Janio de Freitas: O que está em jogo não é um mandato, mas a própria democracia que vinha se construindo
Tempo de leitura: 3 minEm nome da democracia
por Janio de Freitas, na Folha de S. Paulo
“Isso é democracia”. Não é, não. Um dos componentes essenciais e inflexíveis da democracia é o respeito às regras que a instituem. As regras existem no Brasil, precisas e claras na Constituição, mas o respeito é negado onde e por quem mais deveria fortalecê-las. O que está sob ataque não é mandato algum, são as regras da democracia e, portanto, a própria democracia que se vinha construindo.
Não há disfarce capaz de encobrir o propósito difundido por falsos democratas instalados no Congresso e em meios de comunicação: reverter a decisão eleitoral para a Presidência sem respeitar as exigências e regras para tanto fixadas pela Constituição e pela democracia. Há mais de nove meses, a cada dia surge novo pretexto em busca de uma brecha – no Congresso, em um dos diferentes tribunais, nas ruas – na qual enfim prospere o intuito de derrubar o resultado eleitoral.
O regime democrático é tratado na Constituição como “cláusula pétrea”, que se pretende com solidez granítica. O que não significa ser impossível transgredi-lo. Mas significa que quem o faça ou tente fazê-lo comete crime. E quem o comete criminoso é de fato, haja ou não a condenação que assim o defina. Tal é a condição que muitos ostentam e outros tantos elaboram para si.
A pregação de parlamentares identificáveis como um núcleo de agitação e provocação atenta contra a democracia. A excitação de hostilidades que esses parlamentares propagam pelo país é indução de animosidade antidemocrática –sem que isso suscite reação alguma, o que é, por si mesmo, indício da precária condição da democracia e da Constituição.
O que se passa hoje na Câmara, como método e objetivos da atividade, não é próprio de Congresso de regime democrático. Em muitos sentidos, restaura a Câmara controlada e subserviente da ditadura. Em outros aspectos, assume presunções autoritárias, de típico teor antidemocrático, ao ameaçar até aprovações do Senado de punitivas suspensões da sua tramitação.
Afinal, um dos focos da corrupção é arrombado. Os procuradores e juízes do caso receberam tarefa de importância extraordinária. Mas não é garantido que estejam plenamente respeitados nessa tarefa os limites das regras democráticas. À parte condutas funcionais que não cabe considerar neste sobrevoo do momento do país, é notória no grupo, e dele difundida, uma incitação a ânimos não condizentes com investigações e justiça na democracia. Pôr-se como salvadores da pátria, a partir dos quais “o Brasil agora será outro”, não é só um equívoco da ingenuidade. É uma ameaça, senão já algumas práticas, de poderes e atitudes exacerbados que fogem às regras.
Um exemplo que recebeu tolerância incompatível com sua importância: difundir informações inverídicas e sensacionalistas à imprensa, e ao país, “para estimular mais informantes” –como feito e dito por um procurador–, não é ético nem democrático. É autopermissão abusiva. E incitação a ânimos públicos que já recebem das realidades circundantes o bastante para serem exaltados.
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O espírito antidemocrático não é alheio nem ao Supremo Tribunal Federal. É nele que um juiz pode impedir a conclusão de um julgamento tão significativo como o financiamento das eleições dos governantes e congressistas. Ou seja, dos que determinam os destinos do país e de seus mais de 200 milhões habitantes. Se alguém achar que é deboche, não vale a pena contestar. Mas convém lembrar que é uma evidência perfeita da prepotência primária, apenas ilusoriamente culta, que sobreviveu muito bem à ruína do seu sistema escravocrata.
Movimentos de ocupações urbanas e rurais são acusados de violar a democracia. É engano. Ilegais, sim, mas não são democráticos nem antidemocráticos. Sequer estão incluídos na democracia, desprovidos que são, todos os padecentes de grandes desigualdades econômicas sociais, de meios democráticos para obter os direitos que a Constituição lhes destina.
E os jornais, a TV, as revistas, o rádio –na verdade, os jornalistas que os fazem– nesse país que concebe a democracia como uma bola, tanto a ser chutada sempre, como a oferecer grandes e efêmeras euforias? Agradeço à sogra de um jogador de futebol, Rosangela Lyra, que me dispensa de alguns desagrados. Disse ela, à Folha, das pequenas e iradas manifestações que organiza pela derrubada do resultado da eleição presidencial: “As redes sociais amplificam e a mídia quintuplica”. Entregou. Delação de dar inveja aos gatunos da Petrobras.
“Isso é democracia” como slogan de antidemocracia só indica que o Brasil ainda não é ou já não é democracia.
Leia também:
Comentários
Paulo Falcão
Sobre este assunto, leiam um artigo chamado JANIO DE FREITAS E A DEMOCRACIA DE CONVENIÊNCIA ( http://wp.me/p4alqY-gl ). Esclarece bem a questão.
Urbano
Temos que nos lembrar, que no fascismo a principal providência é o enriquecimento dos líderes; aqui no Brasil essa parte já foi feita. Bem mais longe dessa condição econômica, mas ainda uma boa condição é dada aos principais apaniguados; essa também já foi feita. E para o restante da escória fascista, faz-se uma leve vista grossa, a fim de que rapinem o pouco que restou nas mãos das vítimas do sistema; nesse momento esta é a fase que os fascistas da oposição ao Brasil querem implantar.
Messias Franca de Macedo
RÉQUIEM PELA VIDA NO BRASIL DOS NOSSOS TENEBROSOS DIAS!
Ou, um grito de guerra em nome da pedagogia!
Acertando os ponteiros da história!
… Depois de tudo – e um pouco mais – que o infame PIGolpista e o (mega)corrupto PSDB nazifascista fizeram em termos de atrocidades perpetradas contra o [eterno] presidente Lula, à presidente Dilma Rousseff e ao honesto povo trabalhador brasileiro…
Não há alternativa:
as vítimas mencionadas acima têm que tratar, necessariamente, a *direitona nativa bandida como inimigos!
E a escolha não foi nossa!
Contrariamente!
E, reitero: não há alternativa!…
*incluam-se o STF, o restante do Poder Judiciário, o ‘miniSTÉRIO’ Público, a PTF (Polícia Tucana Federal), o TCÚÚÚÚÚÚúúú da quadrilha da UTC e as pedaladas do “menino prodígio” Tiaguinho Cedraz et caterva…
Messias Franca de Macedo
Exclusivo: por que Lula não aceitou ser ministro, por Ricardo Amaral
DOM, 16/08/2015 – 19:1
A recusa do ex-presidente Lula em aceitar assumir um ministério no governo da presidente Dilma Rousseff é um “raro momento de grandeza na cena política brasileira; Lula considera indigno de sua história buscar, no foro privilegiado, o salvo-conduto contra as arbitrariedades da hora; virar ministro seria criar um constrangimento para o governo e para a presidenta”, diz Ricardo Amaral em um artigo publicado pelo Jornal GGN; “e isso Lula não fará jamais”, completa; “É assim que se comporta um líder, que não precisa de cargos para exercer a política e dispensa refúgio para a dignidade afrontada”; avalia Amaral; análise serve de lição para aqueles que acham que eleição se ganha no grito, por meio de um golpe forçado até não poder mais, e que acreditam que destruir Lula e o PT os reconduzirá ao poder
16 DE AGOSTO DE 2015 ÀS 18:16
(…)
FONTE [LÍMPIDA!]: http://jornalggn.com.br/noticia/exclusivo-por-que-lula-nao-aceitou-ser-ministro-por-ricardo-amaral
Messias Franca de Macedo
LÁ VEM O MATUTO QUE SENTE CHEIRO DE GOLPE DESDE O DIA EM QUE NASCEU EM PINDORAMA
… Texto brilhante!
Irretorquível!
Histórico!
E pedagógico!
Parabéns, conspícuo e impávido Ricardo Amaral!
A civilidade agradece, penhoradamente!
Hasta la Victoria Siempre!
Mesmo porque a luta conta o nazifascismo é interminável!
Respeitosas saudações democráticas, progressistas, civilizatórias, nacionalistas, antigolpistas, antiterroristas e antinazifascistas
Messias Franca de Macedo
Feira de Santana, Bahia
Brasil – em homenagem ao [eterno] presidente Luiz Inácio Lula da Silva, extensiva à presidente Dilma Vana Rousseff A Magnífica ‘Coração Valente’
FrancoAtirador
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O Fim de um Ciclo Político
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Por Luis Nassif, no Jornal GGN
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Hoje encerra-se oficialmente um ciclo político no país: o da intolerância.
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Multidões ainda sairão às ruas como renas amestradas.
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Baterão panelas atrás do impeachment e cabeças atrás de ideias.
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E não terão nem uma, nem outra.
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Gradativamente a grande besta será recolhida de volta à jaula pela ação combinada de lideranças políticas efetivas de ambos os lados, grupos econômicos e grupos de mídia.
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Em parte, devido à conclusão de que o petismo foi definitivamente derrotado.
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Se acabou ou não, o futuro dirá.
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Mas, neste momento, jogar mais lenha na fogueira seria passar o bastão para os piromaníacos e não se ter mais o controle da turba.
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O atentado contra o Instituto Lula é a prova definitiva da marcha da insensatez.
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Em parte, devido ao fato de que o PSDB se derrotou, morreu enforcado nas tripas do PT.
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Nesta data magna de 16 de agosto de 2015, o bipartidarismo que, desde a Constituição de 1988, dominou a vida pública do país, definitivamente se esgotou.
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O PT tornou-se uma militância sem partido, atrás de uma nova utopia.
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O PSDB, o estuário de uma turba vociferante e anacrônica, deixando órfã a classe média esclarecida que um dia nele acreditou.
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A dificuldade com a nova utopia
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O que virá daqui para frente é uma incógnita.
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Haverá enorme dificuldade em se criar uma nova utopia, em superar os paradoxos e as hipocrisias reveladas pela Lava Jato – pelo que ela mostrou, pelo que vazou e pelo que até agora escondeu.
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A primeira hipocrisia é da suposta diferenciação entre os políticos.
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São iguais, embora com agendas distintas.
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FHC e Lula construíram uma imagem em cima de um projeto de país amparados, de lado a lado, por forças sociais ou econômicas expressivas.
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Essa imagem, os relacionamentos construídos no exercício do poder, no entanto, passaram a ser tratados como ativos individuais.
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FHC tornou-se o queridinho dos mercados; Lula, o campeão do Terceiro Mundo.
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Ambos transformaram essa influência em negócios lucrativos legais, tornando-se milionários.
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Não se está aqui condenando-os ou pressupondo qualquer ilegalidade.
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Portaram-se como ex-presidentes dos EUA, ex-primeiros ministros do Reino Unido e da França.
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Está-se apenas mostrando o jogo político em um país de economia de mercado, o paradoxo do representante dos pobres e desassistidos comportando-se como um empreendedor capitalista;
e as publicações que mais enaltecem o mercado condenando-os, como se fossem defensoras do que elas chamam de pobrismo.
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Perto do feito político de tirar 50 milhões de brasileiros da linha da miséria, é picuinha.
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Mas qual o pedaço de Lula que mais encantou presidentes norte-americanos, de George Bush Jr. a Barack Obama?
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O mito do sujeito que saiu da extrema pobreza e venceu, a mítica do herói norte-americano, em contraposição à elite decadente europeia.
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Lula é a encarnação do sonho norte-americano, como um Abraham Lincoln, não a utopia bolivariana, como José Mujica.
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Por motivos opostos, Bush Jr não escondiam a antipatia por FHC, visto como o intelectual pedante que nunca teve que lutar pela sobrevivência pessoal ou política.
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O balanço do estrago
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No final da tarde, quando a passeata terminar e a besta, as panelas e o ódio forem recolhidos, começará o duro reencontro do país consigo mesmo.
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Jornais e TVs deixarão de recriar o clima de fim de mundo.
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Ontem, aliás, após ajudar a desmontar setores com centenas de milhares de empregos, o Jornal Nacional resolveu recriar a esperança, em cima do micro-exemplo de uma micro-empreendedora que criou um negócio com um funcionário e agora já tem três.
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É o milagre da hipocrisia de massa.
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Com o ódio refluindo, a Lava Jato ainda terá tempo de provar se é um poder autônomo ou um poder autorizado pela mídia.
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A prova do pudim será José Serra.
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A esquerda terá que se reinventar.
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Os que ainda alimentam a utopia de que a economia de mercado não é irreversível se abrigarão em partidos menores.
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O PT – e Lula – terão o enorme desafio de se reinventar, mais facilmente Lula, mais dificilmente o PT.
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Em 2018 é mais provável ter-se um Lulismo – na forma de frente ampla – substituindo o PT, cuja expressão final é a cara insípida, inodora e sem emoção de seu presidente Rui Falcão.
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Os movimentos sociais, que amam e continuarão amando Lula, encontrarão abrigo nessa frente ampla, social-democrata. Os que ainda acreditam na utopia socialista, irão para partidos menores.
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No outro extremo, o ódio da direita será a última herança de Aécio Neves. Aécio é tão tolo e despreparado que ainda não entendeu que o que acreditava ser a tomada da Bastilha era apenas a última passeata da Ilha Fiscal.
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Terminará recluso em algum castelo encantado de Linchenstein, cercado por um convescote de sábios, dentre os quais de destacarão Ronaldo Caiado, Aloyzio Nunes, Carlos Sampaio, e no qual as ideias serão proibidas de entrar (coloquei Nunes de sacanagem: ele, como um pitbull esperto, está tão louco para pular do barco que até conseguiu conter a fala raivosa).
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Daqui até 2018 Dilma Rousseff terá tempo para governar.
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Obviamente, esse romance foi escrito em cima dos personagens atuais.
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Há muita água e lama a rolar até 2018.
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Tentar adivinhar é um desafio que nenhuma ficção ousará enfrentar.
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(http://jornalggn.com.br/noticia/a-passeata-de-16-de-agosto-e-o-fim-de-um-ciclo-politico)
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Messias Franca de Macedo
EXTRA!
“Em primeira mão”, a *penúltima **NOG!
Nem “A Mãe do Petrolão” nem tampouco “A Rainha da Pedaladas”!
Agora, a determinação para o afastamento de Dilma Rousseff passa a ser pautado pelo fato de “a presidente ter mentido durante a campanha eleitoral”!
Os pseudo-jornalistas Gerson ‘Cama(Ar)rotti’ &$ Cristiane Lôbo [de Raiva e Ódio]’ são as duas primeiras ‘penas amestradas’ a $oldo dos Marín(hos) a protagonizar a tarefa de porta-estandarte militante!
Amanhã, o MERDAL, o AZEDOvedo da fascista e moribunda ‘veja’, o Garcia da ditadura militar, o Noblábláblát et caterva IMUNDA!
*penúltima NOG porquanto a mais recente está sendo forjada nas masmorras sórdidas, miasmáticas e fétidas das redações do Projac!
**NOG: ‘Nova Ordem da Globo’, segundo denominação lapidar criada pelo egrégio e impávido jornalista Paulo Nogueira
Messias Franca de Macedo
ajuste desprezível – um tributo aos(às) ‘coxinhas’!
Agora, a determinação para o afastamento de Dilma Rousseff passa a ser pautada pelo fato de “a presidente ter mentido durante a campanha eleitoral”!
… [a determinação]… passa a ser pautada… (… pautada… em vez de …’pautado’…)
Rodrigo
Que ela mentiu é fato, assim como todos mentem. Se isso é motivo para impeachment, ai são outros 500.
FrancoAtirador
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Globo é a ‘Morada’ do Fascismo
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Rubens
A Globo deu um tiro no pé ao combinar com os partidos políticos de “oposição e ociosidade”, em criar essa “crise econômica” bombardeando para todos os lados. Resultado: os investimentos caíram; a população está poupando mais e a verba para publicidade dá marcha à ré. A hipocrisia é reinante no país da imprensa marrom…
FrancoAtirador
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E a Inadimplência dos Clientes dos Patrocinadores aumentou.
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FrancoAtirador
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DataPopular
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Para 71% d@s BraSileir@s, Oposição a Dilma age por Interesse Próprio e não pelo BraSil
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Pesquisa demonstra que vem perdendo força a ideia
de que o impeachment pode resolver os problemas do País
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Por Rodrigo Gomes, da RBA
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São Paulo – Há dois dias das manifestações organizadas pela [Extrema] Direita*
e encampadas por Partidos de Oposição [PSDB/DEM]*, uma pesquisa divulgada
pelo Instituto Data Popular mostra que 71% dos eleitores brasileiros
avaliam que os partidos de oposição à presidenta da República, Dilma Rousseff,
“agem por interesse próprio, não pelo bem do país”.
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Realizado dos dias 1º a 4, com 3 mil eleitores em 152 municípios,
o estudo indicou ainda que 92% dos eleitores concordam com a frase:
“Todo político é ladrão”.
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Segundo o sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles
(http://brasil.elpais.com/brasil/2015/08/10/politica/1439166469_045638.html),
a pesquisa também indica que há uma queda na aprovação do impeachment
como solução para a crise política.
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“A discussão sobre impeachment vem perdendo força.
Entre 55% e 62% entrevistados dizem ser favoráveis
ao impeachment da presidente Dilma Rousseff,
mas quando questionamos os entrevistados
se eles acreditam que o processo de impeachment
é a saída para melhorar o país,
a pesquisa deixa muito claro que a adesão cai”,
afirmou o presidente do Data Popular.
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De acordo com Meirelles, Oposicionistas* e descontentes não são a mesma coisa.
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Os primeiros* são eleitores que não votaram na Dilma para presidenta,
rejeitam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, avaliam o atual governo
como “ruim ou péssimo” e querem o impeachment.
Esses também são contra o Bolsa Família, a Política de Cotas, o Prouni.
De acordo com a pesquisa, 36% dos entrevistados se enquadram nessa categoria.
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Já os descontentes – que são 44% – ajudaram a eleger Dilma e aprovam Lula.
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E estão frustrados porque o governo eleito não está pondo em prática o projeto no qual votaram.
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Eles não acreditam que a oposição resolveria a atual crise,
mas acabam por manifestar sua insatisfação se dizendo favoráveis ao impeachment.
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Ainda de acordo com o estudo, 62,8% dos eleitores
não enxergam ninguém que possa tirar o país da atual situação.
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(http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2015/08/para-71-dos-brasileiros-oposicao-a-dilma-age-por-interesse-proprio-e-nao-pelo-brasil-1136.html)
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Euler
Periferia de BH e Contagem não apoia o golpe, é o que revela reportagem do Jornal O Tempo
Reportagem do jornal O Tempo, uma das poucas que a mídia produziu mostrando a verdadeira realidade – e não a realidade publicada pela mídia -, demonstra claramente que o povão não quer saber de Impeachment. Que isso é coisa dos coxinhas da classe média alta e desavisados afins, que se informam somente através da revista Veja, da Globonews e da Rádio itatiaia – portanto, se desinformam sobre a realidade brasileira. A verdade é que, mesmo com a crise, o povo brasileiro sobrevive em melhores condições do que aquelas da época de FHC e governos anteriores, quando não havia políticas de proteção social aos mais pobres, como agora. Leiam a matéria a seguir e vejam como o povo brasileiro tem capacidade de discernimento muito superior a estes coxinhas que adoram mamar nas tetas dos governos amigos, ou sonegar impostos, ou gastar suas economias em Miami, ou coisas desse tipo.
IMPEACHMENT
Na periferia, moradores estão alheios a protestos
Em seis regiões visitadas, ninguém afirmou interesse em engrossar atos que ocorrerão hoje
GUILHERME REIS / LUCAS PAVANELLI / TÂMARA TEIXEIRA
As manifestações que prometem ocupar hoje o país pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff não deverão ser engrossadas por moradores de periferias. Pelo menos essa foi a constatação da reportagem de O TEMPO ao visitar seis regiões de baixa renda em Belo Horizonte e Contagem, na região metropolitana, na última semana. Mesmo demonstrando preocupação com a crise, nenhum dos entrevistados afirmou estar disposto a participar dos atos. Em dois aglomerados, a possibilidade de impeachment aparece, mas não a ponto de provocar reação para os atos.
Nos bairros Tupi e Jaqueline, ambos na região Norte da capital, e em Nova Contagem e Parque São João, em Contagem, as famílias entrevistadas avaliam que os reflexos do mau momento do país ainda não chegaram a suas casas e, portanto, não há motivos para protestos.
Para a maioria, a saída de Dilma não é a solução. A raiz do problema, dizem, é a corrupção, mas eles não atribuem a responsabilidade à presidente. Muitos afirmaram que não veem, neste momento, um nome alternativo ao de Dilma capaz de estancar os escândalos.
É em uma casa simples alugada, de cinco cômodos, que o vigilante José Geraldo Lopes, 54, vive com a mulher e duas filhas, no Tupi. Notícia de protesto, diz ele, “só pela TV”. Eleitor da presidente e com uma renda familiar de três salários mínimos, Lopes diz estar desiludido, mas tem um palpite para a crise: “Temos que deixar a Dilma trabalhar”.
Ele conta que “depois de a vida ter melhorado nos últimos anos”, 2015 está estagnado. “Para mim, todo mundo tem culpa no cartório. Estou desiludido. Não vejo ninguém melhor que a Dilma para assumir” diz o porteiro, que nunca recebeu benefício federal.
O bombeiro Wilson Brito, 42, vizinho de bairro, pensa parecido. “Bom, não está, mas se a gente botou ela lá, tem que deixar ela trabalhar”, diz ele, que não pretende aderir aos atos. “Ainda não tive que baixar meu nível de vida. Só economizo água por causa da crise hídrica”. Com o seu salário e o da mulher, que é carroceira, ele sustenta três filhos e dois netos.
Vivendo de bicos há dez anos, Walter da Silva, 50, fala que não tem do que reclamar. “A vida do pobre melhorou muito”, atesta ele que classifica os protestos como “uma bobagem” e conclui: “Dilma faz o que pode, mas é rodeada de gente que só quer atrapalhar”.
Contra o PT
Eleitora de Dilma, a dona de casa de Nova Contagem Neuza Gomes, 58, é mãe de três filhos. Um deles está desempregado há cinco meses após 14 anos na mesma empresa. Apesar de não participar dos protestos, ela diz ser a favor dos atos, mas defende Dilma. Ex-beneficiária do Bolsa Família, Neuza tem críticas ao PT. “Era um partido bom, mas está esculhambado”.
Sem culpa
Há dois meses, Alexandre Ribeiro, 40, morador do bairro Jaqueline, perdeu o emprego de eletricista. Desde então, trabalha como garçom. Eleitor de Dilma, ele diz não se arrepender do voto. “Para Dilma mandar alguma coisa, outros 200 têm que assinar. A culpa não é só dela. Neste ano ficou ruim para os ricos, e, com isso, piora para os pobres porque não têm emprego”.
Fonte: http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/na-periferia-moradores-est%C3%A3o-alheios-a-protestos-1.1086637
Euler
Rádio Itatiaia assumiu a condição de porta-voz dos golpistas?
Hoje, 16, às 9h da matina, quando acordei, liguei a rádio e sintonizei na Itatiaia, achando que ouviria um programa musical comandado por Acyr Antão. Para minha surpresa, encontro uma emissora a serviço do golpe. Todos os repórteres da rádio, em diversos pontos da capital mineira, e comandados por Eduardo Costa (quem diria), dando cobertura ao vivo à minguada e esvaziada manifestação.
Os repórteres e seu chefe passam a ler as notas dos perdedores das eleições de 2014 e a entrevistar, ao vivo, alguns manifestantes. E reclamam até da falta de água e de banheiro químico para os manifestantes. Tadinhos, eles podem ficar desidratados. Não estão acostumados a estas coisas. Quando os sem-teto saem lá do Vetor Norte da Capital até o Centro a pé, e levando tiro de borracha e gás de pimenta na cara, nunca se ouviu ninguém reclamar por água, banheiro e atendimento aos feridos.
No ato de hoje, a rádio praticamente chamou a população para ir às ruas protestar contra o governo e “por um futuro melhor para o país”.
O estranho é que jamais a Itatiaia fez este tipo de cobertura com movimentos sociais ou em defesa do governo. Lembro-me quando fazíamos passeatas gigantescas pelo pagamento do piso salarial nacional dos professores, ocupando ruas e avenidas de BH durante horas, e não havia nenhum repórter da Itatiaia para acompanhar o movimento e cobrar do então governador Anastasia o cumprimento da Lei Federal. Mas, também, né, gente, recebendo rios de dinheiro do governo mineiro, como se constatou com o demonstrativo de gastos com publicidade por parte dos governos tucanos, esperar o quê da mídia mineira?
Quero ver se no próximo dia 20, por exemplo, a Rádio Itatiaia vai colocar os repórteres para acompanhar e apoiar o movimento, como está fazendo com a “cobertura” jornalística, sic, do ato contra o governo Dilma. Vamos ver se eles tomam meia hora do programa do tucano José Lino, para ler os manifestos contra o golpe, e abrir os microfones para os manifestantes. Não é só chamadinha não, Itatiaia, é meia hora ininterrupta de cobertura.
Nas falas dos derrotados coxinhas que saem às ruas hoje, observamos de tudo: querem a volta da ditadura militar, querem um governo sem corrupção, mas não apontam quem são os corruptos e propineiros. Por exemplo: contra Dilma não há uma única acusação de apropriação indébita de dinheiro público. Já contra Aécio, Anastasia, Aluisio Nunes, todos caciques do PSDB, há denúncias dos delatores da Lava Jato, que podem ser infundadas, mas pelo menos há denúncias que sequer foram apuradas, ao contrário das denúncias contra José Dirceu, contra o tesoureiro do PT, que imediatamente são submetidas à profunda investigação. Combate seletivo à corrupção, é este o ideal de moralidade desta turma.
Agora mesmo se aliaram a ninguém menos do que o achacador-mor Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados e acusado pelo delator Júlio Camargo de ter recebido nada menos que 5 milhões de dólares de propina. Ele nega. Mas, a acusação está lá, gravada pelo delator, além das acusações feitas pelo Procurador Geral da República. Nada disso tem a menor importância para essa turma de perdedores das últimas eleições, que querem somente derrubar a nossa presidenta Dilma, eleita legitimamente em dois turnos, inclusive aqui em Minas.
Essa gente deveria ter vergonha na cara, pois está tentando derrubar um governo legítimo, e com isso colocando em risco a democracia do nosso país, duramente conquistada, com muito suor e sangue do povo brasileiro. É certo que eles odeiam os pobres, o Bolsa Família, os programas sociais que o PT implantou nesses últimos 12 anos e que tiraram 40 milhões de pessoas da miséria e da fome.
Ora, se querem mudar o governo, vençam as eleições de 2018. Simples assim. No tapetão, não. Nenhum de nós, dos 54 milhões de eleitores que votaram em Dilma, vai aceitar a derrubada golpista do governo federal. Estão brincando com o povão brasileiro. Ou seja, estão brincando com fogo. Deviam agradecer pelo PT ser partido moderado, água com açúcar, até, e não um partido de esquerda mais radical, que já teria convocado e armado o povo para defender suas conquistas nas ruas, de armas nas mãos.
Talvez o que essa gente queira, ou pelo menos quem está por trás dessa gente, é causar uma guerra civil no país, como fizeram em alguns países do Oriente Médio, levando à ruína total daqueles países, bem ao gosto do domínio geopolítico do imperialismo norte-americano e seus aliados ricos da Europa.
Como o Brasil é uma potência pacífica, que agora descobriu reservas de trilhões de dólares com o pré-sal, e possui total domínio tecnológico, através da Petrobras, da perfuração em águas profundas, os grupos de rapina estrangeiros estão de olho gordo, ainda mais, nas riquezas do Brasil. Não querem que esses recursos sejam usados na Educação e na Saúde pública do nosso povo. Querem fazer o que sempre fizeram com o Brasil: pilhar as riquezas e repartir as migalhas entre alguns poucos da Casa Grande.
Por trás desse movimento manipulado contra a presidenta Dilma, passa toda essa conspiração. Com o apoio inocente ou não da mídia e desses poucos lobotomizados que vão às ruas pedir a volta do regime militar.
Para a felicidade geral da Nação, eles são minoria. E o povão, que conheceu um pouco a alegria de poder se alimentar todos os dias e comprar seus bens de consumo básicos, certamente não aceitará retrocessos.
Viva o povo brasileiro! Abaixo os golpistas! Não passarão!
Afonso Guedes
Assino embaixo.
FrancoAtirador
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Tema da Bosta Nova Carioca
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Copacabana, Fascistinha do Mar…
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