urgente resgate do estado de direito, através dos instrumentos da democracia representativa e do devido processo legal, para que se possa apurar as responsabilidades das instituições, das autoridades e dos asseclas das criminosas farsas midiáticas.
COERÊNCIA E PERSEVERANÇA
A difusão do ódio e a promoção de confrontos genocidas e fratricidas é o objetivo deletério da estratégia fascistóide voltada para a construção do caos.
Urge manter o respeito aos princípios democráticos para não ajudar os facínoras.
A forma de enfrentar a ignomínia é agir com coerência e perseverança.
CONSCIENTIZAÇÃO DA SOCIEDADE
Estamos unidos no pesar pelo falecimento do Reitor Cancellier, nas condolências aos parentes e amigos, na indignação contra o falso moralismo espetaculoso.
Somemos esforços em prol da restauração do estado democrático de direito, no resgate do respeito à dignidade e na defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade.
A conscientização da sociedade acerca da necessidade de solução democrática para os gravissímos retrocessos políticos e antiéticos é o único caminho para obstar a construção do caos promovida pelo imperialismo predatório.
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